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Universidade Anhanguera – Santo André ATPS – DIREITO PROCESSUAL PENAL I Geison Killinger Cara RA 1299132005 Leticia B. da S. Sousa RA 9902009868 Mônica H. Sire RA 8412143872 Nicolle de J. de Souza RA 8486201587 Silvana L. Petineli RA 8488211816 Vivian H. Milanez RA 5027581417 Direito Processual Penal I Prof. Lucy 6° Semestre A Santo André – SP 2016 2 Geison Killinger Cara Leticia B. da S Souza Mônica H. Sire Nicolle de J. de Souza Silvana L. Petineli Vivian H. Milanez ATPS – DIREITO PROCESSUAL PENAL I ETAPA 3 E 4 Santo André – SP 2016 3 INTRODUÇÃO Esta atividade visa identificar os princípios processuais penais do direito pátrio, que serão utilizados para sempre no decorrer de nossa carreira jurídica, cujo estudo elenca a exata compreensão de suma importância para a boa aplicação do Direito. ETAPA 3 Eventuais benefícios e prejuízos para a mulher que sofre violência doméstica, com a aprovação da ADI 4424. Discorrendo sobre os benefícios e prejuízos para a mulher que sofre violência doméstica diante da aprovação da ADI 4424, a sociedade brasileira passou a contar com uma lei específica para os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, que balizou o alcance da legislação pacificando em sua jurisprudência o entendimento a ser aplicado pelo Poder Judiciário. A Lei federal 11.340, de 7 de agosto de 2006, conhecida como Lei Maria da Penha, a lei leva o nome de uma mulher que durante 23 anos sofreu maus tratos, agressões físicas e morais e duas tentativas de homicídio, uma com um tiro pelas costas, que a deixou paraplégica, e outra quando quase foi eletrocutada em uma banheira praticadas pelo marido e pai de suas filhas. Desde então, a farmacêutica cearense Maria da Penha Maia Fernandes, milita em favor dos direitos das mulheres. A lei representa um avanço na legislação que visa erradicar, prevenir e punir a violência contra a mulher, detalhando as formas de violência doméstica e familiar, que engloba a violência física, psicológica, sexual, patrimonial e moral, prevê medidas protetivas de urgência visando garantir a segurança da vítima, como o afastamento do agressor do local de convivência e com a fixação de limite mínimo de 4 distância, ainda permite a prisão preventiva do agressor e aumenta as penas para os casos de lesões corporais praticadas no âmbito doméstico contra a mulher. O entendimento Jurisprudencial. Com o vigor da Lei Maria da Penha, começaram a chegar à Justiça processos interpretações divergentes dos magistrados quanto à sua aplicação, relacionadas à regra. A análise da norma chegou ao STF por meio de duas ações de controle concentrado de constitucionalidade; Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) 19 e Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4424, julgadas em 9 de fevereiro de 2012. No julgamento da ADC 19, a votação foi unânime sobre a sua constitucionalidade. Pacificando entendimento sobre a aplicação da lei, permitindo decisões uniformes em todas as instâncias do Judiciário, a lei retirou da invisibilidade e do silêncio a vítima de hostilidades ocorridas na privacidade do lar e representou um movimento legislativo claro no sentido de assegurar às mulheres agredidas o acesso efetivo à reparação, proteção e justiça. Colocando-se em prática uma política criminal com tratamento mais severo, que se adequa com sua gravidade. A Lei Maria da Penha inaugurou uma nova fase de atos e medidas especiais tomadas pelo estado de direito, espontânea ou compulsoriamente, com o objetivo de eliminar desigualdades historicamente acumuladas, garantindo a igualdade de oportunidades e tratamento, bem como de compensar perdas provocadas pela discriminação e em favor da mulher na sociedade brasileira. A lei está em consonância com a proteção que cabe ao Estado dar a cada membro da família, nos termos do parágrafo 8º do artigo 226 da Constituição Federal, o próprio princípio da igualdade contém uma proibição de discriminar e impõe ao legislador a proteção da pessoa mais frágil. Não há inconstitucionalidade em legislação que dá proteção ao menor, ao adolescente, ao idoso e à mulher. 