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Direito Processual Civil II 
Recursos 
Noções gerais 
Princípios 
Pressupostos de admissibilidade 
Efeitos 
Prof. Felipe
Noções gerais 
O que é recurso?
• Toda insurgência em relação a determinada decisão pode ser 
classificada como recurso? 
• Um recurso deve ser julgado, necessariamente, por um juiz 
diferente do que prolatou a decisão recorrida? 
• Uma ação rescisória pode ser considerada recurso?
RECURSOS 
X 
MEIOS NÃO RECURSAIS DE IMPUGNAÇÃO DE 
DECISÕES 
RECURSOS: 
• Objetivam o reexame de uma decisão judicial proferida; 
• Dentro da mesma relação processual em que se insere a 
decisão atacada; 
• Voluntariedade: não há obrigatoriedade em se recorrer; 
• Visam a anulação, a reforma ou o aprimoramento da decisão.
a) Objetivam o reexame de uma decisão judicial proferida 
• Somente alguns pronunciamentos do juiz são recorríveis: 
Espécies de pronunciamentos judiciais (arts. 203 – 205 do CPC): 
I. Sentenças; 
II. Decisões Interlocutórias; 
III. Despachos;
IV. Acórdãos;
V. Decisões monocráticas.
I. Sentenças 
• Sentença (art. 203, §1º): é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com 
fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento 
comum, bem como extingue a execução; 
• Pode ocorrer ao final da instrução ou no julgamento conforme o estado do 
processo (extinção integral do processo - art. 354 - e julgamento antecipado 
integral do mérito - art. 355; 
• Julgamento antecipado parcial do mérito (art. 356) e extinção apenas de parcela 
do processo (art. 354, parágrafo único) são decisões interlocutórias; 
• Contra sentenças cabe apelação: art. 1.009; 
• Sentenças podem ser terminativas (485) ou definitivas (487).
II. Decisões Interlocutórias 
• Decisões interlocutórias (art. 203, §2º): é o ato pelo qual o juiz, no curso do 
processo, resolve questão incidente. 
• "...é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se 
enquadre no § 1º." 
• São as decisões que solucionam questões incidentes no curso do processo, 
sem, contudo, encerrá-lo. 
• As decisões interlocutórias podem causar prejuízos às partes e, portanto, 
algumas delas são recorríveis mediante o recurso de agravo. 
• Ex.: deferimento de antecipação de tutela. 
• Ex.2: decisão na qual o juiz indefere a produção de prova pericial 
(não é mais recorrível por agravo). 
• Julgamento antecipado parcial do mérito (art. 356) e extinção apenas de 
parcela do processo (art. 354, parágrafo único) são decisões interlocutórias;
III. Despachos 
• Despachos (art. 203, §3º): "...todos os demais pronunciamentos do juiz 
praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte." Todos os 
demais atos que não constituam decisões interlocutórias ou sentença. 
§ 4º Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista 
obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de 
ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário. 
• Os despachos não decidem nada, apenas movimentam o processo. 
• Os despachos não podem causar danos às partes, por isso eles são 
irrecorríveis (art. 1.001). 
• Ex.: despacho que ordena a juntada de um documento; 
• Ex.2: despacho que abre vista para a outra parte analisar o documento.
IV. Acórdãos
Art. 204. Acórdão é o julgamento colegiado proferido pelos 
tribunais. 
- Julgamento dos desembargadores ou ministros por maioria ou 
unanimidade.
V. Decisões monocráticas 
- São decisões proferidas pelo relator, bem como pelo Presidente 
ou Vice do Tribunal, em situações de estrita competência; 
- Visam a economia processual; 
- Postulação inadmissível ou mérito com jurisprudência 
dominante ou com precedente. 
Art. 932. Incumbe ao relator: 
IV - negar provimento a recurso que for contrário a: 
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior 
Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal;
b) Dentro da mesma relação processual em que se insere a 
decisão atacada 
• Principal característica que difere dos demais meios (não 
recursais) de impugnação de decisões; 
• É um prolongamento da mesma relação processual: mesmos 
autos. 
• Necessidade de análise da competência funcional no momento 
da interposição.
c) Voluntariedade 
• Não há obrigatoriedade em se recorrer; 
• Depende da vontade da parte que se sentir prejudicada; 
• Submissão aos prazos da legislação; 
• Caso não haja recurso no prazo: preclusão.
d) Visam a anulação, a reforma ou o aprimoramento da 
decisão 
• Anulação: a parte pretende a invalidação da decisão para que 
nova seja proferida pelo juiz a quo. 
 Geralmente ocorre em razão de vícios processuais. 
 Ex.: Tribunal anula sentença para reabrir a instrução 
processual para que nova decisão seja proferida. 
• Reforma: a parte objetiva um novo pronunciamento sobre a 
questão. 
 Ex.: Tribunal reforma sentença.
• Aprimoramento: a parte busca o esclarecimento de omissão, 
contradição ou obscuridade. 
 
 Ex.: Embargos de declaração para sanar obscuridade.
Conceito de recurso 
[…] meio de impugnação de decisões judiciais, voluntário, 
interno ao processo em que se forma o ato judicial atacado, apto 
a obter a sua reforma, anulação ou o seu aprimoramento. Novo 
curso de processo civil: teoria do processo civil, volume 2. Luiz Guilherme Marinoni, 
Sérgio Cruz Arenhart, Daniel Mitidiero. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2015, 
p. 502.
MEIOS NÃO RECURSAIS DE IMPUGNAÇÃO DE 
DECISÕES: 
- Sucedâneos recursais;
- Não ocorrem dentro da mesma relação processual.
