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Climatério: Fases e Manifestações

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CLIMATÉRIO
Amabily Janoca de Oliveira
MENOS MULHER???
CLIMATÉRIO
É o período fisiológico que se inicia desde os primeiros indícios de falha ovariana, mesmo que os ciclos continuem regulares ou até ovulatórios, e termina na senilidade.
Falência ovariana precoce: diagnostico pela dosagem de FSH, duas vezes, num intervalo de 30 dias com valores superiores a 40 mUl/ml (SOGIMIG, 2007).
CLIMATÉRIO
Perimenopausa: período que antecede a menopausa, e termina após a confirmação definitiva da menstruação. Pode preceder a ultima menstruação de 2 a 8 anos.
Menopausa: é a ultima menstruação da mulher, seu diagnostico é retrospectivo. A idade média da ocorrência da menopausa é aos 51 anos, sendo que 10% das mulheres apresentam seu fluxo menstrual antes dos 45 anos. É dita precoce quando ocorre antes dos 40 anos.
 FASES DO CLIMATÉRIO
PERIMENOPAUSA
Ao longo da vida reprodutiva 400 – 500 mil oócitos serão ovulados e as outras unidades sofreram atresia.
Cerca de 10 a 15 anos antes da menopausa há uma aceleração da perda folicular, que se inicia quando o numero de folículos chega a 25.000.
Isso está relacionado a um pequeno aumento dos níveis de FSH(produzido na hipófise) e uma queda dos níveis de inibina(produzida pelos ovários).
A inibina é um produto das células da granulosa, que exerce um importante feedback negativo sobre a secreção de FSH. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Essa fase se inicia entre os 39 e aos 51 anos.
Irregularidade menstrual: mais de 50% das mulheres.
Sangramento uterino anormal, excluir a possibilidade de câncer de endométrio. Endométrio espesso. Reposição de estrogênio.
Fogachos.
Irritabilidade, ansiedade.
20% das mulheres apresentam quadro depressivo, relacionados à aceitação do envelhecimento e perda da capacidade de procriação.
MENOPAUSA
Alterações hormonais:
O ovário continua ativo, porem todo o perfil hormonal se altera.
Estrogênio: Produção de estrogênio pelo ovário torna-se desprezível. Conversão periférica de androgênicos produzidos nas adrenais e no estroma ovariano, no tecido muscular, hepático, cerebral e adiposo.
Progesterona: 
Não há produção de progesterona
 após a menopausa.
Gonadrofinas (FSH, LH):
Os níveis de FSH podem chegar a 
10-20 vezes os valores da menopausa,
e o LH aumenta cerca de 3 vezes. 
Manifestações clínicas
Amenorreia
Baixos valores de inibina
Valores elevados de FSH(>35-40UI/L)
PÓS-MENOPAUSA
Alterações precoces:
Fogachos: ocorrem em 75 a 85% das mulheres. 
Duram em média cinco anos após a menopausa.
Rubor da face, pescoço, sudorese, palpitação
os episódios duram de um a três minutos, e pode 
se repetir mais de 30 vezes por dia(média 5-10 vezes).
Ooforectomia costumam ser mais intensos.
O aumento da frequência e intensidade dos pulsos 
de secreção de GnRH pelo hipotálamo, levaria a esses fogachos.
Não consiste em uma liberação súbita de calor acumulado, mas sim um estimulo inapropriado dos mecanismo de calor.
Alterações em longo prazo:
Relacionados principalmente a diminuição de estrógenos.
Diminuição da espessura do epitélio vaginal.
Perda de elasticidade.
Diminuição estreitamento do canal vaginal.
Redução das secreções vaginais.
Aumento do PH vaginal(>5).
Incontinência urinaria de esforço.
Disúria.
Diminuição do libido.
Alterações em longo prazo:
Sistema nervoso central:
Dificuldade de concentração e perda de memoria recente.
Osteoporose:
O osso possui receptores para estrogênio,
com a diminuição de seus níveis a atividade
osteoclástica predomina e a absorção óssea
se acelera.
