RELATÓRIO DE ANÁLISE DE PROJETO ESTRUTURAL

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Relatório de análise de projeto estrutural 
Estruturas de concreto armado II 2016.2
Contratante: Hannah Farias
Responsável pelo projeto: x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x
Responsável pela análise do projeto: Ana Luíza, Beatriz Oliveira, Brenda Fernandes, Jordana Cibelly, Mariana Magalhães, Roseana Gadêlha.
UNIVERSIDADE POTIGUAR –UNP – Campus Mossoró
Escola de Engenharia e Ciências Exatas
Engenharia Civil
Estruturas de concreto armado II– 2016.2
Prof.: Hannah Farias
Avaliação Unidade 2 
Relatório de análise de projeto estrutural
Nomes :
Ana Luíza 201309201; 
Beatriz Oliveira 201304594 ;
Brenda Fernandes 201204146;
Jordana Cibelly 201309998;
Mariana Magalhães 201300754; 
Roseana Gadelha 201309353.
Turma :
8NA
NOVEMBRO/2016
Descrição do serviço contratado
Como atividade avaliativa para a segunda unidade do semestre 2016.2, foi solicitado pelo contratante a análise dos projetos estruturais para encontrar as possíveis inconformidades normativas nesses.
A partir do presente relatório, será definido se os projetos estruturais seguem para a execução ou retornam para o engenheiro responsável a fim de realizar os ajustes observados.
O projeto refere-se a uma edificação de médio porte, com uma área de 177,5m². Será de fim comercial e sua estrutura executada de maneira convencional, com o fechamento em blocos cerâmicos.
Análise das pranchas
Orientações do projetista para garantir a qualidade e a execução adequada – Em todas as pranchas
Para fins de orientar o responsável pela execução da obra, solicita-se que estejam registradas em todas as pranchas, na forma de notas, as especificações do projetista para garantir a qualidade e a execução adequada, bem como critérios de durabilidade como definidos na seção 7 da NBR 6118/2014.
É importante que seja indicada a forma de realização da cura dos elementos estruturais, assim como sua duração e periodicidade. 
Quanto ao escoramento e as fôrmas, é necessário que seja especificado o prazo mínimo para a retirada e a resistência característica para a correspondente data ”j”, de acordo com o prescrito na NBR 12655/15. Para os casos em que a retirada for capaz de introduzir solicitação a estrutura diferente da considerada em projeto, é importante que conste no projeto o plano de retirada para o escoramento, até mesmo de maneira esquemática. Faz-se necessário também, de acordo com a NBR 14931/2004, a indicação das contra flechas quando existentes.
De acordo com a seção 7 da NBR 6118/2014, pede-se que sejam definidos os critérios de durabilidade começando com a classificação quanto a agressividade do meio (Classe de Agressividade Ambiental, tabela 6.1 da NBR 6118/2014), o que conforme ensaios comprobatórios de desempenho da estrutura, estabelece parâmetros mínimos a serem atendidos como a relação água/cimento, classe de resistência do concreto e o valor da resistência característica a compressão (Tabela 7.1 da NBR 6118/2014). Sendo a Resistência Caracteristica (Fck) obrigatoriamente informada em todas as folhas do memorial de cálculo e do projeto, conforme estabelecido no item 4.2 da referida norma. Também relacionado a classe de agressividade do meio, deve estar registrado o valor do cobrimento nominal para as estruturas de concreto, conforme tabela 7.2 da NBR 6118/2014.
	O módulo de elasticidade do concreto (Ecs) é especificado em função da resistência característica a compressão (tabela 8.1 da NBR 6118/2014) e juntamente com a origem (granítica ou calcária) e dimensão máxima do agregado graúdo, devem estar registrados nas pranchas do projeto estrutural para fim de caracterizar os materiais que serão utilizados. 
Pranchas 1/5 e 2/5 – Plantas de forma da 1ª e 2ª laje
Para as pranchas com plantas de forma e lajes é importante que estejam detalhados os elementos e suas dimensões. 