Ex.: remessa necessária: art. 496;
Ex.2: ação rescisória: art. 966;
Ex.3: mandado de segurança quando utilizado na inexistência de 
recurso.
Princípios 
a) Duplo grau de jurisdição; 
b) Taxatividade; 
c) Unirrecorribilidade; 
d) Fungibilidade; 
e) Proibição da reformatio in pejus;
f) Colegialidade
1) Toda insurgência em relação a determinada decisão pode ser classificada como 
recurso? 
2) Um recurso deve ser julgado, necessariamente, por um juiz diferente do que prolatou 
a decisão recorrida? 
3) É possível a interposição de mais de um recurso em relação à determinada decisão? 
4) Considerando que algumas vezes é difícil identificar qual o recurso correto a ser 
interposto contra determinada decisão, é possível que o Tribunal aceite outro recurso no 
lugar do que seria cabível? 
5) O réu de uma ação foi condenado ao pagamento de 10 mil reais a título de dano 
moral. Inconformado, interpôs apelação. O autor da ação não manejou qualquer 
recurso, pois considerou o valor adequado. O Tribunal, todavia, por considerar que o 
dano foi grave, aumentou a condenação para 50 mil reais. O novo julgamento está 
correto?
a) Duplo grau de jurisdição
• Visa assegurar ao litigante vencido, total ou parcialmente, o direito de submeter a 
matéria decidida a uma nova apreciação jurisdicional; 
• Nelson Nery Jr.: "É postulado constitucional, consectário do devido processo legal, 
e consiste na possibilidade de impugnar-se decisão judicial, que seria reexaminada 
pelo mesmo ou outro órgão de jurisdição. Não é ilimitado, podendo a lei restringir o 
cabimentos dos recursos e suas hipóteses de incidência." (CPC Comentado, 6ª ed., 
p. 816). 
• A doutrina diverge em considerar o duplo grau de jurisdição como um princípio de 
processo inserido na Constituição Federal. 
• Regulação legal: garantia implícita (art. 5.º, LV, 102, II e III e 105, II e III). Não está 
contemplada expressamente na CF. 
• Marinoni e Arenhart: 
Em conclusão, é correto afirmar que o legislador infraconstitucional 
não está obrigado a estabelecer, para toda e qualquer causa, uma dupla 
revisão em relação ao mérito, principalmente porque a própria 
Constituição Federal, em seu art. 5º, LXXVIII, garante a todos o direito 
à tutela jurisdicional tempestiva, direito este que não pode deixar de ser 
levadoem consideração quando se pensa em “garantir” a segurança da 
parte através da instituição da “dupla revisão”. MARINONI, Luiz 
Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz. Curso de Processo Civil, vol. 2. 
Processo de conhecimento, 12ª ed. São Paulo: Editora Revista dos 
Tribunais, 2014, p. 498.
Ex.: art. 34 da Lei 6.830/80 (LEF) – sentença impugnada por 
embargos infringentes que será julgado pelo mesmo juiz que 
proferiu a decisão. 
Ex.2: recurso contra sentença do juizado especial – turma 
recursal – mesmo grau de jurisdição. 
Art. 41. Da sentença, excetuada a homologatória de 
conciliação ou laudo arbitral, caberá recurso para o 
próprio Juizado. 
§ 1º O recurso será julgado por uma turma composta 
por três Juízes togados, em exercício no primeiro 
grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado.
b) Taxatividade 
• Os recursos cabíveis são aqueles previstos por lei federal (art. 22, I, 
da CF); 
Art. 994. São cabíveis os seguintes recursos: 
I - apelação; 
II - agravo de instrumento; 
III - agravo interno; 
IV - embargos de declaração; 
V - recurso ordinário; 
VI - recurso especial; 
VII - recurso extraordinário; 
VIII - agravo em recurso especial ou extraordinário; 
IX - embargos de divergência. 
• Recursos previstos na legislação extravagante. Ex.: juizados especiais 
• Exceção: agravo regimental (para STF não é recurso AgR no AI 247.591-
RS) – “O agravo regimental, não sendo recurso, mas meio de promover-se 
a integração da vontade do Colegiado que o relator representa, não é 
inconstitucional sob o fundamento de ofensa à competência da União 
Federal para legislar sobre processo.” 
c) Unirrecorribilidade (unicidade ou singularidade); 
• É possível a interposição de mais de um recurso em relação à 
determinada decisão?
• Mais de um recurso pela mesma parte contra a mesma decisão; 
 
✓ Sentença? 
✓ Acórdão? 
• UNIRRECORRIBILIDADE: impossibilidade de interposição de 
mais de um recurso contra determinada decisão. 
• Embargos de declaração: opcional (ED ou outro recurso). 
• RESP e RE: simultaneamente. Não é opcional (caso haja duplo 
fundamento).
d) Fungibilidade; 
• Considerando que algumas vezes é difícil identificar qual o recurso 
correto a ser interposto contra determinada decisão, é possível que o 
Tribunal aceite outro recurso no lugar do que seria cabível?
REGRA GERAL: cabe somente um recurso contra cada espécie 
de decisão judicial. 
• A escolha do recurso errado acarreta o não conhecimento. 
• Ex.: agravo e apelação.
• FUNGIBILIDADE: tem como objetivo não prejudicar a 
parte que, diante de dúvida objetiva, interpõe recurso errado. 
TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO 
RECURSO ESPECIAL. RECEBIMENTO COMO AGRAVO REGIMENTAL. 
PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE RECURSAL. APLICAÇÃO. CONTRARIEDADE 
AO ART. 535 DO CPC. 
