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Patologia do sistema digestório IV Fígado Formado por unidades repetidas, agregando para formar a estrutura do órgão Formado por lóbulos hepáticos: unidade anatômica microscópica do ficado, formado por placas de hepatócitos. Vênula, arteríola e ducto biliar - tríade portal presentes nos vértices dos hepatócitos Unidade anatômica que se repete formando as placas Unidade funcional aonde o sangue sai das artérias e irriga até ser recolhido pela veia hepatica cenrolobular; o sangue banha os hepatocitos e quanto mais longe fica das arterias menos o2 e nutrientes possui Oxidase de função mista ou sistema p450: faz hidrolise, conjugação e eliminação de substancias toxicas. Toxidade de função mista muitas vezes estão presente em maior quantidade na região central – dependendo da toxina é metabolizada pelas oxidases, sendo transformada em um produto mais toxico ainda. Lesão centrolobular acontece com maior frequencia Acinoportal Se faltar oxigenação as lesões ocorrem próximas a veia centro lobular Congestão na insuficiência cardíaca congestiva, injurias de natureza toxica, O sistema de metabolização depende de enzimas microssomais, presentes no reticulo endoplasmático liso; oxidases de funçao mista ou sistema p450 importante pois e capaz de hidrolisar, conjugação e eliminaçao de diversas substancias toxicas Essas oxidases muitas vezes estao presentes na regiao central e dependendo da toxina e metabolizada pelas oxidases, se transformando em produto ainda mais toxico Lesão mais clássica é a centro lobular Acino portal ou lóbulo portal Ima a veia central: centrolobular - zona 3 Lóbulo - anatômica Acino: unidade funcional Arteria passa no centro e o sangue circula da periferia para o centro Zona 1: centro acinar Zona 2: medio zonal Zona 3: periacinar = centrolobular Em relação a oxigenação e nutrição, a zona 1 e mais beneficiada do que a 3 Zona mais próxima do espaço porta = 1, zona periportal Permite classificar e identificar as lesões Alterações cadavéricas Embebição biliar Autólise - pseudomelanose Enfisema Defeitos congênitos Frequente encontrar no fígado associado ao PKD – doença do rim policístico, de caráter hereditário e de transmissão familiar. Alteração da maturação do rim, formação de cistos, doença progressiva crônica que se desenvolve até levar a completo colapso do rim e perda da função renal. No fígado também se desenvolvem cistos que pode tomar conta de todo o parênquima mas podem não estar associados a doença. Shunt portal Desvio porto sistêmicos Comunicações arterio-venosas. Recebe artéria hepática, veia porta e sai dele a veia hepática Sangue que circula é arterial; arteríola hepática é venoso que vem da veia porta; cheio de nutrientes do processo de digestão. Fígado metaboliza muitas substâncias como os lipídeos e transforma os quilomicrons e exporta sobre a forma conjugada produzindo lipídios, glicolipídeos; em relação aos carboidratos, sintetiza glicogênio. Amônia é absorvida e metabolizada em ureia transformando em compostos não tóxicos. Malformações no desenvolvimento forma comunicações arterio-venosas. Por exemplo, veia porta e artéria hepática com comunicação ou veia porta e veia ázigos, desviando o sangue sem passar pelo fígado. A maioria de shunt portal é congênita, mas fibroses hepáticas graves comprimem o fígado, pois o sangue não consegue sair e a congestão crônica estimula neovascularização o sangue se forma secundariamente. Podem ser adquiridos em caso de congestão crônica hepática prolongada devido a fibrose do órgão Consequência: fígado depende dessas substâncias que chegam do intestino, fatores trópicos, que estimulam o hepatócito. Quando isso não acontece, o órgão começa a sofrer atrofia Substâncias toxicas não sao metabolizadas no fígado especialmente amônia, podendo desencadear encefalopatia hepática pois amônia é neurotóxica e o animal apresenta sinais neurológicos, apatias, convulsões geralmente associada a alimentação. Quando o sangue se desvia parte dos fatores não chega ao órgão e passa a sofrer atrofia. Acomete mais filhotes Pigmentações Hemossiderose - excesso de