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A estrutura de uma boa redação

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A estrutura de uma boa redação
A primeira coisa que a gente deve se preocupar com um texto é a estrutura dele. Mas o que vem a ser essa estrutura? Ela é a organização do que vamos escrever. Uma boa redação é dividida em introdução, desenvolvimento e conclusão. Então vamos ver como fica essa organização:
Introdução
É um parágrafo de 2 a 3 frases apenas. A gente só põe nela o básico, dizemos do que vamos falar na redação.
Desenvolvimento
Pode conter de 2 a 4 parágrafos. É nele que a gente vai argumentar, discutir o tema da redação.
Conclusão
É um parágrafo com 2, 3 ou 4 frases. É um fechamento do texto.
Bom, agora que a gente já sabe como fica a estrutura de uma boa redação, vamos tentar construí-la.
As perguntas que você deve fazer
A introdução pode ser feita a partir da seguinte pergunta em relação ao tema: “o que eu penso sobre isso?”
O desenvolvimento pode ser obtido por meio das perguntas: “como posso provar isso?”, “Quais as causas disso?”, “Quais as consequências disso?”, “Como isso acontece?”, “De que forma posso realizar isso?”.
E a pergunta da conclusão é: “Que lição pode ser tirada disso?”
A partir dessas respostas é que você vai organizar sua redação. Repare que estamos dividindo a redação antes de começá-la, isso é muito importante. Os avaliadores não enxergam a redação como um único texto fechado e compacto, eles analisam o texto por etapas, por isso que você deve se preocupar com cada uma dessas etapas, para garantir que todas estão atendendo ao que eles esperam. Não há como fazer uma boa redação de outra forma que não seja dividindo e analisando individualmente a introdução, o desenvolvimento e a conclusão. Qualquer tentativa de misturar esses 3 fragmentos sem cautela irá destruir a sua nota. Com isso em mente, podemos prosseguir.
Como ter ideias e construir argumentos para o texto
Antes de começar um texto, é muito útil escrever em uma folha algumas informações sobre o tema proposto. Por exemplo, digamos que o tema da redação seja “O chocolate no mundo moderno”. A primeira coisa que você deve fazer é anotar alguns fatos e argumentos que você conhece sobre chocolate. Por exemplo:
Chocolate em excesso faz mal
Existem diversos tipos de chocolate
A compra e venda de chocolate movimenta muito dinheiro
Muitas pessoas gostam de chocolate
Observe que as frases acima não são muito grandes nem muito elaboradas. Isso tem um motivo: a ideia aqui é que você coloque no papel a informação exatamente do jeito que ela veio à sua cabeça. Nesse momento, não estamos preocupados com a estrutura do texto, nem com a perfeição das frases, pois se você ficar “travado”, sem conseguir se expressar no papel, corre o risco de perder um bom argumento, além de perder muito tempo (talvez outras ideias relacionadas ao assunto sejam perdidas enquanto você tenta formular um pensamento rico e elaborado).
Então o propósito aqui é simples: coloque no papel aquilo que veio à cabeça, pois estamos apenas construindo nossos pilares. O próximo passo vai ser organizar os argumentos que criamos.
Organizando um parágrafo
Observando os argumentos que escolhemos sobre chocolate, podemos notar que o último argumento que criamos ali tem uma relação direta com o penúltimo:
A compra e venda de chocolate movimenta muito dinheiro
Muitas pessoas gostam de chocolate
Afinal, o mercado de chocolate movimenta muito dinheiro justamente pelo fato de que muitas pessoas gostam de chocolate. Isso também motiva a criação de vários tipos diferentes de chocolate, então o segundo argumento também pode ser incluído nesse raciocínio. Já o primeiro argumento serve como um alerta. Portanto, um parágrafo para nosso texto, contendo todas essas ideias, poderia ser:
– “Como muitas pessoas gostam de chocolate, o comércio desse produto movimenta muito dinheiro. Para aumentar as opções de sabores e aplicações, muitos tipos diferentes de chocolate são fabricados. No entanto, é preciso estar consciente de que chocolate em excesso faz mal”.
Observe que as frases desse parágrafo seguem uma lógica; não são apenas informações jogadas sem nexo. Essa lógica só existiu pelo fato de termos organizado as ideias que tivemos lá no início. Esse processo sempre vai ser utilizado para garantir um texto fluido e bem estruturado.
Agora sim estamos preocupados com o texto da redação, pois antes estávamos apenas preocupados em como construir argumentos para o tema. Fazer a redação é o segundo passo; primeiro você precisa colocar os argumentos no papel, como já comentamos. Esse detalhe acaba pegando muitos alunos no contrapé, pois tentar fazer uma redação do início ao fim diretamente é muito mais difícil e arriscado. Você fica sujeito a cometer muitos erros como fuga do tema, falta de coerência e conexão, etc.
Estamos entrando na parte que mais precisa de estudo na redação, o desenvolvimento. Sem dúvidas, ele é o centro das atenções, o fragmento que mais possui critérios de avaliação. Por isso, é fundamental que você saiba como fazer um desenvolvimento para garantir uma excelente nota.
