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Cibercultura - Exclusão Digital

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UNIVERSIDADE PAULISTA
EXCLUSÃO DIGITAL
NO BRASIL E NO MUNDO
SÃO PAULO
2016
	
1 INTRODUÇÃO
	O mundo virtual possui espaço e tempo sem linearidade e com materialidade diminuída. Ele é como um complexo problemático onde está presente o digital, que é tudo que trabalha com informações reais que são convertidas em números binários, o que utiliza somente os números 1 e 0, fazendo com que essa informação seja representada digitalmente de forma intocável. A vantagem disso é que essa informação, mesmo em alguns casos perdendo um pouco de sua qualidade dependendo de como foi convertida, se torna fácil de multiplicar-se de forma idêntica. 
A exclusão digital pode ser definida como uma camada humanitária que fica a margem da sociedade enquanto a expansão de novos meios tecnológicos e digitais. Esta é vista como um problema para o desenvolvimento da sociedade, pois, é mais um fator que ressalta a desigualdade de classes econômicas e culturais, gerando assim outros problemas atuais como nível de desemprego alto, falta de inclusão da população carente de educação digital, contribuído assim para a falta de informação que hoje grande parte é obtida através da internet, além de outros problemas sociais.
Sendo assim, o trabalho presente levantará temas sobre a exclusão e inclusão de pessoas ao meio digital e os impactos causados na sociedade, economia e cultura.
2. A ERA DIGITAL
O século XXI é pautado pela era digital, ou era da informação, onde a tecnologia é dominante com aparelhos desde uma calculadora digital até uma TV, ou desde um celular até um outdoor eletrônico. As gerações atuais já estão, boa parte, inseridas neste mundo digital, embora seja imprescindível falar sobre era digital sem citar a Internet. 
As pessoas podem saber usar uma calculadora, mudar de canal na televisão, acessar um aplicativo pelo celular, manusear uma câmera fotográfica digital, mas dentre todos esses aparelhos digitais, sem o uso ta internet é praticamente inviável a existência de uma interação interpessoal.
2.1 ACESSO À INTERNET
	
(Imagem 1 - Tabela de usuários de internet por país, atualizada em 2016)
	Na tabela acima, entende-se melhor a situação dos 10 países que possuem mais usuários de internet no mundo. A lista oficial, contudo, encontrada no site Internet Live Stats contempla 201 países. 
O Brasil é o 4° país com mais acesso à internet no mundo, com 139,111,185 usuários de internet. Mesmo assim, ainda é pouco, pois esse número representa apenas 66,4% da população brasileira, ou seja, 70,456,735 pessoas ainda são excluídas digitalmente. O país com maior inclusão digital é a Islândia, (vide imagem 2) com 100% de penetração numa população de 331,778 habitantes. A população é pequena, e a área geográfica também, possuindo assim, uma média de 3,2 hab./km² enquanto o Brasil, 24,6 hab./km². Então é basicamente impossível ter esse critério para comparação, pois a China, por exemplo, tem uma densidade demográfica de 144 hab./km² e é o país com maior número de usuários da internet, 721,434,547. Em contrapartida, esse número representa apenas 52,2% da população chinesa. Ou seja, é um problema de gestão que ainda persiste em todo o mundo. Apesar do avanço contínuo nos gráficos sobre inclusão digital, os países mais populosos encontram grandes dificuldades para disseminar o acesso à internet.
(Imagem 2 - Tabela de usuários de internet por país, Islândia)
(Imagem 3 - Tabela apresentando os números de usuários de internet, a penetração que este número tem em relação ao número da população mundial que está logo em seguida, os "não-usuários", mudança de usuários em ano e mudança da população mundial, de 2016 à 2000 em ordem decrescente)
	Vide a tabela acima extraída do site Internet Live Stats, compreende-se melhor o acesso à internet em caráter mundial em relação ao número da população mundial desde os anos 2000 até 2016. Observando a porcentagem de penetração deste primeiro para com este segundo, observa-se um aumento significativo no acesso à internet.