hemossiderina, acúmulo de ferro que não causa toxicidade na forma de ferritina Ferro por ser descarga elétrica pode se combinar a outras moléculas e formar radical livre, por isso é acumulado na forma de hemossiderina Anemias hemolíticas acumulam o ferro livre no fígado e acumulam na forma de hemossiderina Para alterar a cor do fígado, é necessário que haja muita pigmentação; leve não é suficiente. Lipofuscina Alteração acastanhada da cor do fígado. A lipofuscina é o produto da lipoperoxidação especialmente das membranas celulares e ocorre normalmente em animais velhos devido ao estresse oxidativo que sofrem e os radicais livres produzidos que escapam oxidam os lipídios e formam os lipoperóxidos, que normalmente é transportado para fora da célula. Quando a célula envelhece, perde essa capacidade e acumula sob a forma de lipofuscina, pigmento do desgaste, envelhecimento. Nem toda é ligada a idade, algumas doenças aceleram o processo. Icterícia Diagnóstico diferencial Causada por acumulo de bilirrubina. Facilmente difundida e quando esta alterada fica de coloração alterada Ocorre por excesso de produção ligada a excesso de oferta de a partir das moléculas de hemoglobina formação de anel globina e anel heme Pré-hepática ou hemolítica Quantidade grande de hemoglobina captada pelo fígado que tenta processá-la e acaba desenvolvendo. O que motivou o desenvolvimento não foi o fígado e sim uma anemia hemolítica Ferro removido e armazenado sob forma e hemossiderina, o que sobra do anel e processado e metabolizado em bilirrubina Anemias hemolíticas o fígado capta e tenta processar, desenvolvendo icterícia Motiva o desenvolvimento da icterícia Lesão, alteração hepática que prejudica função de conjugação da bile, dificultando que se difunda nos tecidos Hepática: associada a uma disfunção do fígado Pós-hepática ou obstrutiva - causada por problema direta na função hepática mas sim na excreção da bile associada a cálculos pode ocorrer também por causa de parasitos obstrução do coléduco Coloração de azul da Prússia - depósito de ferro Distúrbios circulatórios Telangiectasia Alteração geralmente adquirida que ocorre resultante da dilatação dos sinusoides, cuja a etiologia e sua formação é desconhecida, nunca foi comprovada a causa; pode ser que alimentação e toxinas favoreçam a formação, mas nunca foi comprovada a etiologia Causa importante na condenação dos fígados de bovinos em matadouros, devido à coloração violácea ou arroxeada. Elevações quando o animal está vivo, regiões deprimidas encontradas na superfície e ao corte dentro do parênquima. Eventualmente é observada no fígado de gatos, em outras espécies é bem pouco presente Padrão da congestão: cheio de sangue em volta da veia centro lobular Não dá para diferenciar hiperemia e congestão no fígado. Acumulo de sangue, aumento de volume e ao corte flui sangue Infarto é pouco comum pois é difícil comprometimento do fígado visto que ele é muito irrigado. Congestão crônica faz com que os hepatócitos cheios de sangue venoso sofram hipóxia na região da veia centrolobular. Hipóxia crônica causa atrofia e morte de hepatócitos da região e acaba fibrosando por ser gradativo, lento. Fígado sofre padrão de degeneração, atrofia e morte das células, reduzindo de tamanho e fica com aspecto de noz moscada típico de lesão crônica congestiva do órgão podendo ser encontrado com insuficiência cardíaca crônica. Degenerações Degeneração hidrópica Edema celular Etiologia Se reflete quando há alteração que envolve os mecanismos de controle osmótico celular, especialmente a bomba de Na e K. Associada a hipóxia, infecções agudas, intoxicações, plantas toxinas etc Alterações no controle osmótico e passa a entrar mais água, falta de O2, falta de nutrientes, agentes tóxicos e diversas situações resultam em alterações dos hepatócitos Macroscopia Aumento de volume do órgãoou não, coloração pálida a acinzentada Padrão lobular: a região que sofre primeiro e a centro lobular Visível o padrão do lóbulo hepático na macroscópica mas também pode significar necrose Alterações microscópicas Vacúolos irregulares não coráveis com limites pouco nítidos Citoplasma