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FRENTE 1 – REDAÇÃO E GRAMÁTICA
1. (UNISAL) – O texto a seguir encontra-se fora de ordem. Leia-o
atentamente e indique que alternativa apresenta a correta
organização para ele.
I. Dessa forma, os colonizados de ontem e de hoje são obrigados a
as sumir formas políticas, hábitos culturais, estilos de comuni -
cação, gêne ros de música e modos de produção e consumo dos
coloni zadores.
II. Atualmente se verifica uma poderosa “hamburguerização” da cul -
tura culinária e uma “rockiquização” dos estilos musicais. Os que
detêm o monopólio do ter, do poder e do saber controlam os
mercados e decidem sobre o que se deve produzir, consumir e
exportar.
III. Toda colonização – seja a antiga, pela invasão dos territórios, seja
a moderna, pela integração forçada no mercado mundial –
significa sempre um ato de grandíssima violência.
IV. Numa palavra, portanto, os colonizados são impedidos de fazer
suas escolhas, de tomar as decisões que constroem a sua própria
história.
V. Isso ocorre porque a colonização implica o bloqueio do desen -
volvimento autônomo de um povo. Representa a submissão de
parcelas importantes da cultura, com sua memória, seus valores,
suas instituições, sua religião, à outra cultura invasora.
(Adaptado de BOFF, Leonardo. A águia e a galinha.
24.a ed., Petrópolis: Vozes, 1998. pp. 21-22.)
a) III – V – I – II – IV.
b) I – II – IV – V – III.
c) III –V – I – IV – II.
d) III – II – I – V – IV.
e) IV – I – III – V – II.
1. No texto acima, que se volta para o contato entre o interlocutores,
prevalece a função fática. Essa função só não está presente
a) nas frases feitas.
b) nas repetições.
c) nas interjeições.
d) nas expressões destituídas de conteúdo informa tivo.
e) na ênfase à elaboração da linguagem.
2. Identifique a função de linguagem predominante nos trechos
abaixo:
a)
MÓDULO 1
ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO
E CRITÉRIOS DE CORREÇÃO
MÓDULO 2
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
Ele: — Pois é.
Ela: — Pois é o quê?
Ele: — Eu só disse pois é!
Ela: — Mas “pois é” o quê?
Ele: — Melhor mudar de conversa porque você não me
entende.
Ela: — Entender o quê?
Ele: — Santa Virgem, Macabéa, vamos mudar de assunto e
já!
Ela: — Falar então de quê?
Ele: — Por exemplo, de você.
Ela: — Eu?!
(Clarice Lispector, A Hora da Estrela)
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b) Gastei uma hora pensando um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.
(Carlos D. de Andrade)
c) “Há opiniões discrepantes em relação às pessoas que são muito
cui dadosas e delicadas, quando ex pres sem seu ponto de vista,
espe cial mente sobre temas polêmicos. Alguns as julgam falsas e
hipó critas.”
(Clarice Lispector, A Hora da Estrela)
d) “Descomplique. De qualquer lugar para qualquer lugar, disque 23.”
e) Oh! nos meus sonhos, pelas noites minhas
Passam tantas visões sobre o meu peito!
Palor de febre meu semblante cobre,
Bate meu coração com tanto fogo!
(Álvares de Azevedo)
1. (IBMEC) – Dados os seguintes adjetivos: pluvial, occipital,
lupino e lacustre, assinale a alternativa que apresenta as locuções
adjetivas correspondentes. 
a) de chuva, de olho, de lobo e de rio, respectivamente.
b) de chuva, de nuca, de lupa e de lago, respectivamente.
c) de rio, de nuca, de lobo e de lago, respectivamente.
d) de chuva, de nuca, de lobo e de lago, respectivamente.
e) de rio, de olho, de lupa e de lago, respectivamente.
2. (MACKENZIE) – De acordo com a norma culta, assinale a alter -
nativa que apresenta inadequação no processo de nominalização.
a) As passistas da escola de samba estavam dis persas.
Dispersão das passistas da escola de samba.
b) Os jovens perseveram em busca de soluções para os problemas do
país.
Perseverança dos jovens em busca de soluções para os problemas
do país.
c) A herança foi dissipada pelos herdeiros.
Dissipação da herança pelos herdeiros.
d) O movimento de protesto foi reprimido pelas autoridades.
Repressão do movimento de protesto pelas autori dades.
e) A França asilou muitos brasileiros durante a dita dura militar.
Asilamento de muitos brasileiros pela França durante a ditadura
militar.
1. (FUVEST-Transferência) – Considere a mensagem publicitária
de um hospital:
A referência do pronome isso, no texto, permite deduzir que o
hospital oferece
a) recursos da mais alta tecnologia.
b) momentos de descontração, lazer.
c) assistência médica ininterrupta.
d) atendimento diferenciado, atencioso.
e) ambiente higienizado, agradável.
2. (PUC-SP) – Nos versos: 
A expressão em que, neles destacada, refere-se, respectivamente, a
a) idioma, voz.
b) idioma, idioma.
c) rude e doloroso, Camões.
d) eu, eu.
3. (ESPM) – Assinale o item em que o pronome grifado tenha valor
semântico de possessivo:
a) “A borboleta, depois de esvoaçar muito em torno de mim, pousou-
me na testa.” (Machado de Assis)
b) “Começo a arrepender-me deste livro. Não que ele me canse; eu
não tenho que fazer.” (Machado de Assis)
c) “Perdi-me dentro de mim / Porque eu era labirinto.” (Mário de Sá
Carneiro)
d) “Vou-me embora pra Pasárgada / Lá sou amigo do rei!” (Manuel
Bandeira)
e) “Perdi alguma coisa que me era essencial, e que já não me é mais.”
(Clarice Lispector)
MÓDULO 4
CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS (II) –
PALAVRAS VARIÁVEIS E INVARIÁVEIS
MÓDULO 3
CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS (I) –
PALAVRAS VARIÁVEIS E INVARIÁVEIS
HÁ MOMENTOS EM QUE ATÉ
OS ADULTOS PRECISAM
DE UM COLO. NÓS ESTAMOS AQUI
PARA ISSO E MUITO MAIS.
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
Em que da voz materna ouvi: “meu filho!”
E em que Camões chorou no exílio amargo.
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Texto para a questão 4.
4. (MACKENZIE) – Em relação ao termo destacado no fragmento
acima, de Morte e Vida Severina, é correto afirmar que se trate de
a) um artigo definido.
b) um pronome demonstrativo.
c) um pronome pessoal.
d) uma conjunção.
e) um substantivo.
5. (FAAP-SP)
O pronome o está no lugar da oração:
a) “ouvindo-te”.
b) “dizer”.
c) “eu te amo”.
d) “que sou amado”.
e) “como sabê-lo”.
6. (UFRN) – Fazendo uso do registro culto da língua, reescreva, na
terceira pessoa do singular, o depoimento repro duzido abaixo.
Altere apenas o necessário, não acrescentando nem omitindo
informações.
Texto para a questão 7.
7. Classifique os pronomes destacados no poema de Carlos
Drummond de Andrade.
8. (MACKENZIE) – Indique a única alternativa em que há um
advérbio modificando um adjetivo.
a) Ele falava bastante rapidamente.
b) Um pão bem quente com manteiga.
c) Os homens trabalhavam muito bem.
d) Ele agiu calma e decididamente.
e) Você esteve bem mal hoje.
