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TRABALHO TINTAS, VERNIZES, LACAS E ESMALTES

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UNIVERSIDADE CEUMA
ENGENHARIA CIVIL
AIRTON THIAGO SILVA MARQUES- CPD:40937
ANTONIO CARLOS- CPD:40930
CHARLLYNE COIMBRA GALDEZ - CPD:065440
GLEYDSON DOUGLAS ROGRIGUES – CPD:42590
VINICIUS MATHEUS MOTA – CPD:41392
 MÁRCIO JEAN SÁ COSTA – CPD:31903 
ROGERMYLLAR
TINTAS, VERNIZES, LACAS E ESMALTES
São Luís
2016
UNIVERSIDADE CEUMA
ENGENHARIA CIVIL
AIRTON THIAGO SILVA MARQUES- CPD:40937
ANTONIO CARLOS- CPD:40930
CHARLLYNE COIMBRA GALDEZ - CPD:065440
GLEYDSON DOUGLAS ROGRIGUES – CPD:42590
MÁRCIO JEAN SÁ COSTA – CPD:31903
VINICIUS MATHEUS MOTA – CPD:41392
ROGERMYLLAR
TINTAS, VERNIZES, LACAS E ESMALTES
Trabalho apresentado como requisito parcial para obtenção de nota na disciplina Materiais de Construção, no Curso de Engenharia Civil, na Universidade CEUMA.
Prof.ª.: Andréa Doera Sousa da Silva
São Luís
2016
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	3
2 HISTÓRIA DA TINTA 	5
3 DEFINIÇÃO DE TINTA	11
4 CLASSIFICAÇÃO DAS TINTAS	13
5 CARACTERÍSTICAS DAS TINTAS	14
6 COMPOSIÇÃO DAS TINTAS	15
7 PROCESSO DE FABRICAÇÃO	23
8 ASPECTO E IMPACTOS AMBIENTAIS	33
9 VERNIZES	37
10 TINTAS E SUAS APLICAÇÕES	38
11 SISTEMA DE PINTURAS	45
12 PRODUTOS E SUAS APLICAÇÕES 	46
13 PATOLOGIAS 	50
14 CONCLUSÃO	68
REFERÊNCIAS.................................................................................................................69
1 INTRODUÇÃO	
Os produtos das indústrias de materiais de recobrimento superficial são indispensáveis para a preservação de todos os tipos de estruturas arquitetônicas, inclusive fábricas, contra os ataques do intemperismo. A madeira e o metal não recobertos são particularmente suscetíveis à deterioração, sobretudo nas cidades onde a fuligem e o dióxido de enxofre aceleram a ação deteriorante. Além do efeito puramente, as tinta, os vernizes e as lacas tornam mais atraentes os artigos manufaturados e realçam o aspecto estético de um conjunto de casas e dos seus interiores. Esse é um caso em que a utilidade e o aspecto artístico caminham lado a lado. Os pigmentos, as tintas os vernizes e as lacas compreendem a maioria dos produtos abordados.
As indústrias de agentes de recobrimento sofreram uma revolução dirigida pela pesquisa, que visava a empregar constituintes de melhor qualidade, fossem eles pigmentos, solventes ou formadores de película, a melhorar a formulação e a aumentar a adaptabilidade dos processos de aplicação. Consequências desses progressos foram a redução dos custos, a diminuição dos riscos de incêndio e dos efeitos danosos a saúde e a obtenção de revestimentos melhorados e de grande duração. O acento principal foi colocado sobre os recobrimentos arquitetônicos, conhecidos como produtos "comerciais", que incluem as tintas para manutenção, com certa menção sobre os recobrimentos industriais usados em materiais de fabricação ou nos itens produzidos nos processos. Os acabamentos desta última categoria, em contraste com os da primeira - que são usualmente aplicados em madeira - empregam-se sobre uma grande variedade de materiais, como metal, tecidos, borracha, papel e plástico, além da madeira.
As matérias primas necessárias para a produção de quase todos os tipos de tintas são constituídas pelos pigmentos, solventes, aditivos e veículo fixo (resinas e óleos). Em uma produção em massa, o processo consiste em pesagem e mistura das matérias primas em um tanque de alimentação. Posteriormente, operações unitárias físicas (mistura, dispersão, completagem, filtração e envase) dão origem ao produto final. A formulação apropriada das tintas é especificada para um emprego particular que podem ser a cobertura, coloração, resistência ao tempo, lavabilidade, lustre, propriedades anticorrosivas de metais e consistência, conforme o tipo de aplicação.
Produzir toda essa variedade de produtos, gera impactos ambientais. Como exemplo, as matérias primas e produtos auxiliares utilizados no processo possuem propriedades tóxicas e corrosivas. Sendo assim, é necessário um manuseio precavido. Em uma relação de causa e efeito, leis ambientais têm levado os fabricantes a produzirem tintas com baixos teores de compostos orgânicos voláteis, otimizando o processo de fabricação de tintas, com o esforço para melhorar a produtividade e, principalmente, a qualidade das tintas.
 Na construção civil a pintura representa uma operação de grande importância, uma vez que as áreas pintadas são, normalmente, muito extensas, implicando num alto custo. Há uma tendência natural em considerar a pintura uma operação de decoração, porém, além de decorar e proteger o substrato, a tinta pode oferecer melhor higienização dos ambientes, servindo também para sinalizar, identificar, isolar termicamente, controlar luminosidade e podendo ainda ter suas cores utilizadas para influir psicologicamente sobre as pessoas.  A maneira mais comum de se combater a deterioração dos mais diversos tipos de matérias e proteger sua superfície, aplicando-se lhes uma película resistente que impeça a ação dos agentes de destruição ou corrosão, essas películas podem ser obtidas pela aplicação de tintas, vernizes, lacas ou esmaltes.
Os materiais de construção são indispensáveis para a realização das estruturas e dos elementos construtivos. O conhecimento do comportamento dos materiais quando em uso é importante em muitas das fases que levam à construção de um edifício ou de uma estrutura, à sua gestão e até mesmo a sua demolição. As pinturas, por proporcionarem elevada capacidade de proteção e por seu efeito estético, têm ocupado um lugar cada vez maior como material de acabamento de superfícies externas e internas de edifícios. Elas representam a parcela mais visível de uma obra, têm uma grande influência no desempenho e durabilidade das edificações.
Tinta é uma composição química, pigmentada ou não, que após sua aplicação se converte em um revestimento, proporcionando às superfícies: acabamento, resistência e proteção. Composição química variada, na maioria das vezes orgânica, que apresenta consistência líquida e pastosa, que aplicada sobre uma superfície, forma um revestimento sólido e contínuo com as características de aderência e flexibilidade após um determinado tempo de secagem. 
