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Introdução 
História do Judô
	Segundo informações da Confederação Brasileira de Judô, este esporte foi idealizado por volta de 1880 por Jigoro Kano, que combinou diversos movimentos de outros estilos e escreveu as regras a partir do Jujitsu, arte de ataque e defesa usando o próprio corpo, eliminando as partes perigosas, fundou o instituto Kodokan, berço dos ensinamentos sobre esta arte marcial. O judô possui diversas federações pelo mundo, se tornou um dos esportes mais praticados por não haver restrição aos adeptos, estendendo seus ensinamentos a homens, mulheres, crianças e idosos. O Judô possui como filosofia integrar corpo e mente. Sua técnica utiliza os músculos e a velocidade de raciocínio para dominar o oponente. 
	A chegada do Judô ao Brasil se deu em 1922 através de Eisei Maeda, que realizou sua primeira apresentação em Porto Alegre. Em 18 de Março de 1969 foi fundada a Confederação Brasileira de Judô, que seria conhecida por decreto apenas em 1972. Em 1987, os atletas brasileiros participaram pela primeira vez de uma competição internacional: o Torneio de Paris. 
Judô e deficiência visual
	De acordo com Souza & Júnior (2006), a prática de judô para indivíduos cegos e de baixa visão teve início em 1982, no Instituto Benjamin Constant – IBC, de forma sistemática pelo professor Carmelino de Souza Vieira. Hoje em dia o Judô é ensinado em academias e clubes e reconhecido como um esporte saudável que não está relacionado à violência.
Desenvolvimento
Benefícios do judô para o deficiente visual
	No que diz respeito à forma de locomoção, 	orientação e mobilidade, o comprometimento da visão impõe a pessoa uma série de dificuldades. O medo de cair, esbarrar ou sofrer algum tipo de acidente e se machucar acaba minando a autoconfiança do deficiente visual, desencorajando o mesmo a explorar novos ambientes e ter uma maior independência (LOWENFELD, 1964, apud CAMPANI, 2008). 
	Questões como necessidades gerais da pessoa, possibilidade de exploração, auto realização e promoção da independência pessoal devem ser levadas em consideração ao trabalhar orientação e mobilidade para deficientes visuais. E esse trabalho se realiza através do desenvolvimento de certos estímulos como: conhecimento do esquema corporal, postura, treinamento dos sentidos, equilíbrio, técnicas específicas de mobilidade (LOWENFELD, 1964, apud CAMPANI, 2008).
	Segundo Souza & Júnior (2006), o judô, através de seus ensinamentos orientais, é muito importante para o cotidiano das pessoas com deficiência visual. Pois, além de promover a interação social entre pessoas com ou sem deficiência, promove o aperfeiçoamento de diversas valências psicomotoras dos praticantes. Entre elas: consciência corporal, domínio do equilíbrio, orientação de tempo e espaço, mobilidade segura e eficiência nas coordenações globais e segmentadas. 
	Winckler (2003) indica que informações cinestésicas, táteis e auditivas, devem ser utilizadas como recursos a fim de suprir a carência ou deficiência de informações visuais. Segundo Vieira & Souza (2006) esses recursos são muitos utilizados no judô para esses deficientes, por exemplo: o solo revestido por tatame e o contato dos pés descalços com este, promove a percepção tátil; o uso de kimono bem como o permanente contato com o colega/adversário facilita a realização dos objetivos; os comandos do judô são feitos de forma oral pelos árbitros ou professores. Esses são alguns dos elementos que tornam a prática do judô adequada para deficientes visuais, a fim de otimizar suas capacidades e minimizar os prejuízos decorrentes da falta de visão. 
O Judô dentro de seu programa técnico-filosófico projeta a possibilidade de promover fatores determinantes para a autodescoberta, além do favorecimento para mobilidade independente e orientação segura, possibilitando aos deficientes visuais vivências além dos esquemas a eles preconizados, desenvolvendo “movimentos e ações que propiciem o princípio da ação e reação sob o aspecto do desequilíbrio surtido em função de uma força” (SEISENBACHER & KERR, 1997 apud VIEIRA & SOUZA, 2006).
Judô paraolímpico
	O judô passou a fazer parte dos jogos olímpicos em 1964, na edição de Tóquio, se ausentou na edição seguinte, retornou quatro anos depois e é disputado até hoje. Os atletas são divididos em categorias de acordo com o peso. 
	Já nos jogos paralímpicos, a estreia do Judô aconteceu em 1988, em Seul, na Coréia do Sul com a participação dos homens. As mulheres passaram a integrar o programa dos jogos apenas em Atenas, 2004. É a única arte marcial integrante do programa paralímpico, praticada por pessoas com deficiência visual. O Judô paralímpico é, ainda hoje, disputado apenas por pessoas com deficiência visual, e a classificação é feita por critérios médicos e não funcionais, como acontece na maioria dos esportes paralímpicos. 
	Cegos totais têm um círculo vermelho costurado na manga do quimono. Atletas que também são surdos têm um círculo azul costurado nas costas do quimono. A classificação é feita da seguinte maneira:
· B1 – cego total: nenhuma percepção luminosa em ambos os olhos ou percepção de luz, mas com incapacidade de reconhecer formatos a qualquer distância ou direção. 