9. (ITA) – Considere o excerto abaixo:
Preserva-se o sentido da frase acima, caso a palavra em destaque seja
substituída por
a) ainda. 
b) também. 
c) realmente. 
d) porém. 
e) portanto.
Texto para a questão 10.
10. (FUVEST) – O segmento do texto em que a preposição de
estabelece uma relação de causa é:
a) “ao pé de uma casa amarelada”.
b) “escada, de degraus gastos”.
c) “gradeadozinho de arame”.
d) “parda do pó acumulado”.
e) “luz suja do saguão”.
Ouvindo-te dizer: Eu te amo,
creio, no momento, que sou amado.
No momento anterior
e no seguinte 
como sabê-lo?
Lembrar a infância deixa-me triste. Jamais entendi 
por que me batiam tanto. Às vezes, chegava até a
me revoltar com os castigos a que me submetiam.
Há muito tempo, sim, que não te escrevo.
Ficaram velhas todas as notícias.
Eu mesmo envelheci: olha, em relevo, 
estes sinais em mim, não das carícias 
(tão leves) que fazias no meu rosto:
são golpes, são espinhos, são lembranças
da vida a teu menino, que ao sol-postoperde a sabedoria das crianças.
(Carlos Drummond de Andrade)
“No Brasil, [o trote] é um meio de reafirmar, na passagem para
a vida adulta, que o jovem estudante pertence mes mo a uma
sociedade autoritária, violenta e de privi légio.”
A carruagem parou ao pé de uma casa amarelada, com uma
portinha pequena. Logo à entrada um cheiro mole e salobro
enojou-a. A escada, de degraus gastos, subia ingrememente,
apertada entre paredes onde a cal caía, e a umidade fizera nódoas.
No patamar da sobreloja, uma janela com um gradeadozinho de
arame, parda do pó acumulado, coberta de teias de aranha, coava
a luz suja do saguão. E por trás de uma portinha, ao lado, sentia-
se o ranger de um berço, o chorar doloroso de uma criança.
(Eça de Queirós, O Primo Basílio)
Severino de Maria;
como há muitos Severinos
com mães chamadas Maria,
fiquei sendo o da Maria
do finado Zacarias.
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1. Sublinhe e classifique o sujeito dos verbos destacados.
a) "A curiosidade é o pavio do aprendizado." (William Arthur Ward)
b) "Educar é ensinar a pensar." (Paulo Francis)
c) "Entraram dois deputados e um chefe político da paróquia."
(Machado de Assis)
2. Classifique o sujeito dos verbos grifados.
3. (FESP) – Em Retira-te, criatura ávida de vin gan ça., o sujeito é
a) te. 
b) inexistente. 
c) oculto. 
d) criatura. 
e) n.d.a.
1. (CÁSPER LÍBERO)
I. Devem haver soluções mais viáveis para os problemas apresen -
tados.
II. O relator afirmou que já fazem dois meses que o processo está
tramitando...
III. Para que não haja dúvidas, é preciso ler as instruções.
V. No verão faz dias quentes, mas os turistas adoram.
Sobre as frases transcritas, pode-se afirmar que
a) I e III estão corretas.
b) II e IV estão incorretas.
c) III e IV estão incorretas.
d) III e IV estão corretas. 
e) Todas estão incorretas. 
2. Nem toda oração apresenta sujeito. Muitas vezes o su jeito é
inexis tente. Examine atentamente o período a seguir. Formule
perguntas usando quem ou que antes dos verbos sublinhados para
encontrar o sujeito. Se houver sujeito determinado, circule-o e
classifique-o.
3. (ESPM) – Em uma das opções abaixo, o verbo haver é impessoal
e, por isso, não deveria estar no plural. Assinale-a:
a) Os sonegadores de imposto de renda se haverão com a Receita
Federal.
b) No mês de abril, conhecido como "abril verme lho", houveram
muitas invasões de terra em preen didas pelo MST, em todo o país.
c) Por haverem muitas propriedades rurais, vários depu tados e
senadores sempre se colocaram contra a reforma agrária.
d) Traficantes da Favela da Rocinha haviam orde nado o fechamento
do comércio local, como repre sália à morte de um deles.
e) Times paulistas não se houveram bem nos jogos da última rodada.
4. (UNIMONTES) – Observe o uso do verbo haver na frase:
Das construções abaixo, assinale aquela em que o verbo haver foi
empregado na mesma acepção (= sentido) em que foi usado no
exemplo acima.
a) Havia fontes a borbulhar no coração.
b) Haveria de descobrir a beleza das pequenas coisas.
c) Houve-se muito bem o rapaz na singular situação em que se
meteu. 
d) O autor houve por bem suprimir um trecho de sua crônica.
MÓDULO 6
ORAÇÃO SEM SUJEITO
“Não sei se existem farmácias de homeopatia. No meu tempo de
criança havia muitas, e elas me deslumbravam, apesar de eu nunca
ter-me tratado pelas suas pastilhas e gotas.” 
(Carlos Heitor Cony)
Hoje não há razões para otimismo.
“Mas essas criaturas de aparência frágil, os escritores, tornam a
vida muito mais intensa, fazem das palavras um instrumento de
magia, distribuem sonhos e emoções.” 
(Rodolfo Konder)
MÓDULO 5
SUJEITO E PREDICADO
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1) A
1) E
2) – fática – poética e metalinguística – referencial – conatina –
poética e emotiva
1) D
2) Asilamento é palavra não registrada (ou seja, inexis ten te). O
substantivo adequado para corresponder a asilar é asilo, cujo
emprego, no entanto, implicaria a transformação do adjunto
adverbial (pela França seria substituído por na França).
Resposta: E
1) D 2) B 3) A 4) B 5) D
6) Lembrar a infância o/a deixa triste. Jamais entendeu por que
lhe batiam tanto. Às vezes, chegava até a revoltar-se com os
castigos a que o/a submetiam (a que era submetido(a)).
7) Os pronomes são: muito: indefinido; te: pessoal oblíquo; todas:
indefinido; eu: pessoal reto; mesmo: demonstrativo; estes:
demons trativo; mim: pessoal oblíquo; que: relativo; meu:
possessivo; teu: possessivo.
8) O advérbio bem indica circunstância de intensidade do ad je -
tivo quente. Também são advérbios: em a, bastante, rapida me -
nte; em c, muito, bem; em d, calma, decididamente; em e, bem,
mal, hoje.
Resposta: B
9) O termo mesmo funciona sintaticamente como adjunto
adverbial de afirmação e modifica o verbo pertencer, assim
como o advérbio realmente da alternativa correta. Em ambos,
o sentido é de enfatizar a afirmação.
Resposta: C
10) A preposição de introduz expressão que indica o motivo, o
fator determinante de estar parda a janela da casa amarelada.
Resposta: D
1) a) "A curiosidade" é sujeito simples.
b) "Educar" é sujeito simples.
c) "Dois deputados e um chefe político da paró quia" é sujeito
composto.
2) "Essas criaturas de aparência frágil" é sujeito simples de
"tornam"; "fazem" e "distribuem" têm sujeito oculto (elas –
essas criaturas de aparência frágil).
