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Aula Revolução Industrial

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REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (1786)
Karl Marx (1818-1883)[1: MARX, oriundo da esquerda hegeliana. Um grupo de livres pensadores que a princípio desejavam estabelecer um estado napoleônicos na Alemanha – a configuração burguesa sobre uma estrutura imperialista. Ou seja, é um pensador que toma parte da juventude hegeliana que buscava mudanças políticas sem mudanças na estrutura da sociedade. Soma-se a Marx e Engels, outros pensadores que eram representantes de uma linha pensamentos com características que propunham refletir as mudanças ocorridas pelas revoluções burguesas e toda a situação políticas da época. Para Marx estes pensavam de maneira muito metafísica de modo que não encontraram soluções para os problemas.OBRAS:- 18 de Brumário- Ideologia alemã- Guerra na França- Luta de Classes- Manuscritos econômicos filosóficos- Manifesto comunista- Grundrisse- Capital]
Friedrich Engels (1820-1895)[2: ENGELS, diferente de Marx que era um homem do povo, se une a Marx para estudar as mudanças operarias. Não foi um acadêmico, mas um autodidata. OBRAS:- Sagrada Família- O papel do trabalho na transformação do macaco em homem- Anti-Duhin- Dialética da Natureza- Obras em conjunto com Marx;]
Na revolução industrial, diferente do sistema feudal em que a produção era de subsistência, aqui ela oferece produtos e produção para o povo moderno. Em 1876 inicia-se a revolução Industrial. Ela é a principal revolução burguesa no século 18. Tudo muda a partir dela. Basicamente refere-se a uma revolução inglesa, que envolve mudanças na estrutura de trabalho.
Características do século XIX que vem ao encontro das modificações ocorridas pelas Revoluções burguesas, sobretudo a Revolução Industrial: (1) é o século do imperialismo (diferente do anterior colonizador); (2) os nacionalismos se estabelece; (3) é o sec. das lutas coloniais – imperialismo versus colonizados (Europa/ África); (4) Lutas operárias; entre outras, (5) a independência das colônias – as lutas políticas travadas no continente americano, basicamente, voltava-se a requerer a independência de seu estado de colônia. A independência dos estados Unidos da América abre a perspectivas para as demais colônias buscar sua independência.
É neste contexto mencionado acima que se encontra Marx e Engels e sua teoria sobre as mudanças trazida pela Revolução Industrial. O “Capital” é sem dúvida o livro mais acabado do Marx, também o mais difícil do autor em que desenvolve as temáticas acerca da revolução industrial: a intensão é descrever o processo de produção do capitalismo do século XIX, pretende entender o processo de produção burguesa – entender o capitalismo e o processo de produção da mercadoria.
Para tal segue um método: ou do geral para o particular, ou vice-versa: o capital é universal a mercadoria é a parte particular. Neste sentido partira da análise da mercadoria e sua produção para se alcançar o universal que é o capitalismo. Descreve a indústria; situa a origem da manufatura (que tem ainda uma participação coletiva, familiar em que o dono da produção tem domínio da produção; não existe nela ainda a coisificação do trabalho).
Marx afirma que o trabalho foi convertido em mercadoria, tornou-se o homem uma extensão da máquina. A formação do operário passou do trabalho com as ferramentas para o trabalho com as maquinas, com isso perdeu a autonomia do agir e pensar, perdeu o manejo artesanal. De que forma?[3: MAQUINARIA E GRANDE INDÚSTRIA: A intenção de Marx ao escrever o capital era descrever a função da produção burguesa, entender o processo de produção do capitalismo, como e sob quais circunstancias a produção burguesa é elaborada. Quer entender o processo de produção da mercadoria, quer entender o capitalismo e para isso estabelece uma ordem metodológica, se descreve o capitalismo do capital para a mercadoria ou vice-versa, da mercadoria para o capital ou o contrário, ou seja, do geral ao particular, ou do particular ao geral. Seu objetivo era entender como se dá o processo de produção da mercadoria. No texto descreve a revolução industrial, descreve a indústria. Para descrevê-la ele situa a origem da manufatura entre os séculos XVI e XVIII, que entende que ainda tem uma participação coletiva, familiar em que o dono da produção tem o domínio da ferramenta de trabalho, não ocorre ainda na manufatura a coisificação do trabalho, o trabalho ainda não é mercadoria. Isso quer dizer que para analisar a manufatura ele propõe o trabalho como categoria central do trabalho, portanto o trabalho ser transforma em categoria de analise, para indicar que quando se observa isso é possível entender a emergência da maquinaria na indústria e principalmente na manufatura, sendo nela que se inicia o uso das maquinas, o recorte temporal dado por Marx é o século XVII até meados do século XIX, tem a base de 100 anos para estudar a emergência da maquinaria. (1) A maquinaria gestada na manufatura (2) O fato dela especializar dos instrumentos de trabalhos e das ferramentas se junto com as ferramentas a especialização do conhecimento físico e psíquico, as ciências passaram a ser ciências aplicadas (práticas) o desenvolvimento da física e da mecânica inicia neste período, ora se a maquinaria e gestada na manufatura e com ela vem a gestão do trabalho, podemos concluir que o trabalhador opera como maquina transformado por força apenas em um operador, que não requisita dele nenhuma faculdade do conhecimento.]