5 Dos benefícios Além disso, a Lei cria Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, a construção de casas-abrigo para mulheres e dependentes menores, a inclusão das vítimas em programas sociais, a prioridade para transferência de cidade caso seja servidora pública ou a estabilidade de seis meses para afastamento do trabalho caso seja da iniciativa privada. Nesse contexto, os ministros julgaram procedente a ADI 4424, ajuizada pela Procuradoria Geral da República (PGR). O artigo 16 da lei dispõe que as ações penais públicas “são condicionadas à representação da ofendida”, mas, para a maioria dos ministros do STF, essa circunstância acabava por esvaziar a proteção constitucional assegurada às mulheres. Com a decisão, o Plenário entendeu que nos crimes de lesão corporal praticados contra a mulher no ambiente doméstico, mesmo de caráter leve, o Ministério Público tem legitimidade para deflagrar ação penal contra o agressor sem necessidade de representação da vítima. Também na ocasião, os ministros entenderam que não se aplica a Lei 9.099/1995, dos Juizados Especiais, aos crimes abrangidos pela Lei Maria da Penha. Considerando que o artigo 16 da lei fragilizava a proteção constitucional assegurada às mulheres, ao condicionar as ações penais públicas à representação da ofendida. O Estado é partícipe da promoção da dignidade da pessoa humana, independentemente de sexo, raça e opções, como se observa o artigo 226, parágrafo 8º, da Constituição Federal, relativo à proteção da família. Portanto, é dever do Estado adentrar ao recinto quando houver violência, não se coaduna deixar a critério da vítima fragilizada a abertura ou não de processo contra o agressor, porque a manifestação da vontade da mulher é cerceada pela própria violência, por medo de represálias e de mais agressão, desta forma, beneficamente, a vítima tem uma maior segurança não se expondo, em razão do temor pelo agressor, os agentes policiais também participam de uma nova conduta, geraram responsabilidades administrativas e criminais, com o dever de efetuar a prisão do agente que se encontra em flagrante, nos casos de lesões corporais graves no âmbito 6 familiar, com o dever de agir quando no local da ocorrência se deparar com notórias lesões advindas de uma agressão, feitas pelo companheiro agressor. Dos Prejuízos No caso “se” a vítima e o agressor fizerem as pazes, não será possível renunciar os efeitos da condenação e o seu companheiro ou cônjuge sofrerão as penas previstas em lei. Ainda, na recusa da vítima a se deslocar até a delegacia, para efetuar o registro da agressão, o agente policial não poderá efetuar sua condução sem o seu consentimento, e nesse caso deverá produzir outros meios de provas, que darão sustentação a lavratura do flagrante, sejam eles, laudos médicos que tenham prestado atendimento a vítima, testemunhas que tenham presenciado a agressão, fotografias ou depoimento dos próprios policiais que atenderam a ocorrência, pois eles estão revestidos de sua fé pública. A vítima se recusando de prestar seu depoimento na fase do inquérito policial,a autoridade poderá conduzi-la coercitivamente. CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir do julgamento da ADC 19 e da ADI 4424, o STF fixou entendimento com caráter vinculante que passou a guiar a atuação de todo o Judiciário brasileiro quanto ao tratamento que deve ser dado aos processos relacionados à violência doméstica contra a mulher, com perfeita aderência, o STF conferiu expressamente, o efeito erga omnes e vinculante, à interpretação conforme a Constituição à Lei Maria da Penha e sua aplicação, integrado de forma legítima ao Poder Judiciário e com todas as garantias que estejam previstos a partir e com raiz no texto constitucional. Com a máxima compreensão da importância sobre a boa aplicação do Direito conclui- 7 se que, se o Estado Democrático de Direito, melhora sua atuação a bem da justiça social, visando-se a melhoria em prol da celeridade e dos direitos fundamentais e da dignidade da pessoa humana e familiar, afinal… ” A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. ” (Art. 226.Constituição Federal de 88) Santo André, novembro de 2016. 