Já o verniz é uma película de acabamento quase transparente, usada geralmente em madeira e outros materiais para proteção, profundidade e brilho. Logo, é uma composição não pigmentada líquida, pastosa ou sólida que, quando aplicada em camada fina sobre uma superfície apropriada, no estado em que é fornecida ou após diluição, é convertível, ao fim de certo tempo, numa película sólida, contínua, transparente ou translúcida e mais ou menos dura 
No decorrer deste trabalho iremos fazer analisar os tipos de tintas, vernizes, lacas e esmaltes, através de suas composições, fabricações e observar as suas aplicabilidades nas pinturas onde também serão abordados neste trabalho, alguns aspectos sobre a fabricação de tintas e vernizes.
2 HISTÓRIA DA TINTA 
É muito difícil estabelecer uma data para o surgimento da tinta. O homem não estava procurando criar ou inventar algo que embelezasse ou protegesse sua casa quando a tinta surgiu, mesmo porque, naquela época, ele ainda morava em cavernas. Foi graças à incessante necessidade de o homem expressar os seus pensamentos, emoções e a cultura de seu povo que ela foi descoberta. De início, as tintas tiveram um papel puramente estético. Somente mais tarde, quando introduzidas em países do norte da América e da Europa, onde as condições climáticas eram mais severas, o aspecto "proteção" ganharia maior importância. Sua história se confunde com a própria história da humanidade, o que se sabe ao certo que contado desde a pré-história até os dias atuais a tinta teve surgimento devido à necessidade do homem em se comunicar. Por volta do século 50 a.C, os povos egípciosapareceram fabricando cores diversificadas, logo os romanos aprenderam a técnica de fabricação acrescentando novos conhecimentos e artifícios para fabricar. 
Com o passar do tempo e a chegada da idade média alguns artistas fabricavam novos pigmentos de tintas voltadas as condições climáticas. Na revolução industrial, as tintas eram fabricadas com os equipamentos mecânicos, as mesmas eram vendidas para pessoas que faziam suas próprias misturas.
 No século XX, com o avanço da tecnologia gerou novos materiais mais adequados para o processo de fabricação das tintas, logo este processo se tornou uma das principais atividades industriais, tendo isso em vista, novas composições foram criadas, tais como: resinas sintéticas, látex e revestimentos a base de nitrocelulose, entre outros. Hoje em dia, Cada vez mais as grandes empresas fazem investimentos através de recursos renováveis em tintas ecológicas, visando à alternância da fonte de matéria-prima.  
A história da evolução da tinta é dividida nas seguintes etapas: Na pré-história, com a sua função decorativa; Egito- adicionando cores; China- inventando a tinta de escrever; Roma- Ascensão e queda; Idade média- Redescoberta; Revolução Industrial- Expansão e revolução em larga escala; Século XX- A tecnologia a serviço das tintas.
Pré-História: Função Decorativa 
A tinta para os povos pré-histórico tinha a função puramente decorativa eles fabricavam tintas moendo materiais coloridos como plantas e argila em pó, e adicionando água. A técnica empregada era simples, pois as cores eram preparadas com os próprios dedos e algumas vezes prensadas entre pedras. Usavam-na para a decoração de suas cavernas e tumbas, e sobre seus corpos.
Egito: Adicionando Cores
O primeiro povo a pintar com grande variedade de cores foram os egípcios. Inicialmente, fabricavam as tintas a partir de materiais encontrados na terra de seu próprio país e das regiões próximas. Somente entre 8.000 a 5.800 a. C. é que surgiram os primeiros pigmentos sintéticos. Para obterem cores adicionais, os egípcios importavam anileira e garança da Índia. Com a anileira, podia-se obter um azul profundo e, com a garança, nuances de vermelho, violeta e marrom. Os egípcios também aprenderam a fabricar brochas brutas, com as quais aplicavam a tinta.
 China: Inventando a Tinta de Escrever 
As primeiras tintas de escrever foram provavelmente inventadas pelos antigos egípcios e chineses. As datas exatas dessa invenção são desconhecidas. Manuscritos de cerca de 2.000 a. C. comprovam que os chineses já conheciam e utilizavam nanquim.
Roma: ascensão e queda 
Os romanos aprenderam a técnica de fabricar tinta com os egípcios. Exemplares de tintas e pinturas romanas podem ser vistos nas ruínas de Pompéia. Por volta do século V a. C., os romanos utilizaram pela primeira vez na história o alvaiade como pigmento. Após a queda do Império Romano, a arte de fabricar tintas perdeu-se, sendo retomada pelos ingleses somente no final da Idade Média. 
Idade Média: Redescoberta 
Foi na idade média que os fabricantes de tintas começaram a dar mais ênfase ao aspecto proteção. Os ingleses usavam as tintas, principalmente, em igrejas e, depois, em prédios públicos e residências de pessoas importantes. Durante os séculos XV e XVI, artistas italianos fabricavam pigmentos e veículos para tintas. Artistas italianos fabricavam pigmentos e veículos para tintas. Nessa época, a produção de tinta era particularizada e altamente sigilosa. Cada artista ou artesão desenvolvia seu próprio processo de fabricação de tinta. Tratadas como se fossem um "segredo de Estado", as fórmulas de tintas eram enterradas com seu inventor.
 
Revolução Industrial: Expansão e Produção em Larga Escala 
No ápice da Revolução Industrial, final do século XVIII e início do XIX, os fabricantes de tintas começaram a usar equipamentos mecânicos. Os primeiros fabricantes, entretanto, apenas preparavam os materiais para tinta, fornecendo-os para os pintores, que compunham suas próprias misturas. Em1867, os fabricantes introduziram as primeiras tintas preparadas no mercado. O desenvolvimento de novos equipamentos de moer e misturar tintas no final do século XIX também facilitou a produção em larga escala.
Século XX: a Tecnologia a Serviço das Tintas
 
Durante Primeira e Segunda Guerras Mundiais, período considerado pelos historiadores bastante férteis para ciência, químicos desenvolveram novos pigmentos e resinas sintéticas. Esses pigmentos e veículos substituíram ingredientes das tintas, como óleo de linhaça, necessário para fins militares. Pesquisas desenvolvidas por químicos e engenheiros tornaram-se atividade importante na fabricação de tinta.
No final da década de 50, químicos criaram tintas especiais para pintura de exteriores, novos tipos de esmaltes para acabamento de automóveis e tintas à prova de gotejamento para superfícies externas e internas. Nos anos 60, a pesquisa continuada com resinas sintéticas conferiu às tintas maior resistência contra substâncias químicas e gases. Foi nessa época, que as tintas fluorescentes se popularizaram. Devido à descoberta de envenenamento, por chumbo, de muitas crianças após terem comido lascas de tinta seca, na década de 1970 os governos de alguns países impuseram restrições ao conteúdo de chumbo nas tintas de uso doméstico, limitando-o a cerca de 0,5% ou seja no final da década de 50, com o período de ascensão da tecnologia, químicos criaram novos pigmentos e resinas sintéticas, serviram como substituição de ingredientes antes adicionados na fabricação das tintas, tais como óleo de linhaça que era necessário para os fins de fabricação. Foram criadas tintas especiais para pinturas exteriores e novos tipos de esmaltes.