O que um desenvolvimento não deve conter
O desenvolvimento não pode ser uma continuidade da introdução. Esses dois têm uma relação íntima, mas independente. Como assim?
Isso significa que, ao começar o desenvolvimento, é como se estivéssemos começando o texto novamente. Nunca devemos iniciá-lo com os termos:
Por causa disso…
Com isso…
Baseado nisso…
Dessa maneira…etc.
Faça o teste
Podemos fazer um teste simples para ver se o desenvolvimento está sendo uma continuidade da introdução. É o seguinte: se cortássemos a introdução fora, o texto ficaria sem sentido? Se a resposta for sim, fizemos uma dependência entre eles. Vamos ver isso com um exemplo. Digamos que a introdução do capítulo anterior continuasse com um desenvolvimento:
TEMA: O Chocolate no Mundo Moderno
“Chocolate faz bem à humanidade. Porém, apesar de trazer benefícios, o seu consumo em excesso pode trazer prejuízos. (introdução)
Considerando isso, é importante estar atento às quantidades consumidas de chocolate. A dose diária recomendada é alvo de discussões entre nutricionistas, dado que os benefícios do cacau são contrabalançados com os malefícios do açúcar.” (desenvolvimento)
Vamos retirar a introdução e ver como ficaria nosso texto:
TEMA: O Chocolate no Mundo Moderno
“Considerando isso, é importante estar atento às quantidades consumidas de chocolate. A dose diária recomendada é alvo de discussões entre nutricionistas, dado que os benefícios do cacau são contrabalançados com os malefícios do açúcar”.
Repare que o texto ficou completamente sem sentido. O leitor que pegasse essa “redação” ficaria pensando “considerando isso o quê?”. Então esse teste acabou de revelar que esse desenvolvimento foi mal construído.
Agora observe o que aconteceria se apenas retirássemos fora o “Considerando isso” do desenvolvimento, sem alterar mais nada no texto:
“Chocolate faz bem à humanidade. Porém, apesar de trazer benefícios, o seu consumo em excesso pode trazer prejuízos.
É importante estar atento às quantidades consumidas de chocolate. A dose diária recomendada é alvo de discussões entre nutricionistas, dado que os benefícios do cacau são contrabalançados com os malefícios do açúcar”.
Bem melhor, não? Se fizéssemos aquele teste agora, ficaria claro que o texto poderia começar com o desenvolvimento sem problemas. Isso é um sinal de que o parágrafo do desenvolvimento consegue sobreviver sozinho.
Aprenda a cortar o que não interessa
Esse exemplo foi útil porque muitas pessoas não conseguem começar um desenvolvimento sem usar esses termos: “Considerando isso”, “A partir disso”, etc. Então, se esse é o seu caso, comece seu desenvolvimento normalmente e risque fora esses termos depois que tiver terminado. Você vai ver que eles não vão fazer nenhuma falta.
Criando um texto bem conectado
Agora que já aprendemos que o desenvolvimento precisa “sobreviver sozinho”, precisamos ter uma atenção especial em uma coisa: a chamada “ligação entre as frases”.
Você sabe qual é a diferença entre um texto e uma receitade bolo? Uma receita é cheia de frases soltas, enquanto que um texto apresenta uma conexão entre elas. E o que precisamos fazer para evitar que nossa redação pareça uma receita? Utilizar os chamados nexos oracionais. Eles são as conjunções (mas, porém, portanto, etc.). Essas conjunções vão nos ajudar a manter o texto bem compactado. Repare nesse exemplo:
Estava frio. Levantei cedo. Precisava ir para a aula. Foi um esforço. Valeu a pena. Finalmente aprendi a matéria.
Vamos estabelecer uma conexão entre essas frases:
Apesar de estar frio, levantei cedo, pois precisava ir para a aula. Isso foi um esforço, mas valeu a pena. Afinal, finalmente aprendi a matéria.
Agora já está parecendo mais um texto, concorda? Cuide para nunca deixar uma frase solta, dando a impressão de ter surgido do nada.
Esse aspecto parece bem básico, mas é essencial. Faz parte dos detalhes que muita gente até sabe, mas não coloca em prática. Nosso objetivo aqui é nunca esquecer essas coisas “básicas”, pois elas são uma espécie de fundamento em que temos que nos apoiar. Ler isso tudo várias vezes é bom para gravar, para que se torne algo automático nas nossas escritas.
Qual a função do desenvolvimento
Chegou a hora de entender a missão do desenvolvimento. Da mesma forma que estudamos no artigo sobre introdução, iremos aprender qual a função de um desenvolvimento e como construí-lo.
A missão do desenvolvimento é provar ao leitor o nosso ponto de vista. Fazemos isso com argumentos.
Como esse assunto é muito importante, criamos um artigo específico para explicar a argumentação: texto argumentativo (observe principalmente o trecho que fala sobre os tipos de argumentos do texto dissertativo).
Outro detalhe que precisa ser levado em consideração na elaboração de um desenvolvimento já foi mencionado quando estávamos criando a introdução:
Explicar cada frase da introdução em um parágrafo.
Lembre-se que a introdução deve ser curta e abrangente, possuindo duas ou três frases, que serão “desenvolvidas” no desenvolvimento. Se você fez duas frases, o primeiro parágrafo do desenvolvimento irá abordar a primeira frase e o segundo parágrafo irá abordar a segunda frase.
