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Página 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - CAMPUS RUSSAS CENTRO DE TECNOLOGIA LABORATÓRIO DE FÍSICA FÍSICA EXPERIMENTAL PARA ENGENHARIA PRÁTICA 07: DILATAÇÃO TÉRMICA ALUNO: ANTÔNIO MÁRCIO FERNANDES ALMEIDA MATRÍCULA: 384905 CURSO: ENGENHARIA CIVIL TURMA: 03 PROFESSOR: DR. ANDERSON MAGNO DISCIPLINA: FÍSICA EXPERIMENTAL PARA ENGENHARIA NOVEMBRO DE 2016 RUSSAS – CE Página 2 SUMÁRIO 1 OBJETIVOS………………………………………………………………………………3 2 MATERIAIS…………………………………………………………...………………….3 3 FUNDAMENTOS TEÓRICOS…………………………………………………………...3 4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL…………………………………………………...5 5 QUESTIONÁRIO………………………………………………………………………....6 RESULTADOS E DISCUSSÕES……………………………………...…………………...8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS……………………………………………………....8 NOVEMBRO DE 2016 RUSSAS – CE Página 3 1 - OBJETIVO - Determinar o coeficiente de dilatação linear de sólidos. 2 - MATERIAIS - Dilatômetro; - Tubos ocos de: aço, latão e alumínio; - Relógio comparador; - Kitasato; - Termômetro; - Fita métrica; - Fogareiro elétrico. 3 - FUNDAMENTOS TEÓRICOS Para tratarmos do conceito de dilatação térmica nas suas formas, vamos entender conceito de temperatura, calor e equilíbrio químico. Dessa forma, temperatura é definida como uma grandeza física que mede o estado de agitação das partículas de um corpo, caracterizando o seu estado térmico. Com isso, quando temos um sistema de com dois corpos e ambos possuem a mesma temperatura, dizemos que estão em equilíbrio térmico. A situação descrita acima de estende para três corpos, que está resguardado pela lei zero de termodinâmica, que afirma “se um corpo A está em equilíbrio térmico com um corpo B e B está em equilíbrio com um corpo C, então A está em equilíbrio com C.” Da mesma forma, o último conceito a definir é o calor, que é a energia térmica em trânsito de um corpo de maior temperatura a outro, de menor temperatura, quando postos em contato, até que ambos atinjam o equilíbrio térmico. Como resultado da transferência de energia, a temperatura do corpo mais quente pode diminuir e a do corpo mais frio pode aumentar. Todos os corpos existentes na natureza, sólidos, líquidos ou gasosos, quando em processo de aquecimento ou resfriamento, ficam sujeitos à dilatação ou contração térmica. O processo de contração e dilatação dos corpos ocorre em virtude do aumento ou diminuição do grau de agitação das moléculas que constituem os corpos. Ao aquecer um corpo, por exemplo, devido ao aumento do grau de agitação, as moléculas mais agitadas tendem a se afastar levando a um aumento na distância entre elas. Esse espaçamento maior entre elas se manifesta através do aumento das dimensões do corpo. O contrário ocorre Página 4 quando os corpos são resfriados. Ao acontecer isso as distâncias entre as moléculas são diminuídas e em consequência disso há diminuição nas dimensões do corpo. Tendo em vista que a maioria dos materiais sofre expansão ou dilatação térmica quando aquecidos. Temperaturas em elevação fazem o líquido se expandir em um termômetro formado por um líquido dentro do tubo e curvam lâminas bi metálicas. As estruturas de pontes devem ser projetadas com suportes e juntas especiais para permitir a dilatação dos materiais (Figura 1). Uma garrafa cheia água e tampada muito firmemente pode quebrar quando for aquecida; entretanto, você pode aflouxar a tampa metálica de um recipiente jogando água quente sobre ela. Todas essas situações exemplificam dilatação térmica. Figura 1 – 5 tipos de juntas em pontes. Suponhamos que uma barra possua comprimento L0 e uma dada temperatura T0. Quando a temperatura varia ΔT, o comprimento varia de ΔL. Experimentalmente