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UNIP – Universidade Graduação em Sociologia Prática de Ensino: Introdução a Docência (PE:ID) POSTAGEM 1: ATIVIDADE 1 REFLEXÕES REFERENTES AOS 13 TEXTOS Jorge Miguel Bergamo Contini. RA: 1616302 Polo de Maringá 2016 SUMÁRIO 1. REFLEXÕES REFERENTES AOS 13 TEXTOS .................................................................... 1 1.1 Educação? Educações: aprender com o índio ..................................................................... 1 1.2 O fax do Nirso ..................................................................................................................... 2 1.3 A história da Chapeuzinho Vermelho (na versão do lobo) ................................................. 3 1.4 Uma pescaria inesquecível .................................................................................................. 3 1.5 A folha amassada ................................................................................................................ 4 1.6 A lição dos gansos ............................................................................................................... 5 1.7 Assembleia na Carpintaria .................................................................................................. 5 1.8 Colheres do cabo comprido ................................................................................................. 5 1.9 Faça parte dos 5% ............................................................................................................... 6 1.10 O homem e o mundo. ........................................................................................................ 7 1.11 Professores Reflexivos ...................................................................................................... 7 1.12 Um sonho impossível? ...................................................................................................... 8 1.13 Pipocas da vida .................................................................................................................. 8 2. REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 9 1 1. REFLEXÕES REFERENTES AOS 13 TEXTOS 1.1 Educação? Educações: aprender com o índio Esse texto usa um relato histórico onde um chefe indígena recusa a oferta dos governos dos estados de Maryland e Virginia para levar alguns de seus jovens para a universidade. O líder indígena diz que aqueles que vão à escola dos “brancos” não voltam como membros proveitosos para as comunidades. Partindo dessa narrativa podemos discutir sobre como o processo de educação pode variar de acordo com cada sociedade, também podemos pensar como processos de aculturação e endoculturação ocorrem nas mais diversas sociedades. O processo educacional faz parte do processo de socialização. Segundo os sociólogos Peter e Briggite Berger, a socialização é o modo como aprendemos a ser membros da sociedade. Hábitos rotineiros como vestuário, alimentação, linguagem e inclusive nossa noção de moral são frutos de um aprendizado dentro da nossa sociedade. Antes disso, o processo de socialização é um processo cultura. De acordo com o antropólogo Edward Taylor, podemos dizer que a cultura é um conjunto complexo que incluí todas as criações humanas, desde hábitos até mesmo as leis e a moral. A cultura não é inata, não nasce com o ser humano, ela é fruto do convívio social. Dessa forma cada grupo humano irá desenvolver uma forma de cultura. Que será transmitida através da socialização. No caso destacado no texto, temos uma situação relatada onde os membros de uma sociedade são enviados para receber a educação de outra sociedade e quando voltam, não possuem mais o conjunto de habilidades necessário para se encaixar na sua sociedade de origem. Podemos dizer que cada sociedade é única, pois está instalada em um determinado ambiente, possui suas características singulares e sua identidade. Através do processo chamado endoculturação é que aprendemos valores e hábitos referentes a cultura onde estamos inseridos em um nível quase inconsciente. Ao tempo que a socialização nos capacite para que possamos viver em sociedade. Sendo assim, nunca existirão duas sociedades idênticas, visto que cada uma buscará soluções próprias para a realidade em que está inserida. 