Buscar

Enzimas glândula prostática

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Enzimas glândula prostática
Doenças benignas versus câncer de próstata: qual a diferença? As doenças benignas da próstata são a prostatite e a hiperplasia prostática benigna. 
• Prostatite: A prostatite é a inflamação da próstata, que se manifesta com mais frequência em homens com vida sexual mais ativa. Pode ser de quatro tipos:
 1- Prostatite abacteriana crônica ou síndrome da dor pélvica crônica: Tem como principal sintoma a dor pélvica crônica – período superior a três meses de duração. É tratada com medicamentos que controlam a dor crônica. 
2 – Prostatite bacteriana crônica: Apresenta os seguintes sintomas: aumento da frequência urinária, sensação de micção incompleta e desconforto suprapúbico e ejaculatório. Pode ser confundido com a Hiperplasia Prostática Benigna devido à semelhança de seus sintomas. É tratada com analgésicos, antibióticos e anti-inflamatórios. 
3 – Prostatite bacteriana aguda: Seus sintomas são os mais fortes entre todos os tipos de prostatite. Prostração, ardência, retenção urinária, dificuldade de urinar e febre. Seu tratamento é feito da mesma forma que a prostatite bacteriana crônica. Se não tratada, a doença pode evoluir para uma septicemia (infecção generalizada por todo o corpo).
 4 – Prostatite inflamatória assintomática: É comum em pacientes que se submeteram à biópsia prostática e tem elevação do antígeno prostático específico (PSA). Não necessita de tratamento.
• Hiperplasia Prostática Benigna (HPB): A Hiperplasia Prostática Benigna é o crescimento da glândula prostática em decorrência da proliferação celular (hiperplasia das células do estroma e do epitélio). Qualquer homem a partir dos 40 anos pode ser acometido por essa doença. Não há como prevenir essa doença, mas os seus sintomas podem ser tratados depois de diagnosticada. O tratamento é feito através do manejo e de terapias com uso de medicamentos. Alguns dos seus sintomas são:
– Impossibilidade de urinar devido à retenção urinária aguda;
– Jato urinário fraco, aumento da micção noturna, demora em iniciar a micção, mais de oito micções ao dia, devido à obstrução da uretra prostática provocada pelo aumento de volume da próstata.
• Câncer de próstata: A maioria dos cânceres de próstata não apresenta sintomas na fase inicial e podem ser confundidos com a Hiperplasia Prostática Benigna. Os casos que apresentam sintomas são os avançados, em que o tumor cresceu e obstruiu a uretra e saiu dos limites da próstata. O paciente deverá procurar um médico se sentir alguns desses sintomas: dor na bacia, problemas de ereção, dor lombar ou nos joelhos e sangramento pela uretra.
FOSFATASE ÁCIDA (FAC) 
O termo fosfatase ácida (FAC) designa um grupo heterogêneo não-específico de fosfatases que exibem pH ótimo entre 4,5 e 7,0.
1- ONDE? Enzima presente em elevada concentração na glândula prostática, mas também nos eritrócitos, plaquetas, ossos, fígado, rins e baço. 
2- PARA QUE SERVE? Catalisam a hidrólise de monoéster ortofosfórico produzindo um álcool e um grupo fosfato.
3- QUANDO ESTÁ ALTERADA? 
• A concentração aumenta em 20% nos doentes com tumores confinados a glândula prostática;
• A concentração está elevada em 80% dos doentes com metástases, sendo usado como um marcador tumoral; A principal finalidade da determinação da fosfatase ácida prostática é o diagnóstico e a monitorização do câncer prostático, particularmente, da forma metastisada
• Alguns casos de prostatite;
• Hipertrofia prostática benigna (HPB); • Enfermidades óssea;
• Enfermidades hematológicas.
4- COMO É DOSADO? 
• Paciente: Não é exigido preparo especial.
• Amostra: Soro ou plasma heparinizado isento de hemólise e não lipêmico. Separar o soro ou plasma dos eritrócitos logo que possível. A enzima é estabilizada na amostra por acidificação (pH ao redor de 5,4). Sta Luzia preconiza: a amostra deverá ser acidificada com uma gota de ácido acético 20% para cada 1,5 mL de soro. Nestas condições a atividade enzimática é estável 2 dias entre 2 – 8°C e 1 semana em -10°C.