3) O sujeito é oculto (tu); "criatura ávida de vingança" é
vocativo.
Resposta: C
1) D
2) sei: sujeito oculto "eu".
existem: sujeito simples "farmácias de homeopatia".
havia: sujeito inexistente.
deslumbravam: sujeito simples "elas".
ter-me tratado: sujeito simples "eu".
3) a) “prestar contas”; c) sentido de “possuir”; d) au xi liar do
verbo “ordenar”, concordando com o sujeito “tra fi can tes”; e)
sen tido de “ser bem-sucedido na consecução de”, “sair-se”.
Resposta: B
4) Tanto no enunciado como na alternativa a, o verbo “haver”
está com sentido de “existir”. Em b, “haver” é auxiliar de
“descobrir”; em c, o sentido é de “portar-se”, “sair-se”; em d,
o sentido é de “considerar”. 
Resposta: A
MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO 3
MÓDULO 4
MÓDULO 6
MÓDULO 5
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FRENTE 2
Nos testes de 1 a 4, assinale A se for cantiga de amor e B se for cantiga
de amigo.
1. ( ) Quantas sabedes amar amigo todas que
treydes comig’a lo mar de Vigo vinde
e banhar-nos-emos nas ondas.
2. ( ) Estes meus olhos nunca perderán,
senhor, gran coita, mentr’eu vivo for; enquanto eu
e direi-vos1, fremosa mia senhor,
destes meus olhos a coita que han: têm
choran e cegan quand’ alguen non veen,
e ora cegan por alguen que veen.
1 – Note que, no português arcaico, o futuro não impedia a ên clise.
3. ( ) — Digades, filha, mia filha velida: bela
por que tardastes na fontana fria? fonte
— Os amores ei. estou apaixonada
Digades, filha, mia filha louçana: bela
por que tardastes na fria fontana?
— Os amores ei.
4. ( ) Non ei i barqueiro nem remador, não tenho aqui
morrerei fremosa no mar maior:
eu atend o meu amigo! esperando
Texto para as questões de 1 a 4.
Senhora, partem tam tristes
meus olhos por vós, meu bem,
que nunca tam tristes vistes
outros nenhuns por ninguém.
Tam tristes, tam saudosos,
tam doentes da partida,
tam cansados, tam chorosos,
da morte mais desejosos
cem mil vezes que da vida.
Partem tam tristes os tristes,
tam fora d’esperar bem,
que nunca tam tristes vistes
outros nenhuns por ninguém.
1. Quantas sílabas métricas há em cada verso do poema transcrito?
Que nome se dá a esse tipo de verso?2. No primeiro verso da segunda estrofe, a palavra saudosos apre -
senta uma peculiaridade quanto à sua divisão silábica. Comente.
3. Os versos são rimados? Justifique sua resposta.
4. De que falam os versos?
1. Assinale a alternativa que apresenta uma informação correta sobre
os seguintes versos do Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente:
Frade: Como? Por ser namorado
e folgar com u~a mulher ter prazer
se há um padre de perder,
com tanto salmo rezado?
Diabo: Ora estás bem aviado! bem arranjado
Frade: Mais estás bem corregido! mais bem arranjado estás tu!
Diabo: Devoto padre marido,
haveis de ser cá pingado... queimado com 
[pingos de azeite
No conjunto dos versos, temos
a) variação de ritmo e quebra de rimas.
b) ausência de ritmo e igualdade de rimas.
c) alternância de redondilho maior e menor e simetria de rimas.
d) emprego de redondilho menor e rimas opostas.
e) igualdade métrica e uniformidade no esquema de rimas.
2. (FUVEST-SP) – Diabo, Companheiro do Diabo, Anjo, Fidalgo,
Onzeneiro, Parvo, Sapateiro, Frade, Florença, Brísida Vaz, Judeu,
Corregedor, Procurador, Enforcado e Quatro Cavaleiros são
personagens do Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente. Analise
as informações seguintes e selecione a alternativa cujas
características não descrevam adequadamente a personagem.
a) O Onzeneiro idolatra o dinheiro, é agiota e usurário; de tudo que
juntara, nada leva para a morte, ou melhor, leva a bolsa vazia.
b) O Frade representa o clero decadente e é subjugado por suas
fraquezas: mulher e esporte; leva a amante e as armas de esgrima.
c) O Diabo, capitão da barca do Inferno, é quem apressa o embarque
dos condenados; é dissimulado e irônico.
d) O Anjo, capitão da barca do Céu, é quem elogia a morte pela fé; é
austero e inflexível.
e) O Corregedor representa a justiça e luta pela aplicação íntegra e
exata das leis; leva papéis e processos.
3. Por que o teatro de Gil Vicente não pode ser chamado de teatro
clássico?
MÓDULO 3
GIL VICENTE
MÓDULO 2
A POESIA PALACIANA
MÓDULO 1
A LÍRICA TROVADORESCA
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1. Todas as alternativas a seguir apresentam versos na medida nova,
exceto:
a) “O meu pensamento altivo.”
b) “Vós outros, que buscais repouso certo.”
c) “Oh! como se me alonga, de ano em ano.”
d) “Se a ninguém tratais com desamor.”
e) “Debaixo desta pedra sepultada.”
Texto para as questões de 2 a 5.
Se tanta pena tenho merecida
Em pago de sofrer tantas durezas,
Provai, Senhora, em mim vossas cruezas,
Que aqui tendes uma alma oferecida.
Nela experimentai, se sois servida, 
Desprezos, desfavores e asperezas;
Que mores sofrimentos e firmezas maiores – resistências
Sustentarei na guerra desta vida.
Mas contra vossos olhos quais serão?
Forçado é que tudo se lhe renda;
Mas porei por escudo o coração.
Porque, em tão dura e áspera contenda, luta
É bem que, pois não acho defensão, defesa
Com me meter nas lanças me defenda.
(Camões)
2. Como se denomina a forma em que o poema foi com pos to?
3. Qual é o esquema de rimas?
4. Qual é o esquema métrico? Escanda o primeiro ver so.
5. O poema é exemplo de medida nova ou de medida velha?
Textos para os testes de 1 a 3.
Texto I
Cessem do sábio Grego e do Troiano
As navegações grandes que fizeram,
(...)
Cesse tudo o que a Musa antiga canta,
Que outro valor mais alto se alevanta.
(Luís Vaz de Camões, Os Lusíadas)
Texto II
Cesse de uma vez meu vão desejo
de que o poema sirva a todas as fomes.
(...)
letras eu quero é pra pedir emprego,
agradecer favores,
escrever meu nome completo.
O mais são as mal traçadas linhas.
(Adélia Prado, “O Que a Musa Eterna Canta”)
1. (MACKENZIE-SP) – Considerado o contexto da obra Os
Lusíadas, é correto dizer que, no texto I, o poeta
a) expressa, com seu canto, o desejo de negar a tradição épica, já que
considera ultrapassado “o que a Musa antiga canta” (v. 3).
b) faz alusão à grandeza heroica do povo português, quando se refere
ao “valor mais alto” (v. 4).
c) opõe-se às representações mitológicas greco-romanas (v. 3),
deixando implícita sua adesão ao cristianismo.
d) incita os portugueses a rejeitarem todo o conhecimento universal
(v. 1), para inscreverem seu nome na história.
e) explicita sua crítica aos antigos navegadores, ao utilizar
ironicamente o adjetivo “grandes” (verso 2).