Se você fez três frases na introdução, irá construir 3 parágrafos no desenvolvimento, sendo um para cada frase. Porém, se duas dessas frases da introdução tratam do mesmo assunto ou ponto de vista, você pode utilizar um parágrafo apenas para discorrer sobre essas duas frases ao mesmo tempo, e utilizar outro parágrafo para explorar a frase restante. Porém, nesse caso é importante ter muita cautela para não errar.
Você também pode utilizar 2 parágrafos para desenvolver uma frase da introdução.
Em geral, recomendamos que você sempre facilite a sua vida, então procure fazer uma frase por parágrafo para ficar mais intuitivo, ou então dois parágrafos para uma frase. Utilizar duas frases para um parágrafo é mais arriscado.
Exemplo de um bom desenvolvimento
Mostraremos um exemplo de desenvolvimento agora para você ver isso tudo que foi ensinado nesse capítulo na prática. A introdução está no primeiro bloco/parágrafo, e o desenvolvimento está dividido em 3 parágrafos. Não colocamos aqui a conclusão, pois ainda não entramos nesse assunto. Vamos abordar apenas o desenvolvimento, sua construção e a argumentação utilizada:
	Presente nos mais diversos campos de ação, a agressividade acompanha os passos do homem desde a sua existência, influenciando, diretamente, os seus atos. Esse comportamento, manifestando-se de várias maneiras, continua questionável, uma vez que suas consequências não agradam a todos.
	A humanidade primitiva conseguiu se desenvolver à medida que o seu domínio sobre os instrumentos de combate aumentava. A sobrevivência do mais forte, ainda hoje, é uma realidade que define o destino da vida, fruto da competitividade que – aliás – sempre existiu. As atitudes agressivas, que garantiram a permanência da espécie humana, são utilizadas, atualmente, por pessoas que querem superar seus adversários a qualquer custo. Nicolau Maquiavel, com sua teoria, influenciou reinos e países a conseguirem o progresso. Evidentemente, existem controvérsias quanto a essa ideologia, dita por muitos como antiética, que – inclusive – é ensinada em cursos como os de administração de empresas, por exemplo.
	Entende-se por agressividade qualquer ação que pretende danificar algo ou alguém. É compreensível, portanto, que a ela sejam atribuídas características negativas (solução imoral, recurso deplorável). Esse comportamento precisa ser evitado para que se obtenha uma personalidade pacífica e cortês (ideal para um relacionamento). Na política, por exemplo, é constante a violência verbal, às vezes também física, dos candidatos ao governo, fato que faz a população ter uma aversão a essas atitudes, consideradas falta de controle emocional de quem as pratica. Segundo estudiosos, o que ocasiona esse procedimento de “ataque” é a inconformidade com a situação. Intrigante, porém, é o fato de um comportamento hostil como esse ter o poder de fazer alguém atingir o sucesso. Afinal, ele é ruim até que ponto?
	Em âmbito competitivo, agressividade é sinônimo de determinação, que ajuda as pessoas a alcançarem seus objetivos. As constantes manifestações com as quais o homem convive contribuem para a reprodução desse comportamento quando se toma como exemplo o retrospecto dos bem-sucedidos. Para trabalhar em uma empresa é preciso ter atitude, o que explica o fato de empresários contratarem indivíduos de caráter ofensivo quanto a negócios e comércios em geral. Em uma partida de xadrez, o jogador mais agressivo geralmente vence, pois obriga o adversário a permanecer na defensiva, restringindo – cada vez mais – as jogadas do oponente e posicionando-se para dar o esperado xeque-mate. Isso tudo prova que ambição e coragem de atacar são importantes, e talvez até essenciais, para a realização de metas e a superação de desafios.
TEMA: A Presença da Agressividade no Comportamento Humano
Antes de tudo, repare o desenvolvimento não começou com “Por causa disso”, “Com isso”, etc. Já ensinamos o porquê disso.
Olhando para a estrutura, a primeira frase da introdução foi inteiramente explorada no primeiro parágrafo do desenvolvimento. Foi dito que a agressividade acompanha os passos do homem desde a sua existência, influenciando seus atos. Nesse parágrafo, o autor falou sobre a agressividade do homem primitivo, a sobrevivência do mais forte e depois trouxe exemplos mais recentes (o ensino do pensamento de Maquiavel nas universidades). Além de ter explorado corretamente a primeira frase da introdução nesse parágrafo, o autor usou argumentos fortes e convincentes, o que é muito importante em um texto dissertativo argumentativo.
A segunda frase da introdução foi desenvolvida em dois parágrafos. Foi dito na introdução que a agressividade se manifesta de várias maneiras, continua questionável e suas consequências não agradam a todos.
Sobre as “várias manifestações da agressividade”, o autor provou isso mostrando a ação da agressividade nos relacionamentos e na política; e, no terceiro parágrafo, mencionando sua ação nos negócios e no xadrez.
Sobre “não agradar a todos”, o autor explicou o motivo disso logo no início do segundo parágrafo. E sobre “ser questionável” o autor mostrou (no terceiro parágrafo) os benefícios que a agressividade pode trazer.