2 No texto podemos buscar o exemplo onde ao irem para as escolas dos brancos, os jovens indígenas não aprenderam fatores básicos para a sobrevivência na tribo, tal como caçar, construir abrigo e lutar contra inimigos. Essas habilidades não são requeridas na cultura dos povos de origem europeia daquele período e dessa forma não são transmitidos para as outras gerações. Isso nos chama atenção para o processo de aculturação. Quando uma sociedade descarta sua cultura em favor de uma cultura vinda de fora. Quando a educação não leva em conta a realidade da sociedade onde está inserida, ela torna-se um agente da aculturação. Isso pode ser nocivo na medida em que habilidades e conhecimentos necessários para o convívio social são deixados de lado. Por isso a escola deve sempre buscar adaptar seu currículo tentando levar em conta a especificidade da comunidade onde está instalada, levando a cultura regional para dentro da escola e contemplando isso nas suas práticas didáticas. 1.2 O fax do Nirso O texto é uma crônica que mostra o diálogo via fax entre um vendedor e o presidente da empresa. O vendedor escreve as mensagens de fax de uma forma completamente errada, apesar disso é capaz de vender uma grande quantidade de mercadorias. Ao final da narrativa o presidente da empresa manda um memorando para todos dizendo para focar mais nas vendas do que no português correto. Partindo dessa narrativa podemos refletir sobre o papel de uma formação acadêmica no mercado de trabalho e qual o papel da educação nesse contexto. Um bom profissional não é necessariamente aquele que possui a melhor formação acadêmica, mas sim aquele que possuí o melhor conjunto de habilidades para desenvolver a atividade profissional que está envolvida. Dentro desse contexto a escola deve buscar desenvolver um conjunto básico de aptidões que servirão ao futuro profissional como base nas mais diversas áreas possíveis. Mesmo que o educando não vá fazer uso desses conhecimentos em um primeiro momento, se houver um real aprendizado essa educação será importante para que haja uma formação completa do indivíduo. Um profissional que tenha a base sólida o bastante para se adaptar a qualquer mudança no seu ambiente de trabalho. 3 Além disso, o processo educativo deve visar também mostrar para o indivíduo que os conhecimentos adquiridos na sala de aula não estão vagos a realidade. São parte do cotidiano e dessa forma, são importantes, pois podem ser requeridos a qualquer momento. 1.3 A história da Chapeuzinho Vermelho (na versão do lobo) Nesta narrativa temos a clássica história da Chapeuzinho vermelho contada pela ótica do lobo. Nos é revelado que o lobo buscava persuadir a garotinha a deixar a floresta, visto que esta estava causando os mais diversos incômodos para a vida selvagem, poluindo o ambiente e agredindo a vida local. Aqui podemos atentar para o fato que não existe uma verdade absoluta e que o processo educacional deve estar atento a isso para que não se torne excludente. Como dito na análise do primeiro texto, o processo educativo passa pela cultura e para, além disso, passa pela tradição. Sendo assim ele é fruto de um consenso dentro de uma sociedade que elege os pontos mais importantes que, dessa forma, são inclusos no processo educacional. Entretanto, uma boa educação não é aquela que busca uma verdade absoluta, mas sim, aquela que da uma base sólida aoeducando para questionar e buscar compreender o mundo ao seu redor. Uma vez que conheça a base do mundo a sua volta, o educando pode buscar a verdade através da pesquisa e experimentação. Assim, o educador deve sempre manter uma brecha, para que o status quo do mundo seja questionado e investigado, possibilitando assim um crescimento do aluno. 1.4 Uma pescaria inesquecível Essa crônica fala de um garoto que ao pescar um peixe raro fora de temporada é orientado pelo seu pai a solta-lo, mesmo que não houvesse como ser descoberto em sua infração. Esse texto atenta para questão como ética e responsabilidade. Também para questões como valores morais e como isso se desenvolve nas crianças a partir de exemplos. 4 Dentro do estudo da filosofia, ética é a parte que discute acerca da moral. A moral é baseada em cima de valores e como tal é histórica, social e cultura. Podendo variar de acordo com a sociedade e período histórico em que está envolvido. Como dito nas análises acima, a cultura é transmitida pelo processo de socialização. Esse processo não se dá apenas pela família, mas em um nível secundário (segundo Berger) também se da através das instituições, como a escola. Dessa forma é importante durante o processo educacional os valores sociais serem reforçados pela instituição de ensino. Seguir as regras e reitera-las mostrará ao educando como fazer parte do grupo onde ele está inserido, e em um segundo momento, quando o educando construir sua capacidade crítica, este terá formulado seus próprios princípios de certo e errado, e assim poderá fazer seus juízos de valores por conta própria. 