3 EXCLUSÃO DIGITAL
	Sabemos que o Brasil enfrenta muitos problemas sociais e tem um nível de desigualdade bem elevado, segundo seu índice Gini. Assim, a exclusão digital, que ainda colabora para a exclusão social, se torna algo preocupante. Os meios existentes pensados para melhorar a inclusão digital não são o bastante para conter o problema da desigualdade brasileira. Isso pede por mais programas e ações desenvolvidas pelo Estado para tentar diminuir a separação entre pessoas que possuem e aqueles que não têm o acesso aos recursos tecnológicos.
	Pessoas que vivem mais distantes dos centros urbanos, de baixa renda e/ou baixo grau de escolaridade possuem grande dificuldade de acesso à informação digital, principalmente pelo fato de haver uma enorme falta de conexão à rede nas cidades mais distantes e menos urbanizadas. Além disso, a falta de investimento na educação e cultura é outro agravante, pois para que alguém possa acessar a internet, precisa ao menos saber ler, escrever e ter uma ideia de como se relacionar com os equipamentos e com a rede. Sem alfabetização digital o indivíduo encontra muito mais dificuldade para utilizar os meios digitais. Mesmo sendo um país extremamente populoso, apenas 66,4%, aproximadamente, das pessoas no Brasil tem acesso às redes. Este é um problema que afeta não só o Brasil, mas o mundo inteiro, e só mantendo uma estabilidade social poderia melhorar o problema.
3.1 IMPACTOS SOCIAIS
Sem dúvida a tecnologia é uma grande conquista da humanidade. Contudo, não há um cuidado com os impactos que o mesmo pode causar, assim podendo gerar um grande desequilíbrio social. O analfabetismo, social e digital, a miséria e o desemprego, são alguns dos efeitos deste problema.
Cada vez mais os meios tecnológicos se tornam indispensáveis no dia-a-dia das pessoas. A exclusão digital vai além apenas da falta de acesso à tecnologia. Para utiliza-la é necessário uma seria de recursos, como a alfabetização, sem essa função a compreensão é nula. Devido à grande porcentagem de analfabetos, o impacto causado tanto social quanto profissional, é extremamente negativo, sendo excluídos de processos seletivos, pois não há domínio.
Estamos vivendo em uma revolução tecnológica da qual as mudanças acontecem rapidamente. Através de computadores, softwares e da conexão com uma rede, realizamos tarefas intelectuais que foram pensadas e desenvolvidas para facilitar, organizar e agilizar o trabalho de quem utiliza esses meios. Isso gera uma grande mudança no comportamento dos indivíduos como, por exemplo, o contato com outra pessoa que não está em um local próximo. Esse contato pode acontecer através de algum aparelho eletrônico, ganhando tempo, pois não é mais necessário o encontro com a pessoa para resolver determinados assuntos. Outra mudança que pode acontecer é a velocidade com que conseguimos obter as informações que precisamos. Em uma pesquisa em um determinado navegador ou site de busca, conseguimos encontrar milhares de resultados de acordo com o que desejamos.
	Pierre Lévy propõe três possibilidades para responder a provocação da exclusão digital, afirma que a tendência é um aumento na conexão entre os países; depois diz que será cada vez mais barato se conectar; e, por fim, responde que todo sistema de comunicação acarreta alguma exclusão. Assim, mesmo possuindo a tecnologia, a aquisição de informações também pode ser utópica para a classe de menor poder aquisitivo. Com a informação tardia as classes inferiores da elite, a desigualdade para concorrência profissional, gera uma redução no mercado para a população sem condições financeiras.
O impacto vai além da sociedade, pois os indivíduos que formam a população do país, no qual não tem conhecimento do novo meio de informação, tende a não evolução econômica. Assim gerando mais gastos, por dependerem de programas-auxílio do governo.
 Está havendo uma redução cada vez maior no trabalho manual, este que está sendotrocado por robôs. Logo, as empresas estão buscando pessoas qualificadas e capazes de manusear, entender o funcionamento e a linguagem dessas tecnologias. Portanto a mão de obra que era necessária antigamente nas empresas esta sendo substituída. Quem não estiver incluso de alguma forma nesse mundo, estará sujeito ao desemprego. Essa substituição também é a causa do desemprego estrutural Sendo assim, a parte da população desprovida digitalmente é a mais afetada.