	Resina
	Período (Década)
	Alquídica
	20
	Vínilica
	20
	Acrílica
	30
	Borracha Clorada
	30
	Epóxi
	40
	Poliuretano
	40
	Silicone
	40
 	
 
 Tabela 1 - Resinas desenvolvidas e suas respectivas décadas
A Tinta no Brasil
A história da indústria brasileira de tintas tem dois começos, igualmente dignos, igualmente significativos. O primeiro, em 1886, na cidade de Blumenau, Santa Catarina. O segundo, em 1904, na cidade do Rio de Janeiro, então Distrito Federal. Os 18 anos e os mil quilômetros que separam as duas iniciativas não representam grande diferença, se considerarmos as semelhanças entre os empreendedores e suas realizações. Os pioneiros são Paulo Hering, fundador das Tintas Hering, e Carlos Kuenerz, fundador da usina São Cristóvão. Emigrantes alemães, eles encontraram no Brasil pátria e lar. Ao novo país doaram talento, trabalho, espírito criativo e inovador. Traçando seus caminhos na virada do século XIX, eles foram espectadores e personagens dos primórdios da industrialização do país acrescentando, cada um a seu modo e vocação, uma parcela de progresso à nossa cultura e desenvolvimento econômico.
Mais de cem anos após a fundação da pioneira Hering, um balanço histórico do desenvolvimento da indústria de tintas no Brasil mostra a existência de alguns ciclos bastante definidos.
A primeira fase, dos grandes pioneiros, tem início com a fundação da Usina São Cristóvão, em 1904, e se estende até a implantação no Brasil da Sherwin-Williams, em 1944. É o tempo das grandes aventuras empresariais, história de homens obstinados, cuja vida se confunde com a própria obra. É o tempo do autodidatismo, da criatividade, do artesanato que se transforma em manufatura e atinge o estágio industrial. É a fase dos imigrantes, especialmente os de origem alemã, que aportam alguma tecnologia e muito trabalho. É o tempo dos Renner, dos Horst, dos Hilpert, dos Kuenerz, dos Muller, dos Marques da Costa, dos Barros, dos Fernandes, dos Marvin, dos Sparapani, de gente que fecundou com trabalho seus sonhos e ambições.
O segundo período engloba os eventos compreendidos entre a chegada da Sherwin-Williams e a implantação da Glasurit no Brasil. Significativamente são duas empresas internacionais que, com diferençade mais de 20 anos, entram no mercado através da aquisição do controle acionário de indústrias brasileiras: a Superba, em 1944, e a Combilaca, em 1967. São da mesma forma, dois marcos mercadológicos bastante definidos. Os americanos da “escola” Sherwin-Williams trazem a indústria brasileira para a realidade tecnológica do século XX. A entrada da Glasurit no Brasil, associação promovida pela Combilaca, vai iniciar um processo de concentração industrial irreversível (característica da terceira etapa).
A tônica desta Segunda fase é a transição entre o trabalho individual de empresários de muita garra que entram no setor (Bueno, Hesse e outros), e o início da implantação de fábricas modernas, com projetos próprios, planejamento mercadológico e tecnologia avançada (Coral e American Marietta). É também o momento em que pequenas empresas implantadas por pioneiros da primeira fase, auxiliadas por circunstâncias favoráveis da expansão do mercado, se transformam em indústrias poderosas, ainda que mantendo características administrativas de empresas individuais ou familiares. Caso da Ideal, da Condoroil, da Globo, da Polidura, da R. Montesano e da Renner Herrmann, entre outras. É ainda um período em que muitas indústrias de expressão desaparecem por inadequação aos novos tempos: Horst, CLI e Usina São Cristóvão são algumas delas.
A terceira fase da história da indústria de tintas no Brasil está claramente marcada pelo progresso de internacionalização que presidiu a economia do país a partir da segunda metade dos anos 60. Antes disso, é claro, algumas empresas internacionais já haviam se estabelecido no país. Além da Sherwin-Williams, já tinham vindo a Internacional e a Atlantis (na década de 20), a American Marietta (nos anos 50) e outras de menor expressão. Mas a partir da entrada da Glasurit que o processo de aquisições, fusões e associações se precipitam.
São grandes transações, muitas vezes decorrentes de trocas de controle acionário de grupos externos (por esse sistema, a Ypiranga mudou duas vezes de mãos). Dentre as grandes indústrias brasileiras, o crescimento marcante é da Renner Herrmann, que não só absorve grande número de indústrias concorrentes (brasileiras e estrangeiras) como também se expande para o exterior, instalando fábricas no Uruguai e Argentina.
Hoje, o mercado se encontra claramente definido, compreendendo três tipos de empresas no setor de tintas: grandes conglomerados (nacionais e internacionais), empresas de porte médio, com administração de caráter familiar, e pequenas e médias indústrias voltadas ao atendimento de segmentos específicos do mercado.
 
Setor de tintas no Brasil
O mercado brasileiro de tintas já é bastante consolidado. Embora muitas vezes passem despercebidas, as tintas são produtos fundamentais onde quer que se vá ou qualquer item que se fabrique: veículos automotivos, bicicletas, capacetes, móveis, brinquedos, eletrodomésticos, vestuário, equipamentos, artesanatos, em impressão e serigrafia e na construção civil.
O Brasil é um dos cinco maiores mercados mundiais para tintas. Fabricam-se no país tintas destinadas às mais variadas aplicações, com tecnologia de ponta e grau de competência técnica comparável à dos mais avançados centros mundiais de produção. Há centenas de fabricantes, de grande, médio e pequeno porte, espalhados por todo o país. Os dez maiores fabricantes respondem por 75% do total das vendas.
Os grandes fornecedores mundiais de matérias-primas e insumos para tintas estão presentes no país, de modo direto ou através de seus representantes, juntamente com empresas nacionais, muitas delas detentoras de alta tecnologia e com perfil exportador. Segmentos em que o setor se divide:
Tinta automotiva (montadoras): 4% do volume e 7% do faturamento;
Tinta para repintura automotiva: 4% do volume e 8% do faturamento;
Tinta para indústria em geral (eletrodomésticos, móveis, autopeças, naval, aeronáutica, tintas de manutenção etc.): 12% do volume e 22% do faturamento.
 3 DEFINIÇÃO DE TINTAS
De modo geral, a tinta pode ser considerada como uma mistura estável de uma parte sólida, que forma uma película aderente à superfície a ser pintada, em um componente volátil (água ou solventes orgânicos). Uma terceira parte denominada aditiva, embora representando uma pequena porcentagem da composição, é responsável pela obtenção de propriedades importantes tanto nas tintas quanto no revestimento.
