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Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão1 Cap. 6: Flexão Prof. Me. Vagner do Nascimento Mecânica dos Sólidos I Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão2 Alonga-se Permaneceu do mesmo comprimento Comprime-se Introdução Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão3 Estudaremos esforços provocados por flexão. As vigas utilizadas em construções, são dimensionadas de forma que suportem o esforço de flexão. Introdução Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão4 O momento fletor é aplicado em um eixo perpendicular a um eixo de simetria 6.3 Deformação ao longo de um elemento reto Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão5 6.3 Deformação ao longo de um elemento reto Analisando a figura: Qualquer segmento de reta localizado na superfície neutra não muda de comprimento. Enquanto, elementos localizados acima sofrem compressão e abaixo sofrem tração. Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão6 Por definição: 0 ' lim s s s s 0 ' lim y é o raio de curvatura após a deformação, com centro no ponto O’. é o ângulo entre os lados da seção transversal do elemento. x s ' ( )s y y 6.3 Deformação ao longo de um elemento reto Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão7 c é a distância do eixo neutro até o ponto de maior deformação (fibra mais externa). max y c 6.3 Deformação ao longo de um elemento reto Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão8 (tensão varia linearmente) x x m m y E E c y c 6.4 Fórmula da flexão max y x max y x Pela Lei de Hooke sabemos que uma variação linear na deformação ocasiona uma variação linear na tensão. Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão9 6.4 Fórmula da flexão 0 xF A máx AA dA c y dAdF 0 Então: z A máx dAy c 0 Logo: 0 A dAy Essa condição só é satisfeita se o eixo neutro passa pelo centroide. Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão10 6.4 Fórmula da flexão 0 zM dA c y ydAyydFM A máx AA Então: A máx dAy c M 2 I Mc máx I My Equação geral da tensão a flexão Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão11 Tensão de compressão Tensão de Tração Momento fletor positivo Tensão de Tração Tensão de compressão Momento fletor negativo 6.4 Fórmula da flexão Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão12 Podemos verificar que no caso de M positivo, analisando valores positivos de y, temos valor negativos para tensão (compressão), e quando utilizamos y negativo, temos valores positivos para tensão (tração). Na linha neutra, o valor é zero para tensão. Utilizando equações anteriores e conceitos de equilíbrio chegamos a: 6.4 Fórmula da flexão Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão13 Exemplo de flexão em uma viga em balanço Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão14 Exemplo de flexão em uma viga em balanço Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão15 max Mc I Dedução pág. 204 M = momento interno resultando determinado pelo método das seções. I = momento de inércia da área da seção transversal calculado c = distância perpendicular ao eixo neutro My I 6.4 Fórmula da flexão (resumo) Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão16 Quando os contornos de uma área plana são expressos por funções matemáticas as equações: A y A x dAxI dAyI . . 2 2 Momento de inércia é o termo que mede a distribuição da massa de um corpo em torno de um centro (ou eixo) de rotação. (tabela final do livro) Revisão de estática Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão17 Momento de Inércia de uma área Revisão de estática Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão Ix’: momento de inércia de cada elemento relação ao eixo x: A: área de cada elemento. dy: é a distância do centro geométrico total com o centro geométrico de cada área individual. Pág. 570 do HibbelerComo encontrar o momento de inércia? Revisão de estática 12 3 ' bh I x 2' yxx AdII 18 Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão Agora calcular o momento de inércia. Revisão de estática N n n N n nn A Ay y 1 1 o primeiro passo é encontrar o centroide: N n n N n nn A Ax x 1 1 y é a distância do centro geométrico de cada elemento com relação a uma base 19 Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão Revisão de estática 2' yxx AdII 20 Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão21 Vigas são elementos retos que suportam carga(s) perpendicular(es) ao eixo longitudinal. Geralmente são classificadas pela sua forma de apoio. 6.1 Diagramas de força cortante e momento fletor Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão22 Para projetar adequadamente a viga é importante conhecer a variação do cisalhamento e do momento fletor ao longo do seu eixo, a fim de determinar os pontos em que esses valores são máximo. Em geral, as funções de cisalhamento interno e momento fletor obtidas em função de x apresentam descontinuidades ou seu declive é descontínuo nos pontos em que a carga distribuída muda ou onde estão aplicadas forças concentradas. 