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2.2 Apontamento Direito Civil Unidade II

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Fato Jurídico
Conceito (sentindo amplo): todo acontecimento da vida que o ordenamento jurídico considera relevante no campo do direito. Podem ser classificados em fatos NATURAIS OU HUMANOS.
Fatos naturais (ou em sentido estrito): se subdividem em:
Ordinários: Nascimento, morte, maioridade, decurso do tempo.
Extraordinários: se enquadram, em geral, na categoria do fortuito e da força maior: terremoto, raio, tempestade, etc. 
Fatos humanos: são ações humanas que criam, modificam, transferem ou extinguem direitos e dividem-se em:
Lícitos: Praticados em conformidade com o ordenamento jurídico, produzem efeitos jurídicos voluntários, queridos pelo agente.
Ilícitos: Praticados em desacordo com o prescrito no ordenamento jurídico, mas ainda assim produzem efeitos jurídicos.
Atos Lícitos: dividem-se em ato jurídico em sentindo estrito, negócio jurídico e ato-fato jurídico. 
Negócio jurídico: É um ato, ou uma pluralidade de atos, entre si relacionados, quer sejam de uma ou de várias pessoas, que tem por fim produzir efeitos jurídicos, modificações nas relações jurídicas no âmbito do direito privado.
Ato jurídico em sentido estrito: o efeito da manifestação da vontade está predeterminado na lei, ou seja, não se pode escolher os efeitos jurídicos. Basta a mera intenção, não é necessário declaração de vontade. É sempre unilateral e potestativo. Ex: reconhecimento de filho. 
Ato-fato jurídico: Ressalta-se a consequência do fato, sem levar em consideração a vontade do agente em praticá-lo. Como por exemplo, uma pessoa que casualmente, acha um tesouro. Quem o acha tem o direito de adquirir a metade (art. 1264 do CC), mesmo sendo absolutamente incapaz. 
NEGÓCIO JURÍDICO
Existência, Validade e Eficácia:
Existência: O negócio sofre incidência da norma jurídica e possui todos os elementos estruturais. Por exemplo, um casamento celebrado por uma autoridade incompetente (um delegado de polícia) é considerado inexistente.
Validade: O plano da validade é o dos requisitos do negócio jurídico, porque estes são condição necessária para o alcance de certo fim. Exemplo: capacidade do agente e a forma prescrita em lei.
Eficácia: pode também o negócio jurídico existir, ser válido, mas não ter eficácia, por não ter ocorrido ainda, por exemplo, o implemento de uma condição imposta. O plano da eficácia é onde os fatos jurídicos produzem os seus efeitos.
Requisitos da validade do negócio jurídico (art. 104 do CC/02) → Agente capaz, objeto lícito, impossível, determinado ou determinável; forma prescrita ou não defesa em lei.
Agente capaz: É aquele que tem aptidão para exercer direitos (por si só) e contrair obrigações na ordem civil. Esta é adquirida com a maioridade, aos 18 anos, ou com a emancipação (CC, art. 5º).
Objeto lícito, possível, determinado ou determinável: objeto lícito é o que não atenta contra a lei, a moral e os bons costumes. O objeto deve ser também possível. Quando impossível, o negócio é nulo. Impossibilidade física é a que emana de leis físicas ou naturais; deve ser absoluta. Ocorre a impossibilidade jurídica do objeto quando o ordenamento jurídico proíbe negócios a respeito de determinado bem (art. 426). A ilicitude do objeto é mais ampla, pois abrange os contrários à moral e aos bons costumes, além de não ser impossível o cumprimento da prestação. O objeto deve ser, também, determinado ou determinável.
Forma: deve ser a prescrita ou não defesa em lei. Em regra, a forma é livre, a não ser nos casos em que a lei exija a forma escrita, pública ou particular (art. 107).
Classificação do Negócio Juridico:
Quanto ao número de declarantes:
Unilaterais: são os que se aperfeiçoam com uma única manifestação de vontade, como ocorre no testamento, na instituição de fundação, na renúncia de direitos, na procuração, etc.
Bilaterais: são os que se perfazem com duas manifestações de vontade coincidentes sobre o objeto. Essa coincidência chama-se consentimento mútuo ou acordo de vontades, que se verifica nos contratos em geral.
Plurilaterais: são os contratos que envolvem mais de duas partes, como o contrato de sociedade com mais de dois sócios.
Quanto às vantagens matrimoniais:
Gratuitos: são aqueles em que só uma das partes oferece vantagens ou benefícios, como sucede na doação, sem contraprestações da outra parte.
Onerosos: impõem ônus e ao mesmo tempo acarretam vantagens a ambas as partes, ou seja, sacrifícios e benefícios recíprocos. É o que se passa com a compra e venda, a locação, a empreitada etc.
Quanto ao momento da produção de efeitos:
Intervivos: Produz efeitos mesmo estando as partes ainda vivas, como a promessa de venda e compra, a locação, a permuta, o casamento etc.
Mortis causa: são os negócios destinados a produzir efeitos após a morte do agente, como ocorre com o testamento. O evento morte, nesses casos, é pressuposto necessário à sua eficácia.
Quanto ao modo de existência:
Principais: são os que têm existência própria e não dependem, pois, da existência de qualquer outro, como a compra e venda, a locação e a permuta.
Acessórios: são os que têm sua existência subordinada à do contrato principal, como se dá com a cláusula penal, a fiança, o penhor e a hipoteca. Em consequência,como regra, seguem o destino do principal. Desse modo, a natureza do acessório é a mesma do principal. Extinta a obrigação principal, extingue-se também a acessória, mas o contrário não é verdadeiro.
Quando às formalidade a observar:
Solenes: são os negócios que devem obedecer à forma prescrita em lei para se aperfeiçoarem. Para ser considerado válido, o negócio precisa atender à forma prescrita na lei. 
Não solenes: são os negócios de forma livre. Basta o consentimento para a sua formação. Como a lei não reclama nenhuma formalidade para o seu aperfeiçoamento, podem ser celebrados por qualquer forma, inclusive a verbal. 
**Negócio simulado: é o que tem a aparência contrária à realidade, as declarações de vontade são falsas. As partes aparentam conferir direitos a pessoas diversas daquelas a quem realmente os conferem ou fazem declarações não verdadeiras para fraudar a lei ou o Fisco, por exemplo. O negócio simulado não é, portanto, válido. Conforme art. 167 do CC, é considerado nulo. 
Elementos acidentais do negócio jurídico: Não são necessários à existência do negocio, depende somente da vontade das partes. Porém, uma vez inseridos, integram de forma indissociável o negócio. Acarretam modificações na eficácia do negócio. 
Condição: é o evento futuro e incerto de que depende a eficácia do negócio jurídico. Da sua ocorrência depende o nascimento ou a extinção de um direito (Art. 121). Os requisitos ou elementos para que haja condição na acepção técnica são: a voluntariedade (vontade das partes), a futuridade e a incerteza. Se o fato futuro for certo, a morte, por exemplo, não será mais condição, e sim termo. A incerteza não deve existir somente na mente da pessoa, mas na realidade. Portanto, deve ser incerteza para todos, e não apenas para o declarante. Os direitos personalíssimos, como o direito à vida, à integridade física, à honra e à dignidade pessoa, não admitem condição.

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