dissociado não vistos certihos como na esteatose Célula tumefeitas e oponentes celulares ficam dissociados Hepatócito aumentado de volume Hepatopatia por esteroides Fígado responsável pela metabolização de carboidratos; tende a armazenar polímeros de glicose; glicogênio através de gliconeogenese e deposita sobre a forma de glicogênio Glicocorticoides estimulam a gliconeogenese hepática. Se houver uso crônico, ocorre acumulo excessivo de glicogênio no fígado Etiologia Hiperadrenocorticismo pode ser primário: tumor de adrenal ou hipófise que leva a produção excessiva de cortisol, pelo uso inadequado e excessivo de glicocorticoides (iatrogênico) Deficiência enzimática e acumulo de glicogênio no fígado – menos comum Pode depositar em grande quantidade quando há excesso de glicocorticoides, que estimulam gliconeogenese hepática, causando acumulo excessivo de glicogênio no fígado A degeneração pega todo o lóbulo, não só na região centrolobular. Coloração PAS cora carboidratos Macroscopia Aumento de volume ou não Coloraçao palida a acinzentada Microscopia Vacúolos irregulares não coráveis, limites pouco nítidos Citoplasma – aspecto dissociado Distribuição difusa Grânulos PAS positivo Esteatose Etiologia Degeneraçao gordurosa Acumulo de gorduras Causas: toxinas, agentes quimicos, metabolica, cetose, toxemia da prenhes, diabete melitus Fisiopatologia Metaboliza, armazena parte e exporta o restante dos lipídios. Recebe, processa e boa parte exporta sob forma de lipoproteínas que serão utilizadas. Reservas de lipídeos quando muito mobilizadas retornam a uma quantidade tão grande no fígado que não consegue mobilizar e excretar tudo e o hepatócito fica cheio de lipídeo. Diabete: como possui deficiência de insulina ou resistência, não consegue usar carboidratos como fonte de energia; começa a mobilizar lipídeos dos tecidos para usar como fonte de energia aumentando a mobilização e sobrecarrega o fígado. Oxidação de lipídeos, uma fonte importante de energia Determinadas toxinas e agressões faz com que o fígado não consiga utilizar o lipídeo como fonte de energia, acumulando-o Aumento da formação de gordura ou sobrecarga via alimentação excessiva de carboidratos, álcool ou gordura, acumulando no fígado Diminuição da exportação de lipídeos - precisa de proteína para exportar o lipídeo, se não tem proteína suficiente não consegue mobilizar Alterações macroscópicas Coloração amarela e friável e pode acabar com rupturas espontâneas, causando hemorragia, hemoperitônio Alterações microscópicas Vacúolos regulares não coráveis, microvacular ou macrovacuolar Cortes de congelação - sudan iii (sudan red), sudan iv (sudan black) ou oil red Amiloidose Etiologia Deposito de amiloide de composição glicoproteica que se acumula no interstício podendo ser primária, mas que é rara em animais Secundaria associada a outras doenças, mais comum Formado por glicoproteínas A proteína amiloide pode ser formada no fígado a partir de proteína precursora do amiloide que não precipita, em condições favoráveis pode se depositar Não é um processo agudo, é crônico e gradual Amiloide AL: deposição de fragmentos de imunoglobulina em cavalos que produzem soro e depositam na placa amiloide nasal, podendo ulcerar e obstruir, causados por neoplasias de origem linfoide ou imunoestimulação excessiva Lesão nos vasos, pode ulcerar e obstruir narinas Amiloide AA ou reativa Associada a proteínas de fase aguda o fígado estimulada por inflamação por interleucina1 e faz com que seja depositada nos tecidos Macroscopia: Aumento de volume, consistência firme pois preenche os espaços e o fígado fica com coloração pálida a acinzentada Microscopia Deposição de amiloide periarteriolar Acumulo de amiloide no espaço de Disse vermelho congo e luz polarizada Compressão e atrofia de hepatócitos Deposição de amiloide periarteriolar Acumulo de amiloide ono espaço de disse de difícil visualização vermelho congo luz polarizada Colapsa as estruturas do fígado pela localização e atrofia de hepatócitos; por ser cronico nao morre Alteraçoes microscópicas Vacúolos irregulares não coráveis, limites pouco nítidos Citoplasma - aspecto