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bovinocultura de leite.pdf

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Produção higiênica de leite 
Uma Ordenha bem perfeita 
Exigências nutricionais 
Controle leiteiro 
Exigências em micronutrientes 
Crescimento ideal de novilhas 
Formação e manejo de pastagens 
Controle de doenças e parasitas 
Ìndices zootécnicos 
Fluxo de caixa 
Cuidados: vaca gestante, no parto, recem-
nascido, o bezerro 
Cuidados na ordenha 
Calendário de Controle Sanitário do rebanho
 
 
PRODUÇÃO HIGIÊNICA DE LEITE 
O leite é considerado o mais nobre dos alimentos e indispensável para alimentação de 
jovens e velhos. Quando de boa qualidade, pode ser conservado, mantendo gosto e valor 
nutritivo. Um leite de boa qualidade é essencial para a produção industrial e para 
estimular o consumo dos habitantes das grandes cidades. 
Para produzir leite de boa qualidade, observe as seguintes sugestões: 
1) Utilize sempre recipientes bem lavados e mantidos de boca para baixo, para que 
fiquem bem secos; 
2) Verifique se a vaca a ser ordenhada não apresenta mastite, pois seu leite poderá 
contaminar o produto pelo elevado número de microorganismos que contém; 
3) Faça a limpeza das tetas e das mãos; 
4) Evite a queda no balde de qualquer substância que possa contaminar o leite. 
5) Use um coador apropriado para evitar sujeiras no leites colocado no latão; 
6) Havendo refrigeração, resfrie o leite o mais rápido possível, ou deixe os latões em 
locais frescos, sombrios, fora dos raios do sol; 
7) Lembre-se que acidez indica que houve contaminação do leite com microorganismos; 
8) Leite puro, limpo e bem conservado significa garantia de colocação e melhor aceitação 
pelo consumidor; 
9) Nenhum produto químico deve ser adicionado ao leite, pois pode ser prejudicial a 
saúde, afetando a indústria e a qualidade final do produto. 
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UMA ORDENHA BEM FEITA 
A mamite é um dos pontos de estrangulamento dos mais importantes da atividade leiteira. 
A ordenha bem realizada, diminui o risco de aparecimento deste mal que acarreta 
enormes prejuízos. Desta forma, existem normas que devem ser seguidas para que 
tenhamos um manejo correto: 
1° - Começamos com a lavagem do úbere com água corrente para retirar o excesso de 
sujeira, principalmente nas tetas. Em seguida deve-se enxugar com papel toalha; 
2° As mãos do ordenhador deverão ser lavadas com água e sabão para evitar 
contaminação dos animais; 
3° A ordenhadeira deve estar regulada e as peças em perfeito estado, sem acúmulo de 
sujeira, que poderá ser fonte de contaminação. 
4° Deve-se realizar o teste "CMT" mensalmente, para detecção de mamite subclínica, 
pois é um indicativo para o nível sanitário do rebanho. 
5° A cada ordenha deve-se realizar o teste com a caneca telada ou de fundo escuro, para 
detecção de mamite clínica. Se o animal apresenta-se positivo a este teste, não deve ser 
ordenhado mecanicamente. Deverá ser levado a outro local e ser ordenhado a mão e o 
leite não deve ser despejado no recinto do curral. 
6° A ordenha deve ser contínua e bem feita, para que não haja traumatismos e nem 
interrupção da descida do leite. 
7° Ao final da ordenha, o quanto antes, deve ser usada uma solução iodo-glicerinada para 
a prevenção da mamite. 
8° Vacas que apresentam mamites incuráveis, mesmo que seja em um só quarto, devem 
ser eliminadas do rebanho, pois tornam-se transmissoras da doença. 
OBS.: Em rebanhos controlados, deve ser realizado antibiograma semestral, para a 
escolha do antibiótico mais eficaz a ser utilizado. 
As vacas em final de lactação deverão ser secas completamente antes de serem levadas ao 
pasto de descanso dessa categoria. 
 