Além de ter uma estrutura muito boa, ficou claro que esse texto está muito bem argumentado. É exatamente isso que os corretores querem: argumentações organizadas e estruturadas. Construir isso sem erros de português faz sua redação ser uma forte concorrente a tirar nota máxima.
Muito bem, agora que você já sabe como construir uma introdução e um desenvolvimento, é importante que você veja nosso curso completo de redação para praticar os exercícios e ter exemplos de bons desenvolvimentos. Além disso, nas aulas de redação (do curso completo) iremos abordar mais a fundo os critérios de correção dos avaliadores, para que você aprenda a ver o texto da mesma forma queum corretor vê.
Próximo artigo:
A conclusão, ao contrário do que muitos pensam, não é lugar de simplesmente repetir o que já foi dito. Ela precisa ser umfechamento que acrescenta algo ao texto. Pode ser uma retomada da discussão, mas de uma forma inovadora, que não se limita a repetições. Pode também ser usada para fazer advertências, uma análise crítica do tema discutido ou, até mesmo, fazersugestões, caso o tema trate de um problema social, por exemplo.
O que não deve estar na conclusão
Uma coisa precisa ser lembrada sempre: conclusão não é lugar para novos argumentos. Muito cuidado com isso! Os argumentos devem estar no desenvolvimento.
Outro erro muito comum é utilizar a conclusão para fazer ressalvas. Uma ressalva que não foi abordada durante o texto não pode aparecer na conclusão, pois ela seria um argumento novo. Se você quiser fazer alguma ressalva em um raciocínio, faça a ressalva no próprio desenvolvimento, utilizando os argumentos corretos. Uma conclusão não pode trazer surpresas para o leitor. A conclusão serve apenas para fazer um fechamento sobre tudo, uma lição que pode ser tirada sobre o assunto que você já defendeu. E é justamente nesse aspecto que ela traz algo novo ao texto. Vamos mostrar um exemplo para ficar mais claro:
Exemplo de uma boa conclusão
Observe a redação abaixo. Repare que a conclusão, nesse caso, deu uma sugestão sobre o que deve ser feito. Leia o texto com calma, o tema dessa redação era: “A amizade vivenciada de formas diferentes pelo homem”. O último parágrafo (conclusão) está grifado em verde.
O que significa uma amizade hoje
“O homem vem modificando a sua concepção sobre amizade com o passar do tempo, o que lhe permite experimentá-la de formas diferenciadas. Isso pode ser percebido ao se comparar as amizades vividas no passado, em menor número, mais profundas e duradouras, com as de hoje, em profusão, superficiais e meteóricas.
Não é preciso voltar muito no tempo para se ver como os relacionamentos eram tratados sob um ponto de vista bem distante do de hoje. Amigos eram pessoas em quem se podia confiar cegamente, para quem todos os segredos podiam ser contados, sem medo de se ter a confiança traída. A relação de amizade era estabelecida somente com aqueles com os quais se tinha uma convivência longa, motivo pelo qual ela era quase um laço de parentesco e, por isso, normalmente durava por muito tempo, quando não pela vida toda. Assim, até que alguém fosse considerado realmente um amigo, havia um período ao longo do qual a confiança e a admiração eram conquistados mutuamente.
Os casos de amizades verdadeiras estão em número reduzido atualmente. Com o passar do tempo, as relações, de um modo geral, passaram a sofrer modificações, por causa das próprias circunstâncias a que a sociedade veio sendo submetida. Essa realidade trouxe características novas inclusive para um dos sentimentos mais nobres do homem. Parece que as pessoas perderam muito da sua capacidade de discernimento quanto ao verdadeiro valor de uma amizade. Tanto é, que qualquer um que se conheça em meio a uma festa de fim de semana já é chamado de amigo no dia seguinte. Redes sociais como o Facebook, que simbolizam união, na verdade conferem desleixo sobre o que chamamos de amigo. Entre dezenas de contatos, quantos são plenamente confiáveis? Infelizmente, em alguns casos, inovações tecnológicas cooperam com a perda de significado de palavras valiosas.
Progredir e inovar estão, constantemente, no pensamento do cidadão moderno. Mais importante do que isso, porém, seria o homem reavaliar todos os seus valores, a fim de devolver à amizade o lugar que ela deve ocupar no âmbito das relações humanas.”
Observe como essa conclusão fez um fechamento para o texto, mas não apenas repetindo algo que já foi dito. Uma ideia nova foi colocada, manifestando um pensamento que já foi defendido no texto: a ideia de que a amizade é importante demais para ser banalizada. Esse é um exemplo de uma ótima conclusão.
Para ficar ainda mais claro, mostraremos outro exemplo de como fazer uma conclusão, dessa vez no texto sobre agressividade que já mostramos. Quando citamos aquele texto, estávamos preocupados com o desenvolvimento, por isso não colocamos a conclusão. Observe agora como aquele texto foi concluído:
	Presente nos mais diversos campos de ação, a agressividade acompanha os passos do homem desde a sua existência, influenciando, diretamente, os seus atos. Esse comportamento, manifestando-se de várias maneiras, continua questionável, uma vez que suas consequências não agradam a todos.
