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Lei 8.429/92 e Agentes Públicos

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Direito Administrativo I
Resumo para a prova
Lei 8.429/92 e Agentes Públicos
Carlos Diego Apoitia Miranda
ESUCRI – DIREITO ADMINISTRATIVO I
Lei 8.429/92 –Lei de Improbidade Administrativa
 Finalidade do instituto foi tornar mais severa a
punição de desvios cometidos pelos agentes
públicos;
 Regulamentos anteriores tratavam de casos de
“enriquecimento ilícito por influência ou abuso do
cargo o função pública”;
 Dec. Lei nº. 3.240/41; Lei nº. 3.164/57 e Lei nº.
3.502/58;
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
INTRODUÇÃO
 Na CF 88, a previsão encontra-se no art. 37, § 4º;
 Traz um rol de 4 medidas: suspensão dos direitos
políticos, a perda da função pública, a
indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao
erário;
 Art. 37, § 4º, CF: “Os atos de improbidade
administrativa importarão a suspensão dos
direitos políticos, a perda da função pública, a
indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao
erário, na forma e gradação previstas em lei, sem
prejuízo da ação penal cabível”.
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
INTRODUÇÃO
 Então, de acordo com a CF se alguém praticar um
ato de improbidade administrativa, estará sujeita às
seguintes sanções:
 suspensão dos direitos políticos;
 perda da função pública;
 indisponibilidade dos bens e
 ressarcimento ao erário.
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
INTRODUÇÃO
 Qual a natureza jurídica dos atos de Improbidade?
Civil, Penal ou Administrativa?
a) Não possuem natureza penal, pois a parte final do art. 37, §
4º, CF assegura as sanções penais cumulativamente;
b) Não possui natureza administrativa, contudo, o agente
também poderá ser punido na via administrativa;
c) Assim, o ilícito de improbidade tem natureza civil,
sendo então um ilícito civil com ação judicial própria
e medidas próprias (STF - ADI 2860 e 2797)
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
INTRODUÇÃO
 Assim, os atos de improbidade possuem natureza sui
generis, uma vez que são ilícitos de natureza cível, com
repercussões políticas, administrativas e civis.
 Exemplo: uma mesma conduta praticada por um agente:
- Ilícito penal – Ação Penal
- Ilícito administrativo – PAD
- Ilícito civil – Ação Civil de Improbidade
 Então, a regra geral é a independência das instâncias;
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
DISPOSIÇÕES GERAIS
Sujeitos dos Atos de Improbidade
 Art. 1º - Sujeito Passivo
 É a PESSOA JURÍDICA, de direito público ou privado, que
sofre os efeitos deletérios do ato de improbidade
administrativa;
 É como se fosse a “vítima” do ato de improbidade.
 Entidades da Administração pública direta (Governos) ou
indireta (Empresa Pública, Autarquias, Sociedades de
Economia Mista) e Fundações, sejam da União, Estados,
Municípios e Distrito Federal;
 Entidade para cuja criação ou custeio o Estado tenha
contribuído em mais de 50% do patrimônio ou receita;
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
DISPOSIÇÕES GERAIS
 Art. 1º, parágrafo único:
 Entidades que recebam benefícios ou incentivos
creditícios ou fiscais do Estado;
 Entidade para cuja criação ou custeio o Estado tenha
contribuído ou contribua com menos de cinquenta
por cento do patrimônio ou da receita anual (Ex.
Serviços sociais autônomos, Organizações Sociais);
 Obs.: a sanção é limitada a repercussão do ilícito nos
cofres públicos.
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
DISPOSIÇÕES GERAIS
 Sujeito Ativo (art. 2º)
 O sujeito ativo do ato de improbidade será réu na
ação de improbidade;
 Agente Público: “Aquele que exerce, ainda que
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição,
nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma
de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou
função nas entidades mencionadas no artigo anterior.”
 É qualquer pessoa que gerencie, ainda que
transitoriamente ou sem remuneração, recursos
públicos;
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
DISPOSIÇÕES GERAIS
 Art. 3º. Terceiro
 É o particular que induzir, ou seja, incutir no agente
público o estado mental tendente à prática do ilícito; e
concorrer juntamente com o agente público para a
prática do ato.
 Além disso, deve o terceiro se beneficiar, direta ou
indiretamente do ato ilícito praticado pelo agente
público
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
DISPOSIÇÕES GERAIS
 É possível que, em uma ação de improbidade
administrativa, o terceiro figure sozinho como réu?
 NÃO. Para que o terceiro seja responsabilizado pelas
sanções da Lei n.° 8.429/92, é indispensável que seja
identificado algum agente público como autor da prática
do ato de improbidade. Logo, não é possível que seja
proposta ação de improbidade somente contra o terceiro,
sem que figure também um agente público no polo
passivo da demanda. STJ. 1ª Turma. REsp 1.171.017-PA,
Rel. Min. Sérgio Kukina, julgado em 25/2/2014 (Info 535).
 STJ em 2015 extinguiu a ação de Improbidade proposta
isoladamente contra o ator/diretor Guilherme Fontes
(Resp nº. 1.405.748)
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
DISPOSIÇÕES GERAIS
 Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por
ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de
terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano.