 
EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS 
Para produzir, a vaca tem que sintetizar os compostos que fazem parte do leite, precisa 
mobilizar nutrientes do próprio corpo e ter sua atividade metabólica alterada. Por esses 
motivos é que a alimentação, a saúde e o bem-estar do animal são fatores muito 
importantes para se obter leite de uma vaca leiteira. O bom trato da vaca deve ser 
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caracterizado pelo esforço de oferecer ao animal tudo que ele necessita, para que dê em 
troca bezerros e leite, que serão vendidos para a formação da receita bruta da fazenda. 
Preste atenção nos seguintes pontos para saber se a vaca está sendo bem manejada: 
1) Após o parto, a boa vaca perde peso, porque tem a necessidade de retirar nutrientes de 
seu corpo para ajudar na secreção do leite. Por esse motivo é essencial que, antes do 
parto, esteja com boas reservas corporais, o que se consegue alimentando bem a vaca 
durante toda a lactação anterior. 
2) Se depois da parição a vaca for bem alimentada, o cio deve retornar de 1 a 2 meses e, 
mesmo emagrecendo as funções reprodutivas estarão bem restabelecidas. A manutenção 
do bezerro mamando tende a retardar a volta ao cio, mas não impede seu aparecimento 
dentro de um período de 3 meses. 
3) O período adequado para o fornecimento de ração é no início da lactação época em que 
a vaca é mais eficiente, produz mais leite e precisa receber um ajuda. Se o alimento 
volumoso for de boa qualidade , basta fornecer um quilo de ração para cada 3 litros de 
leite produzidos. 
4) Combata bernes, carrapatos, vermes e procure oferecer à vaca, água e sombra para 
repouso. Não faça o animal correr, para economizar energia e evite caminhadas muito 
longas. O bem-estar é importante para a produção de leite. Faça com o Médico 
Veterinário um bom programa sanitário para o rebanho. 
5) Forneça sal mineral de boa qualidade durante todo o ciclo e, se possível procure forçar 
a ingestão desse suplemento, colocando quantidades especificadas nas rações ou sob 
qualquer alimento disponível no cocho. 
EXIGÊNCIAS DIÁRIAS DE UMA VACA PESANDO 500 KG 
Produção ( l ) Consumo de matéria seca (kg ) Proteína Bruta ( kg) NDT (kg) Ca (g) P (g)
10 11,5 1,232 6,72 44 32 
15 12,5 1,632 8,22 57 41 
20 14,0 2,032 9,72 70 50 
25 15,5 2,432 11,22 83 59 
30 17,0 2,832 12,72 96 67 
 
 
CONTROLE LEITEIRO 
A caracterização de uma fazenda boa produtora de leite só pode ser feita se o fazendeiro 
controlar quanto e como a vaca produz. Olhando ou examinando a matriz, não existe a 
possibilidade de saber a sua capacidade. O conhecimento de sua maior produção é 
essencial para avaliar o animal. O controle leiteiro é uma medida eficaz para conhecer, 
avaliar e tratar cada vaca, porque: 
1) Pesando o leite todo mês, pode-se verificar não só a qualidade, mas também se a vaca é 
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EXIGÊNCIAS EM MICRONUTRIENTES 
 
capaz de segurar o leite por pouco ou muito tempo. 
2) Torna-se possível identificar a persistência de produção, que é uma característica das 
mais importantes da vaca leiteira, pois, sendo alta, garante a produção elevada e período 
de lactação mais longo. 
3) A persistência é uma característica genética e cada animal apresenta uma característica 
própria de produzir e, assim sendo, não há necessidade de oferecer uma nova chance às 
vacas que não conseguem segurar o leite com o passar do tempo. 
4) As vacas com boa persistência são também boas produtoras e, por isso, merecem 
receber um trato especial para que possam também reproduzir e, assim, participar de 
maneira mais eficiente no processo produtivo. 
5) As vacas de baixa persistência, caracterizadas pelo controle leiteiro, devem ser 
descartadas do rebanho. 
6) Colete todos os dados, guarde-os para haver possibilidade de calcular a produção e 
analisar o comportamento da vaca durante a lactação. 
7) Na ocasião de seleção, o conhecimentodas produções auxilia as decisões para a venda 
ou manutenção das vacas no rebanho da fazenda. 
EXIGÊNCIAS EM MICRONUTRIENTES POR VACAS LEITEIRAS 
Produção
(l) 
Mg 
(g) 
S (g) Mn (g) Cu (g) Zn (g) Co 
(mg) 
I (mg) Se 
(mg) 
10 23 23 0,40 0,115 0,40 1,20 5,7 1,20 
15 25 25 0,50 0,125 0,50 1,25 6,2 1,25 
20 28 28 0,56 0,140 0,56 1,40 7,0 1,40 
25 31 31 0,62 0,155 0,62 1,55 7,7 1,55 
30 34 34 0,68 0,170 0,68 1,70 8,5 1,70 
 