é demonstrado que quando ΔT não é muito grande (<100 °C) ΔL é diretamente proporcional a ΔT (Figura 3a). Quando duas barras feitas com o mesmo material sofrem a mesma variação de temperatura, mas uma possui o dobro de comprimento da outra, então a variação do comprimento também é duas vezes maior. Portanto ΔL também deve ser proporcional a L0 (Figura 3b). Introduzindo uma constante de proporcionalidade (que difere com o material), podemos expressar essas dependentes mediante a equação: 𝛥𝐿 = 𝛼𝐿0𝛥𝑇 (Dilatação térmica linear) Se o comprimento de um corpo a uma temperatura T0 é L0, então seu comprimento L a temperatura T = T0 + ΔT é 𝐿 = 𝐿0 + ∆𝐿 = 𝐿0 + α𝐿0∆𝑇 = 𝐿0(1 + α∆𝑇) A constante α, que descreve as propriedades de expansão térmica de um dado material, denomina-se coeficiente de dilatação linear. As unidades de α são K-1 ou (°C-1). O Página 5 Quadro 1 enumera o valor da constante para alguns materiais. Alguns materiais, como madeira ou o cristal, dilatam-se de modo diferente em diferentes direções. Não vamos levar em conta isso. Figura 3 – Como o comprimento de uma barra se composta com uma variação na temperatura. a) para variações moderadas na temperatura, ΔL é diretamente proporcional a ΔT. b) ΔL é diretamente proporcional a L0. Material α (ºC-1) Alumínio 2,4 x 10-5 Latão 2,0 x 10-5 Prata 1,9 x 10-5 Ouro 1,4 x 10-5 Cobre 1,4 x 10-5 Ferro 1,2 x 10-5 Aço 1,2 x 10-5 Platina 0,9 x 10-5 Vidro 0,9 x 10-5 Vidro Pirex 0,3 x 10-5 Quadro 1 – Constante de dilatação linear. 4 – PROCEDIMENTO PASSO 1: Monte a experiência conforme indica a Figura 1. Tomando as seguintes precauções: i. Suspenda o tubo escolhido nas hastes de sustentação do dilatômetro; ii. Fixe o tubo na haste próxima à entrada de vapor de água e deixe a outra extremidade livre. iii. Fixe o relógio comparador na terceira haste de modo que o mesmo toque a extremidade fechada do tubo oco. Lembre-se de zerar o relógio comparador antes de iniciar o aquecimento. Página 6 iv. Posicione a saída lateral do tubo inclinada para baixo. Isso facilitará a saída de agua que eventualmente venha a se condensar dentro do tubo. PASSO 2: Meça o comprimento L0, à temperatura inicial, da porção do tubo considerada na dilatação (comprimento do tubo entre o ponto de apoio fixo e a extremidade fechada que toca o relógio comparador). Anote na Tabela 1. PASSO 3: Anote a temperatura inicial, t (temperatura ambiente). PASSO 4: Quando o ponteiro estacionar e estiver saindo vapor pela saída lateral do tubo oco, anote a temperatura final, t’ (temperatura do vapor d’agua) e a medida da dilatação, DL (medida do relógio comparador). PASSO 5: Repita o procedimento para os outros tubos. Tenha cuidado ao tocar as amostras, pois a temperatura pode estar elevada e provocar queimaduras. PASSO 6: Indique na Tabela 1 as unidades de medidas utilizadas. Tabela 1. Resultados experimentais para R1. Material L0 (mm) T0 (°C) T(°C) α (ºC-1) 𝛥𝐿(𝑚𝑚) Alumínio 519 24,0 98,5 4,39 x 10-5 1,7 Latão 519 26,0 98,6 2,55 x 10-5 0,96 Zinco 519 26,0 98,4 2,40 x 10-5 0,90 PASSO 7: Determine o coeficiente de dilatação linear, de cada material fornecido. PASSO 8: Observe o comportamento de uma lâmina bimetálica de modo a responder a questão 2. O professor deverá demonstrar seu funcionamento. 