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Prof. Dr. DÉLCIO CARDIM e-mail: delcio@fai.com.br AGRONOMIA EXPERIMENTAÇÃO AGRÍCOLA Prof. Dr. Délcio Cardim EXPERIMENTOS FATORAIS Experimentação Agrícola Prof. Dr. Délcio Cardim São aqueles que são estudados, ao mesmo tempo, os efeitos de dois ou mais tipos de tratamentos ou fatores. • Experimentos Fatorais – Introdução Cada subdivisão de um fator é denominada nível do fator e os tratamentos nos experimentos fatoriais consistem de todas as combinações possíveis entre os diversos fatores, nos seus diferentes níveis. Experimentação Agrícola Prof. Dr. Délcio Cardim Exemplo 1: Podemos, num experimento fatorial, estudar os efeitos de 3 variedades (V1 , V2 e V3), e 4 espaçamentos (E1 , E2 , E3 e E4). • Experimentos Fatorais – Introdução Teremos um fatorial 3 x 4, com os 12 tratamentos, que são todas as combinações possíveis entre os 3 níveis do fator variedades e os 4 níveis do fator espaçamentos: V1E1 V1E2 V1E3 V1E4 V2E1 V2E2 V2E3 V2E4 V3E1 V3E2 V3E3 V3E4 Experimentação Agrícola Prof. Dr. Délcio Cardim Exemplo 2: Podemos estudar os efeitos de 2 níveis do fator Nitrogênio (N0 e N1), combinados com e 2 níveis do fator Potássio (K0 e K1), num experimento fatorial 2 x 2, com os 4 tratamentos: • Experimentos Fatorais – Introdução N0K0 = sem Nitrogênio, sem Potássio N0K1 = sem Nitrogênio, com Potássio N1K0 = com Nitrogênio, sem Potássio N1K1 = com Nitrogênio, com Potássio Experimentação Agrícola Prof. Dr. Délcio Cardim Exemplo 3: Podemos estudar os efeitos de 3 níveis do fator Espécies (E1 , E2 e E3 ), associados a 2 níveis do fator Adubações (A0 e A1) e a 2 níveis do fator Calagens (C1 e C2). Temos, então, um fatorial 3 x 2 x 2, com os 12 tratamentos: • Experimentos Fatorais – Introdução E1A0C1 E1A0C2 E1A1C1 E1A1C2 E2A0C1 E2A0C2 E2A1C1 E2A1C2 E3A0C1 E3A0C2 E3A1C1 E3A1C2 Experimentação Agrícola Prof. Dr. Délcio Cardim Os experimentos fatoriais não constituem um delineamento experimental, mas sim um esquema de arranjo dos tratamentos, que deverão ser distribuídos num delineamento inteiramente casualizado, em blocos casualizados, etc. • Experimentos Fatorais – Introdução Os experimentos fatoriais nos permitem tirar conclusões mais amplas. Assim, no 1º exemplo, pode-se comparar os efeitos das 3 variedades, os efeitos dos 4 espaçamentos e, ainda, como se comportam as 3 variedades em cada espaçamento, ou como se comportam os 4 espaçamentos em cada variedade, tudo isso com um único experimento.. Experimentação Agrícola Prof. Dr. Délcio Cardim Procedimentos: - Fazer uma análise de variância preliminar, de acordo com o delineamento utilizado para distribuir os tratamentos; • Experimentos Fatorais – Introdução - Desdobrar os graus de liberdade de tratamentos, de acordo com o esquema fatorial utilizado, com a finalidade de estudar os efeitos principais dos fatores e os efeitos das interações entre os fatores. O que representa cada um desses efeitos? Experimentação Agrícola Prof. Dr. Délcio Cardim Considerando um fatorial 2 x 2, com os fatores: Adubo (A) e Calcário (C), nos níveis: Adubo: A0 = sem adubo Calcário: C0 = sem calcário A1 = com adubo C1 = com calcário • Experimentos Fatorais – Introdução Sejam os