2. (MACKENZIE-SP) – Considere as seguintes afirmações sobre
Os Lusíadas:
I. É um poema épico que tem como núcleo narrativo as origens
históricas de Portugal, relatadas pela voz do próprio poeta.
II. Embora pertença à Épica, incorpora à sua linguagem traços
estilísticos do gênero lírico, em episódios antológicos como o de
“Inês de Castro” e o da “Ilha dos Amores”, por exemplo.
III. Obedece a uma regularidade formal, valendo-se de versos
decassílabos, traço valorizado no Renascimento.
Assinale:
a) se apenas as afirmações I e II estiverem corretas.
b) se apenas as afirmações II e III estiverem corretas.
c) se apenas as afirmações I e III estiverem corretas.
d) se apenas a afirmação III estiver correta.
e) se todas as afirmações estiverem corretas.
3. (MACKENZIE-SP) – No texto II, o eu lírico
a) reaproveita ironicamente a linguagem camoniana, para relativizar
a necessidade e a importância do canto poético.
b) retoma o discurso grandiloquente de Os Lusíadas, adequado para
expressar o heroísmo presente no cotidiano das pessoas humildes.
c) incorpora ao poema a dicção clássica, não só parafraseando o
verso camoniano, mas também imitando o padrão formal do
século XVI.
d) recusa a forte influência que a tradição lírica quinhentista exerceu
sobre a literatura brasileira.
e) manifesta, sarcasticamente, sua compreensão de que os poetas,
desde a Antiguidade, sempre consideraram o poema como algo
supérfluo.
MÓDULO 4
A MEDIDA NOVA – LUÍS DE CAMÕES
MÓDULO 5
OS LUSÍADAS (I)
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Texto para os testes de 1 a 3.
(...)
Por isso, ó vós que as famas estimais
Se quiserdes no mundo ser tamanhos,
Despertai já do sono do ócio ignavo,
Que o ânimo, de livre, faz escravo,
E ponde na cobiça um freio duro,
E na ambição também, que indignamente
Tomais mil vezes, e no torpe e escuro
Vício da tirania infame e urgente;
Porque essas honras vãs, esse ouro puro,
Verdadeiro valor não dão à gente.
Melhor é merecê-los sem os ter,
Que possuí-los sem os merecer.
(Camões)
1. (FUVEST-SP) – Caracteriza o texto um tom
a) descritivo. b) narrativo. c) filosófico. 
d) patriótico. e) satírico.
2. (FUVEST-SP) – O sentido de “ponde (...) um freio duro (...)” é
com pletado pelos termos
a) “cobiça”, “ambição” e “ócio”.
b) “ambição”, “vício da tirania” e “honras vãs”.
c) “escravidão” e “cobiça”.
d) “cobiça”, “ambição” e “vício da tirania”.
e) “cobiça” e “honras vãs”.
3. (FUVEST-SP) – O autor inclui nas “honras vãs”:
a) a ambição de glória. b) a ociosidade.
c) a liberdade de ânimo. d) o refreamento da cobiça.
e) os vícios em geral.
Texto para as questões de 1 a 3.
Querendo ter Amor ardente ensaio,
Quando em teus olhos seu poder inflama,
Teus sóis me acendem logo chama a chama,
Teus sóis me cegam logo raio a raio.
Mas quando de teu rosto o belo maio
Desdenha amores no rigor que aclama,
De meus olhos o pranto se derrama
Com viva queixa, com mortal desmaio.
(Manuel Botelho de Oliveira)
1. Reescreva a primeira estrofe, colocando os termos na ordem
direta.
2. Extraia dos versos duas metáforas relacionadas a calor e luz.
3. A segunda estrofe expressa os mesmos sentimentos que a pri -
meira? Justifique.
1. Não fez Deus o céu em xadrez de estrelas, como os pregadores
fazem o sermão em xadrez de palavras. Se de uma parte está
branco, de outra há de estar negro; se de uma parte está dia,da
outra parte há de estar noite; de uma parte dizem luz, de outra
parte hão de dizer sombra; se de uma parte dizem desceu, da
outra hão de dizer subiu. Aprendamos do céu o estilo da
disposição, e também o das palavras.
No excerto anterior, o Padre Vieira, con denando o abuso de
____________, critica alguns ex cessos do estilo ______________ .
a) antíteses – barroco b) metáforas – arcádico
c) metonímias – romântico d) antíteses – arcádico
e) metonímias – barroco
2. (FUVEST-SP) – Dê argumentos que permitam con si derar o Padre
Vieira como um expoente tanto da Lite ratura Portuguesa quanto da
Literatura Brasileira.
Texto para as questões 1 e 2.
Ó tu do meu amor fiel traslado, 
Mariposa entre as chamas consumida,
Pois, se à força do ardor perdes a vida, 
A violência do fogo me há prostrado;
Tu de amante o teu fim hás encontrado,
Essa flama girando apetecida;
Eu girando uma penha endurecida,
No fogo que exalou morro abrasado.
Ambos de firmes anelando chamas,
Tu a vida deixas, eu a morte imploro,
Nas constâncias iguais, iguais nas chamas.
Mas ai! que a diferença entre nós choro,
Pois, acabando tu ao fogo, que amas,
Eu morro sem chegar à luz, que adoro.
(MATOS, Gregório de. Obra Poética. Ed. de James
Amado, Rio de Janeiro, Record, 1990. V. 1, p. 425.)
MÓDULO 9
GREGÓRIO DE MATOS
MÓDULO 6
OS LUSÍADAS (II)
MÓDULO 7
BARROCO
MÓDULO 8
O BARROCO CONCEPTISTA –
PADRE ANTÔNIO VIEIRA
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1. A quem se dirige o eu lírico? Quem é seu(sua) interlocutor(a)?
2. De acordo com a última estrofe, o eu lírico se encontra em situação
desfavorável em relação a seu(sua) interlocutor(a). Por quê?
Texto para o teste 3.
Goza, goza da flor da mocidade,
Que o tempo trota a toda a ligeireza
E imprime em toda flor sua pisada.
Ó não aguardes que a madura idade
Te converta essa flor, essa beleza,
Em terra, em cinza, em pó, em sombra, em nada.
3. (UFV-MG – adaptado) – Com relação aos dois ter ce tos acima,
pode-se afirmar que eles ilustram
a) o caráter de jogo verbal próprio da poesia lírica do século XVI,
sustentando uma crítica à preo cu pação feminina com a beleza.
b) o jogo metafórico próprio do Barroco, a respeito da fugacidade da
vida, exaltando o gozo do momento.
c) o estilo pedagógico da poesia neoclássica, rati ficando as reflexões
do poeta sobre as mulheres maduras.
d) as características de um texto romântico, porque fala de flores,
terra, sombras.
e) uma poesia que fala de uma existência mais ma terialista do que
espiritual, própria da visão de mundo nostálgica cultista.
Texto para o teste 1.
Alguém há de cuidar que é frase inchada,
Daquela que lá se usa entre essa gente,
Que julga que diz muito, e não diz nada.
O nosso humilde gênio não consente
Que outra coisa se diga, mais que aquilo
Que só convém ao espírito inocente.