5 – QUESTIONÁRIO 1- Compare o coeficiente de dilatação linear encontrado experimentalmente para cada material fornecido com os respectivos valores da literatura. Material α (ºC-1) (literatura) α (ºC-1) (experimental) Alumínio 2,4 x 10-5 4,39x 10-5 Latão 2,0 x 10-5 2,55 x 10-5 Zinco 1,7 x 10-5 2,40 x 10-5 2- Uma lâmina bimetálica consiste de duas tiras metálicas rebitadas e é utilizada como elemento de controle em um termostato comum. Explique como ela funciona. - A lâmina bimetálica é formada por dois metais de diferentes coeficientes de dilatação colados fortemente. Na temperatura em que foi feita a colagem, a Página 7 lâmina se mantém retilínea, mas, quando a temperatura varia, a lâmina encurva, por conta que um metal se dilata mais que o outro e, para que eles se mantenham unidos, eles se encurvam. Em um termostato, a lâmina bimetálica serve para abrir e fechar o circuito elétrico, mantendo a temperatura constante. Quando a temperatura aumenta, a lâmina se curva, abrindo (desligando) o circuito. A temperatura então diminui e a lâmina volta ao seu estado inicial, fechando (ligando) o circuito. 3- Uma pequena esfera metálica pode atravessar um anel metálico. Entretanto, aquecendo a esfera, ela não conseguirá mais atravessar o anel. O que aconteceria se aquecêssemos o anel e não a esfera? - Ao aquecermos o anel, ele se dilataria, aumentando o seu diâmetro, assim, a esfera atravessaria o anel metálico com uma maior facilidade do que na temperatura inicial. 4- Explique o que ocorre ao período de um relógio de pêndulo com o aumento da temperatura. Ele passa a adiantar, atrasar ou permanece marcando as horas corretamente? - Sabendo que o período no pêndulo é: T = 2π √(L/g). Quando se aumenta a temperatura, o comprimento (L) do pêndulo aumenta, assim o período também aumenta. Com o período maior, o pêndulo demorará mais para realizar 1 oscilação completa e, consequentemente, irá se atrasar cada vez mais. 5- A figura mostra duas barras metálicas presas por uma das extremidades a uma mesma parede. A temperatura inicial das barras é t, e seus comprimentos iniciais obedecem à relação, L1 = L2. Qual a relação entre os coeficientes de dilatação linear, a1 e a2, para que não varie com a temperatura? Página 8 6- Por que a água não deve ser usada como substância termométrica? - Devido ao seu calor específico muito alto, que dificulta a leitura da temperatura, visto que ela tem baixa sensibilidade a mudanças térmicas. 7- Explique porque a superfície de um lago congela-se primeiro. - Devido à dilatação anômala da água, o gelo tem maior volume e, consequentemente, é menos denso que a água líquida, assim, ele flutua nela. Desse modo, o gelo vai se acumulando na superfície do lago, enquanto a água líquida continua no fundo até que, lentamente, sofre abaixamento da sua temperatura e torna-se gelo. 8- Um orifício circular numa lâmina de alumínio tem diâmetro de 28,7 cm a 0°C. Qual o seu diâmetro quando a temperatura da lâmina alcançar 100°C?(a = 23 x 10-6 °C-1) ΔL = 23 x 10-6 x 28,7 x 100 = 0,066 cm Df = 28,7 + 0,066 = 28,766 cm. RESULTADOS E DISCURSSÕES Com a realização da prática experimental, teve-se a oportunidade de entender o fenômeno da dilatação térmica que a maioria dos sólidos sofrem ao sofrerem uma variação de temperatura. Pode ser determinado o coeficiente linear do material utilizado, e, conseguiu-se a habilidade de determinar o coeficiente de qualquer material utilizando o dilatômetro. Concluiu-se que a dilatação térmica, além de depender da variação de temperatura sofrida, depende também do material utilizado, porque cada substância tem seu coeficiente de dilatação. Percebeu-se ainda a existência de algumas substâncias com dilatação anômala como a água. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MAGNO, Anderson. Manual de práticas – Física experimental. Russas - CE: UFC, 2016. HALLIDAY, David, Resnik Robert, Krane, Denneth S. “Física 2”, volume 2, 5 Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2004. RIBEIRO, Lélio F Martins Ribeiro. Termologia: Temperatura e dilatação, calorimetria, gases, termodinâmica. Juiz de Fora/MG: UFJF, 2016.
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