INEXISTÊNCIA. AGRAVO NÃO PROVIDO. 
1. "Admite-se receber embargos declaratórios, opostos à 
decisão monocrática do relator, como agravo regimental, em 
atenção aos princípios da economia processual e da 
fungibilidade recursal" (EDcl nos EREsp 1.175.699/RS, Corte Especial, Rel. 
Min. HUMBERTO MARTINS, DJe 6/2/12). 
2. Não há violação ao art. 535 do CPC se a prestação jurisdicional foi realizada na 
medida da pretensão deduzida, como se depreende da leitura do acórdão recorrido, que 
enfrentou os temas abordados no recurso de apelação. 
3. Agravo regimental não provido. 
(EDcl no REsp 1334479/RS, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, PRIMEIRA 
TURMA, julgado em 06/06/2013, DJe 01/07/2013)
Requisitos para admissão (doutrina e CPC/1939): 
1) Presença de dúvida objetiva (séria) a respeito do recurso cabível 
• Dúvida objetiva (séria) e não subjetiva: não é decorrente do despreparo 
do profissional, mas sim do sistema recursal. 
• Discussão doutrinária ou jurisprudencial. 
2) Inexistência de erro grosseiro na interposição do recurso 
• Utilização de recurso completamente incabível. 
✓ Prazo adequado para o recurso correto 
• Considerado requisito ao tempo de vigência do CPC/73;
• Deve ser utilizado o prazo do recurso “correto”;
• Perdeu importância, pois o Novo CPC unificou os prazos recursais: art. 
1.003, §5º.
e) Proibição da reformatio in pejus. 
• O réu de uma ação foi condenado ao pagamento de 10 mil reais a 
título de dano moral. Inconformado, interpôs apelação. O autor da 
ação não manejou qualquer recurso, pois considerou o valor 
adequado. O Tribunal, todavia, por considerar que o dano foi 
grave, aumentou a condenação para 50 mil reais. O novo 
julgamento está correto?
• Conceito reformatio in pejus;
• Por ser voluntário, o recuso é interposto no interesse do recorrente;
• Decorrente do efeito devolutivo (princípio dispositivo); 
• Remessa necessária: art. 496 – Súmula n.º 45 do STJ; 
• Matérias reconhecíveis de ofício, em qualquer tempo ou grau de 
jurisdição: art. 337 do CPC (efeito translativo);
• Não se aplica ao fundamentos.
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. INEXISTÊNCIA DE VIOLAÇÃO DOS ARTS. 458 E 535 DO 
CPC. DEVIDO ENFRENTAMENTO DAS QUESTÕES RECURSAIS. 
SERVIDOR PÚBLICO. REAJUSTE DE 28,86%. PROPOSITURA DE EXECUÇÕES DISTINTAS. EXTINÇÃO 
DA EXECUÇÃO POR FALTA DE INTERESSE DE AGIR. 
REFORMATIO IN PEJUS. NÃO OCORRÊNCIA. MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA. ART. 
461 DO CPC. POSSIBILIDADE DE PETIÇÃO NOS AUTOS DO PROCESSO ORIGINÁRIO. 
1. Cuida a presente demanda de embargos à execução de título judicial promovida por Auditores Fiscais da 
Receita Federal, com vista à satisfação do crédito relativo ao reajuste remuneratório no percentual de 28,86% 
referente ao período de 2001-2002. 
2. O Tribunal de origem decretou a extinção da execução, sem resolução do mérito, por ausência de interesse 
processual, haja vista que o pedido constante da presente ação de execução (período de 2001-2002) deveria ser 
pleiteado na própria execução originária (período de 1993-2000), ajuizada com base no mesmo título judicial. 
3. O controle pelo Tribunal de origem sobre condição da ação, 
matéria de ordem pública, pode ser realizado ex officio, sem que se 
possa falar em reformatio in pejus. Precedentes. 
4. Com efeito, ambas as obrigações decorreram de mesmo título judicial, que determinou a incorporação do 
reajuste de 28,86% e o pagamento das diferenças pretéritas, confundindo-se, assim, as causas de pedir e 
dispensando-se a propositura de execuções distintas, porquanto o cumprimento da obrigação de fazer pode ser 
formulado por meio de simples petição nos autos do processo originário, na forma do art. 461 do CPC. 
Precedentes em sentido análogo: REsp 1.263.294/RR, Rel. Ministra DIVA MALERBI (DESEMBARGADORA 
CONVOCADA TRF 3ª REGIÃO), SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2012, DJe 23/11/2012; REsp 952.126/
RS, Rel. 
Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 18/08/2011, DJe 01/09/2011. 
Agravo regimental improvido. 
(AgRg no REsp 1397188/AL, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 
19/11/2013, DJe 27/11/2013)
f) Colegialidade
Tanto as Cortes de Justiça (Tribunais Regionais Federais 
e Tribunais de Justiça) como as Cortes de Precedentes 
(Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de 
Justiça) são compostas por órgãos colegiados responsáveis 
pelo julgamento das causas para as quais a Corte é 
competente, isto é, são compostas de órgãos julgadores 
integrados por três ou mais desembargadores ou ministros. 
Novo curso de processo civil: teoria do processo civil, volume 2. Luiz 
Guilherme Marinoni, Sérgio Cruz Arenhart, Daniel Mitidiero. São Paulo: 
Editora Revista dos Tribunais, 2015, p. 514 e 515. 
- Recursos, como regra, são julgados por órgãos colegiados;
- Exceções: decisões monocráticas.