• Interferentes: Resultados falsamente aumentados: clofibrato. - Resultados falsamente reduzidos: etanol e estrogênio - terapia para o carcinoma de próstata.
• Métodos: Cinético de tempo fixo (Roy modificado), usando o timolftaleína monofosfato (substrato mais específico para a fração prostática da fosfatase ácida.
ANTÍGENO PROSTÁTICO ESPECÍFICO (PSA) 
• Marcador Tumoral; Molécula glicoproteica PM = 34.000 daltons. Só encontrada nas células acinares e epitélio ductal da próstata; Grande especificidade.
1. Os níveis séricos do PSA podem ser avaliados com precisão onde o valor normal oscila entre 0 e 4 ng/mL. 
2. Não é “câncer da próstata-específico”, mas “tecido prostático específico”. Significa que não é encontrado em outros tecidos ou órgãos**. Pode estar elevado no câncer da próstata quanto na HPB. Entre 81 e 97% (63 a 88%)* dos pacientes com adenocarcinoma prostático e cerca de 50% (20%)* dos pacientes com HPB apresentam níveis elevados de PSA. 
3. Os níveis de PSA sanguíneo dependem diretamente do volume de tecido prostático benigno ou maligno existente. Em HPB, cada grama de tecido eleva os níveis séricos de PSA de 0,31 ng/mL. Em consequência, 18 a 47% destes pacientes tem PSA > 4 ng/mL e 2 a 10% PSA > 10 ng/mL. Em casos de câncer cada grama tecido eleva o PSA 3,5 ng/mL, o que indica que quanto maior os valores de PSA, maior é o volume de tumor existente. 
4. A produção do PSA é desvinculada da produção de fosfatase ácida. Comportam-se de modo diferente em câncer da próstata. Nos casos de progressão da doença como da recorrência após a prostatectomia radical, elevação dos níveis de PSA é 2 x mais frequente que alterações da fosfatase ácida. 
5. Por estarem elevados em cerca de 50% dos casos de HPB, é precária sua utilização para detecção precoce do câncer da próstata.
6. Ao contrário da fosfatase ácida, que costuma ser normal nas neoplasias intra-prostáticas, o PSA apresenta-se elevado em um número significativo de pacientes nos estádios A e B (1 e 2). Desta forma, medidas de PSA não auxiliam na discriminação entre doença localizada e disseminada.
7. Após a prostatectomia radical e erradicação completa da doença, os níveis de PSA tornam-se indetectáveis (PSA < 0,4 ng/mL) em 85 a 91% dos pacientes. Este comportamento tem grande valor prognóstico, já que a recorrência posterior da neoplasia ocorre em apenas 9% destes pacientes. A persistência do PSA em níveis acima de 0,4 ng/mL acompanha-se de recorrência na maior parte dos pacientes. O PSA desaparece do sangue após prostatectomia radical em 2 a 3 semanas.
8. Após radioterapia exclusiva em pacientes com tumor localizado, os níveis tornam-se indetectáveis (PSA < 0,4 ng/mL) em 11 a 56% dos casos. A queda não é abrupta, podem levar até um ano, tornando-se impossível definir o prognóstico neste período. Depois deste intervalo, as persistências de valores elevados indicam falência terapêutica e risco elevado de progressão da neoplasia.
9. Após terapêutica endócrina em casos de doença disseminada, os níveis de PSA tornam-se indetectáveis em apenas 9% dos pacientes. A queda pode se prolongar por seis meses, portanto, o prognóstico do paciente só pode ser definido após este período, observando-se uma correlação direta entre o valor de estabilização do PSA e o prognóstico do paciente. 
10. Nos casos de progressão da neoplasia, a elevação dos níveis de PSA pode preceder de 6 a 23 meses (média 12 meses) a detecção de metástase óssea ou aumento da fosfatase ácida, o que torna o PSA um marcador precoce de progressão da doença. 