Doença cardiovascular: 
O estrogênio atua de varias maneiras 
(ver tabela ao lado)
TERAPIA DO CLIMÁTERIO
As principais indicações para o uso de TRH são os sintomas vasomotores, a atrofia urogenital e para prevenção e tratamento da osteoporose.
A continuação ou não da TH irá depender:
Riscos e benefícios durante o tratamento.
Da melhora da qualidade de vida.
Da preferencia da mulher em continuar.
Da experiência e da consciência clinica de cada medico
EFEITOS ADVERSOS
Uso de estrógeno e progesterona combinados.
Câncer de endométrio.
Vesicular biliar.
Alterações de humor.
Câncer de mama*
Doença cardiovascular**
* em estudo
** até dez anos apos menopausa ocorre a diminuição dos riscos, após esse tempo aumenta os risco de doença cardiovascular.
Contraindicações
REPOSIÇÃO HORMONAL
Estrogênio: 
Usado sozinho apenas em mulheres histerectomizadas.
Estrogênio puro o uso é continuo, e o conjugado de uso cíclico de 21 a 25 dias em um ciclo de 28 ou 30.
Estrogênio mais utilizado: equinos na dose de 0,3 até 1,25mg/dia.
TRH COMBINADA
Pacientes com útero: uso durante três semanas de estrogênios, sendo que na ultima semana a progesterona é associada.
Administração conjugada continua de estrogênio e progesterona para evitar hemorragia. 
O progestógeno mais usado é o acetato de medroxiprogesterona, de 2,5 a 5,0mg por dia.
Utilizado na forma oral, transdérmica, vaginal, sublingual, retal, implante subcutâneo e intrauterino(DIU).
FITORMÔNIOS
TREVO VERMELHO
SOJA
DONG QUAI
VITEX AGNUS CASTUS
LINHAÇA
ARTIGOS
Estudo multicêntrico com mais de 27.000 mulheres americanas pós – menopausáticas. 
Duplo cego comparativo controlado com placebo.
Grupo 1 – 10.739 mulheres histerectomizadas, sendo 5.310 pertencente ao grupo que recebeu a medicação ativa, e 5.429 ao grupo placebo.
Grupo 2 – 16,608 mulheres não histerectomizadas, sendo 8.506 receberam a TRH combinada e 8.102 receberam placebo.
Resultados grupo 1:
Nesse grupo apenas AVC 
teve significância estatística, ou seja, p<0,05.
Resultado grupo 2:
Limitações do estudo:
 Idade avançada das pacientes, muitas com 20 anos ou mais de menopausa.
Os hormônios usados foram os mesmos para todas as pacientes bem como as dosagens.
Fim do estudo após 5,2 anos(tempo médio previsto – 8,5 anos), pela incidência de câncer de mama ter ultrapassado os limites de segurança pré-estabelecidos.
 
CONCLUSÃO
A indicação primária de TRH é para tratamento de sintomas vasomotores.
Quando os sintomas forem somente vaginais, dá-se preferência a terapia local de TRH.
Jamais usar a TRH como prevenção de doenças cardiovasculares.
Na prevenção da osteoporose recomenda-se pensar no risco e benefícios. E se a terapia persistir por mais de cinco anos, procurar terapias alternativas.
A terapia deve ser sempre administrada no menor tempo e dose necessário para o alivio dos sintomas.
Sempre examinar por completo as pacientes antes do TRH.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Manual de Ginecologia e obstetrícia da SOGIMIG, 2012. 
Manual de Orientação: Climáterio – Febrasgo, 2010.
MEDCURSO. Ginecologia/Climatério. 3º vol., Meydn, 2015.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual de Atenção à Mulher no Climatério / Menopausa. Brasília, 2008. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_atencao_mulher_climaterio.pdf>. Acesso em: 12 julho 2016.
NANCY,E.A,PhD Duration of Menopausal Vasomotor Symptoms Over the Menopause Transition, 2015. Disponível em:<http://archinte.jamanetwork.com/article.aspx?articleid=2110996>. Acesso em: 29 julho 2016. 
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