· B2 – atletas com percepção de vultos. 
· B3 – atletas que conseguem definir imagens.
Com a finalidade de melhor adaptar os atletas a prática, o Judô paralímpico possui diferenças em relação ao Judô convencional. As regras são praticamente as mesmas do judô convencional, com a diferença de que os atletas não são punidos quando saem da área de luta e o combate inicia com ambos os lutadores realizando suas pegadas (forma de segurar no kimono). 
	Em Pequim, 2008, o Brasil obteve a terceira colocação no quadro geral de medalhas de Judô, levando 8 atletas, dos quais 5 mulheres. Em segundo lugar esteve a Rússia, que levou 11 atletas, sendo 6 da categoria feminina. Por fim, a China, país sede, obteve a primeira colocação no quadro de medalhas do Judô, sua equipe contava com 8 atletas, 3 homens e 5 mulheres. Desta forma, percebe-se que os países que mais conquistaram medalhas paraolímpicas, tinham também maior número de atletas do gênero feminino, o que demonstra o grande espaço que a mulher vem conquistando no esporte e também no Judô paraolímpico.
Atletas brasileiros de maior destaque
	Em Seul (1988), Jaime de Oliveira (categoria até 60 quilos), Júlio Silva (até 65 quilos) e Leonel Cunha (acima de 95 quilos) conquistaram a medalha de bronze. Com esses resultados, o judô passou a ser a quarta modalidade brasileira a subir no pódio paraolímpico. Atlanta (1996) teve um significado especial: o Brasil conquistou pela primeira vez a medalha de ouro com o judoca Antônio Tenório da Silva, na categoria até 86 quilos. 
	Em Sydney, Tenório foi novamente campeão paraolímpico, desta vez na categoria até 90 quilos. As mulheres também se destacam. Karla Cardoso (até 48 quilos) conquistou a vaga para Atenas no Mundial da IBSA, em 2003. Daniele Bernardes (até 57 quilos) ganhou o bronze no Mundial e também assegurou participação na Grécia. 
	Em Atenas, os brasileiros brilharam mais uma vez, com a medalha de ouro de Antônio Tenório (até 100 quilos), a prata de Eduardo Amaral (até 73 quilos), a prata de Karla Cardoso (até 48 quilos) e o bronze de Daniele Silva (até 57 quilos).
Conclusão
O Judô é uma arte marcial que se preocupa com o ser humano como sendo integral e indivisível, possibilitando o desenvolvimento de técnicas corporais aliadas a um forte componente filosófico, princípios esses que se aplicarão a todas as fases da vida, desafios, combates e contratempos, com os quais o indivíduo em condição de deficiência visual porventura irá se defrontar, auxiliando-o nas suas atividades, quer sejam esportivas, sociais ou profissionais (RUSSO & SANTOS, 2001).			Tendo como base os dados apresentados, concluímos que o judô, é uma arte marcial antiga, mas que vem se desenvolvendo até os dias atuais, e é uma atividade de grande benefício para os deficientes visuais, pois auxilia nodesenvolvimento das habilidades psicomotoras dos mesmos.
REFERÊNCIAS
CAMPANI, D.B. Judô para Deficientes Visuais - Análise do Potencial e Necessidades Pedagógicas Para um Projeto de Inclusão Social. Trabalho de Conclusão de Curso/UFRGS, Porto Alegre, 2008.
	Confederação Brasileira de Judô. Disponível em: <http://www.cbj.com.br/institucional_historia>. Acesso em: 25 nov. 2013.
	Instituto Ressoar. Judô paraolímpico brasileiro leva para Londres alguns favoritos à conquista de medalhas. Disponível em: <http://www.ressoar.org.br/dicas_inclusao_sentidos_judo_paraolimpico.asp>. Acesso em: 25 nov. 2013.
	Portal São Francisco. Judô paraolímpico feminino. Disponível em: <http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/judo-paraolimpico/judo-paraolimpico-4.php>. Acesso em: 25 nov. 2013.
RUSSO JUNIOR, W.; SANTOS, L, J, M.O Judô como atividade pedagógica desportiva complementar, em um processo de orientação e mobilidade para portadores de deficiência visual. Revista Digital, Lecturas: Educacion Física y Deportes. Uhttp://www.efdeportes.comU. Buenos Aires:Abril,Ano 7,n.35,2001.
	SOUZA, C. D.; JÚNIOR, W. R. Manual de Orientação Para Professores de Educação Física. Comite Paralímpico Brasileiro, 2006.
VIEIRA, Carmelino de Souza; SOUZA JÚNIOR, Walter Russo de; Judô paraolímpico: manual de orientação para professores de educação física. Brasília: Comitê Paraolímpico Brasileiro, 2006. 31p.
	WINCLER, Ciro. Atividade Físico Esportiva Para Pessoas Cegas ou com Baixa Visão. In: DUARTE, Edson; LIMA, Sônia;. Atividades Físicas para Pessoas com Necessidades Especiais.: experiências e intervenções pedagógicas. Rio de Janeiro: Guanabara, 2003.

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