 Obs.: a ação de ressarcimento ao erário é
imprescritível;
 Art. 37, § 5º, CF:
 A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos
praticados por qualquer agente, servidor ou não, que
causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações
de ressarcimento.
 Art. 6° No caso de enriquecimento ilícito, perderá o
agente público ou terceiro beneficiário os bens ou
valores acrescidos ao seu patrimônio.
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
DOS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
 Os arts. 9º ao 11, definem um rol de condutas que
caracterizam Improbidade Administrativa, de
acordo com a gravidade:
a) Enriquecimento ilícito
b) Prejuízo ao Erário
c) Lesão aos Princípios da Adm. Pública
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
DOS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
a) Enriquecimento Ilícito
 Art. 9º: Caracteriza o enriquecimento ilícito pela
obtenção da vantagem patrimonial indevida em razão
do vínculo entre agente e administração pública;
 Elementos essenciais:
 a) percepção de vantagem patrimonial;
 b) essa vantagem deve ser indevida;
 c) conduta DOLOSA do agente;
 d) nexo causal entre o exercício funcional e a vantagem
indevida.
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
DOS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
b) Prejuízo ao Erário Público (art. 10):
 Qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que
enseje perda patrimonial, desvio, apropriação,
malbaratamento ou dilapidação dos bens ou
haveres das entidades referidas no art. 1º;
 Exige-se para caracterizar a prática de improbidade
nesses casos a comprovação efetiva de dano ao
erário (não se pode condenar ao ressarcimento por
dano hipotético ou presumido); STJ: Resp 1.127.143
e 1.038.777;
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
DOS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
 Elementos essenciais:
 a) conduta dolosa ou culposa do agente;
 b) perda patrimonial;
 c)nexo causal entre o exercício funcional e a
perda patrimonial;
 d) ilegalidade da conduta funcional;
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
DOS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
c) Atentem contra os Princípios da Administração
Pública:
Qualquer ação ou omissão que viole os deveres de
honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade
às instituições, caracteriza ato de improbidade
administrativa; Condutas de menor gravidade que atentem
dolosamente contra os princípios da adm. pública;
 Contudo, tais ações NÃO provocam lesão financeira
ao erário;
 Somente a título de Dolo;
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
DOS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
 Requisitos:
 a) conduta ILÍCITA;
 b) improbidade do ato, configurada pela tipicidade
do comportamento, ajustado em algum dos incisos
do 11 da LIA;
 c) elemento volitivo, consubstanciado no DOLO de
cometer a ilicitude e causar prejuízo ao Erário;
 d) ofensa aos princípios da Administração Pública.
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
DAS PENAS
 Estão enumeradas no § 4º, do art. 37, da
Constituição, quais sejam:
a) suspensão dos direitos políticos
b) perda da função pública
c) indisponibilidade jurídica dos bens
d) ressarcimento ao erário.
 Art. 12 – Das penalidades
 Define as penas correspondentes àqueles que
praticarem os atos delimitados nos artigos 9º, 10
e 11.
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
DAS PENAS
 Disciplinando o tema, o art. 12 da LIA ampliou a
relação mínima de sanções prevista na CF, prevendo
as seguintes:
 a) perda dos bens ou valores acrescidos
ilicitamente;
 b) ressarcimento integral do dano;
 c) perda da função pública;
 d) suspensão dos direitos políticos;
 e) multa civil; e
 f) proibição de contratar com o poder público ou
receber benefícios ou incentivos fiscais ou
creditícios.
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
DAS PENAS
 As penas podem ser aplicadas isoladas ou
cumulativamente;
 Independem de aprovação ou rejeição das
contas pelo órgão de controle interno ou
Tribunal de Contas;
 A perda da função pública e a suspensão dos
direitos políticos só se efetivam com o trânsito
em julgado da sentença condenatória. (art. 20).
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
DAS PENAS
ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – CURSO DE DIREITO – 6ª FASE
Agentes Públicos
 1. Quem é agente público no Brasil?
 Art. 2º, da Lei de Improbidade Administrativa: “Reputa-se agente
público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda
que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição,
nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de
investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas
entidades mencionadas no artigo anterior”.
 2. Classificação dos agentes públicos
 a) Agentes políticos:
 São aqueles aos quais incumbe a execução das diretrizes traçadas
pelo Poder Público;
ESUCRI – DIREITO ADMINISTRATIVO I
 São agentes políticos:
 Chefes do Poder Executivo (e vice);
 Auxiliares imediatos do Poder Executivo;
 Ministros de Estado;
 Secretários (Estadual e Municipal);
 Membros do Poder Legislativo;
 Senadores, Deputados (Federais e Estaduais), Vereadores;
 Obs.: Magistrados e Membros do MP;
 Não são escolhidos pelo povo, mas sim via concurso público
(escolha meritória);
 O STF, desde 2002, considera serem eles agentes políticos por
fazerem parte da vontade do Estado;
ESUCRI – DIREITO ADMINISTRATIVO I
 b) Servidor estatal
 Que atuam em PJ de Direito Público (Autarquias e Fundações Públicas
de Direito Público) - SERVIDOR PÚBLICO - titular de CARGO - regime
ESTATUTÁRIO.