dados seguintes os resultados de produção obtidos para os 4 tratamentos: A0C0: sem adubo, sem calcário = 14 A0C1: sem adubo, com calcário = 23 A1C0: com adubo, sem calcário = 32 A1C1: com adubo, com calcário = 53 Experimentação Agrícola Prof. Dr. Délcio Cardim Tabela 20. Resumo dos dados numa Tabela auxiliar. • Experimentos Fatorais – Introdução a) Efeito simples de um fator: é uma medida da variação que ocorre com a característica em estudo (por exemplo: produção), correspondente à variação nos níveis desse fator, em cada um dos níveis do outro fator. C0 C1 Totais de A A0 14 23 37 A1 32 53 85 Totais de C 46 76 122 Experimentação Agrícola Prof. Dr. Délcio Cardim • Experimentos Fatorais – Introdução Então: Efeito simples de Adubo na ausência de Calcário: A d. C0 = A1C0 – A0C0 = 32 – 14 = 18 Efeito simples de Adubo na presença de Calcário: A d. C1 = A1C1 – A0C1 = 53 – 23 = 30 Efeito simples de Calcário na ausência de Adubo: C d. A0 = A0C1 – A0C0 = 23 – 14 = 9 Efeito simples de Calcário na presença de Adubo: C d. A1 = A1C1 – A1C0 = 53 – 32 = 21 C0 C1 T. A A0 14 23 37 A1 32 53 85 T. C 46 76 122 Experimentação Agrícola Prof. Dr. Délcio Cardim • Experimentos Fatorais – Introdução O efeito principal de um fator é a média dos efeitos simples desse fator isto é: b) Efeito principal de um fator: é uma medida da variação que ocorre com a característica em estudo (por exemplo: produção), correspondente à variação nos níveis desse fator, em média de todos os níveis do outro fator. 24 2 3018 2 C d.A C d.A A de principal Efeito 10 15 2 219 2 A d. C A d. C C de principal Efeito 10 Experimentação Agrícola Prof. Dr. Délcio Cardim • Experimentos Fatorais – Introdução Outra forma de calcular o efeito principal: 24 2 3785 2 AA 2 )CACA()CACA( 2 C d.A C d.A A de principal Efeito 0110001101 10 15 2 4676 2 CC C de principal Efeito 01 Analogamente: Experimentação Agrícola Prof. Dr. Délcio Cardim • Experimentos Fatorais – Introdução O efeito da interação entre dois fatores é um efeito adicional devido à ação conjunta dos fatores. O efeito da interação entre os fatores A e C é: c) Efeito da interação entre dois fator: é uma medida da variação que ocorre com a característica em estudo (por exemplo: produção), correspondente à variação nos níveis de um fator, ao passar de um nível a outro do outro fator. 6 2 1830 2 C d.A C d.A CA x interação da Efeito 01 6 2 921 2 A d. C A d. C A x C interação da Efeito 01 Experimentação Agrícola Prof. Dr. Délcio Cardim Exemplo : Seja os dados de um experimento, em blocos casualizados, no esquema fatorial 3 x 3, em que foram estudados os efeitos de 3 Peneiras comerciais, associadas a 3 Densidades de plantio, na produtividade do amendoim (Arachis hypogaea L.) variedade Tatu V 53 • Experimentos Fatorais – Análise e Interpretação com 2 Fatores Análise e interpretação de um experimento fatorial com dois fatores: com interação não significativa Experimentação Agrícola Prof. Dr. Délcio Cardim As Peneiras comerciais (P) e as Densidades de plantio (D) estudadas foram: P1 = peneira 18 (crivos circulares com diâmetro de 18/64 polegadas) P2 = peneira 20 (crivos circulares com diâmetro de 20/64 polegadas) P3 = peneira 22 (crivos circulares com