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Compra e Venda, Troca e Doação Resumo

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Resumo Civil 3
Do Contrato de Compra e Venda
Conceito: denomina-se compra e venda o contrato bilateral pelo qual uma das partes (vendedor) se obriga a transferir o domínio de uma coisa à outra (comprador), mediante a contraprestação de certo preço em dinheiro.
Pode ter por objeto bens de toda natureza: corpóreos (móveis e imóveis), e incorpóreos, fungíveis e infungíveis.
A transferência do domínio depende da tradição, para os móveis e o registro, para os imóveis. O contrato não transfere o domínio da coisa, mas simplesmente se cria a obrigação de fazê-lo.
A natureza jurídica da compra e venda é sinalagmático ou bilateral perfeito (uma vez que gera obrigações recíprocas), consensual, oneroso (ambos os contratantes obtem proveito) e comutativo.
Seus elementos integrantes são a coisa (existência, individuação e disponibilidade), o preço (sem a sua fixação, a venda é nula, se não for determinado deve ser ao menos determinável, que deverá ser pago em dinheiro) e o consentimento (capacidade das partes para vender e comprar livre e espontâneo).
O objeto da compra deve ser sempre lícito, possível, determinado ou determinável.
É anulável a venda de ascendente a descendente, sem que os demais descendentes e o cônjuge expressamente o consintam; existem restrições à aquisição de bens por tutores, curadores, testamenteiros e outras pessoas encarregadas de zelar pelo interesse dos vendedores; o condômino não pode vender a sua parte a estranho; é vedada a compra e venda entre marido e mulher que tenha por objeto bem que integre a comunhão; não pode o cônjuge, sem a anuência do outro, celebrar contrato de compra e venda que tenha por objeto imóvel de qualquer valor.
Efeitos da compra e venda: 
Efeitos principais: geração de obrigações recíprocas e da responsabilidade pelos vícios redibitórios e pela evicção
gerar obrigações recíprocas para os contratantes: para o vendedor, a de transferir o domínio de certa coisa, e para o comprador, a de pagar-lhe certo preço em dinheiro;
acarretar a responsabilidade do vendedor pelos vícios redibitórios e pela eviccção.
O descumprimento da obrigação de transferir o domínio mediante tradição ou registro caracteriza inadimplemento, podendo o adquirente optar pelo ajuizamento de ação de obrigação de fazer ou ação de adjudicação compulsória.
Efeitos secundários: 
responsabilidade pelos riscos: antes da tradição, o risco pelo perecimento ou deterioração da coisa é do vendedor, e o do preço do comprador.
repartição das despesas: ficarão as despesas de escritura, registro e ITBI a cargo do comprador, e a cargo do vendedor as da tradição, salvo se acordarem diferente disso.
direito de reter a coisa ou o preço: o vendedor não é obrigado a entregar a coisa antes do comprador realizar o pagamento, podendo reter a coisa ou negar-se; nas vendas a prazo, se o comprado cair em insolvência, pode reter a entrega da coisa até que o comprador lhe dê garantias de que irá cumprir sua parte.
Das Cláusulas Especiais à Compra e Venda
A retrovenda constitui um pacto adjeto, pelo qual o vendedor reserva-se o direito de reaver o imóvel que está sendo alienado, em certo prazo, restituindo o preço, mais as despesas feitas pelo comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com a sua autorização escrita, ou para realização de benfeitorias necessárias.
*cláusula em que o vendedor reserva para si o direito de retrato, qual seja, recomprar o bem imóvel vendido, no prazo de 03 anos. O titular do direito deverá reembolsar ao comprador tudo que dele recebeu, despesas do contrato e custos de manutenção do bem se efetuado com sua autorização escrita ou com benfeitorias necessárias.
O direito de resgate pode ser cedido a terceiro, transmitido a herdeiros e legatários e ser exercido contra o terceiro adquirente.
A venda a contento constitui pacto adjeto a contratos de compra e venda relativos, em geral, a gêneros alimentícios, bebidas finas e roupas sob medida. Entende-se realizada sob condição suspensiva, ainda que a coisa tenha sido entregue ao comprador, e não se reputará perfeita, enquanto o adquirente não manifestar seu agrado.
*mesmo que o objeto da compra e venda seja transmitido ao comprador, o contrato só será aperfeiçoado quando o comprador emitir a manifestação no sentido de estar satisfeito. Existe, assim, uma condição suspensiva que é a satisfação do consumidor.
Na venda sujeita a prova presume-se feita sob a condição suspensiva de que a coisa tenha as qualidades asseguradas pelo vendedor e seja idônea para o fim que se destina. As obrigações do comprador também são as de mero comodatário, enquanto não manifeste aceitá-la.