dissociado Distribuição difusa Grânulos pas Adipoxantose ou carotenose Excesso de ingestão de caroteno, percussores do caroteno ou deficiência na metabolização é um pigmento lipossolúvel amarelado, que da cor alaranjada aos tecidos pois é lipossolúvel e se acumula onde tem gordura; como o fígado acumula lipídeos naturalmente ele pode ficar amarelado Importante em bovinos Icterícia causa amarelamento no fígado, tecidos variados e mucosas, esteatose causa alteração de cor só no fígado e adipoxantose causa amarelamento onde há gordura, incluindo o fígado e tecido adiposo. Caroteno é oxidado com o passar do tempo e perde o amarelado devido à oxidação, clareando sua cor. Teste com frasco com água e outro com éter: se for icterícia, os dois ficam amarelo pois bilirrubina é hidrossolúvel; se for lipoxantose, o amarelamento só solta no éter por ser lipossolúvel; se for esteatose, ? Padrões de necrose Centroacinar ou periportal: rara, fósforo branco Medioacinar ou mediozonal: rara, observada na aflatoxicose (produzida por toxinas dos fungos Aspergillus) e característico na infecção de primatas pelo vírus da febre amarela e por outros flavivirus Geralmente ocorre por extensão, começando na centrolobular e atinge outras áreas e relativamente rara quando ocorre de forma isolada Sangue oxigenado e nutrientes chega no espaço porta Primeiro sofre metabolização e depois causa lesão salvo exceções como substancias toxicas Fosforo branco Periacinar: mais longe da irrigação Medioacinar ou mediozonal Rara, observada na aflatoxicose Pode ser observada na j feccao de primatas pelo vírus da febre amarela e flavivirus Ocorre de forma isolada rara Extensão, começa na centrolobular e por extensão atinge a mediozonal Pura pode ser causada por aflatoxinas Periacinar mais frequente e comum Mais longe da irrigação Sofre hipóxia primeiro Necrose maciça pega todas zonas Causas de necrose Depende da quantidade, do agente e da duração da lesão Plantas tóxicas Cestrum laevigatum Vernonia spp Crescendo pantanal do mato grosso do sul em época que água abaixa brota sendo muito tóxica e causa necrose hepática maciça Lantana camara Não causa grandes lesões de necrose, mas pode causar fotossensibilização e matar animais Senecio spp e Crotalaria spp Senecio principalmente no rio grande do sul – abundante em pastagens naturais, vantagem por ser de alta qualidade sem necessidades de custos Ovelhas são resistentes ao Senecio Crotalaria importante ao contaminar alimentos Invasor da lavoura e vem junto colhida, passando nas peneiras pois é pequena e às vezes a ração é contaminada Muito ingerida em cavalos Alcaloide pirrolizidínico metabolizado no fígado por enzimas e depois transformado em substancia tóxica que gera necrose com fibrose hepática e interfere na mitose dos hepatócitos sendo que a célula fica com núcleo grande (megalocitose). Ovelha tem menos quantidade em enzima e por isso metaboliza menos e se intoxica menos. Intoxicação crônica por cobre em ovelhas Qualquer espécie pode se intoxicar, mas as ovelhas têm menor necessidade de cobre; seu fígado é muito apto para captar e armazenar cobre a ponto de que a dose é menor do que para a maioria das espécies. Se tiver muito, começa a acumular cobre no fígado processo crônico. Ocorre de forma acidental por ingestão de grande quantidade forma aguda. Sulfato de cobre pulverizado com antifúngico Ovelhas criadas junto com o gado tem mais tendência a ter esse problema se for oferecida a ração destesanimais para elas. Liberação maciça do cobre na corrente sanguínea Molécula ionizada do cobre tem poder oxidante alto e oxida as membranas, especialmente das hemácias e causa crise hemolítica intravascular liberando muita hemoglobina Liberação maciça de hemoglobina - causa anemia grave e aguda, causando hipóxia em todos os tecidos; hemoglobina impregna nos tecidos principalmente nos rins sendo o sinal clinico hemoglobinúria marcante. Rins são encontrados escuros e quase enegrecidos devido à hemoglobina. Fígado sobrecarregado por hemoglobina e por processá-la durante condições de hipóxia pela anemia gera icterícia severa O fígado chega a se tornar de cor amarelo