diâmetro de 22/64 polegadas) D1 = 10 plantas por metro linear D2 = 15 plantas por metro linear D3 = 20 plantas por metro linear • Experimentos Fatorais – Análise e Interpretação com 2 Fatores Experimentação Agrícola Prof. Dr. Délcio Cardim O ensaio constou de 3 blocos, num total de 27 parcelas, cada uma com quatro linhas de 7 metros de comprimento, espaçadas de 0,50 m, com área de 14 m2 por parcela. As duas linhas externas de cada parcela, e 1 m de cada rua, foram considerados como bordadura, fazendo-se as avaliações apenas nas duas linhas centrais, o que resultou numa área útil de 6 m2 por parcela. • Experimentos Fatorais – Análise e Interpretação com 2 Fatores Uma das características estudadasfoi a produção média de amendoim em vagem, por planta, cujos dados, em gramas, são apresentados na Tabela 20. Experimentação Agrícola Prof. Dr. Délcio Cardim Tabela 20. Dados de produção média de amendoim em vagem, em gramas, por planta. • Experimentos Fatorais – Análise e Interpretação com 2 Fatores Tratamentos Blocos Totais 1 2 3 1 – P1D1 11,82 12,03 12,55 36,40 2 – P1D2 12,34 14,08 12,13 38,55 3 – P1D3 13,41 12,98 13,35 39,74 4 – P2D1 6,97 10,26 9,02 26,25 5 – P2D2 8,96 9,02 9,84 27,82 6 – P2D3 8,48 9,66 8,50 26,64 7 – P3D1 7,53 7,67 7,81 23,01 8 – P3D2 6,71 7,87 9,49 24,07 9 – P3D3 7,82 9,44 9,37 26,63 Totais 84,04 93,01 92,06 269,11 Experimentação Agrícola Prof. Dr. Délcio Cardim Primeiramente: análise de variância preliminar, que é a análise comum de um experimento em blocos casualizados, com 9 tratamentos e 3 blocos. • Experimentos Fatorais – Análise e Interpretação com 2 Fatores 23,682.2 3 9 11,269 2 2 xkr x C 4428,1112293,682.2 3 63,26...55,3840,36 222 2 C r T SQTr 6588,1262293,682.2)37,903,1282,11( 2222 CxSQT 3957,52293,682.2 9 06,9201,9304,84 222 2 C k B SQB Experimentação Agrícola Prof. Dr. Délcio Cardim Tabela 21. Análise de variância preliminar do experimento. • Experimentos Fatorais – Análise e Interpretação com 2 Fatores Causas de variação Tratamentos 8 111,4428 13,9304 22,70 Blocos 2 5,3957 2,6979 4,40 Resíduo 16 9,8203 0,6138 Total 26 126,6588 Valores críticos de F na tabela no nível de 5% de probabilidade: - Tratamentos: 8 x 16 g.l. = 2,59 - Blocos: 2 x 16 g.l. = 3,63 GL SQ QM F Os tratamentos apresentaram efeitos diferentes sobre a produção média de amendoim em vagem, por planta. Experimentação Agrícola Prof. Dr. Délcio Cardim Deve-se proceder ao desdobramento dos 8 graus de liberdade de tratamento, para estudar os efeitos de: Peneiras (P); Densidade (D) e da Interação P x D, da seguinte forma: • Experimentos Fatorais – Análise e Interpretação com 2 Fatores Tratamentos: 8 g.l. - Peneiras (P) .......... 2 g.l. - Densidade (D) ....... 2 g.l. - Interação P x D ..... 