Media-se o tempo a partir das atividades diárias/ natureza (cantar do galo, luz do sol), seu tempo se regula pelas atividades cotidianas. Um tempo que se mede pela existência, e essa por último se media pelas atividades comuns desempenhada pelos indivíduos. O tempo é um tempo do ócio criativo, não havendo ele não há criação. A vida dos indivíduos pré-revolução industrial profundamente entrelaçada pelas tarefas diárias dos indivíduos, o sujeito tinha o domínio do tempo.
Quando olhamos para a Inglaterra do final do século XVIII e início do século XIX percebemos que há: (1) A perda do sentido do tempo; (2) O cronômetro (relógio) é um tempo controlado, controle exercido pelo trabalho, há então o conceito de que “tempo é dinheiro”, ou seja, não se perde tempo, se gasta tempo, este por fim com o trabalho. O ócio, a preguiça que era chamado vadiagem, era concebido com o crime, constituída a lei da vadiagem. (3) O sujeito perde o domínio do tempo, de modo que chega ao ponto de o estado burguês proibir o uso do relógio pelas classes inferiores. O estado burguês altera a percepção do indivíduo sob o tempo. (4) Marx aponta que a possibilidade de perceber a experiência normativa e as práticas que formam vão sendo corroídas na base de formação do trabalho.
O Estado do século XIX responde as industrias através de alguns pontos, a saber: (1) Leis Trabalhistas – O estado se move nos interesses da propriedade privada. (2) Realinhamento da produção: Investimento em ciência aplicada; Investimento em recursos humanos (RH), ou seja, surgem com ele as formas de controle (pontos, cronômetros, fichas, taxa de produção; Fordismo e Taylorismo: produção em esteiras, controle sobre o tempo e ritmo do trabalho, tem-se o parcelamento do trabalho, ou seja, o trabalho em cadeia (executo minha função se o outro operário fizer a dele); Ampliação do exército de reserva, ou seja, “se não quer trabalhar tem outros na fila”, aqui temos a estagnação do salário.
Com a passagem do artesanato para a indústria mudou-se os fundamentos da sociedade. Ao passar de uma economia de subsistência para uma mecanizada as pessoas experimentam um novo esquema de vida pautados nas relações de trabalhos que alteram a ordem de valores. O princípio maior que fundamenta essa ordem econômica é a relação de compra e venda de mercadoria, de modo que, para além disso, existe uma alteração fundamental no instrumento de trabalho: os trabalhadores perdem o contato com o instrumento de trabalho. [4: MATERIALISMO: Materialismo histórico é uma doutrina social-filosófica que considera as formas de produção econômica (a matéria e capital)como os únicos fatores realmente determinantes do desenvolvimento histórico e social. As demais esferas culturais, como religião, moral, direito, Estado, ciência, arte e filosofia são meras derivações que representam uma espécie de superestrutura sobre a infraestrutura econômica. ]
Ao experimentar a vida em uma nova ordem social e econômica, a consequência disso reside no fato de que o sujeito perde o contato físico com o objeto, ficando longe de efetivar algum tipo de experiência formativa, pois há uma alteração nos fundamentos da educação que é acompanhada pela modificação das estruturas. Isso significa que a interrogação realizada por Marx sugere o seguinte: engendra-se conhecimentos que estão vinculados a ordem produtiva.
É o sujeito que deve se adaptar a máquina, e deste momento o homem não tem mais como experimentar uma relação de dominação nem uma relação de formação. Com a maquino-fatura especifica-se os instrumentos de trabalhos e ofícios: (1) a máquina separa os homens; (2) a máquina junta ferramentas, mas não os indivíduos; (3) acentua-se o isolamento entre os indivíduos.[5: A RELAÇÃO DE DOMINAÇÃO na medievalidade se dava de modo mais direta, em que o servo se relacionava ao senhor, subjugado a ele diretamente, sabendo as ações, as exigências, os porquês de sua ação. No modo capitalista, o proletário não se relaciona ao proprietário pois as mediações entre um e outro se dá pelas engenharias, os RHs, etc. que modificaram as estruturas distanciando-os. Um é dominado pelo outro, todavia indiretamente: o operário não tem mais a dimensão de sua ação (na indústria, por exemplo), apenas o faz; se quer possui contato com seu patrão. O indivíduo se torna incapaz de compreender como se dão as relações de produção. Nesse sentido, também não há formação dos indivíduos, a não ser a especificação de sua função – o que não abre vista a totalidade.]
O processo de trabalho fraciona o trabalho, fraciona as áreas de atuação dos indivíduos, paralelamente fraciona a educação dos indivíduos em decorrência das necessidades da produção. O seccionamento do trabalho em decorrência da maquinaria não isenta a mão-de-obra, mas faz uma adaptação desta para a sua utilidade. Buscar-se-á quanto mais mão-de-obra especializada em vista de ganhar da concorrência e aumentar o lucro. É nesse contexto que surge as escolas de especializações. A maquinaria não dispensa força física de imediato, mas para além disso precisa de um homem pacificado, neutralizado, conformado, resignado. A educação e trabalho conjugados fazem isso. Necessidade de uma educação tecnicista. A produção de conhecimento é determinada por quem detém o capital. O autor aponta: a industrialização afeta outros dois setores: a comunicação e transporte. [6: Ver-se-á quanto ao transporte a transformação que foi a invenção da máquina a vapor – trens e navios – que modificaram a vida social. Diminuindo distancias, estendendo a produção para além das barreiras geográficas.]

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