6.1 Diagramas de força cortante e momento fletor Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão23 Convenção de Sinais As direções positivas são as seguintes: a carga distribuída atua no sentido de cima para baixo; a força cortante interna provoca rotação no sentindo horário do segmento de viga sobre o qual atua; e o momento interno provoca compressão nas fibras superiores do segmento tal que flete o segmento (de modo que ele pudesse reter água). Caso contrário, são negativas. 6.1 Diagramas de força cortante e momento fletor Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão24 Desenhar os diagramas de força cortante (ou cisalhante) e momento fletor da viga. Exemplo 6.1 Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão25 Como temos uma carga P no centro, com igual distância entre ambos os apoios fica fácil verificar que as reações são P/2 no sentido contrário a força. Para desenhar o diagrama secionamos a viga a uma distância x do apoio A, estendendo-se pela região AB; o diagrama do corpo livre do segmento esquerdo DCL: Exemplo 6.1 Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão26 Eq. de equilíbrio 0 y F / 2V P 0;M 2 P M x DCL, seção 1: Exemplo 6.1 Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão27 O diagrama do outro lado da viga. 0 y F 0 2 P P V 0 2 2 L P M P x x ( ) 2 P M L x Exemplo 6.1 DCL, seção 2: 0;M Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão28 Com estas equações podemos traçar os diagramas: Exemplo 6.1 Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão29 Exemplo 6.2 Desenhar os diagramas de força cortante (ou cisalhante) e momento fletor da viga. DCL: Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão30 0 y F 0MV L 0MM x L Exemplo 6.2 DCL, seção 1: 0;M Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão31 0 yF 0MV L 0 0 M M M x L 0 1 x M M L Exemplo 6.2 DCL, seção 2: 0;M Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão32 Com estas equações podemos traçar os diagramas: Exemplo 6.2 Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão33 Existem casos de vários carregamentos diferentes simultâneos em uma viga, a determinação de V e M como funções de x e esquematizando graficamente essas equações é demorado. Será estudado um método baseado em duas relações infinitesimais que existem entre cargas distribuídas, cisalhamento e momento. Vamos analisar um caso (ver figura): 6.2 Método gráfico para construir os diagramas de força cortante e momento fletor Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão34 ( )V w x x 2( ) ( )M V x w x k x 6.2 Método gráfico para construir os diagramas de força cortante e momento fletor Equacionando (ver pag. 188), chegamos a duas equações: Regiões de carga distribuída: Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão35 Dividindo por ∆x e calculando o limite quando ∆x for muito pequeno, ou seja ∆x 0. Temos ( ) dV w x dx dM V dx Declive do diagrama de cisalhamento em cada ponto Declive do diagrama de momento em cada ponto - Intensidade de carga distribuída em cada ponto Cisalhamento em cada ponto A derivada da força cortante pela posição é –(valor da carga distribuída) A derivada do momento fletor pela posição é a força cortante. 6.2 Método gráfico para construir os diagramas de força cortante e momento fletor Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão36 O declive é igual a intensidade negativa da carga distribuída. A carga distribuída é positiva, aumentando de 0 até wb, portanto o diagrama de força cortante será uma curva com declive negativo. Força cortante ( ) dV w x dx 6.2 Método gráfico para construir os diagramas de força cortante e momento fletor Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão37 Perceber que a força cortante começa em +VA e mais tarde acabe se tornando negativo –VB (com certeza passa pela linha zero). Logo, o momento começa com um inclinação positiva e posteriormente torna-se negativo. Momento Fletor dM V dx 6.2 Método gráfico para construir os diagramas de força cortante e momento fletor Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão38 Logo, podemos escrever: ( )V w x dx ( )M V x dx Mudança de força cortante Mudança de momento Área sob a carga distribuída Área sob o diagrama de força cortante 6.2 Método gráfico para construir os diagramas de força cortante e momento fletor Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão39 A mudança de força cortante entre os pontos C e D é igual a área sob a curva da carga distribuída. Da mesma forma, a mudança de momento entre C e D é igual a área sob o diagrama de força cortante na região de C e D. ( )V w x dx ( )M V x dx ( )V w x dx 6.2 Método gráfico para construir os diagramas de força cortante e momento fletor Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão40 Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão41 DCL: Exemplo 6.7 Desenhar os diagramas de força cortante (ou cisalhante) e momento fletor da viga. Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão42 De acordo com a convenção de sinais, onde x=0, V = +P, onde x=L, V = +P. Como w = 0, o declive é 0 também, pois dV/dx = -w =0 em todos os pontos. ( ) dV w x dx Exemplo 6.7 Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão43 Diagrama de Momento: Em x=0. M = -PL e em x=L é M = 0; como o diagrama de cisalhamento é constante positivo, portanto o declive é constante positivo também, para todos os pontos. dM V dx Exemplo 6.7 Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão45 a) DCL b) Diagrama de Força cortante c) Diagrama de momento dM V dx Exemplo Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão46 Exemplo 6.13 Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão 2 1 2 1 Equações deduzidas para um material homogêneo. I My 47 6.6 Vigas compostas Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão 1E 2E 21 EE Avaliando as deformações e tensão em vigas compostas, temos: 6.6 Vigas compostas 48 Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão bnb ´1 1 2´ E E n nbb 2 2 1 E E n Transformamos a viga composta em uma viga de apenas 1 material n é o fator de transformação. 49 6.6 Vigas compostas Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão ´´ dAdAdF dydzndydz ´ ´ n 50 6.6 Vigas compostas Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão51 Exemplo 6.21 Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão52 Exemplo 6.21 Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão transformação 53 Exemplo 6.21 Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão54 Exemplo 6.21 Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão55 Exemplo 6.21 Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão56 Exemplo 6.21 Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão retorno 57 Exemplo 6.21 Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão concreto aço E E n 1n 58 Concreto Aço b d 6.7 Vigas de concreto armado Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão A Ay y ~ 0´´ 2 2 dnAhnAh b açoaço Uma vez que h´ por essa equação, a obtenção das tensões na viga prossegue de maneira usual. 59 6.7 Vigas de concreto armado Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão60 6.5 Flexão assimétrica A dedução é análoga a flexão simples. z III IMIM y III IMIM yzzy yzzzy yzzy yzyyz 22 cosMM z senMM y Referência: Oden and Ripperger - Mechanics Of Elastic Structures z IMIM IMIM y yzyyz yzzzy Igualando a tensão a zero, temos a definição da linha neutra (LN): Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão61 6.5 Flexão assimétrica cosMM z senMM y tan tan tan yzy yzz II II z y A LN, pode ser expressa por: Observa-se que a LN não é perpendicular ao plano do momento resultante. Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão62 6.5 Flexão assimétrica tantan y z I I Casos especiais: Observa-se que a LN não é perpendicular ao plano do momento resultante. Só será perpendicular se: Se a seção for simétrica, ou seja, os eixos y e z são os principais de inércia da seção, temos: 0yzI zy II Também, no caso de flexão sobre um eixo somente, ou seja, tem-se: 0 y yz I I tan Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão63 6.5 Flexão assimétrica Casos especiais: Ou seja, a não simetria da seção, , determina uma LN inclinada em relação a z. Estas observações são importantes na constatação de que a distribuição de tensões na seção é largamente dependente destas considerações. Pequenas inclinações no plano principal de momentos podem causar grandes variações na distribuição de tensões. 0yzI Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão64 6.5 Flexão assimétrica Exemplo: Considere uma viga em balanço com uma carga concentrada P, como mostrado na figura ao lado. Verifique a distribuição de tensão na seção com onde ocorre o maior momento fletor. Propriedades da seção: (considerando a espessura t como muito menor que a) 3 3 2 taI y 3 3 8 taI z 3taI yz Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão65 6.5 Flexão assimétrica Exemplo: O Momento máximo ocorre em x=0. Aplicando os dados na equação da tensão axial para flexão assimétrica, temos: z ta PL y ta PL xx 330 7 9 7 6 PLM z 0yM Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão66 6.5 Flexão assimétrica Exemplo: Verificando a tensão no ponto A. Ou seja, aplicando y = -a, z = 0. 27 6 ta PL Ax 222 7 3 7 9 7 6 ta PL ta PL ta PL Bx Analogamente, para o ponto B. Ou seja, aplicando y = -a, z = a. Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão67 6.5 Flexão assimétrica Exemplo: A distribuição de tensões é mostrada na figura ao lado. A LN está orientada pelo ângulo em relação a z, assim: y yz I I 1tan LN 3,565,1tan 1 Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão68 6.5 Flexão assimétrica Exemplo: A tensão máxima neste caso é: LN 27 6 ta PL Ax 28 3 ta PL y I M z z Se utilizarmos a equação simples da tensão normal por flexão, obtemos: Representa um erro de 56%. Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão69 Quando ocorrerem mudanças bruscas na seção transversal, as distribuições de tensão e deformação tornam- se complexas, onde são obtidas por meio de métodos experimentais ou análises matemáticas baseadas na teoria da elasticidade. 6.9 Concentração de tensão Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão70 Para que o engenheiro não tenha que fazer uma análise complexa da tensão descontinuidade, a tensão de flexão máxima é determinada para uma geometria especificada utilizando o fator de concentração de tensões K. A equação tem como foco o menor das áreas envolvidas já que a tensão máxima ocorre na base do raio. (na área menor) 6.9 Concentração de tensão I Mc Kmáx Prof. Vagner do Nascimento – Cap. 6: Flexão71 6.9 Concentração de tensão
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