4 g.l. Para o cálculo das somas de quadrados correspondentes aos efeitos principais dos fatores e à interação entre eles, deve-se organizar uma tabela auxiliar, relacionando os níveis dos 2 fatores: Experimentação Agrícola Prof. Dr. Délcio Cardim • Experimentos Fatorais – Análise e Interpretação com 2 Fatores Os valores internos da tabela auxiliar são totais de 3 parcelas, que são as repetições do experimento. Dessa forma, os totais de Peneiras e de Densidades são totais de 9 parcelas. D1 D2 D3 Totais de P P1 36,40 38,25 39,74 114,69 P2 26,25 27,82 26,64 80,71 P3 23,01 24,07 26,63 73,71 Totais de D 85,66 90,44 93,01 269,11 Tabela 22. Tabela auxiliar, relacionando os níveis dos 2 fatores. Experimentação Agrícola Prof. Dr. Délcio Cardim Logo: • Experimentos Fatorais – Análise e Interpretação com 2 Fatores 7778,1062293,682.2 9 71,7371,8069,114 222 PeneirasSQ 0917,32293,682.2 9 01,9344,9066,85 222 DensidadesSQ Para o cálculo da soma de quadrados de Interação P x D, deve-se, primeiramente, calcular a soma de quadrados do efeito conjunto de Peneiras e Densidade, denotada por SQP,D é calculada com os valores internos da tabela auxiliar, provenientes de 3 parcelas. Experimentação Agrícola Prof. Dr. Délcio Cardim Logo: • Experimentos Fatorais – Análise e Interpretação com 2 Fatores 4428,1112293,682.2 3 63,26...55,3840,36 , 222 DPSQ SQPxDSQDSQPDPSQ , Mas: SQDSQPDPSQSQPxD , Então: 5733,17778,1064428,1111 SQPxD Obs: Nos experimentos fatoriais com dois fatores, a soma de quadrados do efeito conjunto é sempre igual à soma de quadrados de tratamentos. Experimentação Agrícola Prof. Dr. Délcio Cardim Tabela 23. Análise de variância de acordo com o esquema fatorial 3 x 3. • Experimentos Fatorais – Análise e Interpretação com 2 Fatores Causa de variação GL SQ QM F Peneiras (P) 2 106,7778 53,3889 86,98 Densidades (D) 2 3,0917 1,5459 2,52 Interação P x D 4 1,5733 0,3933 0,64 (Tratamento) (8) (111,4428) - - Blocos 2 5,3957 2,6979 4,40 Resíduo 16 9,8203 0,6138 - Total 26 126,6588 - - Experimentação Agrícola Prof. Dr. Délcio Cardim Valores de F da tabela (5%) Peneiras (P) e Densidades (D): 2 x 16 g.l. = 3,63 Interação P x D: 4 x 16 g.l. = 3,01 • Experimentos Fatorais – Análise e Interpretação com 2 Fatores Conclusão: Interação P x D: (NS) Os efeitos das Peneiras sobre a produção média de amendoim em vagem por planta, independem da Densidade (ou vice-versa). Peneiras (P): (S) As Peneiras apresentam efeitos diferentes sobre a produção média de vagens por planta. Densidades (D): (NS) As Densidades apresentam efeitos semelhantes sobre a produção média de vagens por planta. Experimentação Agrícola Prof. Dr. Délcio Cardim Teste de Tukey para médias de Peneiras q (Tabela): 3 níveis de P x 16 g.l. resíduo a 5% = 3,65 • Experimentos Fatorais – Análise e Interpretação com 2 Fatores 95,0 9 6138,0 65,3 .. r QMR qsmd Tabela 23. Diferenças absolutas entre as médias dos tratamentos. P1 P2 P3 P1 a - 3,77* 4,55* P2 b - - 0,78 NS P3 b - - - A média de produção de amendoim em vagem, por planta, obtida para P1 (Peneira 18) é significativamente superior às obtidas para P2 (Peneira 20) e P3 (Peneira 22), que, no entanto, não diferem entre si. Experimentação Agrícola Prof. Dr. Délcio Cardim Exemplo : Seja um experimento inteiramente casualizado, com 4 repetições, no esquema fatorial 3 x 2, em que foram estudados os efeitos de 3 Recipientes (R1, R2 e R3), para a produção de mudas e 2 Espécies de eucaliptos (E1 e E2), quanto ao desenvolvimento das mudas. • Experimentos Fatorais – Análise e Interpretação com 2 Fatores Análise e interpretação de um experimento fatorial com dois fatores: com interação significativa Experimentação Agrícola Prof. Dr. Délcio