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PREPARAÇÕES FITOTERÁPICAS

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PREPARAÇÕES FITOTERÁPICAS
Problemas: Envolvido em conceitos populares errados, como dizer que são + seguros que medicamentos tradicionais. 
Descredito científico: Relacionado com o mito ‘’natural nao faz mal’. Além da falta de padronização e preparações de ↓ qualidade. O mercado se encontra em expansão utilizando o conhecimento tradicional para chegar ao científico. Medicamentos tradicionais possuem ação biológica constante, o que nao acontece em fitoterápicos (muito difícil devido a variabilidade de componentes). 
Segurança na utilização: Ex: arnica é extremamente tóxica por via-oral p/ evitar isso maximiza a fração de interesse e retira a fração tóxica. Um medicamento fitoterápico tem que cumprir todos os requisitos de segurança, eficácia e qualidade que nem medicamentos tradicionais (mesmas etapas de controle). A única diferença entre eles é que os medicamentos fitoterápicos tem principio ativo derivado de planta. A realização de todos os controles é bem + complicada devido a variabilidade de componentes. 
Estabelecimento de parâmetros para o CQ: Deve-se ter eficácia (ensaios farmacológicos dos efeitos biológicos preconizados) e segurança (ausência de efeitos tóxicos, inexistência de contaminantes nocivos a saúde). Ambos os parâmetros devem ser validadas através de levantamentos etnofarmacológicos, documentações tecnocientificas em bibliografia e/ou publicações indexadas e estudos farmacológicos e toxicológicos. A qualidade deve ser alcançada mediante o controle das matérias primas do produto acabado, materiais de embalagem, formulação farmacêutica e estudos de estabilidade (ANVISA). 
Legislação Brasileira: Resolução RDC nº 26 está vigente e dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos e o registro e notificaçāo de produtos tradicionais Diz que fitoterápico é produto obtido da material-prima vegetal, ou seja, nao é uma substância isolada que nem em medicamentos tradicionais, com finalidade profilática, curativa ou paliativa (serve p/ medicamento fitoterápico e produto tradicional fitoterápico), podendo ser simples (quando o ativo é proveniente de uma única especie vegetal medicional) ou composto (quando o ativo é proveniente de + de 1 especie vegetal). 
Medicamentos fitoterápicos: Obtidos com emprego exclusivo de matérias-primas ativas vegetais, cuja segurança e eficácia sejam baseadas em evidencias clinicas e que sejam caracterizados pela constância de sua qualidade. Nao é considerado medicamento fitoterápico aquele que inclui na sua composição substancias ativas isoladas, sintéticas ou naturais, nem as associações dessas com extratos vegetais. 
Produto tradicional fitoterápico: Obtidos com emprego exclusivo de matérias primas ativas vegetais, cuja segurança e efetividade sejam baseadas em dados de uso seguro e efetivo publicados na literatura técnico cientifica. 
O que implica um ser substancia sintética e outro baseado em extrato? CQ é sempre um problema naqueles baseado em extrato, deve-se escolher uma única substância (marcador) para acompanhar durante todas as etapas. É diferente de medicamento tradicional, onde o fármaco é o marcador. 
	
	Fitoterápicos
	Convencional (síntese ou fitofármaco)
	Composição 
	Complexa
	Simples
	Ação farmacológica 
	Frequentemente atribuida a + de 1 componente
	Atribuída a um unico constituinte ou associação de compost
	Biodisponibilidade
	Prevista/assumida frente a eficacia
	Comprovada
	CQ
	Quantifica marcadores/seletividade clínica
	Quantifica princípio ativo/ seletividade simples
	Perfil de impurezas
	Nem sempre conhecido (matriz vegetal complexa)
	Quase sempre conhecido 
	Reprodutibilidade de ação
	Não é grarantida necessariamente pela [ ] de marcadores
	Depende da [ ] do principio ativo/ perfil de impurezas
Estudos prévios fundamentação científica para poder desenvolver. Estudos botânicos identificação da especie vegetal, certeza que está trabalhando com a especie certa (análise de caract. anatomicas e morfológicas); Estudos agronômicos otimização da produção de biomassa e constituintes ativos (ve se a planta é sazonal); Estudos fitoquímicos identificação e caracterizacao da especie vegetal (isolamento, elucidação estrutural e identificação das substâncias; Atividade biologica caracterização da atividade farmacológica e toxicologicas; Métodologias analíticas avaliação da qualidade nas diferentes etapas do ciclo de produção (cromatografia, espectroscopia, fluorimetria).