A tinta é muito comum e aplica-se a praticamente qualquer tipo de objetos. Usa-se para produzir arte; na indústria: estruturas metálicas, produção de automóveis, equipamentos, tubulações, produtos eletroeletrônicos; como proteção anticorrosiva; na construção civil: em paredes interiores, em superfícies exteriores, expostas às condições meteorológicas; Uma composição, onde há uma mistura de várias matérias-primas na sua produção com combinação dos elementos sólidos e voláteis define as propriedades de resistência e de aspecto, bem como o tipo de aplicação e custo do produto final. A indústria de tintas para revestimentos utiliza um grande número de matérias-primas e produz uma elevada gama de produtos em função da grande variedade de produtos, superfícies a serem aplicadas, forma de aplicação, especificidade de desempenho.
As matérias primas necessárias para a produção de quase todos os tipos de tintas são constituídas pelos pigmentos, solventes, aditivos e veículo fixo (resinas e óleos). Em uma produção em massa, o processo consiste em pesagem e mistura das matérias primas em um tanque de alimentação. Posteriormente, operações unitárias físicas (mistura, dispersão, completagem, filtração e envase) dão origem ao produto final. A formulação apropriada das tintas é especificada para um emprego particular que podem ser a cobertura, coloração, resistência ao tempo, lavabilidade, lustre, propriedades anticorrosivas de metais e consistência, conforme o tipo de aplicação.
A ação do intemperismo sobre os materiais causa danos indesejáveis à economia e até à segurança em toda parte. Materiais como o metal, sem o recobrimento apropriado, são mais suscetíveis à deterioração (corrosão). Material deteriorado reporta problemas. Desta maneira, as tintas, os vernizes e as lacas são usados como recobrimento superficial para proteger o material, evitar prejuízos e danos pessoais que podem ser irreparáveis.
A proteção não é a única utilidade das tintas. Também são empregadas de maneira artística, pois deixam mais atraente os artigos manufaturados e ambientes.
 As tintas podem ser classificadas de várias formas dependendo do critério considerado, podem ser assim: 
4 CLASSIFICAÇÃO DAS TINTAS
Tintas imobiliárias
Tintas e complementos destinada á construção civil, podem ser subdivididas em produtos aquosos (látex): látex acrílicos, látex vinílicos, látex vinil-acrílicos, etc.; produtos base solvente orgânico: tintas a óleo, esmaltes sintéticos, etc. 
Tintas industriais do tipo OEM
As tintas e complementos utilizados como matérias-primas no processo industrial de fabricação de um determinado produto incluem os fundos eletroforéticos, fundos base solvente, esmaltes acabamento mono-capa e bi-capa, tintas em pó, tintas de cura por radiação (UV), etc.
Tintas especiais
Abrange os outros tipos de tintas, como por exemplo, tintas e complementos para repintura automotiva, tintas para demarcação de tráfego, tintas e complementos para manutenção industrial, tintas marítimas, tintas para madeira, etc.
As tintas também podem ser classificadas quanto à formação do revestimento, isto é, levando-se em conta o mecanismo da formação do filme protetor e a secagem ou cura das tintas.
Lacas: a película se forma através da evaporação do solvente, compostas de veículo volátil, resina sintética, plastificante, cargas e ocasionalmente, corantes;
Cargas: líquido de baixo custo utilizado para diminuir a viscosidade do meio;
Plastificantes: formadores de película flexível;
Cobertura resistente, brilhante, facilmente aplicável e de rápida secagem. Exemplos:lacas nitrocelulósicas e lacas acrílicas; 
• Produtos látex: a coalescência é o mecanismo de secagem. Exemplos: as tintas látex acrílicas, vinil-acrílicas usadas na construção civil; 
• Produtos termo convertíveis: a secagem ocorre através da reação entre duas resinas presentes na composição a uma temperatura adequada (entre 100 a 230 °C); os produtos utilizados na indústria automotriz e em eletrodomésticos são exemplos;
• Sistemas de dois componentes: a formação do filme ocorre na temperatura ambiente após a mistura dos dois componentes (embalagens separadas) no momento da pintura; as tintas epóxi e o os produtos poliuretânicos são os exemplos mais importantes. 
• Tintas de secagem oxidativa: a formação do filme ocorre devido à ação do ar. Os esmaltes sintéticos e as tintas a óleos usados na construção civil são os exemplos mais marcantes.
5 CARACTERÍSTICAS DAS TINTAS
Existe uma série de características, que são desejáveis em uma tinta, e que podem variar de acordo com a finalidade do produto. Mas, as principais características são:
Estabilidade: Não apresentando sedimentação, coagulação, empedramento, separação de pigmentos, sinéreses ou formação de nata, tal que não possa tornar-se homogênea através de simples agitação manual;
Facilidade de aplicação: A tinta tem que se espalhar-se facilmente, de maneira que o rolo ou a trincha deslizem suavemente sobre a superfície. As marcas desses instrumentos devem desaparecer logo após a aplicação da tinta, resultando em uma película uniforme;
Rendimento e Cobertura: O rendimento da tinta refere-se ao volume necessário para pintar uma determinada área. A cobertura significa a capacidade da tinta em cobrir totalmente a superfície. Essas duas propriedades estão diretamente relacionadas ao tipo, à qualidade e à quantidade de resinas e pigmentos utilizados na formulação da tinta;
Durabilidade: É a resistência das tintas à ação das intempéries, à durabilidade de uma tinta também depende diretamente do tipo, da qualidade e da quantidade de resinas e pigmentos utilizados em sua formulação;
Lavabilidade: As tintas devem ser laváveis, resistindo à ação de agentes químicos comuns ao uso doméstico, tais como detergentes, água sanitária e outros;
Secagem: A secagem de uma tinta não deve ser tão rápida que não permita uma fácil aplicação e nivelamento, nem tão lenta que não permita demãos posteriores num tempo conveniente.
6 COMPOSIÇÃO DA TINTAS 
 
Figura 4 - Composição esquemática de uma tinta Figura 5: matérias-primas
 
	 Fonte: fabricacaodetintas-materiaprima.blogspot.com
As matérias-primas básicas para a produção de quase todos os tipos de tintas são formadas pelas resinas, pigmentos, solventes e aditivos. 
Resinas
 
É a parte não-volátil da tinta, que serve para aglomerar as partículas de pigmentos. A resina também denomina o tipo de tinta ou revestimento empregado. É ela responsável pela formação da película protetora na qual se converte a tinta depois de seca. Outra função é a de proporcionar brilho, aderência, elasticidade e resistência. Assim, por exemplo, temos as tintas acrílicas, alquídicas, epoxídicas, etc. Antigamente as resinas eram a base de compostos naturais, vegetais ou animais. Hoje em dia são obtidas através da indústria química ou petroquímica por meio de reações complexas, originando polímeros que conferem às tintas propriedades de resistência e durabilidade muito superior às antigas.