Pressupostos recursais de admissibilidade 
- O ato recursal submete-se a pressupostos para que seja possível o exame do 
mérito;
- Juízo de admissibilidade: conhecimento (não conhecimento) ou admissão 
(inadmissão);
- Mérito: provimento(não provimento). 
a) Intrínsecos: atinentes à existência do direito de recorrer. 
 I – Cabimento 
 II – Interesse recursal 
 III – Legitimidade recursal 
 IV – Inexistência de fato extintivo ou impeditivo do direito de recorrer ou do 
seguimento do recurso. 
b) Extrínsecos: atinentes ao modo de exercer o direito de recorrer 
 I – Regularidade formal; 
 II – Tempestividade; 
 III – Preparo;
a) Intrínsecos: atinentes à existência do direito de recorrer 
I – Cabimento 
• A decisão é recorrível? Se sim, qual recurso cabível? 
• Decorre da taxatividade (art.994); 
• O CPC prevê os recursos cabíveis para cada decisão; 
• Ex.: contra sentença, apelação (art. 1.009) 
• Ex.: contra determinadas decisões interlocutórias cabe agravo de 
instrumento (art. 1.015).
II – Interesse recursal 
• É necessário que a parte interessada tenha legítimo interesse na 
obtenção de decisão mais favorável: UTILIDADE + NECESSIDADE 
do recurso 
• Ex.1: réu que recorre de ação julgada procedente possui interesse 
• Ex.2: autor recorre de sentença de procedência para que o Tribunal 
mantenha a procedência, mas por fundamento diverso. 
• Réu e sentença terminativa: 
Ex.: sentença julga processo sem julgamento do mérito (art. 485). 
Réu pode apelar para requerer a improcedência da demanda (mérito)?
- Não há interesse recursal; 
- Há interesse recursal (art. 488 e REsp 710.287-SP). 
Art. 488. Desde que possível, o juiz resolverá o mérito sempre 
que a decisão for favorável à parte a quem aproveitaria 
eventual pronunciamento nos termos do art. 485. 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ACÓRDÃO DE MÉRITO DE 
IMPROCEDÊNCIA. RECURSO INTERPOSTO PELO RÉU. ALEGAÇÃO 
DE ILEGITIMIDADE PASSIVA. AUSÊNCIA DE INTERESSE 
RECURSAL. RECURSO NÃO CONHECIDO. 
1. Não possui interesse recursal o réu que pretende o 
reconhecimento de ilegitimidade passiva, quando já obteve, 
no caso concreto, em seu benefício, julgamento de total 
improcedência. 
2. O interesse processual é examinado para o caso concreto e não por simples 
receio da fixação de uma jurisprudência eventualmente contrária aos 
interesses econômicos da recorrente, para outros milhares de processos de que 
é parte. 
3. Ademais, mostra-se tecnicamente impossível, a um só tempo, o 
acolhimento da ilegitimidade passiva - o que conduziria a uma extinção do 
processo sem exame de mérito (art. 267, inciso VI, do CPC) - e a rejeição do 
pedido autoral - o que levaria a uma extinção do feito com exame de mérito 
(art. 269, inciso I, do CPC). 
4. Embargos de declaração não conhecidos. 
(EDcl no REsp 753.159/MT, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, 
QUARTA TURMA, julgado em 17/05/2011, DJe 20/05/2011)
III – Legitimidade recursal 
• O direito de recorrer pertence somente a determinadas pessoas; 
Art. 996. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo 
terceiro prejudicado e pelo Ministério Público, como parte ou 
como fiscal da ordem jurídica.
• Terceiro prejudicado: assistentes, sucessores. 
• MP: como parte ou fiscal da ordem jurídica.
IV – Inexistência de fato extintivo ou impeditivo do direito de recorrer 
ou do seguimento do recurso. 
• O interessado pode ter o direito de recorrer, mas estar inibido por alguma 
causa externa. 
• DESISTÊNCIA E RENÚNCIA
a) Renúncia – fato extintivo do poder de recorrer. Dá-se quando a 
parte vencida abre mão previamente do direito do seu direito de recorrer. 
• Pode ser expressa ou tácita: 
Art. 1.000. A parte que aceitar expressa ou tacitamente a decisão 
não poderá recorrer. 
Parágrafo único. Considera-se aceitação tácita a prática, sem 
nenhuma reserva, de ato incompatível com a vontade de recorrer. 
• Não depende da anuência do recorrido:
Art. 999. A renúncia ao direito de recorrer independe da 
aceitação da outra parte.
b) Desistência: fato impeditivo do poder de recorrer. Semelhante à renúncia, 
todavia ocorre após a interposição do recurso. 
 
 Não depende da anuência do recorrido ou dos litisconsortes. 
 Art. 998. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do 
recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso.
- Exceção: litisconsórcio unitário: decisão uniforme.
c) Não pagamento de multas previstas no CPC: recursos 
protelatórios 
• Agravo interno (1.021, §5.º) e ED (1.026, §3.º) 
§ 2o Quando manifestamente protelatórios os embargos de declaração, o juiz ou 
o tribunal, em decisão fundamentada, condenará o embargante a pagar ao 
embargado multa não excedente a dois por cento sobre o valor atualizado da 
causa. 
§ 3o Na reiteração de embargos de declaração manifestamente protelatórios, a 
multa será elevada a até dez por cento sobre o valor atualizado da causa, e a 
interposição de qualquer recurso ficará condicionada ao depósito prévio do 
valor da multa, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade 
da justiça, que a recolherão ao final.
b) Extrínsecos: atinentes ao modo de exercer o direito de recorrer 
I – Regularidade formal; 
• Os recursos possuem requisitos formais; 
• Ex.: agravo de instrumento: cópia dos documentos (art. 1.017) 
• O recurso não é admitido por falta dos requisitos formais. 
DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento, com pedido de efeito suspensivo, 
interposto em face de decisão que rejeitou embargos de declaração. A respeito dos 
documentos obrigatórios, que devem ser acostados aos autos no momento da 
interposição do agravo de instrumento, assim dispõe o art. 525, I, do Código de Processo 
Civil: "Art. 525. A petição de agravo será instruída: I - obrigatoriamente, com cópias da 
decisão agravada, da certidão da respectiva intimação e das procurações outorgadas aos 
advogados do agravante e do agravado." A providência de juntar com a inicial 
as peças essenciais ao conhecimento do pedido constitui ônus do 
agravante. Compulsando os autos, verifica-se que está ausente cópia da 
procuração outorgada ao advogado do agravado, impossibilitando, 
assim, a admissibilidade do recurso. Do exposto, nego seguimento ao 
agravo de instrumento, fulcro no art. 527, I, c/c art. 557, caput, do CPC. Intimem-
se. Publique-se. (TRF4, AG 0003533-61.2013.404.0000, Quinta Turma, Relator Ricardo 
Teixeira do Valle Pereira, D.E. 06/06/2013)
II – Tempestividade 
• Os recursos devem ser interpostos nos prazos previstos sob pena de preclusão 
temporal. 
• Prazos recursais são próprios. 
• Parte da doutrina entende não haver mais razão para a distinção entre prazos 
dilatórios e peremptórios. 
• O NCPC permitiu a modificação dos prazos peremptórios: 
Art. 222. Na comarca, seção ou subseção judiciária onde for difícil o 
transporte, o juiz poderá prorrogar os prazos por até 2 (dois) meses. 
§ 1º Ao juiz é vedado reduzir prazos peremptórios sem anuência das partes. 
• Pode haver também modificação em razão do calendário processual: art. 191; 
• Os prazos também podem ser ampliados independentemente 
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, 
incumbindo-lhe: 
VI - dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios 
de prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior 
efetividade à tutela do direito; 
1. Prazos próprios 
• São os prazos cuja inobservância acarreta a perda da possibilidade de praticar 
determinado ato processual; 
• Preclusão: perda da possibilidade de praticar um ato processual; 
Art. 223. Decorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar ou de 
emendar o ato processual, independentemente de declaração judicial, 
ficando assegurado, porém, à parte provar que não o realizou por justa 
causa. 
Ex.: prazo para contestar, prazo para recorrer, prazo para contrarrazões. 
• Parte da doutrina fala em prazos próprios ou peremptórios (Câmara); 
• Marinoni/Arenhart/Mitidiero sobre o art. 222, §1º: "embora o novo Código aluda 
a prazos peremptórios, o correto seria aludir a prazos próprios..."2. Prazos impróprios 
• São os prazos cujo decurso não acarreta a perda da possibilidade de praticar 
determinado ato processual; 
Ex.: prazos do juiz (art. 226 e 227); 
Ex.2: prazos dos auxiliares da justiça (art. 228);
• SUSPENSÃO: devolve somente o que faltava; 
• INTERRUPÇÃO: prazo recomeça por inteiro. 
Novo CPC 
Ministério Público, Advocacia Pública e Defensoria Pública: prazo em 
dobro para todas as manifestações. 
Arts. 180, 183 e 186. 
Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de 
escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados em dobro 
para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, 
independentemente de requerimento. 
§ 2º Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos 
eletrônicos. 
• Não cumulatividade com arts. 180, 183 e 186 do CPC 
• Novo CPC: contagem de prazo em dias úteis; 
• Unificação dos prazos processuais, exceto ED. 
• PRECLUSÃO CONSUMATIVA: se já interposto recurso, não é possível, 
ainda que não transcorrido o prazo, a interposição de outro. 
III – Preparo; 
• Custas necessárias à interposição de alguns recursos. 
• Ex.: apelação, agravo de instrumento (1.017, §1º) e recurso especial; 
• Ex.2: embargos de declaração (1.023). 
• Não sendo recolhido o preparo = DESERÇÃO 
Art. 1.007. No ato de interposição do recurso, o recorrente 
comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o 
respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob 
pena de deserção. 
• CPC/73: a deserção relevada: somente na apelação. 
Art. 519. Provando o apelante justo impedimento, o juiz relevará a pena de 
deserção, fixando-lhe prazo para efetuar o preparo. 
• NOVO CPC: parte deve ser intimada para o recolhimento em dobro. 
§ 4º O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso, o 
recolhimento do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, será 
intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em 
dobro, sob pena de deserção.
• Preparo insuficiente (valor inferior)? 
§ 2º A insuficiência no valor do preparo, inclusive porte de 
remessa e de retorno, implicará deserção se o recorrente, 
intimado na pessoa de seu advogado, não vier a supri-lo no 
prazo de 5 (cinco) dias. 
• Dispensados de preparo 
§ 1º São dispensados de preparo, inclusive porte de remessa e de 
retorno, os recursos interpostos pelo Ministério Público, pela 
União, pelo Distrito Federal, pelos Estados, pelos Municípios, e 
respectivas autarquias, e pelos que gozam de isenção legal. 
a) João pleiteia de Pedro indenização por ato ilícito; a sentença acolhe parcialmente o 
pedido, condenando o réu a pagar danos emergentes, mas rejeita os lucros cessantes. 