1.5 A folha amassada Nesta narrativa temos a descrição de uma ocorrência relativamente comum dentro das escolas. Um aluno com problemas de temperamento, que se envergonha após os ocorridos, recebe a lição de uma professora que lhe mostra como o efeito de suas ações pode ser nocivo para a convivência com os demais, usando uma folha de papel para fazer a analogia. A função de educador muitas vezes exige que passemos por uma série de situações onde estaremos de frente com educandos agressivos ou em situações de fúria como a descrita na narrativa. Nessas situações é importante em um primeiro momento relevar e lembrar que o educador é o adulto da relação e nesse momento é ele quem deve manter-se firme e temperante. Deve-se lembrar que muitas vezes o educando não conta com um sistema de suporte em casa, tendo a escola como único local de apoio. O educador não raramente deverá fazer a função de família em orientar e transmitir os valores morais da sociedade. Compreender que a realidade do aluno se estende para além da sala de aula e buscar entender qual é o contexto em que esse educando está inserido faz parte do trabalho de um professor. Em situações extremas, se deve manter a paciência e a tenacidade visto que o professor muitas vezes é o exemplo e a figura central na vida daquele estudante. 5 1.6 A lição dos gansos Nesse texto faz uma analogia do voo migratório de gansos com o papel de um líder dentro de um grupo. Além disso, podemos pensar como devermos agir quando somos colocados no papel de liderança. Um líder não é apenas aquele que manda ou reforça ordens. É aquele que sabe delegar, organizar e instigar um grupo para alcançar um objetivo em comum. Pais, professores, equipe pedagógica e direção devem ser pensados como membros de um time que a cada momento assumem a posição de líder para buscar um melhor aprendizado. Sendo assim todos esses agentes devem se somar para buscar o melhor desenvolvimento possível do educando. 1.7 Assembleia na Carpintaria O texto é uma fábula de autor desconhecido que conta a um diálogo imaginário entre diversas ferramentas de carpintaria. Durante o diálogo elas se desentendem e encontram os defeitos uns nos outros. Até que o carpinteiro as reúne e constrói uma peça. Esse texto complementa a discussão do texto anterior, sobre o papel de liderança. O líder é aquele que sabe olhar cada membro de um grupo como indivíduo possuidor de defeitos e qualidades. Junto com isso é também aquele que sabe utilizar as grandezas de um membro para minimizar os pontos fracos dos outros. Fazendo isso sempre tendo em vista alcançar um objetivo em comum. Como educadores e líderes, devemos olhar para cada indivíduo do grupo e tentar identificar seus pontos fortes, o incentivar, fazendo que cultivem seus talentos, ao mesmo, tempo tentar sanar suas dificuldades, as sanando quando possível. 1.8 Colheres do cabo comprido 6 Nessa narrativa, encontramos um personagem que viaja entre o céu e o inferno, mostrando um grave contraste entre o egoísmo no inferno, onde todos tentam se alimentar sem sucesso com colheres gigantescas, e o céu, onde as mesmas colheres são usadas para alimentar uns aos outros, dessa vez com sucesso. Esse texto continua a discussão sobre liderança e trabalho em grupo levantado nos dois últimos textos. O trabalho em equipe significa a união de um grupo em busca de alcançar um objetivo em comum. Na escola isso é representado pela união de professores, pais, equipe pedagógica e direção que devem trabalhar em sintonia na busca de alcançar o bem comum que é o desenvolvimento do aluno. Para isso é necessário saber escutar de cara indivíduo, traçando estratégias em conjunto para superar os desafios. Lembrando sempre que o processo educacional só se da quando existe trabalho em conjunto. 1.9 Faça parte dos 5% Temos aqui uma crônica onde um professor passa uma lição nos alunos sobre quantas pessoas realmente fazem a diferença no mundo. Apesar de parecer fazer um contraponto com os textos anteriores, esse texto nos permite fazer uma reflexão acerca de como um professor deve proceder perante a adversidade e qual o seu papel com relação à indisciplina. Em um ambiente competitivo é inevitável que alguns indivíduos se destaquem mais que os outros. Essa ideia também vale para a sala de aula. Cada pessoa é possui um talento especial. Mas se esse talento não for estimulado pode acabar se perdendo. Ao ponto que com trabalho e motivação cada pessoa pode melhorar cada vez mais naquilo que já é talentosa. Sendo assim, o educador deve buscar reconhecer as habilidades de cada um e as incentivar. Não pode ficar focado apenas nos indivíduos que se destacam nas áreas de conhecimento do educador. Visto como já foi dito, que todos deveram trabalhar em grupo para que a educação seja de qualidade. O professor deve fornecer os meios para que todos os alunos possam se desenvolver. 