A resina, também conhecida por ligante ou veículo, é o componente que vai formar o filme seco. É o único componente que tem de estar presente. A resina confere aderência, liga os pigmentos e influencia fortemente propriedades da tinta, como o brilho, durabilidade exterior, flexibilidade e tenacidade. As resinas podem ser sintéticas como os acrílicos, vinílicos, poliuretanos, poliésteres, epóxis, melaninas ou naturais como os óleos. As resinas são classificadas de acordo com o mecanismo de cura (erradamente chamado de secagem). 
Os quatro mecanismos de cura mais comuns são a evaporação de solvente, articulação cruzada, polimerização e coalescência. É preciso ter em consideração que secagem e mecanismo de cura são processos distintos. Genericamente, a Secagem refere-se à evaporação do solvente ou diluente. A cura refere-se à polimerização da resina. Dependendo da estrutura química ou composição, uma tinta em particular pode usar um ou outro processo ou até mesmo ambos. As resinas são formadoras da película da tinta e são responsáveis pela maioria das características físicas e químicas desta, pois determinam o brilho, a resistência química e física, a secagem, a aderência, e outras. 
Figura 6: Resinas
Fonte: www.tintaseresinas.com.br
As resinas mais usuais são as alquídicas, epóxi, poliuretânicas, acrílicas, poliéster, vinílicas e nitrocelulose. 
Resina alquídica: polímero obtido pela esterificação de poliácidos e ácidos graxos com poliálcoois. Usadas para tintas que secam por oxidação ou polimerização por calor. 
Resinas epóxi: formadas na grande maioria pela reação do bisfenol A com eplicloridina; os grupos glicidila presentes na sua estrutura conferem-lhe uma grande reatividade com grupos amínicos presentes nas poliaminas e poliamidas. 
Resinas acrílicas: polímeros formados pela polimerização de monômeros acrílicos e metacrílicos, por vezes o estireno é copolimerizado com estes monômeros.
A polimerização destes monômeros em emulsão (base de água) resulta nas denominadas emulsões acrílicas usadas nas tintas látex. A polimerização em solvente conduz a resina indicada para esmaltes termoconvertíveis (cura com resinas melamínicas) ou em resinas hidroxiladas para cura com poliisocianatos formando os chamadospoliuretânicos acrílicos.
Resina poliéster: ésteres são produtos da reação de ácidos com álcoois. Quando ela é modificada com óleo, recebe o nome de alquídica. As resinas poliéster são usadas na fabricação de primers e acabamentos de cura à estufa, combinadas com resinas amínicas, epoxídicas ou com poliisocianatos bloqueados e não bloqueados.
Emulsões vinílcas: são polímeros obtidos na copolimerização em emulsão (base água) de acetato de vinila com diferentes monômeros: acrilato de butila, di-butil maleato, etc. Estas emulsões são usadas nas tintas látex vinílicas e vinil acrílicas. 
Resina nitrocelulose: Produzida pela reação de celulose, altamente purificada, com ácido nítrico, na presença de ácido sulfúrico. A nitrocelulose possui grande uso na obtenção de lacas, cujo sistema de cura é por evaporação de solventes. São usados em composições de secagem rápida para pintura de automóveis, objetos industriais, móveis de madeira, aviões, brinquedos e papel celofane. 
Pigmentos 
Os pigmentos são substâncias insolúveis no meio em que são utilizados (orgânico ou aquoso) e têm como finalidades principais conferir cor ou cobertura às tintas. Os corantes são substâncias geralmente solúveis em água e são utilizados para conferir cor a um determinado produto ou superfície. Por ser um material sólido finamente dividido, insolúvel no meio. Utilizado para conferir cor, opacidade, certas características de resistência e outros efeitos. São divididos em pigmentos coloridos (conferem cor), não coloridos e anticorrosivos (conferem proteção aos metais). São sólidos granulares que numa tinta contribuem para a cor, tenacidade, textura, ou simplesmente para reduzir o custo da tinta. Em alternativa, algumas tintas possuem apenas corantes ou uma combinação de corante e pigmentos.
 Podem ser classificados em naturais ou sintéticos. Os pigmentos naturais incluem vários tipos de argilas, carbonatos de cálcio, mica, sílicas e talcos. Os pigmentos sintéticos incluem as moléculas orgânicas fabricadas pelo homem, argilas calcinadas e sílicas sintéticas.
Os pigmentos opacos, para além da sua função decorativa, também conferem proteção ao substrato, ao impedirem os efeitos nocivos dos raios ultravioleta. Este tipode pigmentos incluem o dióxido de titânio, óxido de ferro, etc. Alguns dos pigmentos podem ser tóxicos, tais como os pigmentos à base de chumbo ou de estanho, hoje em dia proibidos.
Os pigmentos são substâncias insolúveis no meio em que são utilizados (orgânico ou aquoso) e têm como finalidades principais conferir cor ou cobertura às tintas. Os corantes são substâncias geralmente solúveis em água e são utilizados para conferir cor a um determinado produto ou superfície. Sendo a cor caracterizada pela absorção e reflexão das radiações luminosas, a opacidade é mais uma das qualidades da tinta, com o objetivo em torna-la opaca depois de seca, de forma a cobrir a base ou suporte de aplicação.
As principais propriedades que um pigmento deve possuir, em largo limite, são:
Opacidade;
Poder corante;
Finura e propriedade de suspensão;
Estabilidade à luz;
Estabilidade ao calor;
Estabilidade aos agentes de corrosão ou propriedades anticorrosivas;
Poder de absorção de óleo.
O pigmento, além destas propriedades, também é responsável, mas em menor grau, pelas propriedades mecânicas, de brilho, de resistência aos produtos químicos e ao envelhecimento do revestimento por pintura.
Figura 7: Pigmentos
Fonte: Pigmento – Wikipédia, a enciclopédia livre
Os corantes se fixam na superfície que vão colorir através de mecanismos de adsorção, ou ligações iônicas e covalentes enquanto que os pigmentos são dispersos no meio (tinta) formando uma dispersão relativamente estável.
Os corantes são muito utilizados na indústria têxtil e os pigmentos são fundamentais em tintas para revestimento. Há três grandes categorias de pigmentos: pigmentos inorgânicos, pigmentos orgânicos e pigmentos de efeito. 
Pigmentos inorgânicos: dióxido de titânio, amarelo óxido de ferro, vermelho óxido de ferro, cromatos e molibidatos de chumbo, negro de fumo, azul da Prússia, etc. 
Pigmentos orgânicos: azuis ftalocianinas azul e verde, quinacridona violeta e vermelha, perilenos vermelhos, toluidina vermelha, arilamídicos amarelos, etc. 
Pigmentos de efeito: alumínio metálico, mica, etc.