O réu se conforma com o ato. O autor, porém, apela para obter a verba que lhe fora 
negada pela sentença. É possível ao Tribunal não só negá-la, mas também absolver o 
réu dos danos emergentes, porque inexistente o ilícito imputado ao réu? 
b) Quais espécies de atos do magistrado são recorríveis? 
c) A parte sucumbente interpôs recurso de apelação contra sentença. Ciente de que a 
demora no julgamento do processo lhe traria prejuízo ainda maior, elaborou petição 
requerendo a desistência do recurso. O magistrado intimou a parte contrária, que se 
manifestou contrária à pretensão da recorrente. Como o juiz deve decidir? 
d) Diante de uma decisão interlocutória que antecipou os efeitos da tutela, o réu interpôs 
agravo de instrumento. Olvidou-se, todavia, de juntar cópia da decisão recorrida (art. 
1.017 do CPC). O Tribunal poderá julgar o mérito do recurso? 
e) A União interpôs apelação contra decisão no 16.º dia útil, contados da intimação. A 
parte recorrida, em contrarrazões, alegou que o recurso é intempestivo. Como a 
tempestividade é um dos requisitos de admissibilidade, o Tribunal negará seguimento 
ao recurso?
EFEITOS DOS RECURSOS 
RECURSO ADESIVO (RECURSO SUBORDINADO)
EFEITOS DOS RECURSOS 
• Alguns efeitos são típicos de todos os recursos, outros 
somente de alguns.
a) Efeito obstativo 
• Impede a formação da coisa julgada ou preclusão. 
b) Efeito devolutivo 
• O que é?
• Princípio dispositivo 
• Efeito devolutivo: atribui ao juízo recursal o exame da matéria 
impugnada no recurso. 
• Tantum devolutum quantum appellatum 
• Pedido de reforma: causa de pedir e pedido – reforma por 
fundamento diverso
c) Efeito suspensivo 
• O que é?
• Impede que a decisão recorrida produza efeitos 
• Não permite que a decisão produza efeitos entre a publicação 
e o fim do prazo recursal ou do julgamento do recurso. 
• Ex.: apelação tem efeito suspensivo (art. 1.012). 
• Como regra, não há efeito suspensivo para os recursos: 
Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo 
disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso. 
d) Efeito translativo 
• O que é?
• João pleiteia de Pedro indenização por ato ilícito; a sentença acolhe 
parcialmente o pedido, condenando o réu a pagar danos emergentes, 
mas rejeita os lucros cessantes. O réu se conforma com o ato. O 
autor, porém, apela para obter a verba que lhe fora negada pela 
sentença. O Tribunal ao apreciar o recurso verifica que a pretensão 
do autor está fulminada pela prescrição. Assim, reconhece a 
prescrição.
• Matérias de ordem pública. 
• Reconhecíveis de ofício: art. 337 e art. 485, §3º. 
• Exceção ao princípio da proibição da reformatio in pejus. 
• É a possibilidade do Tribunal apreciar matérias que não tenham 
sido objeto do recurso (efeito devolutivo) em razão de se 
tratarem de matéria de ordem pública.
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO. 
EXECUÇÃO FISCAL. 
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL. PRESCRIÇÃO AFASTADA PELO TRIBUNAL A 
QUO COM BASE EM PROCESSO ADMINISTRATIVO JUNTADO EM 
GRAU DE APELAÇÃO. MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA E EFEITO 
TRANSLATIVO DO RECURSO. INEXISTÊNCIA DE OFENSA AO ART. 517 
DO CPC. AGRAVO REGIMENTAL DO CONTRIBUINTE AO QUAL SE 
NEGA PROVIMENTO. 
1. O art. 517 do CPC dispõe que as questões de fato, não propostas no Juízo 
inferior, poderão ser suscitadas na apelação, se a parte provar que deixou de 
fazê-lo por motivo de força maior. 
2. A regra proibitiva do art. 517 do CPC, no entanto, não atinge situações que 
envolvam matéria de ordem pública, já transferidas ao exame do Tribunal pelo 
efeito translativo do recurso, bem como aquelas sobre as quais há autorização 
legal expressa no sentido de que possam ser arguidas a qualquer tempo e grau de 
jurisdição (NELSON NERY JÚNIOR e ROSA MARIA DE ANDRADE NERY, 
Código de Processo Civil Comentado e Legislação Extravagante, São Paulo, 
Revista dos Tribunais, 2010, p. 898). 
3. Agravo Regimental do contribuinte desprovido. 
(AgRg no REsp 1276818/RS, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA 
FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 19/02/2013, DJe 28/02/2013)
e) Efeito substitutivo 
• O que é?
• A decisão de mérito do recurso substitui a decisão impugnada, 
assim, o acórdão, mesmo que mantendo a sentença, “é o que 
vale”. 
Art. 1.008. O julgamento proferido pelo tribunal substituirá a 
decisão impugnada no que tiver sido objeto de recurso.
• Se a decisão não for de mérito, não haverá o efeito substitutivo.
• Qual a relevância?
• Competência para ação rescisória: art. 966.
f) Efeito expansivo 
• O que é? 
• Como regra, a apreciação do recurso fica limitada à matéria 
impugnada (efeito devolutivo). 
• O efeito expansivo é ligado à produção de efeitos em relação a 
outras pessoas que não o recorrente e a outros atos processuais 
que não o recorrido. 
• Consequências oriundas do julgamento do recurso. 
Ex.: 
Art. 1.005. O recurso interposto por um dos litisconsortes a 
todos aproveita, salvo se distintos ou opostos os seus interesses.
RECURSO ADESIVO (RECURSO SUBORDINADO) 
• Pedro ajuíza ação de cobrança para obter o pagamentode R$ 50.000. 
