Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS – UNEAL PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO - PROGRAD CAMPUS IV - SÃO MIGUEL DOS CAMPOS DEPARTAMENTO DE LETRAS. DISCIPLINA: METODOLOGIA CIENTIFICA. SEMESTRE: 2016.1 DOCENTE: AMANDA RAMALHO. CURSO: LETRAS - PORTUGUÊS DISCENTE: RONALDO GOMES DOS SANTOS. A INTERFERÊNCIA DA LÍNGUA FALADA E DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO NA ESCRITA. SÃO MIGUEL DOS CAMPOS-AL 2016 DISCENTE: RONALDO GOMES DOS SANTOS. A INTERFERÊNCIA DA LÍNGUA FALADA E DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO NA ESCRITA. Projeto de Pesquisa apresentado ao curso de Letras da Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL), a ser utilizado como diretrizes para a manufatura do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Orientadora: Prof. Amanda Ramalho. SÃO MIGUEL DOS CAMPOS-AL 2016 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO.................................................................................................4 1.1 Objetivos..................................................................................................6 Hipóteses..................................................................................................6 1.3 Justificativa..............................................................................................6 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...................................................................7 3 METODOLOGIA.............................................................................................8 4 CRONOGRAMA..............................................................................................9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................10 Introdução Este projeto visa questionar e abordar, que em tempos contemporâneos onde vivemos sobre alta evolução dos meios linguísticos, ou seja, do meio pelo qual ele se propaga, pode afirmar que há uma grande e absurda (dependendo do ponto de vista a ser abordado) interferência da língua falada na escrita, e isso não só relacionada aos fundamentos das series iniciais (ensino fundamental e médio), como estar explicito no livro de Maria Tasca. Já no meio acadêmico, existe também uma alta interferência dos meios de comunicação na escrita. Pois a linguagem que usamos comumente, interfere grandemente na formação da escrita, principalmente quando estamos “acostumados” com uma forma de escrita vazada. Esse estudo é fundamental para que consigamos compreender as consequências que os novos meios de comunicação tem causado em nossa sociedade contemporânea. A questão de interferências na língua tem sido tema de vários projetos em que há uma discursão constante sobre o futuro da linguagem que deveríamos aprender e passar em diante, para que se propagem em toda sociedade. No entanto o ser humano tem usado várias formas de utilizar a oralidade para de forma extravasada e tentando traze-la para escrita. Entre os formalistas da linguagem literária, afirmam que esse desvio de normas, é uma espécie de violência linguística, onde a linguagem comumente usada por todos, tornasse correta dependendo do gosto do escritor e leitor. (Teoria da literatura: uma introdução. Terry Eagleton. 2013,p.6.) Fala e escrita possuem características diferente, próprias; apesar de utilizarem o mesmo sistema linguístico, não podem ser vistas de forma dicotômica. Os diversos tipos de práticas sociais de produção textual vêm se situando no decorrer de um continuo tipológico onde estão, de um lado, a escrita formal e, de outro lado, a conversação informal, coloquial. Deve-se fundamentar o estudo da fala e da escrita não de forma estanque sobre conceitos abstratos, e sim através de modalidade de uso em que elas se inserem. Marcushi (2005, p.17) afirma que, sob o ponto de vista central da realidade humana, seria possível definir o homem como um ser que fala e não como um ser que escreve. Porém, o autor adverte que a oralidade não é superior à escrita e fala ainda sobre o conceito errôneo de que a escrita é derivada da fala, e é nesse ponto que a interferência atua de forma muito abrangente. É importante ressaltar que essa interferência tem causado a vários estudantes, uma consequência em que esse processo tem provocado uma deficiência do aluno em elaboração de texto acadêmicos e de concursos, onde os critérios são rígidos em relação as normas culta da escrita. Entretanto, a escrita não pode ser vista como uma representação da fala pelo fato de não conseguir reproduzir todos os sons dessa. A oralidade tem interferido grandemente na escrita provocando consequências constantes para o estudante, pois essa interferência é constante, uma vez que os meios de comunicação evoluem e causam mudanças na oralidade do estudante. Baseado nos meios de interferência abordadas inicialmente, quero estabelecer as diferenças entre fala e escrita podem ser assim esquematizada: Tabela: Diferenças entre fala e escrita Fala Escrita Contextualizada Implícita Redundante Não-planejada Predominância do “modus pragmáticos” Fragmentada Incompleta Pouco elaborada Pouca densidade informacional Predominância de frases curtas, simples ou coordenadas Pequena frequência de passivas Pouca normalização Menor densidade lexical Descontextualizada Explicita Condensada Planejada Predominância do “modus sintático” Não fragmentada Completa Elaborada Densidade informacional Predominância de frases completas com subordinação abundante Emprego frequente de passivas Abundância de normalizações Maior densidade lexical (KOCH,2005,p.78) Objetivos Visando esclarecer essa interferência, o presente projeto tem como finalidade esclarecer e informar as consequências do advento de novos meios de comunicação e de propagação por mensagens instantânea, para elaboração de textos aceitáveis, e do uso da oratória em meios de comunicações sociais de linguagens culta. O desenvolvimento dos estudos sociolinguísticos no Brasil tem se voltado para a questão da diversidade linguística, discutindo profundamente vários aspectos relacionados a este fato. Pesquisas empíricas realizadas sobre a língua escrita vêm dando uma contribuição significativa para a área educacional