 
CRESCIMENTO IDEAL DE NOVILHAS 
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Para você acompanhar o desenvolvimento das novilhas, faça a comparação da idade com 
o peso, de acordo com as tabelas abaixo. As tabelas mostram as raças grandes e pequenas, 
ficando as raças médias entre as duas. 
CRESCIMENTO IDEAL DE FÊMEAS 
LEITEIRAS PARA PARIÇÃO AOS 24 
MESES. RAÇAS GRANDES. 
CRESCIMENTO DE NOVILHAS PARA 
PARIÇÃO AOS 27 MESES. RAÇAS GRANDES. 
Idade 
(meses) 
Peso 
(kg) 
Ganho diário (g) Idade
(meses) 
Peso (kg) Ganho diário (g) 
Nasc. 40 - Nasc. 40 - 
1 52 400 1 52 400 
2 69 550 2 69 550 
4 100 680 4 100 580 
6 145 750 6 133 550 
8 190 750 8 166 550 
10 235 750 10 199 550 
12 280 750 12 232 550 
14 325 750 14 265 550 
 Cobrição 15 meses 16 298 550 
16 370 750 18 331 550 
18 415 750 Cobrição 
20 460 750 20 375 740 
22 505 750 22 419 740 
 Parição 24 meses 24 463 740 
24 550 750 26 507 740 
 Parição 27 meses 
 27 551 740 
CRESCIMENTO IDEAL DE FÊMEAS 
LEITEIRAS PARA PARIÇÃO AOS 24 
MESES. RAÇAS PEQUENAS. 
CRESCIMENTO DE NOVILHAS LEITEIRAS 
PARA PARIÇÃO AOS 27 MESES. RAÇAS 
PEQUENAS. 
Idade 
(meses) 
Peso 
(kg) 
Ganho diário (g) Idade
(meses) 
Peso (kg) Ganho diário (g) 
Nasc. 25 - Nasc. 25 - 
1 36 360 1 36 360 
2 48 400 2 48 400 
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4 77 480 4 77 480 
6 110 550 6 107 500 
8 146 600 8 137 500 
10 182 600 10 167 500 
12 218 600 12 197 500 
14 254 600 14 227 500 
 Cobrição 15 meses 16 257 500 
16 293 650 18 290 500 
18 332 650 Cobrição 
20 371 650 20 323 550 
22 410 650 22 356 550 
24 449 650 24 389 550 
 Parição 24 meses 26 422 550 
 Parição 
 