Outro fato que pode ser avaliado seriam as novas formas de cumprir com o trabalho. Hoje, com o chamado home office, muitas pessoas não precisam mais se deslocar até o local de trabalho. Em suas próprias casas, conectado á uma rede, elas conseguem realizar seus trabalhos, alterando assim a forma comum de trabalho da qual conhecemos. 	
(Imagem 4 - Fluxograma do funcionamento da tecnologia de informação)
Podemos incluir no contexto de impactos sociais pela exclusão digital, a possibilidade de manipulação de massa, devido ao grande poder que a classe elite exerce diante ao domínio da tecnologia. Sendo, limitação em educação, informação selecionada, notícias distorcidas, entre outros. 
	Na questão da reformulação do ensino, que atualmente presenciamos, a tentativa da inclusão digital por intermédio do governo, falha no modelo EAD (ensino à distância). Devido à falta de compreensão da linguagem digital, o aluno não assimila a matéria e não possui conhecimento das ferramentas. 
A exclusão digital é atualmente um tema de debates entre governos, instituições multilaterais e o terceiro setor. Formas são debatidas e pensadas como a implementação de redes e computadores em escolas publicas e a criação de novos telecentros em comunidades carentes.
3.1.1 DESIGUALDADE SOCIAL.
A desigualdade social, que ocorre em todos ou pelo menos na maioria dos países, tem como principal motivo a má distribuição de renda em determinada população, ela afeta a capacidade de acesso aos recursos diversos, como os da saúde, educação, cultura, mercado de trabalho e tecnologia. Sendo que, basicamente, países mais desenvolvidos, tem mais e melhor acesso a esses recursos. Já a maior parte dos países pobres/ subdesenvolvidos, possuem acesso mais limitado às tecnologias e recursos. Conclui-se que a desigualdade é gerada enquanto a maioria da população vive às graças de uma minoria que possui tais recursos. A falta de investimento nas áreas de educação, saúde, tecnologia, entre outros, é um problema que agrava a situação.
Como dito antes, a desigualdade social atinge o mundo inteiro, porém, em certos continentes e lugares o problema fica muito mais aparente. Um bom exemplo são os países africanos, no qual possuem o nível de desigualdade mais elevado se comparados ao resto do mundo.
	Algumas causas que provocam ou colaboram com a desigualdade são:
Má distribuição de renda.
Poucas oportunidades no mercado de trabalho.
Falta de investimento em áreas como saúde, educação, cultura, etc.
Capitalismo elevado. (etc.)
Outros países que apresentam nível de desigualdade bastante elevados são os Estados Unidos e México. Estes possuem o coeficiente de Gini* acima de 0,4. Por outro lado, a Eslovênia e a Dinamarca possuem os valores mais baixos, com Gini abaixo de 0,25. Os países nórdicos (Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia) mantêm os níveis de desigualdade mais baixos na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
(Imagem 5 - Tabela representando o nível de desigualdades destes países)
*Coeficiente de Gini: mede as desigualdades de uma sociedade, como desigualdades de renda, riqueza e de educação.
3.1.2 ANALFABETISMO DIGITAL.
 	Entendemos por Analfabeto Digital aquela pessoa que não tem o conhecimento sobre a linguagem digital e suas tecnologias. Uma pessoa que não sabe utilizar as ferramentas do computador para acesso à internet, envio de e-mails, criação de documentos, planilhas, entre outros.
Uma pessoa que não tem acesso à informática por diversos fatores externos (morar em uma região aonde a internet ainda não chegou, ou até mesmo uma região onde não possui energia elétrica), pode ser considerada analfabeta digital por não conhecer essa tecnologia, mas, também pode ser considerada analfabeta digital aquela pessoa que vive em um ambiente com todo o acesso tecnológico e não tem interesse em entender como funciona essa tecnologia. Isso acontece principalmente a população mais idosa, que por ter nascido em uma época em que essa tecnologia não existia, acaba não se interessando hoje em dia em aprender a usa-la. 
 	Os chamados Analfabetos Funcionais, aqueles que não conseguem interpretar pequenos textos, hoje totalizando 27% dos brasileiros, eram a grande preocupação da população. Com aos avanços tecnológicos, o número de analfabetos digitais consequentemente cresceu e vem se tornando cada vez mais uma grande preocupação junto ao analfabetismo funcional.