8 ETAPA 4 Esta atividade é importante para que o estudante tenha amplo entendimento sobre as nuances sobre o novo procedimento eletrônico, que está sendo implantado em todo o país. O Poder Judiciário brasileiro iniciou abertura de espaço para as ferramentas tecnológicas com a Lei 10.259/01, estabelecendo aos Juizados Especiais Cíveis e Criminais no âmbito federal, em seu artigo 8º, §2º, a admissão de intimação das partes, e o recebimento de petição por meio eletrônico. Com o advento da Emenda Constitucional nº 45/04, que acresce ao artigo 5º, LXXXVIII da Constituição Federal a razoável duração do processo e os meios que garantam maior celeridade, inicia-se um pensamento mais contemporâneo acerca do processo eletrônico, visando à redução de tempo dos processos judiciais. Breve relato O ano de 2006 trouxe ao Poder Judiciário uma maior utilização da tecnologia, com Lei a 11.419/06, que dispõe sobre a informatização do processo judicial, bem como altera alguns artigos do Código de Processo Civil de 1973 e dá outras providencias. Assim, ocorre um início de desenvolvimento dos Tribunais brasileiros no âmbito da informatização. No ano seguinte, com a Resolução de 344/2007 do Supremo Tribunal Federal, ocorreu a implantação do sistema E-STF para prática de atos processuais e peticionamento em meio eletrônico. Passada essa primeira experiência do Poder Judiciário na seara dos meios eletrônicos, foi criado, em 2009, o Processo Judicial Eletrônico, o sistema concretiza o alcance do princípio da efetividade da tutela jurisdicional, a partir da resolução 9 185/2013 do CNJ, institui o Sistema Processo Judicial Eletrônico - PJe como sistema de processamento de informações e prática de atos processuais e estabelece os parâmetros para sua implementação e funcionamento, é um sistema de tramitação de processos judiciais cujo objetivo é atender às necessidades dos diversos segmentos do Poder Judiciário brasileiro (Justiça Militar da União e dos Estados, Justiça do Trabalho e Justiça Comum, Federal e Estadual). Assim, a percepção da importância da tecnologia como aliada da advocacia, e isso só se pode concretizar com o alcance do princípio da efetividade da tutela jurisdicional, o que, consequentemente, só é possível se o Sistema PJe estiver em pleno funcionamento e com total suporte aos advogados, a condição de exercício profissional, beneficia toda a população que se utiliza diariamente dos serviços de advocacia, é um resultado da união de requisitos definidos pela Justiça Federal com as revisões empreendidas no âmbito do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a fim de assegurar a possibilidade de utilização nos diversos segmentos de Justiça com a colaboração de diversos tribunais brasileiros. Desenvolvido pelo CNJ em parceria com os Tribunais e a Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, com o intuito de automação do Judiciário. Formas de acesso Para acessar o sistema PJe é necessário configurar o ambiente do computador instalando alguns hardwares e softwares, conforme roteiro disponibilizado abaixo. Lembramos que todas as configurações são necessárias para que o acesso ao PJe seja possível. 