 
FORMAÇÃO E MANEJO DE PASTAGENS 
Uma forragem que cresce em solo pobre também é pobre e não agüenta um número 
elevado de animais por unidade de área. Adotando um conceito diferente, os níveis de 
produtividade começam a ser definidos pela fertilidade do solo destinado às pastagens. 
Para a formação de um bom pasto, faça o seguinte: 
1) Analise o solo, aplique calcário e prepare a gleba com capricho na época adequada. 
Antes, mate formigas e cupins, não se esquecendo da vizinhança. 
2) Escolha a espécie a ser plantada. Se usar capim elefante ou colonião, os resultados 
serão melhores, porque são forragens de alta produção. A área a ser formada será pequena 
e os custos de formação reduzidos. 
3) Utilize análise de solo para definir como adubar e que quantidade de fertilizante deve 
ser aplicada no solo, antes e durante o plantio. 
4) Espere a chegada das chuvas para garantir um bom estabelecimento dos pastos. 
5) Se o plantio for de capim elefante, escolha mudas de 90 a 120 dias de idade, com 
gemas protuberantes e sem brotação. Não retire as palhas que envolvem os colmos. 
6) Faça sulcos com 10 a 15 cm de profundidade e espaçados de 80 cm a 1 metro e 
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distribua o adubo de plantio no fundo. Coloque 10 a 15 gemas por metro linear e cubra as 
mudas com 5 cm de terra. 
7) Para semeadura do colonião, o solo deve estar bem destorrado para permitir o bom 
contato da semente com a terra. Adquira sementes certificadas para garantir um bom 
estabelecimento do pasto. A quantidade de semente utilizada depende do valor cultural. 
8) A semeadura deve ser superficial, pode ser feita a lanço ou preferencialmente com 
semeadura de pasto com espaçamento de 15 a 20 cm entre linhas. Somente o adubo 
fosfatado de plantio pode ser misturado - ou não - com a semente. 
9) A compactação do solo após a semeadura é de importância fundamental, deve ser feita 
com a finalidade de proporcionar maior contato do solo com a semente, utilizando-se 
rolos de concreto, de pneus ou do próprio trator. Não use grade para cobrir a semente. 
10) O pasto estando bem formado, pode começar a ser utilizado de 45 a 60 dias após o 
plantio. O início requer cuidados especiais, adequando o uso ao manejo recomendado 
para a espécie a ser utilizada. 
A adubação de plantio de capim elefante e de capim colonião-400 a 600 kg de superfosfato simples/ha. 
TABELA DE CATEGORIA ANIMAIS CORRESPONDENTE A UNIDADES ANIMAIS (UA) PARA 
CÁLCULO DA LOTAÇÃO EM PASTAGENS: 
- 1 Touro - 1,5 UA 1 vaca - 1 UA Novilhas 0 a 1 ano - 0,5 UA 
Novilhas 1 a 2 anos - 0,75 UA Novilhas 2 a 3 anos - 1 UA 
Uma vez que os pastos foram bem estabelecidos, deve-se agora utilizá-los de maneira 
correta e racional, a fim de manter níveis ótimos de fertilidade do solo, evitando a sua 
degradação e contando com eles para sempre. Um bom pasto significa produção 
econômica e lotações elevadas por unidade de área. 
Para um bom manejo siga as seguintes recomendações: 
1) O pastejo rotativo possibilita o uso uniforme da gleba, garante ao animal forragem de 
alta qualidade e possibilita tempo de recuperação para a planta. Use cerca elétrica para 
dividir a gleba com economia. Cada espécie forrageira tem período ideal de repouso após 
cada pastejo. 
2) No início do período chuvoso, deve-se estabelecer uma altura de pastejo de 30 a 40 cm 
para o capim elefante e de 20 a 30 cm para o colonião, de maneira a estabelecer uma base 
para o chamado "pastejo alto". Com essa proposta, procura-se eliminar os pontos de 
crescimento dos perfilhos. 
3) A uniformização do pastejo depende do número de animais por unidade de área. 
Recomenda-se iniciar com o oferecimento de 60 a 70 m2 de pasto por vaca/por dia de 
pastejo. Realizar o ajuste de maneira que, após o pastejo, ainda existia um pouco de 
folhas no perfilho. 
4) Verifique se houve eliminação do ponto de crescimento e se a altura do pasto não está 
acima de 30-40 cm. Havendo necessidade, acerte a altura com uso de facão. 
5) Logo após a saída dos animais, adube o pasto com N-P-K somente no período de 
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outubro a março; não há necessidade de esperar a chuva para adubar. 
6) Na seca, a produção do pasto pasto cai, havendo necessidade de suplementação com 
volumoso. Mesmo assim, continue utilizando os pastos com um número menor de 
animais ou por menor tempo. 
7) Providencie água, sal mineral e sombra para os animais em pastejo, destinando uma 
área fora dos piquetes para tal fim. 
8) No início das chuvas do ano seguinte, rape e adube um piquete por dia. Só use 
roçadeira se o piquete estiver muito alto e a touceira muito densa. Obedeça o período de 
descanso para iniciar o uso de cada piquete. 
 CAPIM ELEFANTE 
Período de ocupação = 1 
dia............................................................................................ 
2 dias
Período de descanso = 45 
dias......................................................................................... 
45 dias
Número de piquetes = 
46................................................................................................. 
23
CAPIM COLONIÃO 
Período de ocupação = 1 
dia............................................................................................2 dias
Período de descanso = 35 
dias........................................................................................ 
35 dias
Número de piquetes = 
36................................................................................................. 
18
NÍVEIS DE FERTILIDADE DO SOLO QUE DEVEM SER MANTIDOS 
V = 60-70% K= 4-6% DA CTC P= mínimo de 15 ppm 
 
