COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM

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COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL – ATIVIDADE DE 
APRENDIZAGEM 
Henrique Eduardo de Oliveira1 
 
1- Analise o seu local de trabalho e descreva os eventos disfuncionais 
relacionados à organização burocrática, referenciada nesta Unidade. 
R- Por não ser funcionário público, descreverei uma organização pública onde 
possuo diversos amigos trabalhando, a Companhia de Águas e Esgoto do Rio 
Grande do Norte (CAERN). Nesta organização, diversos setores ainda possuem 
uma cultura organizacional antiquada e muito preso a questões burocráticas. 
O primeiro evento funcional observado foi o excesso de formalização de 
rotinas e de registros, impedindo que atividades simples como a questão do 
atendimento ao cliente por exemplo, possa ser resolvido em minutos. Já observei 
um usuário esperar 45 minutos para ser atendido porque o profissional 
responsável para assinar o documento e liberá-lo não estava presente no local 
de atendimento, como também, o cliente precisar do número do seu contrato de 
serviços e não ser atendimento porque era 12 horas em ponto e estava na hora 
do almoço. 
Também pude observar a resistência ás mudanças diante da falta de 
treinamento especializado para um melhor atendimento, resistência de alguns 
servidores em utilizar as novas ferramentas tecnológicas como programas e soft 
atualizados, internet, entre outros. Existem ainda profissionais que preferem 
digitar os memorandos e demais documentos internos ainda na máquina de 
escrever elétrica e que não são adeptos a assinatura eletrônica, por exemplo. 
Ao invés de utilizar o e-mail para dar informes, marcar reunião e fazer alguma 
pergunta, preferem se comunicar internamente utilizando a linha telefônica, 
gerando um congestionamento desnecessário. 
Finalmente, as dificuldades no atendimento a clientes e conflitos com o 
público sempre é observado, esquecendo-se que ser servidor público, como o 
próprio nome revela, significa servir ao público, prestar um atendimento de 
qualidade, uma vez que, assim como nas empresas privadas o cliente paga os 
salários dos funcionários que lhes atendem, na empresa pública, a sociedade 
 