Cargas 
As cargas são um tipo especial de pigmentos que apenas servem para dar espessura ao filme de tinta, apoiar a sua estrutura, ou para simplesmente aumentar o volume da tinta. As cargas são sempre constituídas por materiais inertes baratos, como as terras diatomáceas, talco, cal, argila, etc. As tintas destinadas a pavimentos sujeitos a abrasão podem conter cargas de areia de quartzo. As cargas são minerais industriais com características adequadas de brancura e granulometria, sendo as propriedades físicas e químicas também importantes. Elas são importantes na produção de tintas látex e seus complementos, esmaltes sintéticos foscos e acetinados, tintas a óleo, tintas de fundo, etc. Os minerais mais utilizados são: carbonato de cálcio, agalmatolito, caulim, barita, etc. Também são importantes os produtos de síntese (cargas sintéticas), como por exemplo: carbonato de cálcio precipitado, sulfato de bário, sílica, silício-aluminato de sódio, etc. 
As cargas além de baratearem uma tinta também colaboram para a melhoria de certas propriedades: cobertura, resistência às intempéries, etc. 
Solventes
São compostos (orgânicos ou água) responsáveis pelo aspecto líquido da tinta com uma determinada viscosidade. Líquido volátil, geralmente de baixo ponto de ebulição, utilizado nas tintas e correlatos para dissolver a resina. São classificados em: solventes aditivos ou verdadeiros, latentes e inativos. Dentre as tintas imobiliárias disponíveis no mercado podem-se encontrar as seguintes tipologias: látex PVA, acrílicas, esmaltes sintéticos, vernizes e texturas.
Após a aplicação da tinta, o solvente evapora deixando uma camada de filme seco sobre o substrato. O principal objetivo do solvente é ajustar as propriedades de cura e a viscosidade da tinta. É volátil e não se torna parte do filme seco da tinta. Também controla a reologia e as propriedades da aplicação e afeta a estabilidades da tinta enquanto está se encontra no estado líquido. A sua função principal é funcionar como transportador dos componentes não voláteis. De modo a dispersar os óleos pesados (óleo de linhaça) é necessário usar, nas tintas para o interior de casas um óleo mais fino. Estas substâncias voláteis transmitem as suas propriedades temporariamente. Assim que o solvente se evapora os restantes componentes ficam fixados na superfície. O solvente é um componente opcional numa tinta. Existem tintas que não os possuem. A água é o principal solvente das aquosa. As tintas de base solvente podem ter várias combinações de solventes como diluente, que podem incluir alifáticos, aromáticos, álcoois, cetonas e petróleo. Estes incluem solventes orgânicos como aguarrás, ésteres, glicóis, éteres, etc. Em certas aplicações, resinas sintéticas de baixo peso molecular também são usadas como diluentes. Tais solventes são usados quando são desejadas resistência à água, gordura, etc.
 
Figura 8: Solventes
Fonte: www.solventespratintas.com.br
Os solventes orgânicos são geralmente divididos em dois grupos: os hidrocarbonetos e os oxigenados. Por sua vez, os hidrocarbonetos podem ser subdivididos em dois tipos: alifáticos e aromáticos, enquanto que os oxigenados englobam os álcoois, acetatos, cetonas, éteres, etc. As tintas de base aquosa utilizam como fase volátil água adicionada de uma pequena quantidade de líquidos orgânicos compatíveis. 
A escolha de um solvente em uma tinta deve ser feita de acordo com a solubilidade das resinas respectivas da tinta, viscosidade e da forma de aplicação. Uma exceção importante são as tintas látex, onde a água é a fase dispersora e não solubilizadora do polímero responsável pelo revestimento.
Atualmente existe um esforço mundial no sentido de diminuir o uso de solventes orgânicos em tintas, com iniciativas tais como: substituição por água, aumento do teor de sólidos, desenvolvimento de tintas em pó, desenvolvimento do sistema de cura por ultravioleta, dentre outras. 
 Aditivos 
Os aditivos são ingrediente que, adicionado às tintas, proporciona características especiais às mesmas ou melhorias nas suas propriedades. Utilizado para auxiliar nas diversas fases da fabricação e conferir características necessárias à aplicação. Existe uma variedade enorme de aditivos usados na indústria de tintas e vernizes, como secantes, anti-sedimentantes, niveladores, antipele, antiespumante, etc.
A tinta pode possuir uma grande variedade de aditivos, que são usados em pequenas quantidades e providenciam um grande efeito no produto. Alguns exemplos incluem aditivos para modificar a tensão superficial, melhorar propriedades do fluxo, melhorar a aparência final, melhorar a estabilidades dos pigmentos, conferir propriedades anticongelantes, ante espuma, controlo da pele, etc. Outro tipo de aditivos incluem catalisadores, espessantes, estabilizadores, emulsionadores, textura, promotores de aderência, estabilizadores ultravioleta, agentes biocidas, etc. Os aditivos não alteram significativamente as percentagens dos componentes individuais numa formulação  Este grupo de produtos químicos envolve uma vasta gama de componentes que são empregados em baixas concentrações, que têm funções específicas como conferir importantes propriedades às tintas e aos revestimentos respectivos, tais como: aumento da proteção anticorrosiva, bloqueadores dos raios UV, catalisadores de reações, dispersantes e umectantes de pigmentos e cargas, melhoria de nivelamento, preservantes e antiespumantes.
Figura 9: Aditivos
Fonte: WWW.tintas-liquidas- aditivos.com.br
		
Este grupo de produtos químicos envolve uma vasta gama de componentes que são empregados em baixas concentrações (geralmente ˂ 5 %), que têm funções especificas como conferir importantes propriedades às tintas e aos revestimentos respectivos, tais como: aumento da proteção anticorrosiva, bloqueadores dos raios UV, catalisadores de reações, dispersantes, umectantes de pigmentos e cargas, melhoria de nivelamento, preservantese antiespumantes.
 Tabela 2 - Relação do aditivo com sua função respectiva
7 PROCESSO DE FABRICAÇÃO
A indústria de tintas é caracterizada pela produção em lotes, o que facilita o ajuste da cor e o acerto final das propriedades da tinta. Nas etapas de fabricação predominam as operações físicas (mistura, dispersão, completagem, filtração e envase), sendo que as conversões químicas acontecem na produção dos componentes (matérias-primas) da tinta e na secagem do filme após aplicação. 
O processo de fabricação da tinta segue uma série de etapas sequenciadas, quando a formulação deve ser rigidamente observada e obedecida.
1) Avaliação e Controle de Qualidade da matéria-prima;
2) Pesagem das matérias-primas obedecendo à formulação;
3) Pré-mistura- Mistura de pigmentos, aditivos e resinas em equipamento de alta precisão;
4) Moagem – a pasta obtida na pré-mistura passa pelo moinho para ser finamente dividida em pequenas partículas;
5) Completação – o produto obtido na moagem é levado para tanques equipados com agitadores, onde se completa a formulação, através da adição de solventes, resinas e demais matérias-primas da formulação;
6) Tingimento – é a etapa onde se acerta a cor da tinta, conforme o padrão estabelecido;
7) Controle de Qualidade – nesta etapa, os produtos são submetidos a rigorosas análises para observação de viscosidade, brilho, cobertura, cor e secagem. Após aprovação, são liberados para enchimento nas embalagens;
8) Embalagem – os produtos são filtrados e enlatados para serem enviados à expedição.