1. Os versos de Cláudio Manuel da Costa lembram o fato de que
a) a expressão exata, contida, que busca os limites do essencial, é traço
da literatura colonial brasi leira e dos primeiros movimentos estéticos
pós-in dependência.
b) o Arcadismo defendia o estilo cultista ou gon górico.
c) o Arcadismo, buscando simplicidade, se opôs à ex pressão intricada
e aos excessos do cultismo barroco.
d) o Romantismo, embora tenha refugado os ri go res do formalismo
neoclássico, tomou por base o sen timentalismo originário desse
movi mento estético.
e) o Barroco se esforçou por alcançar uma expres são rigorosa e come -
dida, a fim de espelhar os grandes conflitos da alma do homem da
época.
2. (UFSM-RS) – Sobre o Arcadismo, é correto afirmar que
a) a preocupação com a simplicidade leva o escritor a escolher temas
de caráter religioso.
b) o pastoralismo, uma das principais manifestações da naturalidade,
reproduz fielmente a vida no campo.
c) entre as convenções do pastoralismo, está a utilização de uma
linguagem simples que reproduz a linguagem rude dos pastores.
d) propõe um retorno à ordem e à naturalidade, tendo por modelo a
literatura clássica, em oposição ao artificialismo barroco.
e) a linguagem, adequada e quase sem ornamentos, retrata rea -
listicamente intensas emoções de dor e alegria.
Texto para o teste 1.
Verás em cima da espaçosa mesa 
altos volumes de enredados feitos:
ver-me-ás folhear os grandes livros
e decidir os pleitos.
Enquanto revolver os meus consultos,
tu me farás gostosa companhia,
lendo os fastos da sábia, mestra História
e os cantos da poesia.
1. No texto, extraído de Marília de Dirceu, o poeta deseja ter
a) uma vida agitada nos tribunais. 
b) uma vida de participação na sociedade. 
c) uma existência calma, altamente intelectualizada, burguesa, em
um ambiente poético. 
d) um envolvimento nos pleitos da capital mineira.
e) apenas o estudo da História.
2. A quem se dirige o eu lírico?
1. (MACKENZIE-SP) – Sobre o Arcadismo no Brasil, as sina le a
alternativa incorreta.
a) Cláudio Manuel da Costa, um de seus autores mais importantes,
embora tenha assumido uma atitude pastoril, traz, em parte de sua
obra poética, aspec tos ligados à lírica camoniana.
b) Em Liras de Marília de Dirceu, Tomás Antônio Gon zaga não
segue aspectos formais rígidos, como o soneto e a redondilha, em
todas as partes da obra.
c) Nas Cartas Chilenas, seu autor satiriza Luís da Cunha Menezes por
suas arbitrariedades como governa dor da capitania de Minas.
d) Basílio da Gama, em O Uraguai, seguiu a rígida estrutura camo -
niana de Os Lusíadas, usando ver sos decassílabos em oitava-rima.
e) Caramuru tem, como tema principal, o descobri men to da Bahia por
Diogo Álvares Correia, apre sen tando, também, os rituais e as
tradições indí ge nas.
MÓDULO 10
CLÁUDIO MANUEL DA COSTA
MÓDULO 11
AUTORES ÁRCADES
MÓDULO 12
AUTORES ÉPICOS DO
ARCADISMO E PRÉ-ROMANTISMO
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Texto para o teste 2.
Descobrem que se enrola no seu corpo
Verde serpente, e lhe passeia, e cinge
Pescoço e braços, e lhe lambe o seio.
(...)
Inda conserva o pálido semblante
Um não sei quê de magoado e triste,
Que os corações mais duros enternece.
Tanto era bela no seu rosto a morte!
(Basílio da Gama)
2. (UFV-MG – adaptado) – Assinale a alternativa verdadeira em
relação ao texto.
a) Os fragmentos narram a história de Moema, heroína da epopeia
Caramuru.
b) Reflete a ideologia nacionalista de valorização do lirismo popular,
procurando libertar-se da influên cia europeia.
c) É a manifestação de uma tendência poética do século XIX, o mal-
do-século, que cultua a morte.
d) Trata-se do episódio da morte de Lindoia, extraído de O Uraguai,
poema épico do Arcadismo.
e) Descreve a morte de Inês de Castro no episódio lírico do poema
épico português Os Lusíadas.
1) B 2) A 3) B 4) B
1) Cada um dos versos tem sete sílabas métricas. O nome desse
verso é redondilho maior. (O verso redondilho menor é aquele
que contém cinco sílabas métricas.)
2) A palavra saudosos tem três sílabas (sau-do-sos), mas, no
poema, para que o verso tenha sete sílabas métricas, essa
palavra deve ser lida como se a sílaba sau- se desdobrasse em
duas: sa-u. Nesse caso, o ditongo au passa a ser lido como hiato
a-u.
3) Sim, os versos são rimados, como se observa na repetição
regular de sons no final dos versos. Se esses sons forem repre -
sentados por letras, teremos:
Primeira estrofe: tristes – A
bem – B
vistes – A
ninguém – B
Segunda estrofe: saudosos – C
partida – D
chorosos – C
desejosos – C
vida – D
Terceira estrofe: tristes – A
bem – B
vistes – A
ninguém – B
4) O versos falam da tristeza que o eu lírico — representado na
expressão metonímica “meus olhos” — sente ao separar-se de
sua amada.
1) Os versos são todos redondilhos maiores (sete sílabas métricas)
e asrimas repetem o mesmo esquema de interpolação:
ABBAACCA. Esse é o padrão métrico e rímico do Auto da
Barca do Inferno.
Resposta: E
2) O Corregedor, que deveria zelar pela aplicação da justiça, é
um juiz corrupto, que dá suas sentenças de acordo com os
subornos que recebe.
Resposta: E
3) O teatro de Gil Vicente, de caráter popular e medieval, nada
deve à tradição greco-latina e afasta-se da rigidez da “lei das
três unidades” (tempo, lugar e ação), que regia o teatro
clássico. O tempo e o espaço não são dispostos em sequência
rígida; há saltos temporais e a ação compõe-se de pequenos
quadros ou cenas, aproveitando-se temas bíblicos, persona -
gens populares e sobrenaturais, entretecidos numa intenção de
crítica à sociedade de seu tempo.
1) O verso apresentado na alternativa a contém sete sílabas
métricas, correspondendo, pois, à medida velha, e não à medida
nova.
Resposta: A
2) Trata-se de um soneto, forma fixa composta de quatro
estrofes: dois quartetos e dois tercetos.
3) A rima é oposta ou interpolada nos quartetos (ABBA-ABBA)
e cruzada ou alternada nos tercetos (CDC-DCD).
4) O poema foi composto em versos decassílabos:
Se / tan / ta / pe / na / te / nho / me / re / ci(da).
5) É exemplo de medida nova.
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MÓDULO 2
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1) O fragmento da terceira estrofe da Proposição de Os Lusíadas
exalta o “valor mais alto”, o povo português, enfatizando que
as navegações lusitanas foram maiores e mais importantes que
as dos heróis da Antiguidade, Ulisses (“o sábio grego”) e
Eneias (“Troiano”).