1 Aluno de pós graduação latu sensu em Gestão Pública (EAD), IFRN 
também paga os seus salários através de impostos. É comum observar avisos 
que desacatar funcionário público é crime, mas não se tem o cuidado de 
observar se o seu atendimento é compatível com a sua função ou se o cliente 
está satisfeito com a sua forma de atendimento. 
2 – Por que a incerteza, a centralidade e a baixa permutabilidade devem 
estar “todas” presentes para que se obtenha poder? Explique como o 
poder de um grupo pode ser reduzido por um aumento de permutabilidade. 
R- A organização necessita ter o controle da situação e uma cadeia formal de 
comando bem definida, para que as pessoas envolvidas não se tornem espessas 
e confusas. O cuidado com centralização do poder deve ser em relação a 
participação das pessoas envolvidas no processo, de forma que elas possam se 
sentir seguras e que não sintam nenhum motivo de perda dentro desta relação 
hierárquica. No momento em que se delega uma determinada função a alguém, 
deve-se perceber como este processo irá ocorrer, uma vez que delegar significa 
transferir autoridade com uma correspondente parcela de responsabilidade a 
alguém. Um dos exemplos que pode ser citado, este contexto, é o professor 
bastante dinâmico e responsável com a sua função diante de seus alunos, mas 
que ao ser promovido para um cargo de chefia, muda de comportamento por não 
se encontrar apto para esta sua nova função, passando de bem aceito e querido 
para detestável e chato em pouco tempo. 
3 – Qual a diferença entre o poder de recompensa e o poder coercitivo? O 
que estes dois tipos de poder têm em comum? Em que se parecem com o 
poder legítimo? Em que sentido diferem tanto do poder de especialização 
como do poder de referência? 
R- Enquanto o poder de recompensa permite a subordinação as pessoas através 
da capacidade de distribuição de recompensas através de promoções e 
concessões, o poder coercitivo acontece diante da imposição do medo e suas 
consequências negativas em relação as pessoas envolvidas, que pode ser 
imposto através da aplicação de sanções, tais como: advertência, suspensão, 
demissão, etc. Neste dois tipos de poder, a decisão de fazer o que deve ser feito 
não acontece de forma natural e sim, sempre motivado, seja pelo medo ou pela 
possibilidade de recompensa. Estes dois tipos de poderes se parecem com o 
poder legítimo diante da utilização de mecanismos normativos, uma vez que 
diante do cargo exercido, existirá a possibilidade de ação e decisão de punir ou 
recompensar. 
Finalmente, o poder de referência reside diante da procura pela identificação 
com pessoas que já detém o cargo desejado e suas respectivas habilidades e 
competência. No poder de especialização, existe a preocupação em se qualificar 
de acordo com as exigências do cargo e das possíveis possibilidades de 
promoção. Neste caso, estes dois últimos tipos de poder possuem a 
característica de necessidade de adequação às atribuições exigidas pelo cargo 
ou função, seja através das características, habilidades e competências ou 
diante da necessidade de treinamento e desenvolvimento. 
4 – Escolha uma organização pública conhecida e analise o seu contexto 
organizacional relatando duas relações de liderança distintas para fins de 
comparação à luz dos conteúdos estudados nas Unidades desta disciplina. 
Descreva os atributos da organização burocrática, como a formalização, a 
padronização, a impessoalidade, etc. e seus reflexos sobre os estilos de 
liderança dos dirigentes (tradicional, autoritário, paternalista, formal, etc.) 
e sobre a motivação dos servidores. 
R- A organização pública escolhida continua sendo a Companhia de Águas e 
Esgoto do Rio Grande do Norte (CAERN), onde observa-se claramente traços 
de poder e de influência, de acordo com o arranjo organizacional, às vezes de 
forma informal. Nesta organização a questão do poder e da influência ocorrem 
diante dos cargos exercidos e/ou pretendidos, uma vez que existe a 
possibilidade de promoção ou mudança de cargo, de acordo com as funções 
desenvolvidas por cada funcionário público e das suas relações com os seus 
superiores. É observada a questão da padronização em todas as suas tarefas, 
desde aquelas relacionadas a parte administrativas, quanto ao atendimento ao 
público em geral. Estes detalhes acabam influenciando o estilo de liderança da 
organização, que se apresenta como racional-legal diante do seu aspecto 
burocrático, voltado a motivação por plano de cargos e salários, seus estatutos 
e crença de que os seus superiores e o mecanismo de dominação existente 
encontra-se legitimado através da crença de que estes representam a validade 
de origem das ordens estatuídas e, consequentemente, do próprio direito de 
mando em virtudes de tais ordens. 
 5 – Reflita acerca de como as características da organização pública 
estudada nesta disciplina influenciam o comportamento das pessoas que 
nele atuam. Vá até o Ambiente Virtual de Ensino-Aprendizagem (AVEA) e 
compartilhe seu conhecimento com seus colegas. 
R- Partindo-se do pressuposto de que as organizações são formadas por 
pessoas e não pelas suas estruturas físicas, as pessoas acabam influenciando 
e sendo influenciadas umas simultaneamente, onde aqueles que tem o poder 
maior de liderança ou status de chefia ditam as regras do jogo. A própria cultura 
organizacional de uma instituição nem sempre é pensada no momento em que 
ela e criada, e sim, passa a ser validada durante o seu próprio funcionamento, 
pari passu, de acordocom a personalidade e o poder de influência das próprias 
pessoas envolvidas. Quando uma organização se orienta entre a formalidade e 
a informalidade, existe uma chance a mais de todos se sentirem à vontade para 
opinar e participar mais ativamente das ações administrativas e operacionais, no 
entanto, a ausência quase que total de formalidade poderá fazer com que a 
organização fuja por completo de seus reais objetivos. Uma empresa que prima 
demasiadamente pela formalidade, corre o risco de ficar obsoleta e com um 
péssimo clima organizacional, diante do poder mal administrado e da presença 
muito forte de atividades completamente burocráticas.