 Dois regimes diferentes são aplicáveis aos servidores estatutários:
 a) cargos vitalícios:
 Magistrados, membros do Ministério Público e membros dos Tribunais
de Contas;
 Somente pode perder o cargo por meio de sentença judicial transitada
em julgado;
 b) cargos efetivos:
 É a condição de todos os cargos públicos, com exceção dos vitalícios;
 O servidor pode perder o cargo por intermédio de a) sentença judicial
transitada em julgado; b) processo administrativo disciplinar; c)
avaliação de desempenho; d) redução de despesas com pessoal.
ESUCRI – DIREITO ADMINISTRATIVO I
 Que atua em PJ de Direito Privado (atuam nas Empresas
Públicas, Sociedades de Economia Mista e Fundações Públicas
de Direito Privado) - SERVIDOR DE ENTES GOVERNAMENTAIS DE
DIREITO PRIVADO (EMPREGADO) - titular de EMPREGO - regime
CELETISTA.
 Obs.: Equiparam-se a servidores públicos em várias
circunstâncias:
 - concurso público
 - sujeitam-se à vedação de acumulação;
 - sujeitam-se ao teto remuneratório;
 - são considerados agentes públicos para os fins da Lei nº.
8.429/92
 - são funcionários públicos para fins penais (CP, art. 327)
 - estão sujeitos aos Remédios Constitucionais;
ESUCRI – DIREITO ADMINISTRATIVO I
 Então:
 Os empregados públicos ingressam por meio de concurso público
para ocupar empregos públicos;
 Possuem vinculação contratual com o Estado regida pela
Consolidação das Leis do Trabalho;
 O regime de emprego público é menos protetivo do que o regime
estatutário de cargo público;
 É o sistema de contratação a ser utilizado nas pessoas jurídicas de
direito privado da Administração indireta (empresas públicas,
sociedades de economia mista, fundações governamentais e
consórcios privados);
ESUCRI – DIREITO ADMINISTRATIVO I
 c) Particulares em colaboração
 Particulares que em um dado momento exercem função pública;
 REQUISITADOS – são convocados, sendo a sua participação é
obrigatória. Ex. mesário na eleição, jurado no júri;
 VOLUNTÁRIOS ou PARTICULARES EM “SPONTE PROPRIA” ou AGENTES
HONORÍFICOS – cooperam por livre e espontânea vontade. Ex. amigos
da escola, Presidente do Conselho de Medicina;
 PARTICULARES EM COLABORAÇÃO – agentes de concessionárias e
permissionárias que prestam serviços públicos. Ex. motorista
 DELEGADOS DE FUNÇÃO – a própria CF transfere a função a um
particular. Ex. serviço notarial, previsto no art. 236 da CF/88;
 PARTICULARES QUE PRATICAM ATOS OFICIAIS – alguns particulares
recebem o serviço diretamente da CF. É o caso do ensino e da saúde (a
titularidade decorre direto da CF). Ex. dirigente de hospital privado,
dirigente de universidade privada
ESUCRI – DIREITO ADMINISTRATIVO I
 3. Concurso Público
 Pressupostos para abertura do concurso:
 a) necessidade de preenchimento das vagas;
 b) disponibilidade financeira para remuneração desses cargos;
 3.1. Acessibilidade
 Podem ser servidores públicos os brasileiros e os estrangeiros, estes na
forma da Lei (os estrangeiros já regulamentados são os professores e
pesquisadores nas Universidades Públicas).
 Art. 37, I, CF - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos
brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim
como aos estrangeiros, na forma da lei;
 3.2. Condição
 Art. 37, II, CF - a investidura em cargo ou emprego público depende de
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de
acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma
prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado
em lei de livre nomeação e exoneração;
ESUCRI – DIREITO ADMINISTRATIVO I
 A condição para ingressar no serviço público é prestar concurso
público, SALVO:
 a) Mandato eletivo (sujeitam-se a processo eleitoral);
 b) Cargo em Comissão ou Função de Confiança;
 Cargo em Comissão:
 Acessíveis sem concurso público, mas providos por nomeação
política;
 Podem ser desligados do cargo imotivadamente, sem necessidade
de garantir contraditório, ampla defesa e direito ao devido processo
legal;
 ATENÇÃO:
 Cargo em Comissão é diferente de FUNÇÃO DE CONFIANÇA
(atribuições de direção, chefia e assessoramento - art. 37, V, da CF),
mas só podem ser exercidas por servidores de carreira.
ESUCRI – DIREITO ADMINISTRATIVO I
 c) Contrato temporário
 Prazo determinado; situação de anormalidade; excepcional
interesse público;
 Ex. servidores para a realização do Censo do IBGE;
Art. 37, IX CF.
 IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado
para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público.
 d) Hipóteses excepcionais que estão expressas na CF – Ministros
e Conselheiros dos Tribunais de Contas, Ministros do STF, regra do
Quinto Constitucional;
 e) Agentes comunitários de saúde e agentes de combate às
endemias (art. 198, §§ 4º a 6º, da CF, alterado pela EC 51/06)
ESUCRI – DIREITO ADMINISTRATIVO I
 3.3. Requisitos para o Concurso Público:
 Compatíveis com a natureza do cargo;
 Previstos na Lei da Carreira (não basta estarem previstos no
Edital);
 Prazo de validade = até 2 anos (prorrogáveis por igual período,
desde que a prorrogação esteja prevista no Edital);
 A decisão de prorrogar é discricionária e, para alguns
doutrinadores, há necessidade de fundamentação;
 Se o Administrador decide prorrogar, é possível revogar a
prorrogação?
 Para o STF, a revogação é possível, DESDE QUE o prazo da
prorrogação NÃO TENHA COMEÇADO a fluir (se já começou, há
direito adquirido à vaga);
ESUCRI – DIREITO ADMINISTRATIVO I
 Súmulas STF e STJ:
 STF
 Súmula Vinculante 44: “Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico
a habilitação de candidato a cargo público”.
 Súmula 683. O limite de idade para a inscrição em concurso público só
se legitima em face do art. 7º, XXX, da Constituição, quando possa ser
justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido.
 Súmula 684. É inconstitucional o veto não motivado à participação de
candidato a concurso público.
 Súmula 685. É inconstitucional toda modalidade de provimento que
propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso
público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a
carreira na qual anteriormente investido.
 STJ
 Súmula 266. O diploma ou habilitação legal para o exercício do cargo
deve ser exigido na posse e não na inscrição para o concurso público.
ESUCRI – DIREITO ADMINISTRATIVO I
 3.4. Direito à nomeação
 Como regra, mera expectativa de direito;
 STF passou a reconhecer o direito à nomeação:
 Súmula nº 15: Dentro do prazo de validade do concurso, o
candidato aprovado tem o direito à nomeação, quando o
cargo for preenchido sem observância da classificação.
 STJ: reconheceu que candidato aprovado em concurso tem direito
subjetivo à nomeação, DESDE QUE (1) haja vaga e (2) o concurso
ainda esteja válido (determinar o número de vagas no Edital é
decisão discricionária, mas se há vagas e o concurso é válido, há
direito subjetivo à nomeação);
 STF também começa a entender no mesmo sentido, com as
mesmas condições (dentro do número de vagas, se válido o
concurso;
ESUCRI – DIREITO ADMINISTRATIVO I
 3.5 – Prazo de Validade de Concurso Público
 Até 2 anos;
 Deve estar previsto no Edital; somente pode ser feita uma única
vez, por igual período;
 É possível realizar um concurso quando ainda há outro concurso
em validade?
 Sim, desde que respeitada a ordem de classificação; esgotados os
aprovados do primeiro concurso, pode começar a nomear os do
segundo concurso, ou se o primeiro concurso expirar o prazo de
validade.
ESUCRI – DIREITO ADMINISTRATIVO I
 4. Estágio Probatório
 Inicia quando o servidor entra em exercício no cargo;
 Período de avaliação em que são observados os observados os
fatores:
 Assiduidade; disciplina; capacidade de iniciativa;
produtividade e; responsabilidade;
 Texto original da CF/88: prazo de 02 anos e o art. 20, da Lei nº.
8.112/90 previa que o estágio probatório era de 24 meses;
 Porém, a EC nº. 19/98 alterou o art. 41, da CF e registrou que o
servidor precisaria de 3 anos de efetivo exercício;
 Polêmica;
 Hoje, o STF entende que o estágio probatório deve ser de 03
anos, entendimento que também é seguido pelo CNJ, pelo STJ e
pelo TST;
ESUCRI – DIREITO ADMINISTRATIVO I
 5. Estabilidade
 Finalidade de assegurar aos ocupantes de cargos públicos uma
expectativa de permanência no serviço público;
 Visa a evitar que sejam coagidos a agir em detrimento do
interesse público;
 5.1. Aquisição da Estabilidade
 1º. Requisito – CONCURSO PÚBLICO
 2º Requisito - 3 ANOS DE EFETIVO EXERCÍCIO;
 3º Requisito – AVALIACAO ESPECIAL DE DESEMPENHO.
ESUCRI – DIREITO ADMINISTRATIVO I
 5.2. PERDA DA ESTABILIDADE
 O servidor estável só perderá o cargo em virtude de:
 a) sentença judicial transitada em julgado;
 b) processo administrativo disciplinar com garantia de ampla
defesa;
 c) procedimento de avaliação periódica de desempenho,
assegurada ampla defesa (art. 41, § 1º, III, da CF);
 d) redução de despesas (art. 169, § 4º, da CF).
ESUCRI – DIREITO ADMINISTRATIVO I
 6. Sistema remuneratório
 REMUNERAÇÃO (VENCIMENTOS) = pagamento feito em duas
parcelas, a parcela fixa (salário base da carreira) e a parcela
variável (auxílios, adicionais, gratificações e demais vantagens).