Resposta: B
2) Em I, não procedem as informações de que o núcleo narrativo
de Os Lusíadas sejam as origens históricas de Portugal,
relatadas pela voz do próprio poeta. O episódio nuclear da
epopeia camoniana é a viagem de Vasco da Gama que resultou
no descobrimento do caminho marítimo para as “Índias”.
Ainda que o poema também relate as origens de Portugal, o
narrador desse relato não é o eu poemático. O passado de
Portugal tem como narrador principal Vasco da Gama,
secundado por outros narradores a quem o poeta concede a
palavra. As afirmações II e III consignam adequadamente a
presença de episódios líricos na epopeia lusitana e o
formalismo clássico, que em Portugal assumiu a denominação
de medida nova.
Resposta: B
3) A natureza paródica do texto de Adélia Prado retoma, pelo
avesso, o caráter épico da Proposição de Os Lusíadas e sua
enfática exaltação da superioridade portuguesa, colocando-a
em chave irônica, para relativizar o “desejo de que o poema
sirva a todas as fomes”, atribuindo à linguagem funções
pragmáticas: “pedir em prego”, “agradecer favores”, “escre -
ver meu nome completo” etc.
Resposta: A
1) O texto encerra o episódio da Ilha dos Amo res, quando o poeta
tece conside ra ções sobre as glórias terrenas, a cobiça, a am -
bição e o poder (a tirania).
Resposta: C
2) O sentido de “ponde (...) um freio duro (...)” é completado
pelos termos “cobiça”, “ambição” e “vício da tirania”: “E
ponde na cobiça um freio duro, / E na ambição também... / ...e
no torpe e escuro / Vício da tirania...”.
Resposta: D
3) Nos versos, afirma-se “Ó ponde na cobiça um freio duro, / E
na ambição também... / (...) / Porque essas honras vãs... /
Verdadeiro valor não dão à gente”.
Resposta: A
1) Teus sóis acendem-me logo chama a chama, teus sóis cegam-
me logo raio a raio, quando Amor, querendo ter ardente ensaio
(ou ensaio ardente), inflama seu poder em teus olhos.
2) “Sóis”, “acendem”, “chama” e “raio” são metáforas relacio -
nadas a calor e luz.
3) Não, pois a segunda estrofe fala da tristeza e falta de ânimo do
eu lírico, ao passo que a primeira fala de seu arrebatamento e
excitação. A conjunção mas, no verso 5, já indica que haverá
uma relação de oposição entre as estrofes.
1) A
2) Vieira escreveu na língua culta e literária e fez de sua prosa a
representante do con ceptismo na Literatura Portuguesa. Fer -
nando Pessoa o chamou o “imperador da Língua Portuguesa”,
o que mostra que em sua palavra e em seu estilo vibra o es pí -
rito de Portugal. Vieira também per tence à Literatura
Brasileira, pois vários de seus sermões e cartas traduzem o
interesse pe la realidade do Brasil colonial. É o que se nota, por
exem plo, na defesa de índios e de negros escra vizados, como se
lê no Ser mão pelo Bom Sucesso das Armas de Por tugal contra
as de Holanda, Sermão de Santo Antônio aos Peixes etc.
1) À mariposa, como se verifica no segundo verso.
2) Segundo o eu lírico, a mariposa, ainda que acabe morrendo,
con se gue chegar ao objeto amado (a chama de um candeeiro),
ao passo que ele “morre” sem chegar à luz que ama (a mulher
amada).
3) B
1) C 2) D
1) C
2) À Marília, sua musa.
1) D 2) D
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FRENTE 3
O poema seguinte é um “sirventês moral”: composição satírica cujo
tema é moral, isto é, relativo ao comportamento das pes soas. Na
classificação convencional, é uma cantiga de escárnio. O texto é uma
versão em português moderno realizada por Natália Correia:
Texto 1
Porque neste mundo minguou a verdade, diminuiu
tratei eu um dia de a procurar.
Disseram-me todos: “Buscai noutra parte,
pois de tal maneira daqui desertou
que não mais notícias sequer enviou,
tanto se arredou da nossa irmandade.” comunidade
Fui aos mosteiros dos frades regrantes, que seguem regras
perguntei por ela e eis o que ouvi: [severas
“Em vão buscareis a verdade aqui;
volveram-se os anos e ignorantes passaram-se
somos da verdade que aqui já não mora,
tampouco sabemos onde está agora;
outras coisas temos por mais importantes.”
Também em Cister, onde se dizia célebre convento
que sempre a verdade ali habitara,
disseram que há muito ela se afastara;
já nenhum dos frades a conheceria
e nem lhe daria abade hospedagem,
se acaso a soubera ali de passagem;
tão longe ela estava daquela abadia.
Estando em Santiago* na minha pousada
um dia albergado, romeiros chegaram. instalado
Por ela indaguei e me contestaram: responderam
“Ai de vós, tomastes enganosa estrada.
Se a verdade, um dia, quiserdes achar,
por outro caminho tereis de a buscar.
Aqui, da verdade não sabereis nada.”
(Airas Nunes, séc. XIII)
(*) Santiago de Compostela, na Galícia, foi um dos mais importantes centros
de peregrinação religiosa na Idade Média. Para lá acorriam romeiros
(peregrinos) vindos de toda a Península Ibérica. Esse local, em nossos dias, é
visitado por fiéis de todo o mundo.
1. Este poema representa um caso raro de sátira medieval por tu guesa
que se eleva além da maledicência e dos ataques pes soais, pois
versa sobre um tema geral. Qual é esse tema geral?
2. Por que podemos afirmar que o poema critica os religiosos da
época?
Texto 2
DIFICULDADES PARA A BUSCA DA VERDADE
Em nossa sociedade, é muito difícil despertar nas pessoas o desejo
de buscar a verdade. (…) A enorme quantidade de veí culos e formas
de informação acaba tornando difícil a busca da verdade, pois todo
mundo acredita que está recebendo, de mo dos variados e diferentes,
informações científicas, filosó ficas, políticas, artísticas e que tais
informações são verda deiras. (…)
Bastaria, no entanto, que uma mesma pessoa, durante uma
semana, lesse (...) jornais diferentes, ouvisse (...) noticiários de
rádio diferentes; (...) visse noticiários de (...) canais diferentes de
televisão, para que, comparando (...) as informações recebidas,
descobrisse que elas “não batem” umas com as outras (...).
Uma outra dificuldade para fazer surgir o desejo da busca da
verdade, em nossa sociedade, vem da propa ganda.
A propaganda trata todas as pessoas — crianças, jovens, adultos,
idosos— como crianças extremamente ingênuas e crédulas. O
mundo é sempre um mundo de “faz de conta”: nele a margarina
fresca faz a família bonita, alegre, unida e feliz; o automóvel faz o
homem confiante, inteligente, belo, sedutor, bem-sucedido nos
negócios, cheio de namoradas lindas; o desodorante faz a moça
bonita, atraente, bem empregada, bem vestida, com um belo
apartamento e lindos namorados. (...)
(...)
Uma outra dificuldade para o desejo da busca da verdade vem da
atitude dos políticos nos quais as pessoas confiam, dando-lhes o
voto e vendo-se, depois, ludibriadas, não só por que não são
cumpridas as promessas, mas também porque há corrupção, mau
uso do dinheiro público, cresci mento das desigualdades e das
injustiças, da miséria e da violência. 
