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Gestão Hospitalar e Planejamento em Saúde

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Política de Saúde
Luis Draque
Aula 9
Aula 09
Planejamento estratégico e operacional em saúde
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Tipos de gestão hospitalar
O hospital é uma organização humanitária, com características próprias, até certo ponto, burocrática e autoritária, com extensa divisão de trabalho especializado, coordenado hierarquicamente segundo certos princípios e métodos.
Há a necessidade, dentro da organização hospitalar, de uma filosofia integradora que possibilite operacionalizá-la, fazer conviver assistência, ensino e pesquisa.
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O hospital é um lugar de alto grau de especialização dos profissionais e de tecnologia e, portanto, se faz necessária a existência de normas e valores comuns aos membros dos grupos que o compõem, o que é extremamente essencial para a integração organizacional.
AULA 09
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As diretrizes do SUS são: descentralização (os municípios são os principais administradores), participação da comunidade (por meio dos conselhos de saúde), atendimento integral, promoção, prevenção, cura e reabilitação.
Pressupõe-se que haja um comando único em cada esfera do governo, a regionalização e a hierarquização da rede de serviços e a complementaridade da rede privada na cobertura assistencial. 
O financiamento do SUS é de responsabilidade dos governos federal, estadual e municipal.
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Compreender a atividade hospitalar como um negócio e equilibrar esse conceito com a função social do hospital, exige uma gestão empresarial ética, competente e desafiadora. E adaptar o hospital ao novo paradigma da qualidade é questão de sobrevivência. A adaptação envolve a alocação de recursos materiais e a gestão de pessoas, bem como a avaliação da capacidade técnica e sua utilização adequada.
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A alta direção tem como função: facilitar, propiciar e conduzir as transformações; disseminar a cultura da qualidade; buscar a melhoria da qualidade de vida e a satisfação das pessoas, praticando uma melhor medicina numa organização hospitalar auto-sustentável e voltada ao homem em desequilíbrio biopsicossocial. O foco da gestão é nas pessoas, são elas que prestam assistência e usufruem dela.
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Alguns pontos importantes:
As organizações não têm o controle das condições necessárias a sua própria sobrevivência, sendo elas dependentes de recursos externos.
As organizações precisam ser permeáveis ao meio ambiente e estar atentas a suas alterações, não deixando de perder de vista o referencial ambiental como o principal tópico do processo de mudança e adaptação estratégica, num momento em que se vive um cenário instável e mutante.
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A mudança organizacional resulta dos interesses e compromissos do indivíduo e dos grupos dentro da organização, bem como da escolha e da interação de forças políticas e econômicas com essa organização.
O funcionamento da organização não é definido somente pelo seu cenário interno (aquilo que a compõe internamente e aquilo que ela se propõe a ser), mas também pelo cenário externo (a conjuntura política, econômica e social), que resultará em demandas específicas às quais a organização terá de responder e adaptar o cenário interno para não prejudicar seu bom funcionamento.
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Cenários internos e externos podem ser compreendidos como descrições qualitativas de possibilidades ou desejos futuros que visam enriquecer a tomada de decisão.
O planejamento estratégico precisa estabelecer ou reforçar os elos entre os diferentes níveis da instituição e o cenário externo, com os clientes, entidades representativas da sociedade, órgãos de governo e sindicatos, entre outros. Esses elos têm a função de promover mudanças internas e continuamente ajustá-las às mudanças externas na gestão estratégica. Com a ampla análise dos cenários internos e externos é possível estabelecer a missão organizacional.
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Etapas de elaboração do planejamento: 1) análise diagnóstica prévia (identificando a existência de problemáticas as quais podem ser definidas como situações limitantes; 2) criação de um organismo para solucionar as situações identificadas na problemática.
O exercício da missão e da competência de atuar em sua área específica, relacionam-se com a criação de um organismo em função de um problema-causa.
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A missão de um hospital situa-se na perspectiva de uma rede de cuidados à saúde, o que equivale a entender a organização hospitalar como uma organização proativa, centrada no exterior, que assume o ambiente como recurso (e não como restrição). Eis alguns exemplos:
“Capacitar médicos e outros profissionais de saúde, produzir conhecimento científico em suas áreas e prestar assistência médico-hospitalar, com sinergia entre essas ações, visando à saúde e qualidade de vida do ser humano” (Missão do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).
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“Ser uma instituição de referência e excelência, internacionalmente reconhecida na área de assistência, ensino e pesquisa em cardiologia, gerando, aplicando e difundindo o conhecimento científico e o desenvolvimento tecnológico e de recursos humanos. Pretende, ainda, ser capacitada para acompanhar e responder às transformações da sociedade” (Missão do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).
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quatro fases básicas para a elaboração e implantação do planejamento estratégico:
Diagnóstico estratégico – análise interna dos pontos fortes e fracos e da análise externa das oportunidades e ameaças (determina-se “como se está” e “onde se está”).
Missão da organização – determina-se o motivo central do planejamento estratégico – aonde a empresa quer chegar.
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Instrumentos prescritivos e quantitativos – determinar como chegar à situação desejada e investigar características sócio-econômicas, políticas e culturais da comunidade para aumentar a capacidade de resposta do hospital.
Controle e avaliação das estratégias – assegurar que os resultados obtidos atinjam os objetivos almejados no planejamento.
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PES (Planejamento Estratégico Situacional) – prevê quatro momentos para o processamento técnico-político dos problemas: 1) Explicativo (se busca justificar os porquês da situação atual); 2) Normativo (se estabelece o que se deseja fazer); 3) Estratégico (se analisa a viabilidade das operações planejadas); 4) Tático-operacional (se cuida da implementação das operações no dia-a-dia).
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Os novos rumos do planejamento estratégico devem acompanhar as mudanças no cenário, para isso deve-se atentar para:
Buscar as pessoas mais adequadas à organização.
Montar novos canais de comunicação que facilitem a difusão rápida de informações estratégicas.
Criar uma cultura baseada na confiança para que a organização permaneça unida.
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Política de Saúde
Luis Draque
Atividade 9
Atividade
Em relação a relação entre politica de saúde e o papel estratégico-organizacional da unidade de saúde, vejam o conceito apresentado no slide a seguir e reflitamos sobre a necessidade de efetuarmos planejamento estratégico na organização para viabilizarmos a execução de politicas públicas relacionadas às atividades da organização em que estivermos:
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Atividade
“A administração de hospitais constitui-se numa especialidade complexa e peculiar da administração, por envolver união de recursos humanos e procedimentos muito diversificados. Serviços característicos de outras organizações, tais como engenharia, alimentação, lavanderia, hotelaria e suprimentos, convivem com os complexos cuidados da área da saúde, interagindo com eles a fim de dar aos pacientes condições para sua recuperação” 
(GONÇALVES, 2006, p. 42).
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