10 Procedimentos eletrônicos A Informatização judicial e na tentativa da implantação da prática de atos processuais por meio eletrônico, conforme permitido pela legislação em vigor, vários sistemas emergiram, já que as leis deixaram a critério de cada órgão jurisdicional o regramento específico e a elaboração do programa. Assim, cada sistema contava com uma interface gráfica distinta e funcionalidades próprias, o que gerava dissabores aos profissionais que atuavam perante múltiplas cortes. Cumpre ressaltar que o sobredito Manual (“Manual Prático do Peticionamento Eletrônico”) tem ainda grande importância, pois traz em seu bojo instruções preciosas, em linguajar simples, e ilustrações de fácil visualização, dedicadas a ensinar a compreender o processo da certificação digital, necessária à utilização do PJe, e também auxiliá-los na instalação de programas de computador e na resolução de problemas, que, eventualmente, possam surgir. Por fim, o sistema baseia-se em interface gráfica única, com ajustes em funcionalidades no que tange à matéria tratada por cada Tribunal. Login com usuário e senha Observação: Por questões de segurança e autenticidade de informações, o login com usuário e senha para acesso ao PJe do CNJ só está disponibilizados para os usuários que já realizaram o cadastro no sistema com o certificado digital. Para acessar o PJe utilizando login e senha, deve-se realizar os seguintes passos: Passo 1: Inserir o número do CPF (identificação do usuário no PJe) e a senha cadastrada no sistema e clicar no botão "ENTRAR". Iniciar sem certificado. 11 Passo 2: Na tela principal, no topo da página apresentará um círculo de cor laranja sinalizando que o usuário está acessando o sistema via usuário e senha Sistema operacional Embora o PJe funcione também em sistemas operacionais livres, para melhor suporte quanto ao uso do certificado digital, recomendamos o uso do Windows das versões a partir do Windows XP. Certificado Digital O Certificado Digital é um documento eletrônico que identifica com segurança pessoas físicas ou jurídicas, por meio da criptografia, tecnologia que assegura o sigilo e a autenticidade de informações. A certificação digital é utilizada para a identificação pessoal em sites de acesso restrito e também para a assinatura de documentos eletrônicos. A Certificação Digital possibilita a execução de procedimentos no meio eletrônico, sem o uso do papel, e com validade jurídica. Para acesso ao PJe é necessário possuir um Certificado Digital ICP-Brasil A3 e ter alguns programas necessários instalados em seu computador. Para mais informações de como obter um certificado digital, visite: Como obter um certificado digital Orientações sobre Emissão, Renovação e Revogação de Certificados Digitais e-CPF ou e-CNPJ 12 Driver e gerenciador do certificado digital Existem duas formas de armazenamento do certificado digital, via: Cartão inteligente (smartcard): é um cartão com chip, onde será necessário um leitor de cartão compatível; Token criptográfico: é um dispositivo USB (semelhante a um pen-drive). É necessário instalar o driver da leitora de cartão inteligente ou do token criptográficopara habilitar o funcionamento para a utilização do certificado. Os aplicativos necessários à utilização desses dispositivos devem ser fornecidos pela entidade de quem foi adquirido o certificado digital. O Gerenciador do certificado digital é o programa responsável pela administração do seu certificado digital, o mais utilizado é o SafeSign. É através dele que o Windows gerencia sua leitora de cartão (ou token), acessando o seu certificado digital quando este for requisitado. Abaixo, segue a relação de alguns sites com dicas para instalação e configuração da leitora ou token: http://www.certisign.com.br/atendimento-suporte/downloads; http://www.acbr.org.br/arquivos/manual/GuiadeinstalacaSafeSign.pdf; http://www.receita.fazenda.gov.br/Novidades/Informa/DestaqueCertificadoDigital.htm Para informações sobre a lista de autoridades responsáveis pela a emissão de certificados: http://www.iti.gov.br/index.php/icp-brasil/estrutur 13 Observações para Linux e Mac OS X Para usuários de Linux e Mac OS X, a applet de assinatura, quando do primeiro acesso, tentará identificar automaticamente o driver de controle PKCS11 de seu dispositivo criptográfico. Não encontrando, será exibida uma janela de seleção de arquivo em que será necessário indicar o nome desse driver: no Linux o nome do arquivo é "NOME_DO_DRIVER.so"; no Mac OS X o nome do