 
CONTROLE DE DOENÇAS E PARASITAS 
 
VACINAÇÕES 
O estado sanitário do rebanho deve ser mantido o melhor possível, assim devemos utilizar 
as vacinas, as quais são ótimos aliados na prevenção das doenças. 
Começando com a vacina contra agentes da febre aftosa, que deverá ser aplicada a partir 
dos 3 meses e repetida a cada 4 meses . A vacina contra os agentes do carbúnculo 
sintomático ou manqueira, deve ser aplicada a partir dos 2 meses de idade e repetida a 
cada 6 meses até os 2 anos de idade. Contra a leptospirose, de 6 em 6 meses, no gado 
adulto, e contra a brucelose, deverá ser feita nas fêmeas na idade entre 3 a 8 meses no 
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gado mestiço e entre 3 a 6 meses no gado puto. Outras vacinações deverão ser realizadas 
somente em caso de surto. 
VERMINOSE 
O combate a verminose deverá ser realizado em animais jovens até os 2 anos de idade, 
com quatro aplicações de produto de amplo espectro, sendo 3 aplicações ma época seca 
(abril, julho e setembro), e uma de segurança na época das águas (dezembro). Os animais 
adultos devem receber duas aplicações, sendo uma em abril e outra em setembro. 
HEMOPARASITAS 
Grandes prejuízos tem sido atribuídos aos agentes causadores da Tristeza parasitária. A 
convivência com esses agentes, nos torna atentos aos primeiros sintomas, pois são 
doenças que de um modo geral acometem todos os animais. A partir do momento que 
ocorrem, quando medicados em tempo hábil, os animais recuperam-se e adquirem a 
condição de premunidos, passando a ter resistência aos agentes da doença. A premunição 
natural, por meio de um carrapateamento lento e crescente dos bezerros, desde cedo, 
permite que adquiram imunidade, sem sofrerem severamente com a doença. 
 
 
ÌNDICES ZOOTÉCNICOS 
Somente com todos os índices zootécnicos na mão, seria possível detectar o que vai bem 
e o que vai mal no seu rebanho. Ou melhor, eles irão dizer onde estão os erros e os 
acertos no manejo e facilitar o seu trabalho no ajuste da reprodução e produção do seu 
sistema. 
No entanto é essencial que você faça todas as anotações das datas de cobrição, 
diagnóstico de gestação, data da desmama (secagem), controle leiteiro, data da parição e 
pesagem de animais em crescimento. 
Fichas do Programa Itambé de Aumento da Produtividade do Rebanho Leiteiro, o 
SCRIIT (Sistema de Controle de Índices do Rebanho Leiteiro Informatizado Itambé) e 
também esta caderneta de campo podem auxiliar nessa tarefa. 
E agora, com todas essas datas, vamos fazer cálculos: 
1) INTERVALO ENTRE PARTOS (IP): é o tempo que decorre entre duas parições de uma 
vaca. Para calcular o intervalo entre partos, faça a diferença, em dias, entre as datas dos 
dois partos. 
Você pode ser auxiliado pela seguinte fórmula: 
B1 = A1 X 365 + M1 X 30 + D1 B2 = A2 X 365 + M2 X 
30 + D2 
IP = B2 - B1
 
A1 = Ano do parto 1 • A2 = Ano do parto 2 • M1 = Mês do parto 1 • M2 = Mês do parto 
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2 • D1 = Dia do parto 1 • D2 = Dia do parto 2 • IP = Intervalo entre partos. 
Após calcular os intervalos entre partos ocorridos num determinado mês, tire a média 
daquele mês e transfira os números para o mês correspondente no painel de controle de 
índices zootécnicos. 
2) PERÍODO DE SERVIÇO: é o tempo que uma vaca gasta para emprenhar após uma parição. 
Calcule o número de dias entre as datas de parição e a data de cobrição em que realmente 
houve prenhês num determinado mês, tire a média e transfira o número para o painel de 
controle. Para seu auxílio, utilize a fórmula do item 1. 
3) PERÍODO DE LACTAÇÃO: é o tempo que uma vaca permanece dando leite até secar . 
Calcule o número de dias entre as datas de parição e secagem, tire a média de todas as 
lactações encerradas naquele mês e transfira para o painel de controle. Para seu auxílio, 
utilize a fórmula do item 1. 
4) IDADE DAS NOVILHAS AO 1° PARTO: é o tempo que decorre entre o nascimento da 
novilha e seu primeiro parto. Calcule o número de dias entre as datas de nascimento e 
primeiro parto, tire a média de todas as novilhas que tiveram parto num determinado mês 
e transfira para o painel de controle. Para seu auxílio, utilize a fórmula do item 1. 
5) PRODUÇÃO DE LEITE NA LACTAÇÃO: é o total de leite que uma vaca produz numa 
lactação. Tire a média de todas as lactações encerradas num determinado mês e transfira 
para o painel de controle. 
6) PRODUTIVIDADE DE ATIVIDADE LEITEIRA: é o total de leite produzido na propriedade 
num ano, dividido pela área que está sendo efetivamente utilizada no processo de 
produção de leite (pastagens + cana-de-açúcar + silagem + feno, etc). Faça estes cálculos 
todos os meses e acompanhe as melhorias que estão ocorrendo na propriedade. 
7) PORCENTAGEM DAS VACAS EM LACTAÇÃO: é o número de vacas, que estão dando leite, 
dividido pelo número total de vacas no rebanho. 
ÍNDICES IDEAIS 
Intervalo entre 
partos.................................. 
12 meses 
Período de serviço 
máximo......................... 
83 dias 
Período de 
lactação..................................... 
10 meses 
Porcentagem das vacas em 
lactação........... 
83% 
Produtividade da atividade 
leiteira............. 
4.000 a 10.000 litros de leite / hectare / ano 
Idade das novilhas ao 1° parto 24 meses 
 
