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HORMONOS E ESTRESSE animais de produção

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Considerando que tanto os humanos como os animais estão susceptíveis a algum tipo de estresse durante a vida, seja ele físico ou psicológico, se torna possível que os animais também sejam afetados a este mal, dentre os tipos de estresse que podem acometem os animais de produção podemos citar algumas situações que desencadeiam reações negativas tais como: o transporte inadequado, abrigo sem temperatura ideal, métodos inadequados de abate, a troca de manejador, uma mudança de ambiente juntamente com isolamento ou até mesmo uma deficiência nutricional resulta em diversos decréscimos produtivos afetando negativamente a indústria animal. Um dos hormonios mais presente nos animais é o hormonio do estresse. Basicamente o hormonio do estresse é aquele que possui uma capacidade de alterar a homeostasia, provocando a ativação do eixo hipotalâmico-hipofisário-adrenal. O agente estressor inicialmente provocará um estímulo nervoso que chega ao cérebro, mais corretamente no hipotálamo, provocando a liberação do hormônio liberador de corticotropina (CRH) no núcleo paraventricular. O CRH atua sobre a adenohipófise estimulando a produção e secreção do hormônio adrenocorticotrópico (ACTH) e de β-endorfinas, sabendo que o ACTH irá através da circulação do sangue até o córtex adrenal para estimular a secreção de glicocorticóides, principalmente cortisol ou tambem conhecido como corticosterona, dependendo da espécie dos animais. Quando o sistema nervoso simpatico é ativado ele libera a adrenalina noradrenalina nos terminais nervosos simpáticos e na medula adrenal (DUKES, 1996). 
 Os glicocorticóides, em conjunto com as catecolaminas irão provocar alterações metabólicas visando mobilizar e fornecer energia para o organismo, através da lipólise, da glicogenólise e da degradação de proteínas, dando subsídios para que o corpo possa restabelecer o equilíbrio (GONZÁLEZ et al, 2003). Também ocorre a secreção de arginina vasopressina (ADH), ocitocina, prolactina, hormônio somatotrófico (GH) e do hormônio estimulador da tireóide (TSH) que irão atuar aumentando produção e secreção de ACTH e β-endorfinas na adenohipófise e assim a atividade metabólica fica com um nível mais alto que o normal. De forma geral, o mecanismo do estresse pode ser dividido em três etapas ou fases: a reação de alarme, a fase de resistência e a fase de esgotamento.
 A primeira fase, a reação de alarme, pode ser subdividida em fase de choque e fase de contra-choque. A fase de choque consiste no desencadeamento provocado pelo agente estressor que irá ativar o eixo HHA. Nesta fase, ocorre também a participação do sistema nervoso autônomo, ativando as respostas físicas, mentais e psicológicas ao estresse (SELYE, 1937). 
Na segunda fase, mais conhecida como fase de resistência há uma atuação predominante da adrenal, ocorrendo uma atuação máxima de glicocorticóides e catecolaminas. Eles atuam ativando a glicogenólise no líquido extra-celular e a glicogênese e gliconeogênese no fígado, tirando a insulina e estimulando o glucagon. Isso faz com que a glicose passe para todo o organismos principalmente nas células musculares e cerebrais. 
Caso o agente estressor fique por muito tempo no organismo, ocorre a terceira fase que é a fase do esgotamento, nessa fase acontece as defeciencias dos mecanismos adaptativos e inicia-se um déficit energético, pois as reservas estão acabadas. As mudanças biológicas que acontecem nessa fase são parecidas com a primeira fase, mas a unica diferença é que organismo nao consegue crias substratos de energia para o corpo. Esse mecanismo adaptativo do organismo é chamado de Síndrome da Adaptação Geral, que viabiliza a manutenção da vida diante das transformações constantes. 
EFEITOS DO ESTRESSE NOS ANIMAIS 
 São bem conhecidos os efeitos dos hormônios do estresse sobre a função reprodutiva. Sabe-se que o CRH atua de forma inibitória sobre o hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) no hipotálamo, o que provoca um inibição no eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal 2 (HHG). Em conseqüência disso, a hipófise não secreta o hormônio luteinizante (LH) e o hormônio folículo estimulante (FSH) (RIVIER et al, 1991).