 Figura 10 - Processo de fabricação e comercialização das tintas
Figura 11: Fabricação das tintas
Fonte: www.moinhopiramide.com.br
Tinta para Revestimento - Base solvente
Figura 12 Revestimento (base solvente)
Fonte:www.ebah.com
O processo de produção deste tipo de tinta, geralmente abrange as seguintes operações unitárias: pré-mistura, dispersão (moagem), completação, filtração e envase. 
A determinação das quantidades dos insumos deve ser feita através de pesagem e medição volumétrica com acuracidade adequada para tintas com as propriedades desejadas.
Pré-mistura
Os insumos são adicionados a um tanque (aberto ou fechado) provido de agitação adequado na ordem indicada na fórmula (documento básico para a produção de uma tinta). O conteúdo é agitado durante um período de tempo pré-determinado, a fim de se conseguir uma relativa homogeneização.
Dispersão (Moagem)
O produto pré-disperso é submetido à dispersão em moinhos adequados. Normalmente são utilizados moinhos horizontais ou verticais, dotados de diferentes meios de moagem: areia, zirconita, etc. Esta operação é contínua, ou seja, há transferência do produto de um tanque de pré-mistura para o tanque de completarem. Durante esta operação ocorre o desagregamento dos pigmentos e cargas e ao mesmo tempo há a formação de uma dispersão maximizada e estabilizada desses sólidos.
A dispersão maximizada e estabilizada permite a otimização do poder de cobertura e da tonalidade da tinta durante um período de tempo correspondente a validade da mesma.
Completagem
 
Em um tanque provido com agitação são misturados de acordo com a fórmula, o produto de dispersão e os restantes componentes da tinta. Nesta fase são feitos os acertos finais para que a tinta apresente parâmetros e propriedades desejados; assim é feito o acerto da cor e da viscosidade, a correção do teor de sólidos, etc. 
Filtração
Após a completagem e aprovação, a tinta é filtrada e imediatamente após, é envasada.
Envase
 
A tinta é envasada em embalagens pré-determinadas. O processo deve garantir a quantidade de tinta em cada embalagem. O fluxograma a seguir ilustra o processo de fabricação:
Fluxograma do processo de produção de tinta para revestimento base solvente
Fonte:www.abrafati.com.br
Produção- Tintas para revestimentos (Base Água) 
Figura 10: Revestimento (base água)
Fonte: www.imagensdetintas.com.br
Nos sistemas base de água a parte líquida é preponderantemente a água. As tintas aquosas e os seus complementos, utilizados na construção civil, é um exemplo marcante, pois representam 80% de todas as tintas consumidas por esse segmento de mercado. Estes produtos denominados genericamente de produtos látex são baseados em dispersões aquosas poliméricas (emulsões) tais como: vínílicas, vinil acrílicas, acrílicas, estireno-acrílicas, etc.
A parte volátil das tintas das tintas látex é constituída por 98% de água e 2% de compostos orgânicos (valores médios). As cargas minerais são particularmente importantes na produção de tintas látex para a construção civil, sob o ponto de vista quantitativo representam uma parte importante da composição dessas tintas. 
Em tintas industriais, os sistemas aquosos estão adquirindo uma importância crescente, o primer eletroforético utilizado na pintura original automotiva é um dos exemplos mais importantes. Algumas tintas de acabamento automotivo também são aquosas. É importante salientar que em tintas industriais há outras tecnologias concorrentes dos sistemas aquosos na solução de problemas ambientais, como, por exemplo, tintas em pó, tintas de cura por UV, tintas de altos sólidos, etc.
Produção- Tintas Látex
O processo de produção desse tipo de tintas é mais simples do que o usado na produção de tintas base solvente. 
Pré-mistura e dispersão
Em um equipamento provido de agitação adequada são misturados: água, aditivos, cargas e pigmento (dióxido de titânio). A dispersão é feita em sequência no mesmo equipamento. 
Completagem
Esta etapa é feita em um tanque provido de agitação adequada onde são adicionados água, emulsão, aditivos, coalescentes e o produto da dispersão. Nesta etapa são feitos o acerto da cor e as correções necessárias para que se obtenham as características especificadas da tinta. 
Filtração e envase
Estas etapas ocorrem simultaneamente. A produção de tintas base água surge como alternativa para a redução de COV. Sua maior aplicação é no ramo imobiliário, predominando as tintas látex. As etapas de fabricação são basicamente as mesmas da base solvente. As diferenças resumem-se a ordem de adição dos componentes da tinta. O fluxograma a seguir ilustra o processo de fabricação:
Fluxograma do processo de produção de tinta base água para a construção civil
Fonte: www.abrafati.com.br 
 Produção- Tinta em Pó
As tintas em pó são isentas de componentes líquidos em sua formulação. São produtos sólidos apresentando-se na forma de pó à temperatura ambiente. A aplicação é geralmente feita através de processos eletrostáticos, isto é, o pó é carregado com carga elétrica proporcionada por um revólver nebulizador especial para tal finalidade. Entre o revólver e a peça a ser pintada há a formação de um campo elétrico e de uma diferença de potencial adequada, o pó fica aderido eletricamente na superfície da peça por um período de tempo (alguns minutos) suficiente para que esta seja aquecida em uma estufa a uma temperatura adequada para que ocorra a fusão do pó e em seguida a formação do revestimento.
As tintas em pó podem ser classificadas em dois grupos considerando o mecanismo da formação do revestimento:
Tintas em pó termoplásticas: o pó depois de aplicado é aquecido a uma temperatura superior à da fusão quando então o líquido resultante recobre a superfície; o resfriamento da peça para as condições normais de temperatura transforma esse revestimento líquido em um revestimento duro e protetor. Não há qualquer transformação química nesse mecanismo. São exemplos: tintas em pó à base de nylon, tintas em pó base PVC, etc. 
Tintas em pó termoconvertíveis: ocorre uma reação entre a resina e o agente de cura após a fusão do pó. Ocorre então, a formação de uma espécie química, com um peso molecular muito grande. Como consequência as propriedades físicas e químicas do revestimento são maximizadas. 
Este tipo de tinta, são mais importantes na pintura de produtos industriais tais como, eletrodomésticos, tubos de aço para oleodutos,etc. São exemplos: tintas em pó epóxi, tintas em pó epóxi – poliéster, tintas em pó acrílicas, poliéster puro, etc. O processo produtivo envolve as seguintes etapas. 
Pré-mistura
Os componentes da fórmula são misturados em um misturador de produtos sólidos até se conseguir uma relativa homogeneização.