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FLUXO DE CAIXA 
Depois de ter calculado todos os índices zootécnicos e de produtividade da fazenda, é 
importante, agora, avaliar a rentabilidade da propriedade de forma geral. Faça isto 
anotando suas receitas e despesas mês a mês, junto com o saldo mensal acumulado. 
Cada item está indicado nos quadros a seguir. 
Após fazer as anotações corretamente, será possível saber onde realmente estão seus 
gastos e se eles estão corretos e coerentes, pois o gasto com cada setor da produção tem 
uma certa porcentagem sobre o total. 
 FLUXO DE CAIXA MÊS MÊS MÊS MÊS 
1- RECEITAS 
 1.1. Venda de leite 
 1.2. Venda de animais 
 1.3. Outras receitas 
 
 TOTAL DA RECEITA 
 
2- DESPESAS 
 2.1. Mão de obra 
 2.2.Combustíveis e lubrificantes 
 2.3. Horas de máquinas 
 2.4. Manutenção de 
equipamentos 
 
 2.5. Rações e minerais 
 2.6. Medicamentos 
 2.7. Adubos - pastagens 
 2.8. Adubos - outras culturas 
 2.9. Inseticidas - herbicidas - 
inseticidas 
 
 2.10. Construções 
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 2.11. Inseminação artificial 
 2.12. Energia elétrica 
 2.13. Compra de animais 
 2.14. Outras despesas 
 
 TOTAL DAS DESPESAS 
 SALDO DO MÊS 
 SALDO ACUMULADO 
 
 
CUIDADOS COM A VACA GESTANTE 
Na formação do colostro, que começa algum tempo antes do parto, é necessário vacinar 
contra os agentes da Pneumoenterite, para que haja produção de anticorpos. Estes 
anticorpos passarão para o bezerro após o nascimento através do colostro, que é um 
alimento rico e de extremanecessidade para toda vida animal. 
Estando a vaca gestante, observamos o animal mais lento e pesado. Neste caso é preciso 
que haja um pasto maternidade para diminuir esforços e riscos. O pasto deverá ter água de 
fácil acesso e cocho para dar algum tipo de concentrado. 
CUIDADOS NO PARTO 
É importante observar se o parto ocorreu de forma normal ou não, para procedermos da 
maneira mais correta possível. Esta observação ajuda na recuperação mais rápida do 
animal. Consequentemente , teremos animais mais produtivos e com menores gastos. 
Assim poderemos ter vários tipos de parto, como por exemplo: 
- parto normal 
- parto com lesão de vulva 
- parto ajudado 
- parto com retenção de placenta 
- parto distócico 
A partir destas observações, o veterinário poderá tomar as providências necessárias para a 
boa conduta desta atividade. 
CUIDADOS COM O RECEM-NASCIDO 
Quanto mais cedo for feito o curativo no umbigo, melhor será para evitar o aparecimento 
de transtorno para o bezerro. O umbigo do recém-nascido é uma porta de entrada para 
germes, de muita importância para a saúde do animal. Logo após o nascimento do 
bezerro, o umbigo deve ser cortado no tamanho de aproximadamente 3 cm, com tesoura 
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desinfectada. Este curativo deve ser feito com álcool iodado, de preferência sendo 
realizado com o animal de barriga para cima. Deve ser repetido até que o umbigo fique 
seco e caia. 
O colostro deve ser fornecido o mais cedo possível, para o recém-nascido. Caso seja 
possível, deve-se deixar o bezerro com a mãe nas primeiras 24 horas, sem esgotar o 
colostro, e interferir somente se o bezerro não conseguir mamar, fornecendo-lhe o 
colostro no balde, na quantidade de 2 litros pela manhã e 2 litros pela tarde. 
 