arquivo é "NOME_DO_DRIVER.dylib". Esses drivers são fornecidos por quem vendeu o dispositivo criptográfico e são específicos para o dispositivo e sistema operacional. Caso a detecção automática não funcione ou o arquivo selecionado pelo usuário não dê acesso ao dispositivo, será necessário criar o arquivo ~/.pje/pkcs11.conf, ou seja, um arquivo de texto com nome pkcs11.conf, no diretório .pje do diretório "HOME" do usuário. Esse arquivo deverá ter o seguinte conteúdo: library=<caminho_do_driver>/<nome_do_driver_pkcs11> name=PersonalProvider O caminho e o nome do driver deve ser obtido pelo usuário de seu fornecedor de dispositivo criptográfico. Cadeia de Certificação ICP-Brasil A assinatura de documentos no PJe somente pode ser feita utilizando certificados digitais que pertençam à cadeia ICP-Brasil. A cadeia de certificação deve ser instalada no computador do usuário, o que pode ser feito seguindo as instruções da página do repositório das cadeias de certificação mantida pelo Instituto Nacional de Tecnologia da Informação: http://www.iti.gov.br/icp-brasil/certificados. 14 Navegador de Internet O navegador de internet é a ferramenta que possibilita o acesso ao sistema PJe, e o navegador homologado para o PJe é o Mozilla Firefox. Em versões mais recentes do Mozilla Firefox, o plugin do Java que é um dos pré-requisitos para acesso ao PJe vem por padrão desativado o que acarreta em alguns imprevistos na tentativa de utilização do PJe. Importante: O novo Firefox para Windows 64-bit não reconhece ou suporta o plugin Java. Para mais informações, acesse: O plug-in do Java não funciona no Firefox após a instalação do Java. Use o plugin Java para visualizar conteúdo interativo em sites Por essa razão foi gerado e disponibilizado o aplicativo Navegador PJe que é uma versão customizada do navegador Mozilla Firefox para uso exclusivo no PJe. Para realizar o download do aplicativo e acessar o guia de instalação, acesse Navegador PJe. Habilitar popups no navegador NOTA: No aplicativo Navegador PJe, a permissão de popups para acessar os sites do PJe já está habilitada. No Mozilla Firefox o bloqueio de popups é ativado automaticamente por padrão. Entretanto, o PJe utiliza os popups na navegação do sistema. A permissão para o PJe utilizar os popups pode ser realizada das formas explicadas a seguir. Modo 1: Através da barra de informação que é exibida no topo da página quando o Firefox bloqueia um popup: Popup bloqueado.png Após clicar em "Opções" na barra de informações será exibido um menu. Clicar na opção "Permitir popups de www.tribunal.jus.br".Então aparecerá uma pequena 15 janela com a mensagem: "Pop-ups habilitadas". Após fechar a janela, realizar uma nova tentativa de acesso ao site do PJe desejado. Modo 2: Ou através: Menu ( ou Ferramentas) > Opções > Conteúdo em Janelas popup. É possível acessar diretamente a opção digitando o endereço: about:preferences#content na barra de navegação. Em "Exceções...", adicionar o endereço do site e clicar em "Permitir" e em seguida "Salvar alterações". Após fechar a janela, realizar uma nova tentativa de acesso ao site do PJe desejado. Plugin Java O plugin Oracle Java Runtime Environment (JRE) é um programa acessório necessário para a execução de tarefas no navegador de internet. Muitas operações com o Certificado Digital necessitam do componente Java instalado e atualizado. Versões do JRE podem ser obtidas gratuitamente no site http://www.java.com/pt_BR/. Recomenda-se aos usuários do PJe a não atualizar o Java a partir da versão 8.91, pois essa atualização impede o carregamento do "applet" de assinatura e "login" no Firefox, impedindo assim o acesso à tramitação processual desejada. Orientações de como desinstalar a versão do Java em Soluções de problemas. NOTA: No aplicativo Navegador PJe, o plugin do Java já está incorporado no aplicativo. 