 Com a EC nº 19, foi criado o SUBSÍDIO, que fixou a PARCELA
ÚNICA, acabando com a parcela variável;
 Hoje, são remunerados por subsídio:
 Chefes do Executivo e seus Vices, bem como seus auxiliares imediatos
(Ministros de Estado, Secretários estaduais, Secretários municipais),
 Membros do Legislativo,
 Magistrados,
 Membros do MP,
 Ministros e Conselheiros dos Tribunais de Contas,
 AGU, Procuradores e Defensores Públicos,
 Membros da Carreira da Polícia
ESUCRI – DIREITO ADMINISTRATIVO I
 E todos os demais servidores organizados em carreira (não é
obrigatório, mas podem ser remunerados por subsídio;
 O que pode ser pago além do subsídio?
 Verbas de natureza indenizatória (ex. diárias pelo deslocamento,
ajuda de custo em caso de remoção por interesse público) e as
garantias do art. 39, § 3º, da CF (ex. hora extra, adicional noturno,
terço das férias, 13º, enfim, as garantias do art. 7º que são
aplicáveis aos servidores públicos).
 Como as verbas de natureza indenizatória e as garantias do art.
39, § 3º, da CF têm caráter transitório, não foram incluídas no
subsídio.
ESUCRI – DIREITO ADMINISTRATIVO I
 6.1. Fixação por LEI:
 A remuneração dos servidores públicos tem de ser fixada por LEI, sendo
a iniciativa do Projeto de Lei sempre de quem vai pagar a conta (ou seja,
sempre do dono do dinheiro);
 Cabe a cada Poder definir a sua despesa;
 Exceções:
 O Congresso Nacional poderá fixar a remuneração do Presidente da
República e do Vice, dos Ministros de Estado, dos Senadores e
Deputados Federais via Decreto Legislativo (passa pelas duas Casas, mas
não há sanção e veto pelo Executivo);
 A Câmara Municipal poderá fixar a remuneração dos Vereadores via
Decreto Legislativo;
 As demais serão SEMPRE fixadas por Lei (Deputado Estadual,
Governador, Prefeito);
ESUCRI – DIREITO ADMINISTRATIVO I
 6.2. Teto remuneratório
 No âmbito federal, ninguém recebe, independentemente do
Poder, mais do que Ministro do STF (R$ 36,7 mil);
 No Estado, depende do Poder, pois a EC nº. 41 criou três
“subtetos”;
 Âmbito estadual Executivo – ninguém recebe mais do que o
Governador do Estado
 Âmbito estadual Legislativo – ninguém recebe mais do que o
Deputado Estadual
 Âmbito estadual Judiciário – ninguém recebe mais do que o
Desembargador;
 E o teto do Desembargador não pode ser mais do que 90,25% do
Ministro do STF, sendo que esse teto também serve para os
membros do MP, para os Procuradores de Estado e para os
Defensores Públicos;
ESUCRI – DIREITO ADMINISTRATIVO I
 6.3. Acumulação
 De regra, na Administração Pública (direta e indireta), NÃO é possível a
acumulação de cargos/empregos/funções.
 A CF, porém, permite a acumulação de DOIS cargos/empregos/funções
– art. 37, XVI e XVII, e art. 38;
 Art. 37. (...)
 XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos,exceto,
quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer
caso o disposto no inciso XI. (Redação dada pela EC nº 19, de 1998)
 a) a de dois cargos de professor; (Incluída pela EC nº 19, de 1998)
 b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; (Incluída
pela EC nº 19, de 1998)
 c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde,
com profissões regulamentadas; (Redação dada pela EC nº 34, de 2001)
 XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e
abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de
economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou
indiretamente, pelo poder público; (Redação dada pela EC nº 19, de
1998)
ESUCRI – DIREITO ADMINISTRATIVO I
 a) Servidor em atividade no 1º + em atividade no 2º pode
acumular duas remunerações, desde que:
 Horário compatível;
 Soma da remuneração não pode ultrapassar o TETO
REMUNERATÓRIO;
 Hipóteses :
 2 de professor (professor na Universidade federal e na estadual);
 1 de professor + 1 de técnico/científico (professor + Juiz);
 2 na área da saúde com profissão regulamentada por lei (1 de
médico e 1 de enfermeiro);
 b) Servidor aposentado no 1º + aposentado no 2º pode
acumular duas aposentadorias (proventos), desde que
aposentado nas hipóteses anteriores;
ESUCRI – DIREITO ADMINISTRATIVO I
 c) Servidor aposentado no 1º + em atividade no 2º pode acumular a
aposentadoria (provento) e a remuneração, desde que:
 Em atividade nas hipóteses anteriores ou;

 No exercício de mandato eletivo ou;
 No exercício de cargo em comissão (Ministro de Estado, Secretário de
Estado, Secretário de Município) ou;
 d) Servidor em atividade no 1º + mandato eletivo - somente
Vereador pode acumular;
 Mandato federal, estadual ou distrital - NÃO ACUMULA! Afasta-se do 1º
e recebe a remuneração do mandato eletivo;
 Prefeito: afasta-se do 1º e pode OPTAR pela remuneração;
 Vereador - horário compatível, ACUMULA; horário incompatível, afasta-
se e pode OPTAR;
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 7. Aposentadoria
 Dois regimes:
 RGPS (art. 201 e ss. da CF), ou seja, Regime Geral de Previdência Social -
INSS (Direito Previdenciário) - empregados privados, empregados na
Administração Direta e Indireta, ocupantes de cargo em comissão.