Estudos fitoquímicos: Permite estabelecer marcadores (composto ou classe) que serão usados como referencia no controle de qualidade da materia-prima e de todas as etapas até virar medicamento. Como escolho o marcador? Abundância na planta, facilidade para detecção e doseamento, e aqueles + lábeis frente a etapa tecnológica (ex, uma substância é instavel a oxidação pode ser marcador). O marcador químico é a substância + importante no vegetal. 
Análise granulométrica Mesmo vindo rasurado se faz. O tamanho do fragmento influencia na extração (↑ superfície de contato ↑ velocidade da extração) altera o contato com o solvente. Resultado da caracterizacao da MPV Obtenho MP de grau farmacêutico (conheço tudo, umidade, teor...) -> qualidade da MPV é um determinante inicial da qualidade do medicamento fitoterápico. 
ESQUEMA GERAL DE PREPARAÇÃO DE FORMAS FARMACEUTICAS DE PLANTAS MEDICINAIS. Existe dificuldade de trabalhar com a matéria prima vegetal (MPV) devido variabilidade da composição química, identidade (as vezes rasurada, difícil identificar), contaminação, partes estranhas (raiz, caule).
Fatores edafoclimáticos influencia no acumulo de metabólitos secundários (associados a ação terapeutica), ex: a idade da árvore ta relacionada com a quantidade da substancia com atividade terapeutica, quanto + velha, melhor o efeito do planta. 
Ações de transformação na MVP: Coleta da matéria selecao limpeza bioeliminação (insetos, partes estranhas) estabilização (grande quantidade de enzimas que continuam atuando) secagem (retirada de H2O p/ evitar crescimento de fungos, reações químicas e microbiológicas) redução caracterização armazenamento.
* Geralmente se compra o produto c/ o fornecedor na parte de redução 
Caracterização da MPV: Identificação botânica, exame macroscópico, perda por dessecação, teor de cinzas, teor de extrativos, analise qualitativa (CCD), analise quantitativa (UV, CLAE, CG) e contaminação microbiológica todos métodos farmacopeicos. 
Extração Separação dos constituintes desejaveis de MPs brutas por meio da ação de solventes nos quais estes são solúveis. Vários componentes podem ser solúveis em um solvente, logo: extratos nao contem apenas uma única substância, mas várias. Fatores que influenciam: quantidade, natureza, teor de umidade, granulometria e droga. Com relação ao solvente -> seletividade (atividade diferente), volume (solubilidade é quem faz a matriz da planta ir pro solvente), toxicidade (evita inflamavéis), solvente. Outros fatores: relação droga-solvente (solubilidade, granulometria), solução das células intactas, solução das células desintegradas, temperatura, pH, interações entre os constituintes dissolvidos (célula vegetal tem vários compostos em compartimentos separados -> extraiu -> saem juntos -> incompatibilidade). Quando se atinge o equilibrio da extração termina a extração e separa resíduo e solução extrativa. Extração parcial baixo custo e efetivo. 
Método extrativos: Infusão, decocção, maceração, digestão, percolação, turbolise. Fatores de escolha do método natureza do material de partícula, adaptabilidade ao método, interesse em obter extração completa ou parcial. 