11. Os níveis de PSA elevam-se após retenção urinária, toque prostático, ressecção transuretral (RTU) ou biópsia da próstata, cistoscopia, prostatite aguda ou infarto prostático. 
• Os valores séricos do PSA podem: – Duplicar após toque prostático, – Quadruplicar após cistoscopia, – Aumentar até 50 x após RTU ou biópsia prostática. 
• T½ do PSA é de 2,2 dias. 
• Avaliações do PSA só devem ser realizadas: 3 dias após toque prostático; 7 dias após cistoscopia; 20 (60)* dias após RTU ou biópsiada próstata.
DOSAGEM DE ANTÍGENO PROSTÁTICO ESPECÍFICO TOTAL 
1. NOME DO EXAME: Dosagem de Antígeno Prostático Específico Total (sangue) 
2. INDICAÇÃO CLÍNICA: Útil como marcador de câncer de próstata, associado ao toque retal, ultrassom e, eventualmente, biópsia e no acompanhamento de pacientes com câncer de próstata já diagnosticado e tratado. 
3. PREPARO DO PACIENTE: Jejum mínimo de 4 horas é recomendável; Orientações complementares para pacientes não prostatectomizados (cuidados a serem evitados): ejaculação nas últimas 48 horas; exercício em bicicleta nos últimos dois dias; passeio de motocicleta nos últimos dois dias; prática de equitação nos últimos dois dias; uso de supositório nos últimos três dias; sondagem uretral ou toque retal nos últimos três dias; ultrassonografia transretal nos últimos sete dias; colonoscopia ou retossigmoidoscopia nos últimos 15 dias; estudo urodinâmico nos últimos 21 dias; biópsia de próstata nos últimos 30 dias.
4. AMOSTRA: Soro
5. CUIDADOS PARA COLETA: Nenhum cuidado especial. 
6. ORIENTAÇÃO PARA TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO: Recomenda-se separar o soro ou plasma até 3 horas após a coleta. Caso isso não seja possível manter a amostra de sangue entre 20 – 25 °C por até 24 horas, em recipiente fechado. Após a obtenção do soro ou plasma, caso o exame não possa ser prontamente realizado, recomenda-se manter a amostra refrigerada entre 4 – 8° C por até 2 dias, em recipiente fechado. 
7. MÉTODOS MAIS UTILIZADOS NO LABORATÓRIO CLÍNICO: Radioimunoensaio, ensaio imunoenzimático, Quimioluminescência e Imunofluorimetria
	
8. INTERPRETAÇÃO 
8.1 Valores de referência Observação: Os valores de referência podem variar em função do método e reagente utilizado, portanto, esses valores devem estar claramente citados nos laudos de resultados de exames laboratoriais.
Soro: Até 59 anos: < 4,0 ng/mL; Entre 60 e 69 anos: até 4,5 ng/mL; Idade igual ou superior a 70 anos: até 6,5 ng/mL
Valores críticos: Não se aplica 
Principais influências pré-analíticas e fatores interferentes: As flutuações fisiológicas do PSA podem atingir até 30%. Toque retal, massagem prostática, prostatite, instrumentações uretrais, biópsia prostática e ejaculação recente elevam o resultado. 
Exames relacionados Antígeno prostático específico livre – PSAL
9. COMENTÁRIOS DO MÉDICO PATOLOGISTA CLÍNICO:
•A dosagem de PSA total pode ser utilizada na detecção precoce do câncer de próstata, sempre associada ao toque retal; na avaliação da eficácia terapêutica e na detecção precoce de recidivas. 
• O teste apresenta sensibilidade de 73 a 84% e especificidade de 59 a 93%. 
• Níveis de PSA entre 4 e 10 ng/mL são de difícil interpretação, pois podem ser consequência de hipertrofia benigna da próstata. Nestes casos, recomenda-se a associação com a determinação do PSA livre. 
• A relação PSA livre/ PSA total é menor nos pacientes com câncer. Os valores de referência para a relação PSA livre/PSA total não estão bem estabelecidos, mas, quando inferiores a 0,20, parecem se correlacionar com câncer de próstata, já que a proporção do PSA livre é maior em doenças benignas

Outros materiais