O analfabetismo digital pode ser considerado preocupante, pois, a inclusão da tecnologia se dá cada vez mais, na rotina das pessoas, e dessa forma elas passam a se comunicar através de e-mail por exemplo. Logo quem não tem acesso ou não sabe utilizar essa ferramenta, será prejudicado.
Nas imagens a seguir, pode-se analisar duas situações. Na primeira, um gráfico onde é mostrada a proporção da população que tem acesso a computadores de acordo com sua região. A grande maioria se encontra na região Sudeste, região onde estão as maiores cidades do país, seguindo pela região Sul, e Centro-Oeste.
(Mapa da exclusão digital/FGV)
Na segunda imagem, temos um gráfico onde é mostrada a proporção da população que tem acesso a computadores de acordo sua etnia. A grande maioria Amarela, seguido, com uma diferença de mais de 26% pela Branca, logo depois pela Parda.
 (Mapa da exclusão digital/FGV)
 
	Nos gráficos anteriores, podemos ver a proporção da população que tem acesso ao computador, por região de origem e sua etnia.
 Uma pessoa que não tem acesso à informática por diversos fatores externos (morar em uma região aonde a internet ainda não chegou, ou até mesmo uma região onde não possui energia elétrica), pode ser considerada analfabeta digital por não conhecer essa tecnologia, mas, também pode ser considerada analfabeta digital aquela pessoa que vive em um ambiente com todo o acesso tecnológico e não tem interesse em entender como funciona essa tecnologia. Isso acontece principalmente a população mais idosa, que por ter nascido em uma época em que essa tecnologia não existia, acaba não se interessando hoje em dia em aprender a usa-la. 
	Calcula-se que em 2015, 4,1 bilhões da população mundial não teve acesso à internet (apenas 50% da população da América Latina tem acesso a internet nos últimos meses), uma pequena diferença comparado com 2014, onde 4,3 bilhões da população não teve acesso a internet. Estima-se que se não houver uma mudança, em 2020 ainda serão 3 bilhões de pessoas sem acesso à internet.
Amish – Excluídos por opção.
Existe uma sociedade intitulada Amish, situada mais nos Estados Unidos e Canadá, onde seus costumes fazem com que eles vivam afastados da sociedade, não aceitando nenhuma ajuda do governo, se adaptando a um modo de vida bem simples onde não incluem o uso das tecnologias como carros, dirigindo apenas carroças, e telefones, pois acreditam que o telefone é um meio de comunicação para fora da comunidade. Eles possuem como crença que as novas tecnologias são obstáculos para o convívio em família.
Com o passar do tempo e o aumento da população Amish, alguns familiares acabaram mudando-se para outras comunidades, com isso a necessidade de que exista um meio de comunicação aumentaram, fazendo com que seus líderes permitissem na comunidade, do lado de fora das casas, o telefone. 
3.1.3 MERCADO DE TRABALHO.
Inclusão Digital. 	
Com o efeito da evolução tecnológica nos dias de hoje, o universo digital foi se apoderando do mundo, e com isso houve grandes mudanças e avanços na vida do homem, tanto na vida profissional, quanto na vidapessoal, modificando inclusive, sua qualidade de vida. Ainda assim, não nem todas as pessoas foram incluídas nesse avanço das tecnologias da informação, e consequentemente não acompanharam a linguagem digital e quais dimensões esta atingiu.
Assim podemos observar no universo digital o modo como utilizamos palavras como “website”, “logar”, “chat”, naturalmente no nosso dia a dia e, tantas outras que incluímos neste vocabulário. A inclusão digital prevê a possibilidade de acesso as ferramentas digitais e também a propagação e criação do conhecimento nesta área, visando a democratização da tecnologia. 
Em nenhum momento foi tão relevante entender a linguagem digital como hoje, como por exemplo, para conseguir um trabalho e/ou ingressar em uma faculdade a distância (EAD). Não é à toa que o conteúdo, inclusão digital, tem sido tratado como necessidade. Frisando que a exclusão social agrava a exclusão digital e, consequentemente, aumenta a exclusão socioeconômica. Tanto em nosso país quando no resto do mundo, ainda há muitos obstáculos a serem vencidos, como a pobreza, que atinge milhares de indivíduos e fazem com que estes sejam excluídos dessa “era digital”.