acobreado e fica com cor de cobre e faz diagnostico com analise dos tecidos para medir o teor de cobre. Analise para dosar sao fígado e rins Raramente o animal que entra em crise hemolítica por causa do cobre consegue escapar Doença de Wilson causa acumulo crônica de cobre em humanos por alteração enzimática Algumas raças de cães acumulam cobre em algumas situações Icterícia severa, hemoglobinúria e anemia hemolítica severa Necrose associada a hipóxia centrolobular Lesão crônica no fígado, fibrose, atrofia e megalocitose Alteração clínica de intoxicação por Senecio ou por alcaloides pirrolizidínicos e resultar na fibrose crônica do órgão, animais podem desenvolver ascite e insuficiência hepática Senecio: Bovinos se tornam agressivos por encefalopatiahepática causada por lesão hepática que leva à perca da função, acumula amônia, que é toxica Coloração de rodamina ou ácido rubeânico - demonstram depósito de cobre nos hepatócitos Fotossensibilização hepatógena Lesão no fígado se reflete na pele Etiologia Plantas toxicas Brachiaria spp Lantana camara e outras plantas toxicas Substâncias e agentes hepatotóxicos como antibióticos e drogas Em ruminantes metabolização no rumem - a clorofila e degradada em uma substancia chamada filoeritrina que é degradada pela quebra no rúmen e passa pelo fígado, que, em condições normais, conjuga a filoeritrina e excreta pela bile. Quando uma lesão hepática interfere na conjugação, metabolização e excreção ao invés de ser excretada acumula. A filoeritrina é considerada uma substancia fotodinâmica e com a radiação ultravioleta do sol a filoeritrina se acumula na pele e a energia solar excita a molécula fotodinâmica libera energia no local, uma forma de energia ionizante gera a formação de radicais livres que são tóxicos e causam necrose na pele, por isso causa a fotossenssibilização. Onde for exposto ao sol: pode ocorrer na transição muco cutânea, na córnea - pode ocorrer a cegueira em alguns animais Macroscopicamente há lesão de fotossenssibilização em animais ou em áreas de pele clara Área pigmentada a melanina age como um filtro da ultravioleta fazendo com que ultravioleta não ultrapasse, não gera radicais livres e necrose Eritema (avermelhamento), descamação, queda de pelo, edema, fissuras e feridas cutâneas Edema de orelhas, em ovinos que incham a orelha e depois quando cicatriza fica deformada Em casos graves de intoxicação, a hepatotoxina causa icterícia e boa parte das vezes os animais morrem, principalmente ovinos Eczema facial em ovelha Intoxicação por braquiária Etiologia Saponinas esteroidais litogênica x esporidesmina Brachiaria decumbens Brachiaria bizantha Nome popular requeima Intoxicação causada por um fungo Pithomysses chartarum distribuídos por vários locais presente na Brachiaria e produz uma micotoxina esporidesmina e os animais se intoxicam ao ingerir os esporos do fungo. É hepatotóxica e causa fotossensibilização. No brasil o fungo não produz essa micotoxina pois as lesões encontradas no fígado são diferentes. Lesão de necrose e ictérica quando há esporidesmina; a lesão pela Brachiaria é causada por saponinas esteroidais litogênicas presentes no capim. Fisiopatologia Ação hepatotóxica e causa hepatossensibilizaçao Alterações anatomopatológicas Produz lesões de eczema fácil em ovinos e principalmente mata animais jovens; à medida que envelhecem diminui o potencial de toxicidade. Metabolização em hepatócitos no fígado e formam cristais de difícil metabolização e excreção. Eliminada pela bile quando conseguem, acabam formando cristais de saponinas e obstruindo canalículos e ductos biliares favorecendo a icterícia. Presença de macrófagos com citoplasma espumoso, fibrose periportal e proliferação de ductos biliares devido à agressão Animais adaptados não sofrem intoxicação Hepatites Bacterianas Via hematógena: agente circula e chega ao fígado; Via ascendente: penetra pelos ductos biliares, colédoco, e atinge vias biliares Enterobactérias fazem isso especialmente salmonela e traumas no fígado Abscessos hepáticos Rumenintes e sobrecarga alimentar - grande associação com dietas ricas em carboidratos e abscessos