Cardim Os Recipientes e as Espécies testadas foram: R1 = saco plástico pequeno R2 = saco plástico grande R3 = laminado E1 = Eucalyptus citriodora E2 = Eucalyptus grandis • Experimentos Fatorais – Análise e Interpretação com 2 Fatores Experimentação Agrícola Prof. Dr. Délcio Cardim Tabela 24. Alturas das mudas, em cm, aos 80 dias de idade. • Experimentos Fatorais – Análise e Interpretação com 2 Fatores Tratamentos Repetições Totais 1 2 3 4 1 – R1E1 26,2 26,0 25,0 25,4 102,6 2 – R1E2 24,8 24,6 26,7 25,2 101,3 3 – R2E1 25,7 26,3 25,1 26,4 103,5 4 – R2E2 19,6 21,1 19,0 18,6 78,3 5 – R3E1 22,8 19,4 18,8 19,2 80,2 6 – R3E2 19,8 21,4 22,8 21,3 85,3 Obs: os dados foram adaptados do trabalho: “Métodos de produção de mudas de eucalipto”, realizado por Simões (1970), apud Bonzatto; Kronka (2006). Experimentação Agrícola Prof. Dr. Délcio Cardim Primeiramente: análise de variância preliminar, que é a análise comum de um experimento inteiramente casualizado, com 6 tratamentos e 4 repetições. • Experimentos Fatorais – Análise e Interpretação com 2 Fatores 23,659.12 4 6 2,551 2 2 xkr x C 70,17523,659.12 4 3,85...3,1016,102 222 2 C r T SQTr 79,19823,659.12)3,210,262,26( 2222 CxSQT Experimentação Agrícola Prof. Dr. Délcio Cardim Tabela 25. Análise de variânciapreliminar do experimento. • Experimentos Fatorais – Análise e Interpretação com 2 Fatores Causas de variação Tratamentos 5 175,70 35,14 27,45 Resíduo 18 23,09 1,28 Total 23 198,79 Valores críticos de F na tabela no nível de 5% de probabilidade: - Tratamentos: 5 x 18 g.l. = 2,77 GL SQ QM F Teste significativo, ou seja, os tratamentos apresentaram efeitos diferentes sobre as alturas das mudas. Experimentação Agrícola Prof. Dr. Délcio Cardim Efetuando o desdobramento dos 5 graus de liberdade de tratamento, para estudar os efeitos de: Recipientes (R); Espécie (E) e da Interação R x E, da seguinte forma: • Experimentos Fatorais – Análise e Interpretação com 2 Fatores Tratamentos: 5 g.l. - Recipientes (R) ..... 2 g.l. - Espécie (E) ............ 1 g.l. - Interação R x E ..... 2 g.l. R1 R2 R3 Totais de E E1 102,6 103,5 80,2 286,3 E2 101,3 78,3 85,3 264,9 Totais de R 203,9 181,8 165,5 551,2 Tabela 27. Tabela auxiliar, relacionando os níveis dos 2 fatores. Experimentação Agrícola Prof. Dr. Délcio Cardim Logo: • Experimentos Fatorais – Análise e Interpretação com 2 Fatores 86,9223,659.12 8 5,1658,1819,203 222 SQR 08,1923,659.22 12 9,2643,286 22 SQE SQESQRERSQSQRxE , 76,6308,1986,9270,175 SQRxE Como se trata de um fatorial com 2 fatores: SQTrERSQ , Então: Experimentação Agrícola Prof. Dr. Délcio Cardim Tabela 28. Análise de variância de acordo com o esquema fatorial 3 x 2. • Experimentos Fatorais – Análise e Interpretação com 2 Fatores Causa de variação GL SQ QM F Recipiente (R) 2 92,86 46,43 36,27 Espécie (E) 1 19,08 19,08 14,91 Interação R x E 2 63,76 31,88 24,91 (Tratamento) (5) (175,70) - - Resíduo 18 23,09 1,28 - Total 23 198,79 - - Valores de F da tabela (5%) Recipiente (R) e Interação R x E: 2 x 18 g.l. = 3,55 Espécie (E): 1 x 18 g.l. = 4,41 Experimentação Agrícola Prof. Dr. Délcio Cardim • Experimentos Fatorais – Análise e Interpretação com 2 Fatores Conclusão: Interação R x E: (significativo) indicando