Exclusão digital.
Quando falamos de inclusos e exclusos digitais, podemos levantar o tema desigualdade social, e também o tema já citado anteriormente, “analfabetismo digital”, pois, a falta de acesso tecnológico está ligado a falta de estrutura na educação e a não inclusão das classes sociais mais baixas ou/e distanciadas dos centros urbanos.
O “analfabetismo digital” afeta principalmente a população mais pobre, que muitas vezes já sofre com falta de saneamento básico e transporte, e assim, com a falta de conhecimento digital, agrava mais o problema de inclusão.
No mercado de trabalho, pessoas sem conhecimento de informática, que não sabem utilizar um computador e não fazem o uso da internet são descartadas, pois, empresas globalizadas e que acompanham os avanços tecnológicos – e esses não são poucos – necessitam de pessoas capacitadas digitalmente. Sendo assim, as classes mais baixas têm poucas oportunidades de se inserirem no mercado pela falta de acesso a essas tecnologias que são voltadas para classe com poder aquisitivo maior. É pertinente citar que a falta de adaptação e atualização tecnológica tanto para pessoas quando para empresas, gera perda de oportunidades de crescimento. Por exemplo, para transações internacionais a tecnologia pode ser um fator decisivo para o comércio. 
Mesmo com as vendas de computadores crescendo 30% ao ano, a relação de máquinas por habitantes ainda é baixa quando comparada a outros países – apenas quatro para cada grupo de 100, e variando de um país para outro.
O Brasil entrou na era digital apenas na década passada, mas vem se desenvolvendo rapidamente. Porém, por ser um país onde a desigualdade social ainda é grande, a distância entre ricos e pobres, pessoas com e sem instrução e micros e grandes empresas fica ainda maior com relação ao acesso a internet. Enquanto a internet não se abrir para o mercado, afetará o comércio eletrônico brasileiro.
Medidas de e-desenvolvimento social, não substitui o desenvolvimento social, e nem a exclusão digital substitui medidas necessárias para enfrentar a pobreza, violência urbana e outros problemas sociais. 
A solução para a exclusão digital depende antes de tudo da ação do Estado, de aproveitar o andamento do mercado e das iniciativas das ONG’s para fornecer a integração e inclusão. As realizações de ações conjuntas são indispensáveis para um desenvolvimento igualitário da sociedade no meio digital.
3.2 PROJETOS SOCIAIS
Projetos Sociais. 
No Brasil e no mundo as dificuldades de inserção de sistemas digitais têm se deparado com vários empecilhos, por conta disso, alguns governos vem investindo em projetos que possibilitem a educação digital.
Em nosso país, o governo desenvolveu diversos projetos para que as partes mais carentes da população pudessem ter acesso a novas ferramentas, e que com isso, tivessem a oportunidade de adquirir e propagar o conhecimento, além de terem acesso à diversas opções de cultura, lazer e também ao mercado de trabalho. Desta maneira os projetos de inclusão digital são atitudes que auxiliam a democratização do acesso as vigentes tecnologias, trazendo computadores, cursos e conexão de internet aos cidadãos mais necessitados.
Dessa forma, foram desenvolvidos projetos como o de inclusão digital para jovens de áreas rurais, juntamente com a Secretária da Juventude da Presidência da República. O programa teve início em 2011, com 41 projetos selecionados propostos por 28 instituições públicas federais com seu fim em 2013, este projeto formou e capacitou 6,4 mil jovens. Alguns desses projetos acabaram somente em 2015, onde foram investidos R$ 3,3 milhões, estes tiveram duração de 12 a 24 meses e foram desenvolvidos nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Piauí, Ceará e Paraná. Dentre as pessoas favorecidas por este projeto, encontravam-se jovens indígenas de comunidades quilombolas e agricultores. 