aproximando cada vez mais a teoria linguística da prática pedagógica. Este trabalho tem como objetivo geral analisar um fenômeno fonético-fonológico variável, atestado por diversos pesquisadores na fala dos indivíduos que utilizam o português brasileiro, qual seja o apagamento do gótico medial e final, verificando o grau de interferência deste fenômeno linguístico na escrita de estudantes, assim como os novos meios de comunicação e a cultura em que o aluno se insere, principalmente palavra que se confunde na escrita como por exemplo: a gente num foi. Hipóteses As hipóteses aventadas neste estudo preliminar são: 1. as formas de interferências da língua escrita; 2. definir que a oralidade e os meios de comunicação força ao docente a errar no texto; 3. que as series iniciais sofrem mais com essas interferências; 4. as consequências dessas formas de interferências; Justificativa Esta pesquisa justifica-se pelo aumento da auta e constantes interferências que a língua esta sofrendo, com isso visando esclarecer que os novos meios de comunicação declinam a formação de um escritor apto a fazer qualquer trabalho a ser escrito de forma acessível e legível a toda sociedade, e isso não so com a linguagem digital, mais também com a língua falada, e essa é a principal fonte de erros dentro das escolas e no meio acadêmico, em que toda sociedade difundem palavras que existe apenas na oralidade, que não se inclui na escrita formal. Fundamentação teórica Segundo Marcuschi (2005, p. 18), o estudioso Heath (1983) mostrou, no estudo sobre eventos de letramento, que havia situações em que se mesclavam açõesorais com atividades escritas, como como nas leituras e repostas coletivas de cartas pessoais em família. As cartaz eram lidas em voz alta, discutidas em grupo e respondidas coletivamente. A escrita tornava-se aqui um evento mesclado pela oralidade e produzido em autoria coletiva. Essa visão etnográfica das práticas de letramento mostra a inviabilidade de imaginara a escrita com um fenômeno monolítico em suas formas de manifestações. Quando lidamos com questões de habilidades leitora, vemos que a sociedade pouco a pouco se corrompe com informações irrelevantes. Essa formação leitora não so depende do professor, mas também da sociedade, e do próprio aluno. Mas hoje se fortalece nos meios escolares e acadêmicos a convicção de que a tarefa de desenvolver as habilidades de leitura e expressão não dependendo só dos professores formados nos cursos de Letras, por mais que, em virtude da formação teórica que recebem, caiba a eles a parte mais substancial desse trabalho. (NEVES apud PAULIUKONIS e GAVAZZI, 2005, p. 37). Os resultados dessas investigações levaram à compreensão, segundo Tasca (2002, p. 31) de que, para explicar o funcionamento da escrita nos primeiros anos escolares, é necessário antes ter compreendido como funciona a língua oral. Além disso, ao entrar em contato com o sistema ortográfico da língua, o sujeito aprendiz da leitura e da escrita depara-se com as interferências do sistema fonológico, daí a necessidade de se estudarem as características dos sons vocálicos e consonantais. Tasca refere-se primeiramente a interferência que os alunos de ensino fundamental recebem na escola e em casa. Visando perceber que a percepção de escrita do aluno advém da oratória, em que os alunos ouvem na sociedade. Metodologia Este trabalho constitui-se num estudo relevante e notório de interferências na língua escrita, em que é primordial voltarmos a questão de que estamos em tempos de facilidades, principalmente no âmbito digital, que há uma limitação e até mesmo pressa de concluir uma digitação e enviar uma mensagem, e ao mesmo ponto vem a língua oral, que também tem por finalidade de abreviar as palavras para que o ouvinte perceba rapidamente o que o falante quer dizer, essa oratória é tão usada que se confunde com a escrita, causando a certo ponto uma violência da língua escrita. Ao observarmos a s consequências que tal interferências provoca no aluno, percebemos que a sociedade precisa conceituar princípios para que o impacto na escrita seja pequeno. Quando percebemos variações da língua (digital, oral ou escrita), conseguimos desmascarar conteúdos que migraram para forma de escrita convencional, onde ela mesma segue normas, e o uso dessas novas formas de escrita traz amplas consequências para escrita comumente usada. Conseguimos perceber uma forte e ampla interferência do meio digital e da oralidade, nas escolas de ensino fundamental e médio, onde os alunos persistem em usar palavra que não estão no vocabulário, para escrever uma mensagem, um texto, uma redação e etc. por causa dessa persistência em usar meios de linguagem informal para formulação de determinado trabalho, provoca um declínio amplo para normas de nossa língua escrita, a qual segue normas para existir. A ABNT disponibiliza normas para escrita da língua portuguesa, em que a língua oral não dispõe de espaço, pois as palavras expostas por nossa escrita, e por nossa oralidade, é totalmente diferente. Porém ao estudarmos os termos de fonologia e fonética e suas interferência na escrita, percebemos que há uma forte migração de palavras da oralidade do nosso dia-dia, em nossas produções de texto. Por isso é totalmente relevante discutirmos sobre as novas e velhas interferências dos novos meios de comunicação e a oralidade. Cronograma Etapas da pesquisa Duração em anos (2016 à 2017) Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Localização e identificação das fontes de obtenção dos dados ou documentos Leitura de textos teóricos Analise e interpretação Redação da Monografia Revisão da redação Revisão bibliográfica REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização & linguística. São Paulo: Scipione, 2009. MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala a escrita: atividades de retextualização. 6 ed. São Paulo: Cortez, 2005. Souza, Cássia Garcia de; MAZZIO, Lúcia Perez. De olho no Futuro- Língua Portuguesa 5° ano. São Paulo: Quinteto Editorial, 2008.-( Coleção de olho no Futuro) TASCA, Maria. Interferência da língua falada na escrita das séries iniciais: o papel de fatores linguísticos e Sociais. Porto Alegre: EdPUCRS, 2002.
Compartilhar