*o aperfeiçoamento do contrato se dará com a certificação por parte do comprador que o bem adquirido tem as qualidades asseguradas pelo vendedor. Aqui também a compra e venda esta sujeita a uma condição suspensiva. O prazo poderá ser fixado no contrato ou do contrário mediante notificação feita ao comprador pelo vendedor.
Diferente da venda a contento, a venda sujeita a prova não está ligada à satisfação ou gosto do comprador, mas à circunstância de a coisa ter ou não as qualidades asseguradas pelo vendedor e ser ou não idônea para o fim que se destina.
A preempção ou preferência é o pacto, adjeto à compra e venda, pelo qual o comprador de uma coisa, móvel ou imóvel, se obriga a oferecê-la ao vendedor, na hipótese de pretender futuramente vendê-la ou dá-la em pagamento, para que este use do seu direito de prelação em igualdade de condições. Em outras palavras, é o direito atribuído ao vendedor de se substituir ao terceiro nos mesmos termos e condições em que este iria adquirir a coisa. 
*o comprador se obriga a efetuar a notificação do vendedor caso pretenda vender ou doar o bem. Caso contrário, responderá por perdas e danos.
A cláusula de venda com reserva de domínio constitui modalidade especial de venda de coisa móvel, em que o vendedor tem a própria coisa vendida como garantia do recebimento do preço. Só a posse é transferida ao adquirente, a propriedade permanece com o alienante e só passa àquele após o recebimento integral do preço.
*a propriedade do bem continua sendo do vendedor até que o preço seja integralmente pago; a cláusula deve vir escrita no contrato e sua validade depende do registro do contrato no domicílio do comprador. 
*a partir da transferência da posse os riscos pela conservação do bem passam a ser do comprador. 
*não sendo pago, o vendedor pode promover a execução da garantia mediante ação de cobrança ou reintegração de posse;
O comprador, enquanto pendente o pagamento das prestações, é mero possuidor a título precário. Pode, no entanto, desfrutar da coisa como lhe aprouver, bem como praticar todos os atos necessários à conservação de seus direitos, valendo-se dos interditos possessórios para sua defesa, podendo também vender ou ceder a terceiro o direito expectativo, com efeitos de assunção de divida.
Poderá o vendedor cobrar a dívida penhorando a própria coisa e levando-a a hasta pública para se ressarcir ou optar pela apreensão e depósito da coisa vendida. Não havendo contestação, pagamento ou pedido de prazo, pode ser requerida a reintegração de posse, devendo restituir as prestações já pagas.
Na venda sobre documentos, a tradição da coisa é substituída pela entrega do seu título representativo e dos outros documentos exigidos pelo contrato, ou no silêncio deste, pelos usos.
Achando-se a documentação em ordem, não pode o comprador recusar o pagamento, a pretexto de defeito de qualidade ou do estudo da coisa vendida, salvo se o defeito já houver sido comprovado.
*a tradição do bem é substituída pela entrega de um documento representativo.
Doação
É o contrato em que uma pessoa, por liberdade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra.
*Espécie de contrato típico, por meio do qual uma pessoa (doador) transfere, gratuitamente, bens ou vantagens do seu patrimônio para o de outra pessoa (donatário).
Contrato típico, consensual, gratuito, unilateral e formal.
Ascendentes podemdoar a descendentes sem anuência dos demais, marido e mulher podem fazer doações recíprocas, exceto o cônjuge adúltero ao seu cúmplice. Menor também não pode doar.
O elemento da doação é a transferência de bens ou vantagens de um patrimônio para outro. A vantagem há de ser patrimonial, bem como deve haver ainda aumento de um patrimônio à custa de outro. 
O objeto da doação é a prestação de dar coisa ou vantagens. Pode ser objeto de doação todo bem que tenha expressão econômica e possa ser alienada, incluindo bens móveis e imóveis, corpóreos e incorpóreos, consumíveis e inconsumíveis. A coisa alheia não pode ser objeto de doação.
A coisa futura pode ser objeto de doação.
A promessa de doação em favor da prole é admitida, atribuindo-se a cláusula do acordo eficácia plena e irrestrita, sem condições de retratabilidade ou arrependimento, assegurando-se ao beneficiário direito à adjudicação compulsória do imóvel ou sentença condenatória.
Espécies de doação:
Pura e simples ou típica: quando o doador não impõe nenhuma restrição ou encargo ao beneficiário, nem subordina sua eficácia a qualquer condição.