 O cativeiro por si só é um fator limitante ao animal, sendo que algumas espécies não conseguem adaptar-se na vida cativa, desenvolvendo a chamada síndrome da má adaptação, onde os animais iniciam um processo de anorexia que pode levar à morte (FEDULLO, 2001). 
Quando os níveis de corticóides aumentam, eles influenciam na parte imune do animal, burlando a resposta inflamatória afetando a atuação das células T, também diminuindo os leucócitos nas partes inflamatórias. Isso pode ser benéfico diminuindo a resposta inflamatória em situações agudas, como pode ser prejudicial nas situações crônicas Além disso, se o estresse for por um periodo longo, os glicocorticóides atuando de maneira destrutiva nos tecidos, inibindo o crescimento somático e ósseo. 
Em animais domésticos, têm sido demonstrado que alguns fatores estressantes levam a queda da produção, transtornos reprodutivos, distúrbios comportamentais e alterações fisiológicas importantes, há uma queda na fertilidade, evidenciada por ausência de manifestação de estro e diminuição da eleição de um folículo dominante. O estresse desajusta várias funções fisiológicas diferentes, e pode efeito negativo sobre o apetite, afetando também o ganho de peso e o desenvolvimento do animal, sendo assim seu organismo responde com uma series de reações a fim de se adaptar ou tentar normalizar a secreção de hormônios desencadeadas pelo não atendimento de suas necessidades básicas ocasionando um efeito negativo e prejudicando sua produção, altera também características de carcaça e a qualidade da carne no caso de bovinos de corte. Assim como a carne a produção leiteira também pode ser prejudicada pelo estresse animal, sua produção depende de glândulas e caso não sejam abastecidas com níveis metabólicos e hormonais corretamente, seu rendimento lácteo diminui, sendo assim podem causar tais efeitos como: o atraso do início da lactação, alteração da composição do leite, além de poder reduzir o instinto materno acarretando também sua produção láctea.
Em suínos, a restrição alimentar, uma forma de manejo adotado na maioria das granjas comerciais, para evitar que as porcas cheguem ao final da gestação com sobrepeso, tem gerado o aparecimento de comportamentos anormais. Como os animais ficam saciados por menos tempo, é comum observar os animais inquietos, roendo barras de ferro, engolindo ar (aerofagia), ficando agitados no recinto, entre outros comportamentos estereotipados (DANIELSEN & VESTERGAARD, 2001).
Altos níveis de cortisol foram observados em porcas mantidas nestas condições, influenciando negativamente os índices reprodutivos e o bem estar. O uso de fibra na dieta, tem sido adotada para fazer com que a sensação de saciedade possa ser fornecida, minimizando estresse (SPOOLDER et al, 1996; DANIELSEN & VESTERGAARD, 2001). 
A qualidade de vida pode ter algumas mudanças pelo confinamento em animais domésticos, e em animais criados em confinamento, como suínos, que apresentam níveis altos de cortisol em comparação com animais criados em áreas maiores. 
Figura: Hecanismo regulador da secreçao de glicocorticosteróides.
Todos esses fatores influenciam na produção e na economia, seja ela de carne, leite, ovos ou derivados, sendo necessário cada vez mais atender as necessidades do bem-estar animal, favorecendo uma melhor produção para que os produtos de origem animal tenham cada vez mais qualidade para indústria, para tal tem-se tentado evitar ou minimizar a ocorrência do de um ambiente improprio aos animais de produção, melhorando o manejo, fatores de ambiente e a nutrição destes animais. Sendo perceptível a melhora uma na qualidade dos produtos sendo percebidos pelo melhoramento do valor nutricional (gordura, proteínas, minerais, vitaminas e entre outros), dos fatores sensoriais como cor, sabor, textura, ph, retenção de agua, aspectos sanitários, resíduos químicos entre outros fatoresqualitativos para um produto de origem animal. O ambiente e o animal estar em equilíbrio para ambas as partes serem beneficiadas.

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