Maceração: Planta adequadamente triturada é colocada em contato com o solvente (embebido) até amolecimento do tecido e que o solvente penetre na célula e dissolva os constituintes solúveis. Faz-se agitacao ocasional (↓ força extrativa do solvente), período prolongado (horas ou dias), temperatura 15-20C, separação da solução extrativa do marco: prensagem, coagem, filtração.Turbo extração: Extração + simultanea redução do tamanho da partícula. Tem elevada força de cisalhamento provocando rompimento das células, rápida dissolução das substâncias ativas, extração realizadas em minutos, quase esgotamento da droga, simplicidade, rapidez e versatilidade da técnica. Dificuldade: dificil separação da solução extratitiva, geração de calor, uso restrito de líquidos voláteis, nao pode usar para caules, raizes e materiais de alta dureza. A ↑ v de cisalhamento ↓granulometria e entope rápido os filtros. 
Purificação: Sedimentação (eficiência depende do tam da partícula e da viscosidade do sistema); Filtração (preliminar: separação grosseiras/clarificação, final: obtenção da solução límpida, transparente, estável); Centrífugação (usada quando tam da partícula for pequena). Qto + viscoso ↓ sedimentação. RESUMINDO: O tamanho da partícula e a viscosidade do solvente determina como é a extração.
Concentração: Faz a eliminação parcial/total do líquido extrator de um de seus componentes concentra o produto (MPV vira FF). Vegetal seco divisão extração solução extrativa (extrato fluido, extrato mole, extrato firme, extrato seco)
Extratos fluidos: Preparações líquidos onde uma parte do extrato corresponde a uma parte da planta seca. Extratos moles: Preparações pastosas (evaporação parcial do solvente) é pouco empregada devido a retirada parcial do solvente (↓ estabilidade), administração por via oral ou tópica. Extratos secos: preparações sólidas (evaporação total do solvente), pós higroscópicos (extração c/ H2O ou EtOH), maior biodisponibilidade quando comparado a droga vegetal em pó. 
Secagem: Eliminação da fase líquida. Vantagens: volume ↓, ↑ estabilidade, producao grande. Faz-se emprego de adjuvantes. Feito por: liofilização, nebulização, evaporação sob vácuo (rotavaporador). Interferentes: temperatura (sensibilidade dos constituintes), tempo (teor de água, superfície, natureza dos constituintes), equipamento.
Spray-drying: ↑ da temperatura, ↑ área de contato, ↑ superfície a secar. Feito por nebulização. 
Liofilização: ↓ temperatura com congelamento/sublimação da água, tem custo elevado e evita alteração dos componentes pelo calor. 
Pré requisites para preparação de FF líquidas: Ter qualidade do extrato fluido, mole, seco. Quais medidas devem ser tomadas para evitar precipitação? Se houver precipitação filtra, a adição de tensoativos nao iônicos, evitar alterações de pH, adicionar co-solventes (ex, álcool), solvente semelhante ao menstrum. 
Preparações fitoterápicos semi-sólidas: Atenção ao pH, cor, viscosidade, solubilidade. Para escolher a base deve-se ver as propriedades fsc-qmc da substancia ativa e assim escolher a base, tipo de absorcao (penetra muito ou pouco), estabilidade da SA na base, velocidade de liberação da SA 
Preparações de FF sólidas: Usa extrato seco e deve-se assegurar a qualidade do extrato. Pré-requisitos para preparar: possui ↓ densidade (cápsulas, comprimidos), leva ao ↑ de volume, para resolver isso faz granulação (arruma viscosidade de densidade); propriedades de fluxo (capsulas, comprimidos); hidrofílicos (cápsulas), higroscópicos (cápsulas, comprimidos), absorvem água e isso é ruim para colocar na cápsula, deve-se adicionar adsorventes (aerosil) ou realizar granulação para evitar. 
Fitoterápicos Desafios: Doses inadequadas, ineficácia ou intoxicação. Dificuldade de padronizar a tecnologia, os componentes químicos e nãos e tem número confortavle de unidades posológicas/adm. Realiza-se ensaios de segura e de eficacia LOTE a LOTE.

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