 Para as lajes, é necessário que seja especificado o tipo que será executado. No caso de lajes pré-fabricadas, treliçadas ou nervuradas, deverá ser indicado o sentido da armação das nervuras ou vigotas (como indicado no projeto). Contudo, faltam as especificações sobre sua altura, largura, e a distância entre eixos. Bem como a indicação da espessura da capa de concreto, características do elemento de enchimento e, para as lajes treliçadas, a especificação da armação treliçada; No caso de lajes cogumelo ou plana, deverá ser indicada a posição e as dimensões dos capitéis. Também devem ser indicadas as aberturas, rebaixos e detalhamento da armadura adicional para a nervura de travamento indicada na 1ª laje.
Pranchas 3/5, 4/5 e 5/5 – Detalhamento de Pilares, Escada e Vigas.
É importante que na prancha de detalhamento das peças estruturais sejam apresentadas (os):
A seção longitudinal de todas as peças, mostrando a posição, a quantidade, o diâmetro e o comprimento de todas as armaduras longitudinais, bem como as emendas necessárias.
O Volume de materiais consumidos com concreto e formas.
Notas explicativas com:
Unidade de medida utilizada nos desenhos.
Indicação da sobrecarga utilizada nos cálculos.
Quadro resumo de aço com as seguintes informações:
Tipo de aço (CA50, CA60); 
Posição (numeração da ferragem); 
Diâmetro da armadura (em mm); 
Quantidade de barras de mesma posição; 
Comprimento unitário da barra (em cm); 
Comprimento total das barras de mesma posição, em cm (comprimento unitário da barra x quantidade de barras de mesma posição); 
Detalhamento da bancada de pinos de dobragem para as armaduras transversais e longitudinais
Pede-se que no detalhe das armaduras sejam indicados:
Número da posição.
Diâmetro da barra (em mm), obedecendo os critérios da NBR 6118/2014 quanto a taxa mínima e máxima de aço.
Espaçamento das barras, quando necessário.
Comprimento de ancoragem.
Comprimento total da barra.
Pilares PT1, PT2, PT3, PT4, PT5, PT6 e PT7
Deve ser realizado readequadas as seções transversais dos pilares quanto a dimensão mínima e a área de seção transversal mínima permitida pela NBR 6118/2014, item 18.4.
Cintas Cobertura
	Pede-se que sejam numerados os detalhamentos das seções transversais das cintas, bem como que a de dimensões 10x20cm seja readequada quanto as dimensões mínimas permitidas pela NBR 6118/2014, item 18.3.
Anexos
Considerações 
O código do consumidor de 1990, no seu artigo 12, especifica que o fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos.
Portanto, é de grande importância que as partes envolvidas na fase de planejamento de uma edificação, contratante, projetista e executor (sem mencionar fornecedores e fabricantes) estejam de acordo com o produto que está sendo desenvolvido.
O presente relatório identificou possíveis desconformidades no projeto estrutural, tanto em relação a orientações construtivas quanto ao que orientam as NBR’s 6118/2014 e 12655/2015 quanto a elaboração de projetos e execução de elementos de concreto armado. Sendo observado também a ausência de algumas especificações e orientações do projetista que serão de fundamental entendimento durante a execução do projeto, para que o produto final tenha o desempenho e a durabilidade pretendidos.
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Projeto de estruturas de concreto, Procedimentos. 6118. Rio de Janeiro – RJ, 2014. 256p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Concreto de cimento Portland — Preparo, controle,
Recebimento e aceitação, 12655. Rio de Janeiro – RJ, 2015. 29p.
CARVALHO, Dácio, et al. Manual de fundamentos do projeto estrutural. Sinduscon-CE. Disponível em: < http://www.sinduscon-ce.org/ce/downloads/links/Manual-de-Fundamentos-do-Projeto-Estrutural-Capas.pdf>.Acesso em 12 de novembro de 2016.
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA CATARINENSE. Instruções Normativas Para Elaboração De Projetos Estruturais Em Concreto Armado, Estruturas Metálicas Ou Estruturas Em Madeira. Ministério da educação. Blumenau – SC. 2010. Disponível em: < http://ifc.edu.br/wp-content/uploads/2014/05/Instru%C3%A7%C3%A3o-Normativa-Projeto-Estrutural.pdf>. Acesso em 12 de novembro de 2016.
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