A ação é julgada parcialmente procedente, condenando o réu ao 
pagamento de R$ 40.000. Pedro não está totalmente satisfeito com a 
sentença, mas também não gostaria de esperar todos os recursos até o 
trânsito em julgado. Sabe, todavia, que se o réu recorrer e ele não o 
Tribunal não poderia majorar sua condenação em razão da proibição 
da reformatio in pejus. O que lhe resta fazer?
• Classificação dos recursos quanto à autonomia: autônomo e 
subordinado (adesivo); 
• Tem cabimento somente no caso de sucumbência recíproca: art. 997, 
§ 1º; 
• Somente admissível no caso de apelação, RESP e RE: 997, §2º, II; 
• Deve ser interposto no prazo das contrarrazões: art. 997, §2º, I; 
• Desistência ou inadmissibilidade do recurso principal: adesivo não 
será conhecido. Art. 997, §2º, III; 
• Não é possível adesivo de adesivo: preclusão consumativa. 
Art. 997. Cada parte interporá o recurso independentemente, no prazo e 
com observância das exigências legais. 
§ 1º Sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles 
poderá aderir o outro. 
§ 2º O recurso adesivo fica subordinado ao recurso independente, sendo-
lhe aplicáveis as mesmas regras deste quanto aos requisitos de 
admissibilidade e julgamento no tribunal, salvo disposição legal diversa, 
observado, ainda, o seguinte: 
I - será dirigido ao órgão perante o qual o recurso independente fora 
interposto, no prazo de que a parte dispõe para responder; 
II - será admissível na apelação, no recurso extraordinário e no recurso 
especial; 
III - não será conhecido, se houver desistência do recurso principal ou se 
for ele considerado inadmissível.
QUESTÕES DISCURSIVAS 
1) Em uma ação de despejo por falta de pagamento, cumulada com pagamento de aluguéis, 
recorre a parte autora apenas em relação ao não acolhimento da pretensão de cobrança. O 
pedido de despejo não foi acolhido pela sentença. O acórdão proferido, além de dar provimento 
à apelação para condenar o réu ao pagamento dos aluguéis, defere também o despejo. Está 
correta a decisão? 
2) Uma sentença julgou procedente uma demanda que questionava a cobrança de um tributo 
em razão de sua inconstitucionalidade. O fundamento utilizado para a improcedência foi o 
reconhecimento da inconstitucionalidade. O réu, inconformado, apelou sustentando que o 
tributo não era inconstitucional. O tribunal entendeu que o tributo, de fato, não era 
inconstitucional, todavia, não era devido porque já havia sido revogado por outra lei. Assim, 
negaram provimento à apelação. Considerando o efeito devolutivo dos recursos, está correta a 
decisão? 
3) Um segurado da Previdência Social ajuíza ação pleiteando o benefício de auxílio-doença. 
Tem deferido seu pedido de antecipação de tutela pelo magistrado de 1.º grau. O INSS interpõe 
agravo de instrumento, no qual é deferido efeito suspensivo. O segurado poderá desde já 
receber os valores a título de tutela antecipada? 
4) Maria ajuizou ação de danos morais contra Joana. A ação foi julgada procedente. Joana 
recorreu pleiteando a redução do valor da condenação. Ao apreciar o recurso, o Tribunal 
verificou que já havia ação anterior julgada improcedente. Em razão disso, reconheceu de 
ofício a coisa julgada. Está correta a decisão do Tribunal?
5) Pedro teve sua ação previdenciária proposta contra o INSS julgada parcialmente 
procedente pela 1ª Vara Cível de Porto Alegre. Na sentença, a aposentadoria por 
invalidez pleiteada foi concedia, todavia não foi deferido o pagamento dos valores 
atrasados. Inconformado, interpõe apelação requerendo a total procedência da demanda. 
O Tribunal reconheceu a incompetência da justiça estadual e determinou a remessa dos 
autos a Justiça Federal de 1º grau. Pedro, inconformado, interpõe embargos de declaração 
alegando omissão, uma vez que violado o princípio da proibição da reformativo in pejus. 
Qual das teses é correta? 
6) Pedro ajuíza ação de cobrança para obter o pagamento de R$ 50.000. A ação é julgada 
parcialmente procedente, condenando o réu ao pagamento de R$ 40.000. Pedro não está 
totalmente satisfeito com a sentença, mas também não gostaria de esperar todos os 
recursos até o trânsito em julgado. Decide, então, esperar a interposição de apelação pelo 
réu, o que se confirma. Pedro interpõe recurso adesivo no prazo das contrarrazões. O 
Tribunal não conhece a apelação do réu em razão da intempestividade e dá provimento 
ao recurso de Pedro, aumentando a condenação para R$ 50.000. A decisão está correta? 
7) Uma decisão indeferiu a antecipação de tutela pleiteada pelo autor e determinou a 
realização de perícia médica. Intimadas as partes, o autor interpôs agravo de instrumento 
requerendo a concessão de tutela para o Tribunal. O réu silenciou. Após, este foi 
intimado para apresentar resposta (contrarrazões) ao agravo interposto. Inconformado, 
apresenta, também, recurso adesivo alegando que a perícia média não poderia ter sido 
designada. O Tribunal não conhece o recurso interposto pelo réu. Está correta a decisão? 
8) João pleiteia de Pedro indenização por ato ilícito; a sentença 
acolhe parcialmente o pedido, condenando o réu a pagar danos 
emergentes, mas rejeita os lucros cessantes. O réu se conforma com 
o ato. O autor, porém, apela para obter a verba que lhe fora negada 
pela sentença. É possível ao Tribunal não só negá-la, mas também 
absolver o réu dos danos emergentes, porque inexistente o ilícito 
imputado ao réu? 