 CUIDADOS COM O BEZERRO 
Em bezerreiros, é importante manter o local seco e limpo, e desinfectá-lo quinzenalmente 
até a altura de 1,5 metros. 
Em abrigos individuais, o manejo é mais fácil, uma vez que pode ser trocado de lugar 
quando houver necessidade. Quando o bezerro for desmamado, deve-se desinfectar o 
abrigo, para receber outro recém-nascido. 
Tanto para o bezerreiro quanto para os abrigos individuais, é de extrema importância a 
conservação sem umidade e excesso de matéria orgânica. 
Deve-se vacinar os bezerros contra os agentes da Pneumoenterite aos 15 dias de vida e 
repetir aos 45 dias. 
 
 
CUIDADOS NA ORDENHA 
A mamite é um dos pontos de estrangulamento dos mais importantes da atividade leiteira. 
A ordenha bem realizada, diminui o risco de aparecimento deste mal que acarreta 
enormes prejuízos.Desta forma, existem normas a serem seguidas para se ter um manejo 
correto: 
1) Começando com a lavagem do úbere com água corrente para retirar o excesso de 
sujeira, principalmente nas tetas. Em seguida deve-se enxugar com papel toalha. 
2) O ordenhador deve lavar sua mãos com água e sabão para evitar a contaminação dos 
animais. 
3) A ordenhadeira deve ser regulada e as peças em perfeito estado, sem acúmulo de 
sujeira, que poderá ser fonte de contaminação. 
4) Deve-se realizar o teste " CMT " mensalmente, para detecção de mamite subclínica, 
pois é um indicativo para o nível sanitário do rebanho. 
5) A cada ordenha deve-se realizar o teste com a caneca telada ou de fundo escuro, para 
detecção de mamite clínica. Se o animal apresenta-se positivo a este teste, não deve ser 
ordenhado mecanicamente. Deverá ser levado a outro local e ser ordenhado a mão e o 
leite não deve ser despejado no recinto do curral. 
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 CALENDÁRIO DE CONTROLE SANITÁRIO DO REBANHO 
6) A ordenha deve ser contínua e bem feita, para que não haja traumatismos e nem 
interrupção da descida do leite. 
7) Ao final da ordenha, o quanto antes, deve ser usada uma solução iodo-glicerinada para 
a prevenção da mamite. 
8) As vacas que apresentam mamites incuráveis, mesmo que seja em um só quarto, 
devem ser eliminadas do rebanho, pois tornam-se transmissoras da doença. 
Em rebanhos controlados, deve ser realizado antibiograma semestral, para a escolha do 
antibiótico mais eficaz a ser utilizado. As vacas em final de lactação deverão ser secas 
completamente, antes de serem levadas ao pasto de descanso dessa categoria. 
ATIVIDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 
Limpeza e 
desinfecção das 
instalações 
x x x x x x x x x x x x 
Cura do umbigo x x x x x x x x x x x x 
Vacina contra 
paratifo 
x x x x x x x x x x x x 
Controle de 
ectoparasitas 
x x x x x x x x x x x x 
Controle de 
mamite "CMT" 
x x x x x x x x x x x x 
Exame com 
caneca telada 
T O D O S OS D I A S 
Controle de 
verminose 
 x x x 
Vacina aftosa x x 
Vacina 
manqueira 
 x x 
Vacina 
brucelose 
 x x x 
Teste brucelose x x 
Teste x x 
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Elaborado: Antonio Domingues de Souza ( Médico Veterinário) 
 Fonte: Deparetamento Técnico - Emater-MG 
 E-mail: detecger@emater.gov.br 
 Telefone: (031) 349.8070 / Fax: (031) 296.4990 
 
 
tuberculina 
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