hepáticos pois a acidose leva a necrose do epitélio, porta de entrada de bactérias que chegam via espaço porta ao fígado. Salmonelose acometem fígado formando piogranulomas hepáticos Leptospirose causa lesão hepática e inclusive é frequente ver lesões hepáticas da leptospira Hepatite causada por Clostridium perfringens associada a fasciolose – parasito Fasciola hepatica migra pelo fígado e acaba se desenvolvendo esporos de Clostridium perfringens e causando necrose hepática e morte Virais Hepatite infecciosa canina Vírus da hepatite causa necrose hepática aguda na região periacinar – ao redor da região centrolobular – com vasculite e forma inclusão intranuclear em hepatócito Febre amarela Causa necrose mediozonal, esteatose e formação de corpos Councilman-Rocha Lima resultante da apoptose de hepatócitos infectados pelo vírus; o processo inflamatório é mínimo, a maior problemática está na apoptose Parasitária Causada pela lesão da migração de Fasciola hepatica – migra pelo fígado causando necrose e hemorragia e se alojam nos ductos biliares manchas de leite Nematoides como ascarídeos possuem ciclo enterohepatico hemorrágico pontos de fibrose ou pontos de necrose e hemorragia Cestodas - cisto hidatico pode ocorrer no fígado sendo causado pela ingestão de ovos e Protozoários – Toxoplasma gondii, Leishmania spp. e histomonas spp. Leishmania pode se desenvolver onde há macrófagos Toxoplasma pode causar necrose hepática aguda causando a morte e icterícia Histomonas meleagrides: protozoário flagelado frequente em galinhas, mas não costuma causar complicações; patogênico para perus, faisões e pavões Alinha tem parasito deterax e ciclo ocorre dentro do ovo. Causa tiflite fibrinonecrotica e causa necrose hepática, sendo chamada de enterohepatite dos perus Cirrose hepática Caracterizada por fibrose, mas não necessariamente todas as fibroses. Toda cirrose e caracterizada por fibrose e envolve o figado como todo, resultando em alteração estrutural e funcional do órgão de forma irreversível. Crônico, amplo que envolve o fígado como o todo e resulta em alteração estrutural e funcional do órgão de forma irreversível O fígado possui um esqueleto arquitetural formado por fibras reticulares - arcabouço reticular - reticulo hepático. Fibras finas formadas por um colágeno especial, muito delgado e fino - não é visível nas técnicas histologicas normais. Se quiser ver, usa técnica de impregnação por prata, pois são células argentafins. Lesão no arcabouço de fibras reticulares e não ocorre mais regeneração, pois o agente causa destruição do hepatócito. Lesão no arcabouço perde a estrutura inicial onde novas células ocupariam e ocorre transformação das células de Ito (células armazenadoras de lipídios que armazenam vitamina A e vitaminas lipossolúveis) que podem se transformar em fibroblastos e produzir colágeno do tipo I - tecido colágeno espesso que forma fibrina grossa; para que isso se instale de modo geral e preciso lesão crônica e repetitiva Fígado tende a tentar se regenerar por isso ocorrem nódulos de regeneração. Não forma lóbulo hepático bom com a mesma eficiência pois o arcabouço foi distruído,sendo tentativa de reparar massa perdida sendo que a tendência do fígado cirrótico é diminuir de tamanho pois os nódulos não possuem a mesma capacidade efetiva do que a parte normal, não conseguindo suprir o que é necessário para atividade hepática Causas: mesmas que provocam necrose hepática Drogas, plantas tóxicas, aflatoxina, ICC icc causa fígado cardíaco causa congestão do lado direita, degeneração, atrofia e necrose da região centrolobular, podendo causar fibrose Fibrose crônica que lesa dia a dia até que o fígado entre em fibrose e falência final morre de insuficiência hepática Dieta rica em carboidratos e pobre em proteínas especialmente em cães Principal manifestação clínica é ascite – muito carboidrato produz gordura e necessidade de proteína para sair do hepatócito formando glicoproteína e não causar esteatose hepática e cirrose em poucos meses Fisiopatologia Lesão crônica e repetitiva Lesão no arcabouço de fibras reticulares Transformação de células de Ito – fibroblastos – fibrose Atividade regenerativa Alterações anatomopatológicas Fibrose e redução de volume ficando mais pálido Consistência firme Proliferação de ductos biliares Nódulos regenerativos: aspecto macro ou micronodular Consequências Diminuição da síntese proteica e fatores de coagulação, desenvolve hipoproteinemia pois o figado produz proteinas e albumina Icterícia ou não pois é uma lesão crônica de desenvolvimento lento e insidioso Diminuição da capacidade de metabolização de drogas e amônia – encefalopatia hepatica devido a toxicidade Utilizado na denominação de fígado terminal. Insuficiência hepática inicialmente perdendo parte das funções e depois quase todas as funções Vasos hepáticos sao comprimidos pois o fígado sofre fibrose - veia porta congesta aumento da pressão hidrostática e redução da pressão oncótica, favorecendo a ascite pois o órgão fica congesto Diminui a capacidade de metabolizar drogas e amônia levando a encefalopatia hepática devido a toxicidade - não produz mais fatores de coagulação e gera diátese hemorrágica Neoplasias hepáticas Hepatoma – tumor benigno de hepatócitos Carcinoma hepatocelular – tumor maligno de hepatócitos Colangioma – tumor benigno de ductos biliares, epitélio biliar Colangiocarcinoma – tumor maligno de ductos biliares Linfoma: infiltração do fígado por células tumorais de linfócitos Neoplasias metastáticas - de diversos tumores podem recair sobre o fígado, carcinomas mamários Vesícula biliar Colelitíase Patogênese Núcleo orgânico e depósito de sais biliares e colesterol Cálculos biliares de bovinos são valiosos e podem ser grandes Pouco comum em carnívoros devido a constituição da bile Alterações anatomopatológicas Por ação mecânica irrita a parede, causa inflamação e fibrose das vias biliares ou ductos biliares; se for no ducto pode causar obstrução e icterícia Não é muito frequente em cães por conta da constituição da bile Colecistite Causas: litíases biliares ou infecções ascendentes bacterianas que entram pelo coléduco Alterações anatomopatológicas Hiperemia e secreção catarral na vesícula biliar Pâncreas Litíase Litíase a partir do suco pancreático, minerais depositam no núcleo orgânico formando litíases, levam a inflamação e fibrose de ductos e desencadeiam pancreatite Alterações anatomopatológicas: inflamação e fibrose de ductos pancreáticos e pancreatite Pancreatite Quando inflama ativa as enzimas no pâncreas e causa necrose pela autoigestao e aumenta a inflamação até destruir o pâncreas e sua forma aguda leva a distúrbios hemodinâmicos alterando cascata de coagulaçao Se vem lentamente pode desenvolver insuficiencia pancreatica cronica, afetando o processo de digestão alterações na forma aguda associada a hemorragia do órgão e edema Na forma crônica ocorre atrofia e fibrose do órgão Alterações anatomopatológicas Aguda: hemorragia e edema Crônica: atrofia e fibrose local Raramente animal com pancreatite desenvolve insuficiência pancreática endócrina (diabetes); mas o parasito de pâncreas Eurytrema coelomaticum/pancreaticum quando parasita os ductos pancreáticos especialmente em bovinos e mais recentemente em caprinos sendo que levam a fibrose, obstrução pancreática em alguns casos severos, pancreatite crônica e atrofia do órgão e desenvolveu diabetes por isso. Peritônio Efusões Ascite - hipoproteinemias, icc direita Acúmulos de transudatos, líquidos límpidos, claros e acumulo de liquido Hemoperitonio Acumulo de sangue no peritônio associada a inflamações, neoplasias, traumas, rupturas vasculares Peritonites Patogênese Geralmente, lesão em órgãos do sistema digestório Comum associação em órgãos do sistema digestório lesões gástricas, perfurações, traumatismos, perfurações, torções, vôlvulos e comprometimento, cirurgias, punções Bactérias atravessam a parede e chegam ao peritônio Alterações anatomopatológicas Hiperemia, exsudato purulento, presença de fibrina, aderências Peritonite infecciosa felina: doença causada por um coronavírus e infecta cavidades serosas causando peritonite, pleurite Neoplasias Mesotelioma Metástase para a cavidade peritoneal
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