	A humanidade primitiva conseguiu se desenvolver à medida que o seu domínio sobre os instrumentos de combate aumentava. A sobrevivência do mais forte, ainda hoje, é uma realidade que define o destino da vida, fruto da competitividade que – aliás – sempre existiu. As atitudes agressivas, que garantiram a permanência da espécie humana, são utilizadas, atualmente, por pessoas que querem superar seus adversários a qualquer custo. Nicolau Maquiavel, com sua teoria, influenciou reinos e países a conseguirem o progresso. Evidentemente, existem controvérsias quanto a essa ideologia, dita por muitos como antiética, que – inclusive – é ensinada em cursos como os de administração de empresas, por exemplo.
	Entende-se por agressividade qualquer ação que pretende danificar algo ou alguém. É compreensível, portanto, que a ela sejam atribuídas características negativas (solução imoral, recurso deplorável). Esse comportamento precisa ser evitado para que se obtenha uma personalidade pacífica e cortês (ideal para um relacionamento). Na política, por exemplo, é constante a violência verbal, às vezes também física, dos candidatos ao governo, fato que faz a população ter uma aversão a essas atitudes, consideradas falta de controle emocional de quem as pratica. Segundo estudiosos, o que ocasiona esse procedimento de “ataque” é a inconformidade com a situação. Intrigante, porém, é o fato de um comportamento hostil como esse ter o poder de fazer alguém atingir o sucesso. Afinal, ele é ruim até que ponto?
	Em âmbito competitivo, agressividade é sinônimo de determinação, que ajuda as pessoas a alcançarem seus objetivos. As constantes manifestações com as quais o homem convive contribuem para a reprodução desse comportamento quando se toma como exemplo o retrospecto dos bem-sucedidos. Para trabalhar em uma empresa é preciso ter atitude, o que explica o fato de empresários contratarem indivíduos de caráter ofensivo quanto a negócios e comércios em geral. Em uma partida de xadrez, o jogador mais agressivo geralmente vence, pois obriga o adversário a permanecer na defensiva, restringindo – cada vez mais – as jogadas do oponente e posicionando-se para dar o esperado xeque-mate. Isso tudo prova que ambição e coragem de atacar são importantes, e talvez até essenciais, para a realização de metas e a superação de desafios.
	Apesar das críticas e definições atribuídas à agressividade, ela não pode ser descartada da vivência humana, pois faz parte do caráter do homem. Cabe então à população saber empregar esse comportamento de maneira adequada, ajustando os fatores para, com ética, construir o seu futuro.
Repare mais uma vez que a conclusão não acrescentou nenhum argumento novo ao texto, ela apenas ressaltou os pontos mais fortes que já foram mencionados. Todas as frases dessa conclusão já foram defendidas, e a última frase trouxe uma lição que posse ser tirada desse assunto como um todo.
Como concluir um texto
Podemos resumir tudo o que foi ensinado nesse capítulo destacando a importância que há no desenvolvimento (e sua argumentação) na formação da conclusão. É dele que vai partir o raciocínio que vai formar a conclusão.
Quando você for concluir seu texto, responda pelo menos uma dessas perguntas sobre suaredação:
– Que lição pode ser tirada disso?
– Como resumir a solução para esse problema?
– O que merece ser destacado nesse raciocínio?
Elabore sua conclusão respondendo essas perguntas em relação ao seu texto e você terá uma boa conclusão.É muito importante que você veja nosso curso completo de redação para ter mais exemplos de conclusões, exercícios e comentários sobre redações que tiraram nota máxima.
Como Fazer um Texto Dissertativo Argumentativo
O texto dissertativo argumentativo tem como principais características a apresentação de um raciocínio, a defesa de um ponto de vista ou o questionamento de uma determinada realidade. O autor se vale de argumentos, de fatos, de dados, que servirão para ajudar a justificar as ideias que ele irá desenvolver. As três características básicas de um texto dissertativo são:
Apresentação do ponto de vista
Discussão dos argumentos
Análise crítica do texto
A diferença desse modelo para um texto narrativo, por exemplo, é que o texto narrativo descreve uma história, contendo alguns elementos importantes como personagens, local, tempo (intervalo no qual ocorreram os fatos), enredo (fatos que motivaram a escrita). O texto dissertativo, por outro lado, tem como objetivo defender um ponto de vista usando argumentos.
Uma redação dissertativa argumentativa pode ser escrita na terceira pessoa do plural (objetiva) ou na primeira pessoa do singular (subjetiva), veremos a seguir exemplos de cada uma delas:
Dissertação Objetiva
Na dissertação objetiva, o autor não se identifica com o leitor, já que os argumentos são expostos de forma impessoal. Isso, aliás, confere ao texto um ar de imparcialidade, embora se saiba que é a visão do autor que está sendo discutida. Esse procedimento faz o leitor aceitar mais facilmente as ideias expostas no texto.
Dissertação Subjetiva
No texto dissertativo subjetivo, o autor se mostra por meio do uso da primeira pessoa do singular (eu), evidenciando que os argumentos são resultados da opinião pessoal de quem escreve (não que no texto objetivo também não o sejam, afinal, a influência das ideias do autor estão presentes também neste último caso).