 RPPS (art. 40 da CF), ou seja, Regime Próprio de Previdência Social -
cada ente político (Direito Administrativo) - servidor titular de cargo
efetivo ou vitalício;

 HÁ RECIPROCIDADE ENTRE OS REGIMES: há possibilidade de levar o
tempo e as contribuições do Regime público para o Regime Privado e
vice-versa.
 Requisitos - 4 regras diferentes:
 1ª hipótese – APOSENTADORIA POR INVALIDEZ
 De regra, proventos proporcionais ao tempo de contribuição.
 Excepcionalmente, se a doença for inerente ao trabalho (doença
profissional, moléstia do serviço), receberá proventos integrais;
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 2ª hipótese – APOSENTADORIA COMPULSÓRIA – 70 anos de
idade;
 De regra, proventos proporcionais ao tempo de contribuição.
 Pode, porém, chegar a proventos integrais, se atingido o limite do
tempo de contribuição.
 3ª hipótese – APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA – 10 anos no serviço
público, com 5 anos no cargo;
 Pode se aposentar com proventos integrais, se preencher
cumulativamente os requisitos de idade e tempo de contribuição:
 Homem: 60 anos de idade + 35 anos de contribuição;
 Mulher: 55 anos de idade + 30 anos de contribuição;
 E pode se aposentar com proventos proporcionais ao tempo de
contribuição, interessando apenas a idade;
 Homem: 65 anos de idade
 Mulher: 60 anos de idade
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 4ª hipótese – APOSENTADORIA ESPECIAL – requisitos dados pela
CF; hoje só está regulamentada a aposentadoria especial do
Professor;
 Neste caso, o Professor tem 5 anos reduzidos:
 Homem: 55 anos de idade + 30 anos de contribuição;
 Mulher: 50 anos de idade + 25 anos de contribuição;
 Obs.: o professor é o do ensino infantil, fundamental e médio;
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Lei 8.112/90
 A Lei 8.112/1990 (Estatuto dos Servidores Federais) disciplina o regime
jurídico dos servidores públicos da União, das autarquias e das
fundações públicas federais (art. 1º);
 Servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público (art. 2.º);
 Cargo público, nos termos da lei, é o conjunto de atribuições e
responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser
cometidas a um servidor (art. 3.º).
 Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com
denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para
provimento em caráter efetivo ou em comissão.
 É proibida a prestação de serviços gratuitos, exceto nos casos previstos
em lei (art. 4.º).
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 Para que alguém venha a ser investido num cargo público é
necessário que preencha os seguintes requisitos mínimos (art.
5.º):
 a) a nacionalidade brasileira;
 b) o gozo dos direitos políticos;
 c) a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
 d) o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
 e) a idade mínima de dezoito anos;
 f) aptidão física e mental.
 § 1º As atribuições do cargo podem justificar a exigência de
outros requisitos estabelecidos em lei.
ESUCRI – DIREITO ADMINISTRATIVO I
 § 2º Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito
de se inscrever em concurso público para provimento de cargo
cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são
portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por
cento) das vagas oferecidas no concurso.
 § 3º As universidades e instituições de pesquisa científica e
tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores,
técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os
procedimentos desta Lei.
 Art. 6º O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da
autoridade competente de cada Poder.
 Art. 7º A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.
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 PROVIMENTO:
 É o preenchimento de cargo por servidor (art. 8º):
 Duas categorias de provimento:
 a) originário
 b) derivado
 Originário ocorre quando o servidor entra na carreira pela
primeira vez;
 Ex: indivíduo aprovado para o cargo de Técnico da JF;
 A modalidade de provimento originário é a NOMEAÇÃO (art. 9º);
 A condição para a nomeação é a prévia aprovação em concurso
público;
ESUCRI – DIREITO ADMINISTRATIVO I
 Art. 9º A nomeação far-se-á:
 I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento
efetivo ou de carreira;
 II - em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de
confiança vagos.
 Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de
provimento efetivo depende de prévia habilitação em concurso público de
provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem de classificação e o
prazo de sua validade.
 Realizada a nomeação é necessário que o servidor aceite o cargo,
isso se dá com a POSSE (art. 13), assumindo as atribuições e
responsabilidades inerentes do cargo.
 Com a posse se constitui/ se forma a relação jurídica por meio da
INVESTIDURA do servidor (art. 7º).
ESUCRI – DIREITO ADMINISTRATIVO I
 Servidor nomeado tem 30 dias para tomar posse (art. 13, §1º),
contados da data da publicação do ato de provimento
(nomeação);
 Caso, o servidor seja nomeado e não tome posse, diz-se que a
NOMEAÇÃO FICA SEM EFEITO, ou seja, CADUCA.
 Exercício:
 Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do
cargo público ou da função de confiança.
 § 1º É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em
cargo público entrar em exercício, contados da data daposse.