7 1.10 O homem e o mundo. Nessa crônica, uma criança está acompanhada do pai, que é um cientista. A criança entediada pede para o pai uma atividade. Este faz um quebra-cabeça com uma página de revista que tinha um mapa impresso. Achando que a criança levaria muito tempo para finalizar o desafio, visto que ela não sabia como era a figura original. Entretanto a criança termina rapidamente, pois havia visto a figura do verso que se tratava da foto de um homem. Aqui podemos pensar na relação que existe entre o processo de socialização e o processo de ensino-aprendizagem. Ambos os processos não se dão por uma via de mão única. Tanto um como o outro apetam todos os agentes participantes. O educador deve estar aberto à possibilidade de aprender, de se adaptar a novas situações. Não pode este estar fechado às novidades. 1.11 Professores Reflexivos Esse texto faz uma reflexão acerca de como a experiência de um turista ao chegar em um hotel, pode ser parecida com a de um professor, aluno ou estagiário que chega pela primeira vez em um colégio. Sendo assim, podemos pensar em como deve ser trabalhar a acolhida, os primeiros contatos com esses indivíduos e como a educação deve proceder com o outro. Quando recebemos alunos de outras instituiçõesou de outro nível de ensino. A acolhida é uma parte essencial. Visto que é nesse momento que um vínculo de aceitação ou rejeição é criado. Além disso, é necessário fazer uma sondagem, buscar entender de onde esse indivíduo vem para que se possa ter uma noção da sua realidade, entender seu contexto, para que dessa forma possamos o recepcionar em sua nova realidade de uma forma mais adequada. Assim vemos que a educação não pode ser excludente e se fechar em padrões estáticos, como já foi dito nas análises dos demais textos, ela deve ser aberta para as novas realidades. A escola deve ser um local acolhedor para que o aluno possa desenvolver suas habilidades e sua identidade. 8 1.12 Um sonho impossível? Nesse texto existe uma comparação entre o tipo de apoio que os alunos de famílias de classe média e média alta recebem dos pais com os de famílias mais pobres. Aqui podemos pensar em como a escola pode trabalhar para tentar amenizar essas diferenças e ao mesmo tempo conscientizar da necessidade de uma educação de qualidade. Em um país com tamanhas desigualdades, é possível perceber como o contexto social de cada família influencia no desenvolvimento acadêmico da criança. Ao entrar em contado com as realidades das escolas é fato de que essas diferenças serão sentidas dentro e foda da sala de aula, de uma turma para outra e até mesmo dentro da mesma turma. Como já foi dito, é trabalho dos professores adaptar-se para atender melhor essas realidades. Ver como pode enquadrar seu conteúdo da melhor forma possível possibilitando o entendimento dos alunos. Buscar sempre partir de suas realidades e de lá, os levar para uma visão mais ampla de mundo. E assim partindo desse princípio mostrar ao educando que os conteúdos de sala de aula não fazem parte de um universo separado. Estão integrados em suas vidas. Ao mesmo tempo, conscientizar as famílias mais ausentes da importância de qualidade. Reforçar que o ato de educar é um trabalho em grupo. Assim, não se devem fazer distinções no conteúdo que é aplicado em cada turma, visto que estes são regulados pelas diretrizes estadual e federal. O que deve ser feito é um replanejamento das formas como as quais esse conteúdo é ministrado para cada um dos grupos que fazem parte do cotidiano escolar. 1.13 Pipocas da vida O texto é uma alegoria que usa a transformação do milho em pipoca para ilustrar como é o processo de mudança e amadurecimento das pessoas. Levando isso em conta, podemos pensar como que a questão das mudanças e transformações se dá no ambiente escolar e como os educadores devem lidar com isso. Mudança e amadurecimento são elementos inevitáveis da vida para a grande maioria das pessoas. Quando passamos por adversidades em nossas vidas ganhamos experiência que 9 nos ajuda a crescer anos tornamos pessoas melhores. Entretanto em cada indivíduo essa mudança vai ocorrer de uma forma diferente com intensidade e velocidade diferente. Assim, no ambiente escolar cabe ao educador buscar compreender e ajudar o aluno nessa transição. Sempre mantendo o ambiente receptivo. Orientando e educando, permitindo assim que o aluno cresça de uma forma saudável. 2. REFERÊNCIAS BERGER, P.; BERGER, B. Socialização: como ser um membro da sociedade. In: FORACCHI, M.; MARTINS, J.S. (Org.). Sociologia e sociedade; Rio de Janeiro: Livros Técnicos e científicos, 1977. SILVA, Wanderlei Sergio da. Prática de Ensino – Introdução a docência. São Paulo: Editora Sol.
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