Outro projeto de inclusão digital que podemos citar é o Computadores para Inclusão, onde este possibilita a formação de jovens com instabilidade social, com o desenvolvimento de cursos, oficinas e diversas atividades cedidas pelo Centro de Recondicionamento de Computadores. Os computadores utilizados são doados por bibliotecas, telecentros, escolas e etc. Além disso, inclui diversos jovens, digitalmente. O projeto também propõe a compreensão sobre o descarte apropriado de resíduos eletrônicos. O funcionamento deste projeto é feito de parcerias entre instituições que desenvolvem ações de elaboração e reparos de equipamentos. As CRCs estão localizadas nas regiões metropolitanas de São Paulo, Curitiba, Recife, João Pessoa, Porto Alegre, Valparaíso, Petrolina e Maracanaú. Desde a fundação do projeto, mais de 3,8 mil jovens foram formados e com isso conseguiram entrar no mercado de trabalho, nesse tempo mais de 4,8 mil computadores foram reparados.
A inclusão digital para cidadãos, também pode ser vista como um elemento de transformação social, projetos são desenvolvidos com o intuito de englobar a parcela mais carente da sociedade no mundo digital, mas para que realmente ocorra uma mudança é necessário também o investimento na educação (profissional e pessoal), pois devemos compreender que os âmbitos sociais, econômicos, culturais e políticos formam uma infraestrutura complexa que devem visar o bem comum.
4. CONCLUSÃO
	Apesar do grande número de pessoas acessando à internet, o número de excluídos digitais ainda é grande. É preciso que seja implantado um novo método de ensino para inclusão digital desde a educação básica até o Ensino Médio, assim, já tendo grande conhecimento da tecnologia, possibilitando a acessibilidade ao mercado de trabalho com mais facilidade. Educadas digitalmente, as pessoas passam a ter interação com outras culturas, idiomas, informações, entre outras. Com a inclusão, coseguimos aniquilar os extremos sociais tornando tudo mais igualitário. 
	Os projetos sociais para inclusão digital têm tido resultados, contudo, vide o que foi apresentado neste trabalho acadêmico, conclui-se portanto que o avanço populacional corre junto com o aumento de inclusão digital. Num país como o Brasil, onde há 24,6 hab./km², é imprescindível novas medidas para que o acesso ao ciberespaço seja disseminado em todo território nacional. 
	Os projetos sociais desenvolvidos pela ONU e por grandes empresas como a Google causam grande impacto com relação a inclusão social e digital, acarretando grande evolução na economia, educação e entretenimento. Porém, a aliança entre grandes empresas e o governo administrando os projetos de forma única, possibilitam maiores chances de impacto positivo na sociedade como um todo. 
	
5. REFERÊNCIAS
Cidadania Digital, O que é ser um excluído digital? Disponível em: <http://cdcsantarita.blogspot.com.br/2010/05/o-que-e-ser-um-excluido-digital.html> Acessoem: 10 de setembro 2016.
Scielo Brasil, Exclusão Digital. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-33002005000200006> Acesso em: 10 de setembro de 2016.
Hardware, Digital. Disponível em: <http://www.hardware.com.br/termos/digital> Acesso em: 10 de setembro de 2016.
Dicionário Informal, Digital. Disponível em: <http://www.dicionarioinformal.com.br/digital/> Acesso em: 15 de setembro de 2016.
Jurídico Certo, A tecnologia, a exclusão digital, social e as relações trabalhistas. Disponível em: <https://juridicocerto.com/p/deise-menezes-adv/artigos/a-tecnologia-a-exclusao-digital-social-e-as-relacoes-trabalhistas-2282> Acesso em: 15 de setembro de 2016.
Magnno Martins, Inclusão e Exclusão Digital. Disponível em: <https://magnno.wordpress.com/2010/06/28/inclusao-e-exclusao-digital-%E2%80%93-dois-lados-de-uma-mesma-moeda-no-brasil-e-no-mundo/> Acesso em: 15 de setembro de 2016.
Toda Matéria, Desigualdade Social. Disponivel em: <https://www.todamateria.com.br/desigualdade-social/> Acesso em: 17 de setembro de 2016.
Desigualdade Social, História da Desigualdade Social. Disponivel em: <http://desigualdade-social.info/> Acesso em: 18 de setembro de 2016.
Observatório das Desigualdades, Países da OCDE mais pobres e desiguais. Disponível em: <https://observatorio-das-desigualdades.com/2015/05/22/paises-da-ocde-mais-pobres-e-desiguais/> Acesso em: 18 de setembro de 2016.