Onerosa, modal, com encargo ou gravada: aquela em que o doador impõe ao donatário uma incumbência ou dever. O encargo não suspende a aquisição, nem o exercício do direito.
Remuneratória: feita em retribuição a serviços prestados, cujo pagamento não pode ser exigido pelo donatário. O doador sente o dever moral de remunerá-lo em virtude da prestação de um serviço que aquele lhe prestou e, por alguma razão, não exigiu o correspectivo ou a ele renunciou.
Mista: aquela em que se procura beneficiar por meio de um contrato de caráter oneroso. Embora haja intenção de doar, existe um preço fixado, caracterizando uma venda.
Em contemplação do merecimento do donatário (contemplativa): quando o doador menciona, expressamente, o motivo da liberdade, dizendo por exemplo que a faz porque o donatário tem determinada virtude, ou é seu amigo, etc.
Feita ao nascituro: pode o nascituro ser contemplado com doações, sendo aceita pelo seu representante legal.
Em forma de subvenção periódica: trata-se de uma pensão, como favor pessoal ao donatário, cujo pagamento termina com a morte do doador, não se transferindo a obrigação a herdeiros salvo se o contrário houver sido estipulado. 
Em contemplação a casamento futuro: liberdade realizada em consideração às núpcias próximas do donatário com certa e determinada pessoa. Pode ser beneficiada a prole do casal.
Entre cônjuges: de um cônjuge a outro importa adiantamento do que lhes cabe por herança, o que versará sobre os bens particulares de cada cônjuge.
Em comum a mais de uma pessoa (conjuntiva): a doação é feita em comum a várias pessoas, distribuída entre os beneficiados por igual.
De ascendentes a descendentes: importa adiantamento do que lhes cabe por herança, e estes são obrigados a conferir, no inventário do doador, por meio de colação os bens recebidos, pelo valor que lhes atribuir o ato de liberdade ou estimativa para que sejam igualados aos quinhões dos herdeiros necessários. Dispensa a anuência dos outros filhos.
Inoficiosa: excede o limite que o doador poderia dispor em testamento, e o art. 549 CC declara nula somente a parte que exceder o limite, e não toda a doação.
Com cláusula de retorno ou reversão: permite que o doador estipule o retorno ao seu patrimônio, dos bens doados, se sobreviver ao donatário. A intenção é beneficiar somente o donatário e não seus herdeiros. Se o donatário morrer antes, deixa de ocorrer a condição e os bens doados incorporam-se ao patrimônio do beneficiário. 
Manual: Doação que pode ser feita verbalmente, desde que siga a tradição, bens móveis de pequeno valor.
Feita a entidade futura: doação a entidade futura, portanto inexistente, que caducará se em dois anos esta não estiver constituída regularmente.
Restrições legais:
Doação pelo devedor já insolvente por configurar fraude contra credores, podendo sua validade ser impugnada por meio de ação pauliana.
Doação da parte inoficiosa, doação quanto à parte que exceder à de que o doador, no momento da liberdade, poderia dispor em testamento.
Doação de todos os bens do doador sem reserva de parte ou renda suficiente para subsistência do doador.
Doação do cônjuge adultero a seu cúmplice, podendo ser anulada pelo outro cônjuge, ou por seus herdeiros necessários, até dois anos depois de dissolvida a sociedade conjugal. A doação não é nula, mas é anulável.
Doação realizada por ascendentes a seus descendentes
*A doação pode contaminar-se de todos os vícios do negocio jurídico, como erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores, sendo desfeita por ação anulatória. Também nos casos em que o agente for absolutamente incapaz, objeto ilícito, impossível ou indeterminável, ou não for observada a forma prescrita no art. 541.
*Revogação por descumprimento do encargo: se o doador fixa prazo para o cumprimento do encargo, a mora se dá automaticamente pelo seu vencimento.
*Revogação por ingratidão do donatário: a revogação tem caráter de pena pela insensibilidade moral demonstrada e somente cabe nos expressos termos da previsão legal.
Troca
*O contrato em que as partes se obrigam a prestar uma coisa por outra, excluindo o dinheiro. Pode envolver coisas distintas e quantidades diversas e envolver coisas futuras. É um negócio jurídico bilateral e oneroso, tendo caráter apenas obrigacional. Consensual, solene e comutativo. 
Cada um dos contratantes pagará por metade das despesas com o instrumento de troca, e é anulável a troca de valores desiguais entre ascendentes e descendentes, sem consentimento expresso dos outros descendentes e do cônjuge alienante.
Se os valores são desiguais, e o objeto que pertence ao ascendente é mais valioso, os demais descendentes devem ser ouvidos e consentir.

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