existir uma dependência entre os efeitos dos fatores Recipientes (R) e Espécies (E). As conclusões que poderíamos tirar para os efeitos principais de Recipiente (R) e de Espécies (E) ficam prejudicadas, pois: - os efeitos dos Recipientes dependem da Espécie utilizada, ou - os efeitos das Espécies dependem do Recipiente utilizado. Então, deve-se proceder ao desdobramento da Interação R x E, o que pode ser feito de duas maneiras: a) Para estudar o comportamento das Espécies dentro de cada Recipiente; b) Parta estudar o comportamento dos Recipientes dentro de cada Espécie Experimentação Agrícola Prof. Dr. Délcio Cardim a) Desdobramento da Iteração R x E para estudar o comportamento das Espécies dentro de cada Recipiente • Experimentos Fatorais – Análise e Interpretação com 2 Fatores 21,0 8 9,203 4 3,1016,102 . 222 1 RdEspéciesSQ ExRSQEspeciesSQRdEspSQRdEspSQRdEspSQ . . . . . . 321 Verificação: 38,79 8 8,181 4 3,785,103 . 222 2 RdEspéciesSQ 25,3 8 5,165 4 3,852,80 . 222 3 RdEspéciesSQ R1 R2 R3 T. E E1 102,6 103,5 80,2 286,3 E2 101,3 78,3 85,3 264,9 T. R 203,9 181,8 165,5 551,2 Experimentação Agrícola Prof. Dr. Délcio Cardim Tabela 29. Análise de variância para estudo dos efeitos de Espécies em cada Recipiente. • Experimentos Fatorais – Análise e Interpretação com 2 Fatores Causa de variação GL SQ QM F Espécie d. R1 1 0,21 0,21 0,16 NS Espécie d. R2 1 79,38 79,38 62,02* Espécie d. R3 1 3,25 3,25 2,54 NS Resíduo 18 23,09 1,28 - Valores de F da tabela (5%) Espécie (E): 1 x 18 g.l. = 4,41 Experimentação Agrícola Prof. Dr. Délcio Cardim • Experimentos Fatorais – Análise e Interpretação com 2 Fatores Conclusões: Quando se utiliza o: Recipiente R1: (saco plástico pequeno) não há diferença significativa no desenvolvimento das mudas das 2 Espécies; Recipiente R2: (saco plástico grande) há diferença significativa no desenvolvimento das mudas das 2 Espécies, sendo melhor para a espécie E1 (Eucalyptus citriodora); Recipiente R3: (laminado) não há diferença significativa no desenvolvimento das mudas das 2 Espécies; Experimentação Agrícola Prof. Dr. Délcio Cardim b) Desdobramento da Iteração R x E para estudar o comportamento dos Recipientes dentro de cada Espécie • Experimentos Fatorais – Análise e Interpretação com 2 Fatores 12,87 12 3,286 4 2,805,1036,102 . Re 2222 1 EdcipientesSQ ExRSQcipientesSQEdcipSQEdcipSQ Re . .Re . .Re 21 Verificação: 50,69 12 9,264 4 3,853,783,101 . Re 2222 2 EdcipientesSQ R1 R2 R3 T. E E1 102,6 103,5 80,2 286,3 E2 101,3 78,3 85,3 264,9 T. R 203,9 181,8 165,5 551,2 Experimentação Agrícola Prof. Dr. Délcio Cardim Tabela 30. Análise de variância para estudo dos efeitos de Recipientes em cada Espécie. • Experimentos Fatorais – Análise e Interpretação com 2 Fatores Causa de variação GL SQ QM F Recipientes d. E1 2 87,12 43,56 34,03* Recipientes d. E2 2 69,50 34,75 27,15* Resíduo 18 23,09 1,28 - Valores de F da tabela (5%) Espécie (E): 2 x 18 g.l. = 3,55 Conclusões: - Os 3 Recipientes têm efeitos diferentes sobre o desenvolvimento de mudas da Espécie E1 (Eucalipytus citriodora); - Os 3 Recipientes têm efeitos diferentes sobre o desenvolvimento de mudas da Espécie E2 (Eucalipytus grandis). Experimentação Agrícola Prof. Dr. Délcio Cardim • Experimentos Fatorais – Análise e Interpretação com 2 Fatores Deve-se, então, comparar as médias de Recipientes: - Dentro da Espécie E1 (Eucalyptus citriodora); - Dentro da Espécie E2 (Eucalyptus grandis). a) Recipientes d. Espécie E1: (Eucalyptus citriodora) cm 65,25 4 6,102 11 ER Médias: cm 87,25 4 5,103 12 ER cm 05,20 4 2,80 13 ER cm 04,2 4 28,1 61,3.. smd q (Tukey) – 3 níveis de R x 18 g.l. Resíduo = 3,61 (5%) Experimentação Agrícola Prof. Dr. Délcio Cardim • Experimentos Fatorais – Análise e Interpretação com 2 Fatores Tabela 31. Diferenças absolutas entre as médias dos Recipientes da Espécie E1. R2E1 R1E1 R3E1 R2E1 a - 0,22 NS 5,82* R1E1 a - - 5,60* R3E1 b - - - Para a Espécie E1 (Eucalyptus citriodora), os melhores Recipientes foram: R1 (saco plástico pequeno) e R2 (saco plástico grande), que determinaram desenvolvimento de mudas significativamente maiores que R3 (laminado), sem diferirem entre si. Experimentação Agrícola Prof. Dr. Délcio Cardim • Experimentos Fatorais – Análise e Interpretação com 2 Fatores b) Recipientes d. Espécie E2: (Eucalyptus grandis) cm 33,25 4 3,101 21 ER Médias: cm 58,19 4 3,78 22 ER cm 33,21 4 3,85 23 ER cm 04,2 4 28,1 61,3.. smd q (Tukey) – 3 níveis de R x 18 g.l. Resíduo = 3,61 (5%) Experimentação Agrícola Prof. Dr. Délcio Cardim • Experimentos Fatorais – Análise e Interpretação com 2 Fatores Tabela 32. Diferenças absolutas entre as médias dos Recipientes da Espécie E2. R1E2 R3E2 R2E2 R1E2 a - 4,00* 5,75* R3E2 b - - 1,75 NS R2E2 b - - - Para a Espécie E2 (Eucalyptus grandis), o melhor Recipiente foi R1 (saco plástico pequeno), que determinou desenvolvimento de mudas significativamente maior que R2 (saco plástico grande) e que R3 (laminado). As médias de R2 e R3 (dentro da Espécie E2) não diferiram significativamente entre si. ExperimentaçãoAgrícola Prof. Dr. Délcio Cardim • Experimentos Fatorais – Análise e Interpretação com 2 Fatores Tabela 33. Resultados do teste de Tukey para o experimento. R1 R2 R3 E1 25,65 a A 25,87 a A 20,05 b A E2 25,33 a A 19,58 b B 21,33 b A a, b: Para cada Espécie, médias de Recipientes seguidas de mesma letra minúscula não diferem significativamente entre si; A, B: Para cada Recipiente, médias de Espécies seguidas de mesma letra maiúscula não diferem significativamente entre si. Os resultados do experimento podem ser resumidos como na Tabela 33 Experimentação Agrícola Prof. Dr. Délcio Cardim • Experimentos Fatorais – Exercício Num experimento fatorial, instalado em blocos casualizados com 4 repetições, os fatores foram: • Adubo Mineral (M) (sem = Ms; com = Mc) e • Adubo Orgânico (O) (sem = Os; com = Oc) Obteve-se os seguintes resultados em termos de rendimento de determinada cultura: Tratamentos Blocos MsOs MsOc McOs McOc Totais 1 18,0 19,6 20,6 19,2 77,4 2 8,6 15,0 21,0 19,6 64,2 3 9,4 14,6 18,6 18,4 61,0 4 11,4 15,8 20,6 20,2 68,0 Totais 47,4 65,0 80,8 77,4 270,6 Experimentação Agrícola Prof. Dr. Délcio Cardim • Experimentos Fatorais – Exercício (M) Adubo Mineral (B) Adubo Orgânico Total Os Oc Ms 47,4 65,0 112,4 Mc 80,8 77,4 158,2 Total 128,2 142,4 270,6 Efetuar a análise estatística do experimento. Dados organizados
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