9) Quais espécies de atos do magistrado são recorríveis? 
10) A parte sucumbente interpôs recurso de apelação contra sentença. 
Ciente de que a demora no julgamento do processo lhe traria prejuízo 
ainda maior, elaborou petição requerendo a desistência do recurso. O 
magistrado intimou a parte contrária, que se manifestou contrária à 
pretensão da recorrente. Como o juiz deve decidir? 
11) Diante de uma decisão interlocutória que antecipou os efeitos da 
tutela, o réu interpôs agravo de instrumento. Olvidou-se, todavia, de 
juntar cópia da decisão recorrida (art. 1.017 do CPC). O Tribunal 
poderá julgar o mérito do recurso? 
12) A União interpôs apelação contra decisão no 16.º dia útil, contados 
da intimação. A parte recorrida, em contrarrazões, alegou que o recurso 
é intempestivo. Como a tempestividade é um dos requisitos de 
admissibilidade, o Tribunal negará seguimento ao recurso? 
QUESTÕES OBJETIVAS 
1) Vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir a outra parte. 
O recurso adesivo fica subordinado ao recurso principal e se rege pelas disposições 
seguintes:

I. Será interposto perante a autoridade competente para admitir o recurso principal, no 
prazo de que a parte dispõe para responder. 

II. Será admissível na apelação, no recurso extraordinário e no recurso especial. 

III. Não será conhecido, se houver desistência do recurso principal, ou se for ele 
declarado inadmissível ou deserto. 
Examinando o enunciado acima, está correto o que consta em 
a) II e III, apenas. 
b) II, apenas. 
c) I e II, apenas. 
d) I e III, apenas. 
e) I, II e III. 
2) No que se refere aos recursos: 
a) O recurso adesivo não está sujeito a preparo, servindo, para tanto, o realizado pela parte no apelo 
principal. 
b) A renúncia ao direito de recorrer depende da aceitação da outra parte. 
c) Dos despachos cabe apenas o recurso de agravo de instrumento. 
d) Ao recorrer, cabe sempre à parte impugnar inteiramente a sentença recorrida. 
e) O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir 
de recurso interposto.
3) Sobre os recursos, de acordo com o Código de Processo Civil, é correto afirmar: 
a) O Recurso Adesivo não será admissível no recurso extraordinário. 
b) O recorrente não poderá, a qualquer tempo, sem a anuência dos litisconsortes, desistir 
do recurso. 
c) A renúncia ao direito de recorrer dependeda aceitação da outra parte. 
d) A parte que aceitar tacitamente a sentença ou a decisão não poderá recorrer. 
4) Em relação aos efeitos dos recursos, pode-se afirmar: 
I. O efeito translativo possibilita ao Tribunal, acolhendo matéria de ordem 
pública, reformar sentença ainda que não haja recurso da parte prejudicada. 
II. O efeito translativo pode ser considerado uma exceção ao princípio da 
proibição da reformatio in pejus. 
III. A coisa julgada pode ser acolhida pelo Tribunal em razão do efeito 
translativo. 
Estão corretas: 
a) II e III, apenas. 
b) II, apenas. 
c) I, II e III. 
d) I e II, apenas. 
e) I e III, apenas. 
5. Em relação aos efeitos dos recursos, pode-se afirmar: 
I. O efeito suspensivo, como regra, impede que a decisão recorrida 
produza efeitos. 
II. O efeito devolutivo, como regra, possibilita o Tribunal julgar toda 
a matéria objeto do processo. 
III. O efeito obstativo impede a preclusão. 
Estão corretas: 
a) II e III, apenas. 
b) II, apenas. 
c) I e II, apenas. 
d) I, II e III. 
e) I e III, . 
6. Assinale a alternativa correta: 
a) De acordo com o efeito substitutivo, o julgamento do Tribunal substituirá a decisão 
recorrida. Tal efeito é presente em todos os recursos e não possui qualquer relevância na 
prática. 
b) O efeito translativo impede que o Tribunal aprecie matérias que não tenham sido 
objeto do recurso (efeito devolutivo). 
c) O efeito devolutivo (tantum devolutum quantum appellatum) permite que o Tribunal 
aprecie as questões que foram objeto de impugnação pelas partes. 
d) O efeito suspensivo é inerente aos recursos, bastando a sua interposição. 
7. Em relação aos pressupostos de admissibilidade dos recursos, é INCORRETO afirmar: 
a) O recorrente pode desistir de seu recurso sem a anuência do recorrido. 
b) Para recorrer, é necessário ter interesse e legitimidade recursal. 
c) A apelação sempre será intempestiva se não for interposta no prazo de 15 dias úteis. 
d) É necessária a interposição do recurso cabível contra a decisão recorrida, de acordo com a 
taxatividade. 
e) Se houver a interrupção de um prazo processual, o mesmo recomeça a correr por inteiro. 
8. Sobre o preparo, podemos afirmar: 
I. Somente alguns recursos tem como requisito de admissibilidade o preparo. 
II. Provando o recorrente justo impedimento, o relator relevará a pena de 
deserção, por decisão irrecorrível, fixando-lhe prazo de 5 (cinco) dias para 
efetuar o preparo. 
III. O agravante poderá ser intimado para complementar o preparo recolhido 
em valor insuficiente. 
IV. A parte que litiga com o benefício da justiça gratuita está dispensada de 
preparo. 
a) Todas estão corretas. 
b) Todas estão erradas. 
c) Somente I, II e III estão corretas. 
d) Somente I, III e IV estão corretas. 
e) Somente II, III e IV estão corretas

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