16 Assinador Devido ao mau funcionamento do plugin do Java nas versões mais recentes do Mozilla Firefox, orienta-se a utilizar o aplicativo PJeOffice que é uma versão de assinador para o sistema PJe que substitui o plugin do Java, que também é utilizado para a assinatura no navegador de internet. Para realizar o download do aplicativo e acessar o guia de instalação e configuração, acesse PJeOffice. Segundo o Conselho Nacional de Justiça: O objetivo principal é manter um sistema de processo judicial eletrônico capaz de permitir a prática de atos processuais, pelos magistrados, servidores e demais participantes da relação processual diretamente no sistema, assim como o acompanhamento desse processo judicial, independentemente de o processo tramitar na Justiça Federal, na Justiça dos Estados, na Justiça Militar dos Estados e na Justiça do Trabalho. Além disso, o CNJ pretende convergir os esforços dos tribunais brasileiros para a adoção de uma solução única, gratuita para os próprios tribunais e atenta para requisitos importantes de segurança e de interoperabilidade, racionalizando gastos com elaboração e aquisição de softwares e permitindo o emprego desses valores financeiros e de pessoal em atividades mais dirigidas à finalidade do Judiciário: resolver os conflitos. Constata-se que o tema em questão, qual seja, a tecnologia a serviço da advocacia e de todo o processo judicial, demanda reflexão, por parte do profissional do Direito, sobre as ferramentas colocadas a seu dispor. Isso deve se dar no intuito 17 de se vistoriar a obtenção da eficiência que lhe é assegurada neste momento de transição digital pelo qual passa o processo brasileiro, buscando informação e estrutura indispensáveis às garantias dos advogados em exercício de sua função constitucional. O prazo para a implantação do sistema ser concluído é 2018, mas abarca apenas os grandes tribunais, já que as cortes pequenas deverão concluir o processo em 2016 e os tribunais médios, em 2017. Ao editar a Resolução 185, o CNJ levou em conta a necessidade de racionalização do uso dos recursos orçamentários pelo Judiciário, além dos ganhos que o sistema trará e da celeridade e qualidade que a medida gerará para a prestação jurisdicional. O Processo JudicialEletrônico, surgiu com o escopo de melhorar a prestação jurisdicional de forma sustentável. No entanto, é necessário se refletir sobre o alcance dos objetivos que levaram a essa profunda mudança no direito processual brasileiro. Se na teoria o Sistema PJe deveria proporcionar maior celeridade, na prática é que a efetividade da tutela jurisdicional muitas vezes passa longe do cotidiano do advogado, pode-se perceber que o Sistema PJe, não obstante o fato de estar em total acordo com a realidade tecnológica moderna, em que pese toda a preocupação com o meio ambiente refletida na criação do Processo Judicial Eletrônico, não vem sendo alcançado pelo princípio da efetividade, não se quer afirmar, com isso, que a eternidade do processo físico seria o caminho correto. Porém, a necessidade de aprimoramento é óbvia, o operador do direito está à mercê de um sistema que perde trabalhos e muito tempo, não se pode falar em efetividade e nem tão pouco da segurança do sistema, via de regra é de notório saber as infindáveis queixas de roubos de dados e invasões de sistemas de informática. A tecnologia a serviço da advocacia e de todo o processo judicial é tema em total consonância com o cotidiano do jurista praticante. Sendo o advogado indispensável à administração da justiça, nos termos do artigo 133 da Constituição Federal de 1988, pode-se verificar o prejuízo presente em situações nas quais tal profissional vê-se impedido de realizar plenamente seu trabalho. 