Meus Gastos, Lista dos países por índice de Desigualdade Social. <http://www.meusgastos.com.br/blog/noticia/lista-dos-paises-por-indice-de-desigualdade-social/> Acesso em: 18 de setembro de 2016.
Rede Mobilizadores, Exclusão digital é reflexo da desigualdade social no país. Disponivel em: <http://www.mobilizadores.org.br/entrevistas/exclusao-digital-e-reflexo-da-desigualdade-social-no-pais/> Acesso em: 18 de setembro de 2016.
Caminhos para Inclusão Digital, Analfabetismo Digital. Disponível em: <http://caminhoinclusaodigital.wikidot.com/analfabetismo-digital> Acesso em: 24 de setembro de 2016.
A página, Analfabetismo Digital. Disponível em: <http://www.apagina.pt/?aba=7&cat=135&doc=10185&mid=2> Acesso em: 24 de setembro de 2016.
Sipse.com, Analfabetismo Digital. Disponível em: <http://sipse.com/opinion/analfabetismo-digital-220263.html> Acesso em: 24 de setembro de 2016.
G1, Analfabetismo ainda atinge 27% dos brasileiros. Disponível em: <http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2016/02/analfabetismo-ainda-atinge-27-dos-brasileiros-e-desafios-sao-grandes.html> Acesso em: 24 de setembro de 2016.
Olhar Digital, Mais de 4 bilhões de pessoas ainda não tem acesso à internet. Disponível em: <http://olhardigital.uol.com.br/noticia/mais-de-4-bilhoes-de-pessoas-ainda-nao-tem-acesso-a-internet-no-mundo/55333> Acesso em: 30 de setembro de 2016.
Facebook News Room – US, State of Connectivity 2015. Disponível em: <https://fbnewsroomus.files.wordpress.com/2016/02/state-of-connectivity-2015-2016-02-21-final.pdf> Acesso em: 30 de setembro de 2016.
Internet Live Stats, Internet Users 2016. Disponível em: >http://www.internetlivestats.com/< Acesso em: 30 de setembro de 2016.
Empower – BR, Os Amish e nós. Disponível em: <http://empowerbr.com.br/os-amish-e-nos/> Acesso em: 30 de setembro de 2016.
Jurídico Certo, A Tecnologia, A Exclusão Digital, Social E As Relações Trabalhistas. Disponível em: <https://juridicocerto.com/p/deise-menezes-adv/artigos/a-tecnologia-a-exclusao-digital-social-e-as-relacoes-trabalhistas-2282> Acesso em: 24 de setembro 2016.
Academia, Exclusão digital e comunicação cidadã na Internet: a experiência da Agência Jovem de Notícias. Disponível em: <http://www.academia.edu/1180851/Exclus%C3%A3o_digital_e_comunica%C3%A7%C3%A3o_cidad%C3%A3_na_Internet_a_experi%C3%AAncia_da_Ag%C3%AAncia_Jovem_de_Not%C3%ADcias> Acesso em: 24 de setembro 2016.
Slide Share, Tecnologias da Informacao e seu Impacto na Sociedade. Disponível em: <http://pt.slideshare.net/drill/tecnologias-da-informacao-e-seu-impacto-na-sociedade> Acesso em: 28 de setembro 2016.
Brapci, Impactos Sociais das Tecnologias de Informação. Disponível em: <http://www.brapci.ufpr.br/brapci/_repositorio/2010/03/pdf_03146e4bbf_0008921.pdf> Acesso em: 28 de setembro 2016.
Magnno, Inclusão e Exclusão Digital – Dois lados de uma mesma moeda no Brasil e no Mundo. Disponível em: <https://magnno.wordpress.com/2010/06/28/inclusao-e-exclusao-digital-%E2%80%93-dois-lados-de-uma-mesma-moeda-no-brasil-e-no-mundo/> Acesso em: 28 de setembro 2016
Youtube, Inovação, inclusão digital e políticas públicas, a perspectiva de Minas Gerais. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=p9ScYzPFIdk> Acesso em: 2 de outubro 2016.
Youtube, Dilma Rousseff: Exclusão digital acirra a desigualdade social. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=2B_kZuh02h8> Acesso em: 2 de outubro 2016.

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