Em vista disso, a tendência das pessoas é julgar que é im possível
a verdade (...), ou cair na descrença e no ceticismo.
No entanto, essas dificuldades podem ter o efeito oposto, isto é,
suscitar em muitas pessoas dúvidas, incer tezas, desconfianças e
desilusões que as façam desejar conhecer a realidade, a sociedade,
a ciência, as artes, a política.
(...) 
 Podemos, dessa maneira, distinguir dois tipos de busca da
verdade. O primeiro é o que nasce da decepção, e, por si mesmo,
exige que saiamos de tal situação readquirindo certezas. O segundo
é o que nasce da deliberação ou decisão de não aceitar as certezas
e crenças estabelecidas, de ir além delas e de encontrar explicações,
interpretações e significados para a realidade que nos cerca. Esse
segundo tipo é a busca da verdade na atitude filosófica.
(Marilena Chauí, texto adaptado)
3. Segundo o texto, como poderíamos perceber que infor ma ções
sobre um mesmo assunto podem ter interpretações diferentes?
4. Por que, conforme o texto, a propaganda dificulta a nossa “busca
da verdade”?
5. No texto, o que se considera como “atitude filosófica”?
MÓDULOS 1 e 2
ANÁLISE DE TEXTO
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6. Conheça as acepções da palavra verdade, conforme o Dicionário
Houaiss:
– substantivo feminino 
1 propriedade de estar conforme com os fatos ou a reali dade;
exatidão, autenticidade, veracidade
Ex.: <a v. de uma afirmação, de uma interpretação> <v.
histórica>
1.1 a fidelidade de uma representação em relação ao modelo ou
original; exatidão, rigor, precisão
Ex.: a v. de um quadro, de uma foto
2 Derivação: por extensão de sentido.
coisa, fato ou evento real, verdadeiro, certo
Ex.: o que eu contei corresponde à v.
3 Derivação: por extensão de sentido.
qualquer ideia, proposição, princípio ou julgamento que se aceita
como autêntico, digno de fé; axioma, máxima
Ex.: as v. de uma religião, de uma filosofia
4 Derivação: por extensão de sentido.
procedimento sincero, retidão ou pureza de intenções; boa-fé
Ex.: agir com v.
5 Derivação: sentido figurado.
o que caracteriza algo ou alguém; caráter, feitio
Ex.: demonstrar a sua própria v.
No último parágrafo do texto 2, a palavra verdade é empregada em
duas diferentes acepções, explicadas pela autora. Indique quais são
essas acepções segundo o Dicionário Houaiss.
a) Acepções 1 e 1.1.
b) Acepções 4 e 5.
c) Acepções 1 (inclusive 1.1) e 2.
d) Acepções 3 e 1 (inclusive 1.1).
e) Acepções 2 e 4.
Texto para os testes de 1 a 3.
Um mover de olhos, brando e piedoso,
Sem ver de quê; um riso brando e honesto,
Quase forçado; um doce e humilde gesto,
De qualquer alegria duvidoso; 
Um despejo quieto e vergonhoso; desembaraço, desenvoltura
Um repouso gravíssimo e modesto;
Uma pura bondade, manifesto
Indício da alma, limpo e gracioso; 
Um encolhido ousar; uma brandura;
Um medo sem ter culpa; um ar sereno;
Um longo e obediente sofrimento: 
Esta foi a celeste fermosura formosura
Da minha Circe,1 e o mágico veneno
Que pôde transformar meu pensamento. 
(Camões)
1 – Circe: feiticeira que aparece na Odisseia, de Homero.
1. “Quando das belezas inferiores nos elevamos, através de uma bem
entendida pedagogia amorosa, até a beleza suprema e perfeita que
começamos então a vislumbrar, chegamos quase no fim, pois na
estrada reta do amor, quer o sigamos sozinhos, quer nela sejamos
guiados por outrem, cumpre sempre subir usando desses belos
objetos visíveis como dos degraus de uma escada.” (Platão, O
Banquete)
Considerando o texto de Platão acima transcrito, indique o verso
que sugere a ascensão do eu lírico, no soneto de Camões, rumo à
“beleza suprema e perfeita”.
a) “Sem ver de quê; um riso brando e honesto”
b) “Quase forçado; um doce e humilde gesto”
c) “Que pôde transformar meu pensamento”
d) “Um despejo quieto e vergonhoso” 
e) “Um longo e obediente sofrimento”
2. A descrição da figura feminina contida na terceira estrofe apoia-se
em características
a) intelectuais. b) religiosas. c) físicas.
d) morais. e) sociais.
3. Assinale a alternativa em que se expressa influência do neopla -
tonismo.
a) “...um riso brando e honesto, / Quase forçado...”
b) “Uma pura bondade, manifesto / Indício da alma...” 
c) “Um medo sem ter culpa; um ar sereno”
d) “Um longo e obediente sofrimento” 
e) “Esta foi a celeste fermosura / Da minha Circe...”
Texto para a questão 1.
Não vira em minha vida a formosura,
Ouvia falar nela cada dia,
E ouvida me incitava, e me movia
A querer ver tão bela arquitetura:
Ontem a vi por minha desventura
Na cara, no bom ar, na galhardia
De uma mulher, que em anjo se mentia;
De um sol, que se trajava em criatura:
Matem-se, disse eu, vendo abrasar-me,
Se esta cousa não é, que encarecer-me
Sabia o mundo, e tanto exagerar-me!
Olhos meus, disse então por defender-me,
Se a beleza heis de ver para matar-me,
Antes olhos cegueis, do que eu perder-me.
1. O soneto acima pode servir de exemplo para qual vertente barroca?
MÓDULO 5
ANÁLISE DE TEXTO
MÓDULOS 3 e 4
ANÁLISE DE TEXTO
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Texto para as questões de 2 a 7.
Discreta, e formosíssima Maria,
Enquanto estamos vendo, a qualquer hora,
Em tuas faces a rosada Aurora,
Em teus olhos e boca o Sol e o dia;
Enquanto, com gentil descortesia,
O ar, que fresco Adônis1 te namora,
Te espalha a rica trança voadora,
Quando vem passear-te pela fria:
Goza, goza da flor da mocidade,
Que o tempo trota a toda ligeireza
E imprime em toda flor sua pisada.
Oh, não aguardes, que a madura idade
Te converta essa flor, essa beleza,
Em terra, em cinza, em pó, em sombra, em nada.
1 – Adônis: jovem da mitologia grega conhecido por sua extrema beleza.
2. O poema acima é, na verdade, uma tradução-adaptação de dois
sonetos do grande poeta barroco espanhol Gôngora. Trata-se de
um excelente exemplo do estilo metafórico do Barroco. Na
primeira estrofe, a beleza do rosto da mulher é descrita por meio
de três metáforas. Quais são elas e a que correspondem?
3. Na segunda estrofe, a quem é comparado o vento (“ar”)? Por quê?
4. Por que, ainda na segunda estrofe, a trança do cabelo da mulher é
descrita como “rica” e “brilhadora”?
5. Qual é a metáfora associada ao tempo, na terceira estrofe? Qual o
aspecto, ou quais os aspectos, do tempo ressaltado(s) por essa
metáfora? 
6. Ainda na terceira estrofe, qual a metáfora que representa a beleza
e a juventude?