18 Procedimentos questionáveis No mais, entre os desafios presentes no cotidiano desse exercício profissional, destacam-se os seguintes problemas: • Indisponibilidades momentâneas do Sistema PJe; • Interceptação de dados; • Possibilidade de conflitos entre sistemas operacionais; • Desacordo com normas internacionais de acessibilidade nos sítios eletrônicos; • Dificuldade nos cadastros; • Problemas relacionados ao tamanho exigido para envio de arquivos. Conclusão, sendo a tecnologia um forte instrumento no âmbito do exercício da advocacia, assim como o é em diversas profissões, questiona-se até que ponto tal instrumento auxilia o profissional jurídico, posto que, como já se demonstrou aqui, uma ferramenta capaz de facilitar o trabalho do profissional do direito e acaba por colocar desafios e frustração diante de si tudo o que a rede internet propicia, haja vista a vulnerabilidade trazida pelo programa. Os profissionais do direito, além da elaboração de peças processuais, hoje em dia vêm tentando outras formas de modernização do Poder Judiciário, como em casos de intimação pelo sistema What´s App e, mais uma vez, os profissionais do direito se preocupam com suas prerrogativas, visto que, se no principal sistema encontram-se problemas, muito mais grave é essa forma desorganizada de se tratar assuntos tão importantes para as partes do processo qual seja, as intimações/notificações. Nessa senda, a necessidade de legislação específica para dispor sobre as intimações por meios eletrônicos é emergente, posto que se trata de uma demanda que gera outras demandas. Considerando a relevância e a necessidade de concretização do princípio da efetividade da tutela jurisdicional, os objetivos do sistema Pje, em sua maioria – com exceção da economia de papel –, não vêm sendo alcançados. Por isso se faz necessário um olhar atento sobre esse 19 sistema, o qual deve se estruturar tendo como critério o pleno exercício da advocacia, sendo esta considerada indispensável à administração da justiça. O processo judicial existe para que o direito seja alcançado. E a tutela jurisdicional existe para que esse alcance seja concretizado.Com efeito, dessa relação entre processo judicial, tutela jurisdicional, e princípio da efetividade, extrai-se a constatação de que todas as ferramentas dispostas a serviço da advocacia devem ser permeadas pelo princípio em questão. Quando isso não ocorre a mencionada relação resta prejudicada, e o processo judicial perde seu sentido, propiciando assim uma maior insegurança judicial. Portanto, a modernização do processo judicial deve caminhar, sempre, ao lado do princípio da efetividade. A maioria dos objetivos do sistema PJe não vêm sendo alcançadas, reforça-se a necessidades de aperfeiçoamento desta ferramenta, visto que a tecnologia está a serviço do direito, e isso deve servir à concretização da efetividade da tutela jurisdicional. Santo André, novembro de 2016. Referências Bibliográficas NUCCI, Guilherme de Souza. "Manual de Processo Penal e Execução Penal". 13ª Edição. 2016. Editora Forense. CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 20ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013. Portal jurídico da internet. Disponível em: www.ambito-juridico.com.br acessado em 02 de setembro 2016. 20 REIS, ALEXANDRE CEBRIAN ARAÚJO E GONÇALVES, VICTOR EDUARDO RIOS. DIREITO PROCESSUAL PENAL ESQUEMATIZADO. COORDENADOR PEDRO LENZA. SÃO PAULO:SARAIVA, 2012. NUCCI, GUILHERME DE SOUZA. CÓDIGO DE PROCESSO PENAL COMENTADO, SÃO PAULO:SARAIVA INTERNET http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10180&revista_ca derno=21%3E.%20Acesso%20em:%2021%20jul.%202016. http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constituicao-federal-de-1988 http://www.pje.jus.br/wiki/index.php/Manual_do_Advogado http://www.stj.jus.br/SCON/pesquisar.jsp?acao=pesquisar&novaConsulta=true&i=1&data=&livre=O+pr inc%EDpio+do+estado+de+inoc%EAncia&opAjuda=SIM&tipo_visualizacao=null&thesaurus=null&p=tr ue&operador=e&processo=&livreMinistro=&relator=&data_inicial=&data_final=&tipo_data=DTDE&livre OrgaoJulgador=&orgao=&ementa=&ref=&siglajud=&numero_leg=&tipo1=&numero_art1=&tipo2=&nu mero_art2=&tipo3=&numero_art3=¬a=&b=ACOR&b=SUMU&b=DTXT&b=INFJ https://www.cnj.jus.br/pjecnj/login.seam?loginComCertificado=false&cid=5318# http://s.conjur.com.br/dl/publicada-diario-justica-resolucao-pje.pdf
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