Vamos mostrar dois exemplos, o primeiro é um trecho de um texto objetivo e o segundo é um trecho de um texto subjetivo. Repare na diferença que existe entre os dois:
1) “Há tipos diferentes de ruínas. Mas elas são sempre resultado de uma demolição ou desconstrução de edificações. Existe um primeiro tipo que simboliza um tempo passado que evoluiu e foi deixando ruínas devido às mudanças dos gostos e da riqueza dos donos.”
2) “Não sou do tipo que se impressiona com boatos, mas não posso ficar indiferente aos últimos acontecimentos no cenário público do Brasil. Toda essa movimentação em torno dos casos de corrupção que assolam a nação me fez pensar sobre a importância da ética nas relações sociais em todos os níveis. Não quero me convencer de que um valor moral tão importante esteja sendo banido da sociedade, substituído pelo direito de garantia de privilégios pessoais a qualquer custo.”
Podemos notar claramente a diferença no uso da terceira e da primeira pessoa.
Na prática, escrever na primeira pessoa (eu/nós) dá origem a frases do tipo:
– “Precisamos estar conscientes da importância do cuidado ao meio ambiente”
– “Sabemos que o Brasil precisa de mudanças”
– “Tive bons professores, mas nem todo estudante tem esse privilégio”.
As mesmas frases acima escritas na terceira pessoa do plural ficariam:
– “É preciso estar consciente da importância do cuidado ao meio ambiente”
– “Sabe-se que o Brasil precisa de mudanças”
– “Alguns estudantes têm bons professores, mas nem todos têm esse privilégio”.
Repare que quando você escreve na terceira pessoa do plural, nunca utiliza os verbos conjugados pessoalmente (utilizando o “eu” ou o “nós”). As frases sempre ficam impessoais.
Essas duas maneiras de escrita são aceitas, mas é muito importante que você escolha e mantenha o mesmo estilo do início ao fim! Se você escolheu a escrita objetiva, não utilize a subjetiva e vice-versa. É muito comum misturar as duas coisas, a grande maioria dos candidatos mistura esses dois estilos ao longo do texto e são penalizados na nota por isso. Fique atento a esse detalhe. Sempre que você for escrever alguma frase, lembre-se de qual estilo você escolheu e seja fiel a ele até o fim!
O mais recomendado é que você escolha a terceira pessoa do plural, pois essa forma de escrever é mais informal e mais fácil de ser seguida com fidelidade. O texto objetivo também tem a vantagem de dar um aspecto de “autoridade” aos argumentos. Quando se opta pelo texto subjetivo, tem-se uma impressão de que tudo está somente de acordo com a opinião do autor, enquanto que no objetivo tem-se a impressão de que a opinião é de todos. Isso é o que fortalece o caráter objetivo.
Recomendamos também que você pratique suas redações utilizando sempre o mesmo estilo para se acostumar. Isso vai ajudar você a não misturar as coisas depois. Então comece a praticar desde já o texto objetivo para chegar no dia da prova afiado e não colocar traços subjetivos misturados.
A Argumentação do Texto Dissertativo
Um texto argumentativo, como já comentamos, é aquele em que defendemos uma ideia, opinião ou ponto de vista, procurando fazer com que o leitor acredite nele. Para conseguir esse objetivo, utilizamos os argumentos.
A palavra ARGUMENTO tem uma origem curiosa: vem do latim ARGUMENTUM; significa: fazer brilhar, iluminar.
É fácil encontrar os argumentos de um texto, pois basta que se identifique a tese (ideia principal), para então fazer a pergunta “por quê”? Por exemplo: o autor é contra a pena de morte (tese). Porque… (argumentos).
Um bom texto dissertativo deve apoiar-se principalmente em uma boa argumentação (por isso o nome: dissertativo argumentativo). Para que isso ocorra, é preciso que se organizem as ideias que serão expostas. Mostraremos abaixo os tipos mais comuns de argumentos que podem ser utilizados em uma redação:
Tipos de argumentos
– Argumento de Autoridade: É aquele que se apoia no conhecimento de um especialista da área. É um modo de trazer para o texto o peso e a credibilidade da autoridade citada. Por exemplo: “Conforme afirma Bertrand Russel, não é a posse de bens materiais o que mais seduz os homens, mas o prestígio decorrente dela”.
– Argumento de consenso: Alguns enunciados não exigem a demonstração de um especialista para que se prove o conteúdo argumentado. Nesse caso, não precisamos citar uma fonte de confiança. Por exemplo: “O investimento na Educação é indispensável para o desenvolvimento econômico do país”. Repare que essa afirmação não precisa de embasamento teórico, pois é um consenso global.
– A Comprovação pela Experiência ou Observação: Esse tipo de argumentação é fundamentada na documentação com dados que comprovam ou confirmam sua veracidade. Por exemplo: “O acaso pode dar origem a grandes descobertas científicas. Alexander Flemming, que cultivava bactérias, por acaso percebeu que os fungos surgidos no frasco matavam as bactérias que ali estavam. Da pesquisa com esses fungos, ele chegou à penicilina”. Observe que, nesse caso, o argumento que validou a afirmação “O acaso pode dar origem a grandes descobertas” foi a documentação da experiência de Flemming. 