 O servidor nomeado, que toma posse, tem 15 dias para ENTRAR
EM EXERCÍCIO;
ESUCRI – DIREITO ADMINISTRATIVO I
 b) Provimento derivado:
 Ocorre dentro da carreira;
 b1) Quando o servidor se desloca dentro da carreira, mantendo o
mesmo plano funcional, sem ascensão, há provimento derivado
horizontal;
 Ex: mudar de Comarca de mesma entrância (Poder Judiciário);
 b2) Quando, todavia, o servidor se desloca dentro da carreira,
com ascensão, há provimento derivado vertical;
 Ex: ascensão da 1ª entrância para a 2ª;
 O provimento derivado VERTICAL é aquele em que o servidor
passa para um cargo de nível mais elevado dentro da própria
carreira, o que se dá por meio da PROMOÇÃO.
ESUCRI – DIREITO ADMINISTRATIVO I
 b3) Provimento derivado por reingresso:
 É dar um cargo a alguém que já está na carreira, que por alguma
razão saiu e está retornando;
 Formas de provimento por reingresso:
 1- reintegração;
 2- recondução;
 3- aproveitamento;
 4- reversão.
ESUCRI – DIREITO ADMINISTRATIVO I
 Promoção:
 A promoção é forma de provimento derivado VERTICAL e tem
como pressuposto que o cargo seja organizado em carreira;
 A promoção pode se dar por antiguidade ou merecimento,
conforme requisitos estabelecidos em lei;
 Súmula Vinculante 43
 É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie
ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso
público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra
a carreira na qual anteriormente investido
ESUCRI – DIREITO ADMINISTRATIVO I
 Readaptação (art. 24):
 A readaptação é a forma de provimento derivado HORIZONTAL
que consiste na investidura do servidor em cargo de atribuições e
responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido
em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção
médica;
 Cargo de atribuições afins, respeitados a habilitação exigida, o
nível de escolaridade e a equivalência de vencimentos;
 Na hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá
suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.
 IMPORTANTE!! Se o readaptando for julgado incapaz para o
serviço público, será aposentado.
ESUCRI – DIREITO ADMINISTRATIVO I
 Reversão (art. 25):
 É o retorno à atividade de servidor aposentado, que pode ocorrer em
dois casos:
 I – de ofício: retorno do servidor aposentado por invalidez, quando
comprovados, por junta médica, insubsistentes os motivos da
aposentadoria;
 II – de forma voluntária: o retorno voluntário e concedido no interesse
da Administração Pública, desde que preenchidos os seguintes
requisitos:
 Solicitação do aposentado, de forma voluntária +
 Que a aposentadoria tenha sido voluntária +
 Estável, quando na atividade +
 Que a solicitação tenha ocorrido no máximo em 05 anos da aposentadoria +
 Haja cargo vago.
 Hipótese muito criticada pela doutrina, pois viola o dever de concurso
público;
ESUCRI – DIREITO ADMINISTRATIVO I
 Aproveitamento (arts. 30 a 32):
 Servidor estável que havia sido posto em disponibilidade em
razão da extinção ou da declaração de desnecessidade do seu
cargo, RETORNA à atividade;
 Extinto o cargo, os servidores estáveis serão colocados em
disponibilidade, com proventos proporcionais, até que a
Administração encontre outro cargo para aproveitá-los;
 Essa remuneração é proporcional ao tempo de serviço (e não
integral);
 Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a
disponibilidade se o servidor, no prazo legal, não entrar em
exercício no novo cargo, salvo doença comprovada por junta
médica oficial (art. 32).
ESUCRI – DIREITO ADMINISTRATIVO I
 Reintegração (art. 28):
 Decorre da anulação de demissão, na via administrativa ou
judicial, de servidor estável;
 Ou seja, é o retorno do servidor quando comprovada a
ILEGALIDADE de sua desinvestidura;
 O servidor é reintegrado ao cargo de origem como se nunca
tivesse saído;
 Retorna com TODAS AS VANTAGENS do respectivo período de
afastamento, que é contado, inclusive, como de efetivo serviço;
 Aquele que estiver ocupando o cargo no qual o servidor será
reintegrado é posto em disponibilidade ou, se possível,
reconduzido ao seu cargo de origem, sem direito a indenização
(§2º do art. 28).
ESUCRI – DIREITO ADMINISTRATIVO I
 Recondução (art. 29):
 É a volta do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado,
que ocorre em duas hipóteses:
 a) quando o antigo ocupante do cargo for reintegrado;
 b) no caso de inabilitação em estágio probatório relativo a outro
cargo.
 Nesse caso o servidor reconduzido pode:
 voltar ao cargo de origem, se ainda estiver vago;
 ocupar um cargo equivalente vago, se o dele estiver ocupado;
 ficar em disponibilidade, se não existir cargo equivalente vago;
 O STF e o STJ já reconheceram a figura da RECONDUÇÃO
VOLUNTÁRIA (MS 24534, 22933 do STF e MS 8339 do STJ), que
pode ocorrer quando o servidor não estável requer o retorno ao
cargo no qual era estável.