7. Qual a ideia básica do poema? Trata-se de um poema cultista ou
conceptista? Por quê?
Texto para os testes de 1 a 4.
NASCE UM ESCRITOR
O primeiro dever passado pelo novo professor de português foi
uma descrição tendo o mar como tema. A classe se inspirou, toda ela, nos
enca pelados mares de Camões, aqueles nunca dantes navegados.
Prisio neiro no internato, eu vivia na saudade das praias do Pontal
onde conhecera a liberdade e o sonho. O mar de Ilhéus foi o tema de
minha descrição.
Padre Cabral levara os deveres para corrigir em sua cela
[quarto]. Naaula seguinte, entre risonho e solene, anunciou a exis -
tência de uma vocação autêntica de escritor naquela sala de aula.
Pediu que escutassem com atenção o dever que ia ler. Tinha certeza,
afirmou, que o autor daquela página seria no futuro um escritor
conhecido. Não regateou elogios. Eu acabara de completar onze anos.
Passei a ser uma personalidade, segundo os cânones do colégio, ao
lado dos futebolistas, dos campeões de matemática, dos que obtinham
medalhas. Fui admitido numa espécie de Círculo Literário onde brilha -
vam alunos mais velhos. Nem assim deixei de me sentir prisioneiro.
Houve, porém, sensível mudança na limitada vida do aluno interno:
o padre Cabral tomou-me sob sua proteção e colocou em minhas mãos
livros de sua estante. Primeiro As Viagens de Gulliver, depois clássicos
portugueses, traduções de ficcionistas ingleses e franceses.
Recordo com carinho a figura do jesuíta português, erudito e
amável. Menos por me haver anunciado escritor, sobretudo por me
haver dado o amor aos livros, por me haver revelado o mundo da
criação literária. Ajudou-me a suportar aqueles dois anos de
internato, a fazer mais leve a minha prisão, minha primeira prisão.
(AMADO, Jorge. O Menino Grapiúna. 
Rio de Janeiro, Record, 1987, p. 117-120. Adaptado.)
1. (UFPE/UFRPE-PE) – Uma análise da forma como o texto está
construído nos faz reconhecê-lo como um texto predominantemente
a) descritivo, pelo qual se atribui qualidade aos lugares e às pessoas
que compõem a cena.
b) expositivo, em que alguns fenômenos são identificados, definidos
e exemplificados.
c) instrucional, que incita à ação, a um modo de operar; daí a força
imperativa dos verbos.
d) narrativo, organizado em sequências temporais e com indicação
circunstancial de lugar.
e) dissertativo, com predominância de um tom crítico e taxati -
vamente persuasivo.
2. (UFPE/UFRPE-PE) – Analisando as ideias e informações gerais
expressas no texto, podemos concluir que
a) a literatura camoniana, por seu estilo rebuscado e eloquente, não
favorece a inspiração de escritores iniciantes.
b) as produções literárias que se baseiam nas ideias da liberdade e do
sonho propiciam o nascimento de novos escritores.
c) as autênticas vocações literárias dependem da personalidade do
escritor, como dependem do atleta as habilidades para o exercício
do esporte.
d) a erudição escolar representa condição de liberdade para as
incipientes vocações literárias que se sentem aprisionadas.
e) o universo da produção literária também é circunstancial e pode
vir na sequência de influências externas.
MÓDULO 6
ANÁLISE DE TEXTO
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3. (UFPE/UFRPE-PE) – Analise o último parágrafo do texto:
“Recordo com carinho a figura do jesuíta português, erudito e
amável. Menos por me haver anunciado escritor, sobretudo por me
haver dado o amor aos livros, por me haver revelado o mundo da
criação literária. Ajudou-me a suportar aqueles dois anos de
internato, a fazer mais leve a minha prisão, minha primeira prisão”.
No trecho sublinhado, o autor:
a) estabelece uma oposição, fazendo correções em relação ao que é
afirmado antes.
b) dá uma justificativa para o que diz antes, estabelecendo uma
gradação.
c) explicita sua opinião, levantando hipóteses de esclarecimento.
d) atenua suas afirmações, reavaliando o que dissera anteriormente.
e) indica um estado de incerteza em relação ao que diz, propondo
novos sentidos.
4. (UFPE/UFRPE-PE) – Segundo a norma padrão da língua
portuguesa, a alternativa em que as regras de concordância
nominal e verbal foram respeitadas é:
a) O resultado das mais recentes pesquisas, em anexo, mostraram
índices preocupantes. Faltou soluções mais decisivas.
b) Fiquem alerta: nenhum dos programas apresentados concederam
prioridade à produção do texto escrito.
c) Minas Gerais desenvolve pesquisas de ponta na área da alfa -
betização. Um novo grupo assumiram, eles mesmo, a coordenação
dessas pesquisas.
d) Foi passada uma série de informações infundadas, pois a maioria
dos alunos lê literatura brasileira. Qual das pesquisas já enfatizou
isso?
e) Os pesquisadores, eles mesmo, em quase sua totalidade, está de
acordo em relação à urgência do incentivo à leitura.
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P
O
R
T
U
G
U
ÊS
 D
1) O tema do poema é a ausência da verdade no mundo.
2) Porque o poeta afirma que não encontrou a verdade nos
ambientes religiosos em que a procurou.
3) Comparando as informações recebidas.
4) Porque ela cria um mundo de “faz de conta”.
5) A decisão de “não aceitar as certezas e crenças estabelecidas,
de ir além delas e de encontrar explicações, interpretações e
signi ficados para a realidade que nos cerca”.
6) São as acepções 3 e 1 (inclusive 1.1), respectivamente.
Resposta: D
1) C 2) D 3) B
4) I: C; II: A; III: D; IV: B e V: E.
1) O soneto exemplifica a vertente cultista ou gongórica. A
contraposição sensualidade x refreamento, na imagem da
“mulher que em anjo se mentia”, as metáforas, o jogo
antitético, a sintaxe sofisticada e as hipérboles líricas são
recursos característicos da vertente cultista ou gongórica do
estilo barroco.
2) As metáforas da primeira estrofe são: “aurora”, para as faces
rosadas; “Sol”, para o brilho dos olhos; “dia”, no sentido de
manhã, para o frescor da boca.
3) O vento é comparado a Adônis, porque, ao espalhar o cabelo
de Maria, parece um belo jovem que quisesse namorar a moça.
4) Os cabelos de Maria são louros, daí a associação metafórica
com “ouro” e os adjetivos “rica” e “brilhadora” aplicados à
sua trança.
5) É a metáfora de um cavalo que passa rápido em seu trote e que
vai pisando as flores que há pelo caminho. Essa imagem insiste
na passagem veloz do tempo e na brutalidade dos estragos que
acarreta, destruindo toda juventude e toda beleza.
6) É a metáfora da flor.
7) A ideia básica do poema é que a beleza e a juventude devem
ser aproveitadas antes que o tempo as destrua. Trata-se de um
poema cultista, porque, em torno dessa ideia simples, são
organizadas diversas metáforas visuais, realçadas por ritmos
sugestivos, tudo compondo um espetáculo sensorial típico do
cultismo.
1) D 2) E 3) B 4) D
MÓDULOS 1 e 2
MÓDULOS 3 e 4
MÓDULO 5
MÓDULO 6
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RASCUNHO
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