– A Fundamentação Lógica: A argumentação nesse caso se baseia em operações de raciocínio lógico, tais como as implicações de causa e efeito, consequência e causa, etc. Por exemplo: “Ao se admitir que a vida humana é o bem mais precioso do homem, não se pode aceitar a pena de morte, uma vez que existe sempre a possibilidade de um erro jurídico que, no caso, seria irreparável”. Note que a ideia que o leitor tentou passar era: Não se pode aceitar a pena de morte. Para isso, foi mencionado o caso de falha humana na sentença, o que permitiu que se chegasse a tal conclusão.
Qualquer um desses tipos de argumentos citados é válido na construção de um texto argumentativo.
A título de nomenclatura, muitas provas de vestibulares e concursos utilizam o nome “texto dissertativo”, “texto argumentativo” ou ainda “texto dissertativo argumentativo”, mas todos se referem a esse mesmo padrão de texto que mencionamos nesse artigo.
Uma boa redação é aquela que permite uma leitura prazerosa, natural, de fácilcompreensão, e que o leitor se sinta impactado. Para fazer bons textos é fundamental ter o hábito de leitura, e utilizar todas as regras da Língua Portuguesa, e as técnicas de redação a seu favor.
Saber escrever é algo de grande importância, principalmente para redigir uma boa redação em concurso público. Saber se expressar de forma adequada e precisa, respeitando a ideia solicitada na prova e as normas da Língua Portuguesa, pode ser complexo para algumas pessoas, mas seguindo algumas dicas de redação é possível aprender a redigir bem.
Aprenda as principais dicas de redação:
» Organize seus argumentos sobre o tema proposto, e os escreva de forma compreensível. Organize os argumentos de forma crescente, ou seja, deixe o argumento mais forte para o final;
» Em dissertações que é necessário defender algo, não fique "em cima do muro", coloque claramente sua posição, pois muitas vezes estão interessados em avaliar sua capacidade de opinar, refletir e argumentar;
» Escreva com clareza;
» Seja objetivo e fiel ao tema;
» Escolha sempre a ordem direta das frases;
» Evite períodos e parágrafos muito longos;
» Elimine expressões difíceis ou desnecessárias do texto;
» Não use termos chulos, gírias e regionalismos;
» Esteja sempre atualizado em tudo que acontece no mundo;
» Além dessas dicas, é preciso saber principalmente as regras de Acentuação Gráfica, pontuação, ortografia e concordância.
Clareza e Simplicidade
Evite o uso de palavras rebuscadas, longos períodos e prefira argumentar de maneira simples e organizada. A clareza de uma redação se dá no momento em que você apresenta seus argumentos e ideias para que seu leitor compreenda a mensagem do texto de forma clara.
Objetividade
Não dê voltas no texto e evite repetir as palavras; diga apenas o que é importante para seu tema e sua redação. Quanto mais conhecimento você tiver, mais termos poderá usar no texto.
Coerência Textual
A coerência é um item extremamente importante para escrever uma boa redação para concursos ou qualquer processo seletivo. O texto corresponde a uma estrutura, com uma ordem de ideias e o tema deve ser explicado apresentando teses, causas e consequências em uma sequência lógica.
Evitando as contradições, você deixará seu texto coerente e com estruturas lógicas e coerentes com o uso de conectivos, preposições, verbos, etc. Um erro que acontece muito nos textos feitos nas redações de concursos públicos é usar comentários aleatórios em determinado parágrafo, sem respeitar a estrutura dos argumentos. Evite comentar vários assuntos ao mesmo tempo e acabar fugindo do tema principal.
A melhor maneira de evitar a fuga ao tema e um texto confuso é planejar seus argumentos e escrever um texto que relacione esses assuntos. Não jogue vários temas acreditando que o leitor e examinador irão compreender o que está escrito. Use a coerência a seu favor.
Estrutura da Redação
Um texto é composto de três partes essenciais: introdução, desenvolvimento e conclusão. O correto é haver um elo entre as partes, como se formassem a costura do texto. Na introdução é onde o tema abordado é apresentado, não deve ser muito extensa, e aconselha-se que tenha apenas um parágrafo de quatro a seis linhas. O desenvolvimento é o “corpo” do texto, a parte mais importante dele. É onde se expõe o ponto de vista, e argumenta de uma forma lógica para que o leitor acompanhe seu raciocínio. Nesta parte do texto faz-se uso de, no mínimo, dois parágrafos. A conclusão é o fechamento. Mas é válido lembrar que a introdução, desenvolvimento e conclusão são ligados e dependentes entre si para que a coesão e coerência textual sejam mantidas e o texto faça sentido.
Etapas da Redação
Chuva de Ideias
Em alguns minutos, respeitando seu tempo e o prazo dado para fazer a prova de concurso público, anote todos os assuntos que surgirem na sua mente e que estão relacionados ao tema. Não tenha receio e escreva tudo. Após esse processo, separe 4 ou cinco que considere mais importante de acordo com o tema em que irá trabalhar.