ESUCRI – DIREITO ADMINISTRATIVO I
 Vale dizer, aos servidores federais estáveis que assumirem novo
cargo é assegurado o direito de recondução ao cargo anterior
tanto se não forem aprovados no novo estágio probatório quanto
se desistirem da nova função dentro do prazo do novo estágio
probatório.
 ATENÇÃO!!
 SÚMULA Nº. 16 da AGU:
 "O servidor estável investido em cargo público federal, em
virtude de habilitação em concurso público, poderá desistir
do estágio probatório a que é submetido com apoio no art.
20 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e ser
RECONDUZIDO ao cargo inacumulável de que foi exonerado,
a pedido”.
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DESINVESTIDURA
 Há o rompimento da relação jurídica
 As hipóteses mais importantes são:
 I – demissão:
 É pena/sanção;
 Pressupõe PAD e a prática de infração funcional grave
prevista no artigo 132, da Lei º. 8.112/90;
 A demissão pressupõe, sempre, hoje, observância ao devido
processo legal (PAD). Contraditório e ampla defesa.
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 II – exoneração: não tem natureza de pena.
 Pode ocorrer:
 a pedido do servidor;
 de ofício (quando a administração faz sozinha):
 Falta de exercício efetivo, no prazo legal (15 dias), de servidor
nomeado e empossado;
 exoneração, a qual ocorre em cargo em comissão;
 servidor já estável que não é aprovado na avaliação periódica
de desempenho;
 servidor inabilitado em estágio probatório (avaliação especial
de desempenho);
 artigo 169 CF – racionalização da máquina administrativa,
redução de despesas;
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VACÂNCIA (art. 33)
 A vacância é gerada pelas seguintes hipóteses:
 1ª) formas de desinvestidura (exoneração ou demissão);

 2ª) falecimento;
 3ª) aposentadoria
 4ª) promoção (provimento derivado vertical, ou seja, com
ascensão de cargo);
 5ª) readaptação (provimento derivado horizontal, ou seja, sem
ascensão).
 6ª) posse em outro cargo inacumulável;
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Formas de deslocamento
 Remoção (art. 36) – é o deslocamento de servidor para o
exercício de suas atividades em outra unidade, com ou sem
mudança de sede, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo
quadro;
 Vale lembrar que a remoção não é forma de provimento nem de
vacância;
 Modalidades de remoção:
 I – remoção de ofício
 Obs.: remoção utilizada como forma de penalidade caracteriza
desvio de poder;
 II – a pedido
 Ato discricionário da Administração (deferir ou não);
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 III – a pedido
 Independentemente de interesse da Administração: a
Administração tem de deferir a remoção;
 Hipóteses (art. 36, parágrafo único):
 a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público
civil ou militar,de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, que foi deslocado no interesse da
Administração;
 b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente
que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional,
condicionada à comprovação por junta médica oficial;
 c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o
número de interessados for superior ao número de vagas, de acordo com
normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam
lotados
ESUCRI – DIREITO ADMINISTRATIVO I
 A propósito da hipótese de remoção prevista na letra “a”, o STJ
vem decidindo no sentido de que essa hipótese exige que o
cônjuge do servidor público tenha sido deslocado no interesse da
Administração.
 Com efeito, não estaria configurado o interesse público apto a
ensejar a remoção do servidor quando o seu cônjuge tiver
mudado de domicílio em virtude da NOMEAÇÃO decorrente de
concurso público (STJ, 5.ª Turma, REsp 616.831/SE, Rel. Min.
Arnaldo Esteves Lima, DJ 14.05.2007).
 IMPORTANTE: A Lei nº. 11.340/2006, que cria mecanismos para
prevenir a violência domestica contra a mulher, previu a seguinte
regra com esse objetivo (art. 9.º, § 2.º, I): “O juiz assegurará à
mulher em situação de violência doméstica e familiar, para
preservar sua integridade física e psicológica, acesso prioritário à
remoção quando servidora pública, integrante da administração
direta ou indireta”.
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 Redistribuição (art. 37):
 Consiste no deslocamento de cargo de provimento efetivo,
ocupado ou vago, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder.

 O objetivo da redistribuição é adequar os quadros funcionais às
reais necessidades de cada um de seus órgãos ou entidades;
 O servidor que não for redistribuído juntamente com o cargo
ficará em disponibilidade ou prestará exercício provisório de suas
atividades em outro órgão ou entidade, até seu adequado
aproveitamento.
 Vale lembrar que a redistribuição, também, não é forma de
provimento nem de vacância;
ESUCRI – DIREITO ADMINISTRATIVO I
 A redistribuição ocorrerá sempre ex officio, para ajustamento de
lotação e da força de trabalho, inclusive nos casos de
reorganização, extinção ou criação de órgão ou entidade (art. 37,
§ 1.º).
 De acordo com o Estatuto, a redistribuição de cargos efetivos
exige o atendimento cumulativo dos seguintes requisitos (art. 37,
I a VI):
 a) interesse da administração;
 b) equivalência de vencimentos;
 c) manutenção da essência das atribuições do cargo;
 d) vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade
das atividades;
 e) mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação
profissional;
 f) compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades
institucionais do órgão ou entidade.
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