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SISTEMAS PETROLÍFEROS Professor Dr. Alessandro Batezelli UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS – UNICAMP Disciplina GE 711: Geologia de Hidrocarbonetos Departamento de Geologia e Recursos Naturais. Introdução Definições: • Geologia do Petróleo: “Ramo das geociências que se encarrega do estudo dos Sistemas Petrolíferos”. • Sistema petrolífero: • É um conceito unificador que inclui os diferentes elementos e processos. • Aplicação prática: prospecção, avaliação de recursos. Introdução • Um sistema petrolífero compreende um conjunto de rochas geradoras e todas as acumulações de petróleo e gás a elas geneticamente associadas. • Inclui também todos os elementos e processos responsáveis por essas acumulações. • Comportamento do petróleo desde sua origem até seu acúmulo (envolve um conjunto de estudos – define a interdependência entre rocha fonte, reservatório, selante, trapas, geração migração e acúmulo); Introdução • Play: série de prospectos ou trapas – MODELO DE ACUMULAÇÃO. • Prospecto: estrutura atual ou feição estratigráfica (trap) que pode ser mapeada e furada; • Análise de Bacia: Origem e preenchimento da bacia indiferente à relação com alguma acumulação de petróleo (Tectônica x Sedimentação). Materiais e Métodos de Trabalho • Compilação Bibliográfica; • Análise de imagens de satélite; • Coleta de dados (superfície e subsuperfície); • Análise de Bacia Integrada com utilização das várias ferramentas estratigráficas disponíveis (petrografia, paleontologia, paleomagnetismo, análise de fácies, análise de arquiteturas deposicionais, correlação estratigráfica, mapas estratigráficos). Microscópica Petrografia Micropaleontologia Paleomagnetismo Mesoscópica Afloramentos Análise de fácies Empilhamento Macroscópica Correlação Estratigráfica Mapas Estratigráficos Evolução Tectonossedimentar Escalas de abordagem Base para previsão dos elementos de um sistema petrolífero. Introdução Elementos essenciais: • Rocha geradora/fonte: Matéria Orgânica - Origem do Petróleo: Geração e acúmulo de matéria orgânica no sedimentos (tipos); Diagênese (transformações, kerogênios, tipos de maturação, migração primária e secundária). Introdução • Reservatórios: Siliciclásticos e Carbonáticos; • Armadilhas – traps ou trapas: Acumulação • Soterramento • Timing – “Sincronismo” (tempo de geração de óleo e armadilhas) Introdução Sistema Petrolífero = Sistema óleo = Bacia de geração = Máquina de hidrocarboneto = Sistema petrolífero independente. Magoon (1994): enfatiza a relação genética entre rocha fonte e acúmulo de petróleo resultante – Importância: Geoquímica do Petróleo. Sistema natural que circunda uma rocha fonte e todo óleo e gás relacionado, incluindo os elementos geológicos e processos essenciais a existência de uma acumulação Introdução Análise: • Mapa de óleo e gás; • Análise Geoquímica (tipo de origem e matéria orgânica); • Reservatórios; Poços, afloramentos, diagramas de soterramento, etc. Introdução Pod of active Souce Rock – “Pontos de embocadura da rocha fonte ativa”: • Indica que o um volume contíguo de matéria orgânica está gerando petróleo, tanto por atividade biológica como atividade termal em um tempo específico. • É determinado pelo mapeamento das fácies orgânicas (quantidade, qualidade e maturação) Introdução Nomenclatura dos Sistemas Petrolíferos: • inclui a rocha fonte seguida pelo nome da rocha reservatório principal e um símbolo que expressa o nível de certeza. • Exemplo: Deer-Boar (.) é um sistema petrolífero hipotético constituído pelo folhelho devoniano Deer como rocha geradora e o arenito carbonífero Boar como principal reservatório. 1 – Rocha Fonte • Rocha rica em matéria orgânica capaz de produzir petróleo; • Componentes minerais: Intemperismo, erosão, transporte e sedimentação; • Componentes orgânicos: Processos relacionados ao ciclo do carbono; • Análise geoquímica: resposta sobre a sua natureza – “DNA”. 1.1 – Matéria Orgânica • Oceanos (fotossíntese algálica) – principal produção de carbono orgânico primário do mundo; • Sua produtividade é controlada: luz solar e suprimento de nutrientes; • Zonas eutróficas (plataformas continentais em zonas equatoriais e médias latitudes, em regiões de ressurgência marinha, ou desembocadura de grande rios) Formação Green River – Eoceno (USA) Afloramento de calcários intercalados com folhelhos pirobetuminosos da Formação Irati (Permiano da Bacia do Paraná). Detalhe da mancha de óleo. Pedreira: Calcário Vitti Rio Claro – SP). Fotos: Alessandro Batezelli 1.2 – Transformação da Matéria Orgânica • Precoce: Bactérias Metano (gás biogênico); Kerogênio: • M.O. não solúvel em solventes orgânicos com estrutura de polímeros, formados em profundidades rasas de centenas de metros; • Inclui partículas morfológicamente conhecidas (vitrinita e liptinita); 1.2 – Transformação da Matéria Orgânica • Tipo 1: (Sapropélico) – formado por M.O. rico em lipídios (alifáticos) – algas, esporos, restos animais; Alta H/C (1.3 a 1.7), baixo O2. • Tipo 2: Composição intermediária entre o 1 e 3. Razão inicial de H/C alta, mas contém compostos com O2. (cetonas e ácidos do grupo carboxil). Alifáticos e naftênicos; • Tipo 3: Derivado de plantas superiores, baixa razão H/C e alta O/C metano; 1.2 – Transformação da Matéria Orgânica • Transformações: P e T (“cracking”); • Início: 50 a 70º C – prof. 1 a 2 km (diagênese); • Ideal: 80 a 130º C – 3 a 4 km (catagênese); • Acima de 130º C – Gás seco (metagênese) 2 – Migração Primária • Expulsão da rocha fonte; • Resultado da compactação durante o soterramento – diminuição dos poros; 3 – Migração Secundária 5 – Armadilhas • Arranjo geométrico de rochas que permite o acúmulo significativo de hidrocarbonetos em subsuperfície; • Tipo e tamanho; • 3 grandes categorias: estruturais, estratigráficas, combinadas, hidrodinâmicas. • Componentes críticos: Rocha reservatório e Selante. • Presença de petróleo não é considerada. 6 – Classificação genética dos sistemas petrolíferos • Fator de acúmulo (SPI): relação entre a riqueza inicial da rocha geradora e seu volume; • Estilo da migração: Arcabouço estrutural e estratigráfico; • Estilo de aprisionamento: Estruturas e selante. 6 – Classificação genética dos sistemas petrolíferos • Fator de acúmulo (SPI): Super acúmulo, acúmulo normal e pouco acumulado; • Estilo da migração: Vertical ou lateral; • Estilo de aprisionamento: Alta impedância ou baixa impedância. 6 – Classificação genética dos sistemas petrolíferos 6 – Classificação genética dos sistemas petrolíferos 6 – Classificação genética dos sistemas petrolíferos 6 – Classificação genética dos sistemas petrolíferos 6 – Classificação genética dos sistemas petrolíferos SISTEMAS PETROLÍFEROS Professor Dr. Alessandro Batezelli UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS – UNICAMP Disciplina GE 711: Geologia de Hidrocarbonetos Departamento de Geologia e Recursos Naturais.
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