Elaborando o Rascunho
Comece a escrever o rascunho da redação, buscando apresentar a opinião do seu texto sobre o tema logo no primeiro parágrafo, ou seja, na introdução. Evite o uso de clichês e jargões utilizados exaustivamente. No desenvolvimento, argumente sua redação com hipóteses, fatos e citações, sempre de forma consistente, organizando os assuntos nos parágrafos de desenvolvimento. Na conclusão do texto, apresente uma solução ou reforce sua tese.
Revisando seu Rascunho
O ideal é adiar a revisão de seu rascunho, porque a leitura excessiva dos parágrafos faz com que você deixe passar alguns erros. Portanto, resolva algumas questões da prova e depois volte para corrigi-lo.
Redação Definitiva
A legibilidade de sua redação é essencial para que ela seja lida, compreendida e corrigida pelo examinador. Respeite os recuos, margem e alinhamento do seu texto. As palavras erradas devem ser grafadas com apenas um traço simples, sem muitas rasuras.
Veja mais dicas para redigir um bom texto de redação para concursos:
Leia muito, a leitura enriquece o vocabulário, você olha visualmente as palavras e envia para a sua memória a forma correta de escrevê-las;
Treine fazer redação com temas que poderão estar relacionados com as provas de concursos públicos ou então faça com temas da atualidade, e notícias constantes nos meios de comunicação;
Seja crítico de si mesmo, revise os textos de treino, retire os excessos, deixe seu texto “enxuto”;
Cronometre o tempo que é gasto nas suas redações de treino e tente sempre diminuir o tempo gasto na próxima;
Não ultrapasse as margens, nem o limite de linhas estabelecidas na prova;
Mantenha o mesmo padrão de letra do início ao fim do texto. Não inicie com letras legível e arredondada, por exemplo, e termine com ela ilegível e “apressada”, isso dará uma péssima impressão para o examinador da banca quando for ler;
Não faça marcas, rabiscos, não suje e nem amasse sua redação; Tenha o máximo de asseio possível;
Faça as redações de provas anteriores do concurso que você prestará;
Fique focado no enunciado que a banca está pedindo, não redija um texto lindo, mas que está totalmente fora do tema. Nunca fuja do tema proposto;
Tenha seus argumentos fundamentados. Seja coeso e coerente;
Evite o uso de abreviações. Ex.: "Vc" "pq";  
Use um estilo de escrita o mais simples possível, evitando assim o uso de palavras demasiadamente rebuscadas;
Evite o uso de aliterações. Ex1.: O rato, roeu a roupa do rei de Roma. Ex.2: Anule aliterações altamente abusivas;
Nunca esqueça as letras maiúsculas;  
Evite lugares-comuns, ditos populares, jargões e clichês. Ex.: Foge da matemática como o diabo foge da cruz;  
Evite o uso de parênteses;  
Estrangeirismos também devem ser evitados. Ex.: Deixei um scrap (recado) na geladeira;  
Gírias nem pensar, muito menos escrever;
Palavras de baixo calão poderão acabar com seu texto;  
Nunca generalize, você passará a impressão ao leitor que não domina o assunto abordado;  
Evite repetições, confira sempre o texto e verifique se a mesma palavra aparece muitas vezes e procure cortá-la ou substituí-la por sinônimos;  
Não abuse das citações, procure mostrar ideias próprias, originais. Ex.: Como diria o famoso poeta "....." ; 
Frases ou raciocínios incompletos causam péssima impressão;  
Não seja redundante fazendo círculos em torno do mesmo assunto;  
Procure ser o mais específico possível;  
Frase com apenas uma palavra não fica bem;  
Evite o uso de voz passiva. Ex.1: Pedro foi ferido pelo animal. Voz Passiva Ex.2: O animal feriu Pedro. Voz Ativa;  
Use a pontuação corretamente;  
Não faça uso de perguntas retóricas, ou seja, não pergunte o óbvio;  
Se for utilizar siglas, coloque o significado por extenso e a sigla entre parênteses, apenas na primeira vez em que ela for citada, depois utilize somente a sigla. Ex.: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT);  
Evite exageros nas suas palavras;  
Evite mesóclises. Ex.: Se possível, contar-vos-ia o que se passou;Procure não fazer analogias. Ex.: Todos os seres vivos crescem. (A árvore, por exemplo, é um ser vivo. Tem metabolismo, reproduz-se, e cresce.) O ser humano também é um ser vivo e, por isso, o ser humano também cresce;  
Não abuse das exclamações;  
Não escreva frases, nem parágrafos demasiadamente longos, procure ser o mais claro e objetivo possível na exposição de suas ideias;  
Seja sempre incisivo e coerente;  
Procure escrever as palavras de maneira correta, seja assertivo na ortografia. Dica: Na dúvida, não escreva a palavra, ou então procure escrever um sinônimo.
Algo comum no mundo dos concurseiros é o grande temor pela redação nas provas. Muitas vezes o candidato se prepara para a prova objetiva, e deixa a redação de lado, perdendo grandes chances de passar. A única maneira eficaz de aprender a fazer uma boa redação é treinando. Faça redações sobre diversos temas, leia e releia quantas vezes precisar, e lembre-se: a prática pode levar à perfeição.

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