Extrusão
 
O produto da pré-mistura é extrudado em ume extrusora cujo canhão tenha zonas de diferentes temperaturas. A temperatura de saída do material é ao redor de 95 °C. É muito importante controlar as temperaturas das diferentes partes do canhão para se obter uma extrusão eficiente e evitar acidentes. Na extrusão ocorre a homogeneização do material bem a dispersão dos pigmentos e das cargas minerais. 
 Resfriamento
 O material extrudado é resfriado em uma cinta de aço resfriadora.
Granulação
O produto resfriado é granulado em partículas de tamanho variando entre 2 a 3 mm.
 
Moagem
O produto granulado é moído em um micronizador dotado de sistema de classificação e possível de ser regulado para que se obtenha uma determinada distribuição granulométrica do pó. Um perfil granulométrico típico apresenta partículas com tamanhos variando entre 10 e 100 micrômetros. 
O micronizador deve ter um sistema eficiente de dissipação do calor formado na micronização. 
Classificação e envase
O processo de envasamento deve estar acoplado a um sistema de classificação granulométrica a fim de evitar que, partículas maiores que o especificado, contamine o produto embalado. Geralmente as tintas em pó são embaladas em caixas de papelão providas com um saco plástico. O fluxograma a seguir ilustra o processo de fabricação de tinta em pó:
Fluxograma do processo de produção de tinta em pó aplicada para revestimentos industriais Fonte:www.abrafati.com.br
 Produção-Tinta para impressão 
As tintas para impressão compõem um grupo a parte dentro do setor de tintas. Os produtos se destinam a impressão de embalagens (plásticas, papel, cartão, metal), publicações diversas, material didático, etc. Assim, temos tintas para flexografia, rotogravura, offset, offset reativas, tipografia, metalgrafia, secagem ultravioleta, litografia e silkscreen. 
Pesagem
Nas fábricas de tinta as matérias-primas são pesadas manualmente ou automaticamente. Entretanto, a automatização é mais comum quando as matérias-primas são líquidas ou pastosas, e manuais para matérias-primas sólidas. 
Dispersão
Nesta etapa do processo os componentes sofrem uma primeira homogeneização, este processo físico visa reduzir as matérias primas sólidas a pequenas partículas de tamanho uniforme e distribuí-las por igual junto das matérias primas liquidas. 
 Moagem
 Dependendo das características técnicas de cada produto, é necessário acrescentar mais uma etapa a moagem. Este processo tem como objetivo reduzir ainda mais o tamanho das partículas facilitando ainda mais a uniformidade do lote. 
Afinação/Diluição
O lote é enviado para tanques e/ou misturadores onde ocorre a adição de solventes, vernizes e aditivos. 
Filtragem
Após a diluição, a tinta é filtrada para remoção de partículas não dispersas ou qualquer outro sólido presente. 
Envase e Armazenamento
A tinta é transferida para latas, baldes, tambores ou contêineres, rotulada, embalada e encaminhada para o estoque e/ou expedição. 
As tintas gráficas ou litográficas secam por oxidação (polimerização) do veículo e possuem características espessas e viscosas, conferindo a elas uma consistência pastosa. Já as tintas utilizadas para rotogravura e flexografias são mais fluidas, veículo bem menos viscoso e secam por evaporação do veículo. O fluxograma a seguir ilustra o processo de fabricação:
Fluxograma do processo de produção de tintas
Fonte: www.abrafati.com.br
8. ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS 
A seguir são apontados os principais impactos ambientais que podem resultar de atividades das empresas do setor de tintas e vernizes, bem como são mencionadas as relações de causa e efeito entre os processos produtivos e o meio ambiente.
PRINCIPAIS INSUMOS: 
Energia
No segmento de tintas e vernizes utiliza-se energia elétrica em instalações e maquinários para dispersão, mistura, moagem e enlatamento. Algumas instalações podem empregar óleo combustível, óleo diesel ou gás natural para geração de calor. Nestes casos o controle de eficiência de queima deve ser feito de modo a minimizar as emissões de monóxido de carbono, óxidos de enxofre e materiais particulados para a atmosfera. Para operação e manutenção dessas instalações, também existe geração de resíduos, tais como, borras oleosas, estopas sujas, embalagens de combustível, entre outros.
Água
A água é o recurso natural mais empregado no setor e se dá em larga escala e para diversos fins. Considerável parcela pode ser incorporada ao produto, parte é empregada nas operações de limpeza e lavagem de máquinas, equipamentos e instalações industriais, além do uso na área de utilidades e manutenção. O uso descontrolado deste insumo pode levar à crescente degradação das reservas, apontando para a necessidade urgente de adoção de uma política racional de consumo. O rebaixamento do nível dos aquíferos subterrâneos, pela perfuração exagerada ou exploração excessiva de poços existentes, gradativamente levam a um descontrole econômico dos custos de produção, bombeamento e diminuição do rendimento da operação. É necessário conscientizar os usuários quanto a formas de minimizar o consumo de água não apenas na indústria, mas também nas práticas cotidianas de cada indivíduo.
Matérias primas e produtos auxiliares
A variedade e quantidade de matérias-primas e produtos auxiliares empregados no setor de tintas e vernizes é extremamente grande. Podemos citar alguns, tais como:
• Resinas
• Pigmentos e cargas
• Solventes
• Aditivos
Várias destas matérias-primas possuem propriedades tóxicas, irritantes e corrosivas o que torna essencial o conhecimento de seus efeitos potenciais sobre a saúde humana e meio ambiente, assim como sobre os procedimentos emergenciais em caso de derramamentos acidentais, contaminações e intoxicações.
PRINCIPAIS INTERFERÊNCIAS DO MEIO AMBIENTE
Os principais impactos ambientais do setor podem estar associados tanto ao processo produtivo, como à geração de efluentes, ao próprio uso dos produtos ou mesmo à geração de resíduos de embalagem pós-uso.
Emissões atmosféricas
Compostos Orgânicos Voláteis (VOC)
A emissão de compostos orgânicos voláteis é resultado de diversos processos, como por exemplo:
Combustão incompleta;
Emissões durante todas as etapas do processo de fabricação, especialmente quando realizados em equipamentos abertos;
Emissões fugitivas de silos de matéria-prima;
Limpeza de equipamentos;
Vazamentos de selos, gaxetas e válvulas de tubulações.
O uso de equipamentos fechados durante o processo minimiza a emissão de compostos orgânicos voláteis, sendo recomendável inclusive para reduzir perdas de matéria-prima.
DEFINIÇÃO DE RESÍDUOS
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define resíduo como qualquer coisa que seu proprietário não quer mais e que não possui valor comercial.
A ABNT NBR 10.004 define os resíduos sólidos como resíduos nos estados sólidos e semi-sólidos, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial,agrícola, de serviços e de varrição.
Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água,aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível.
Tipos de resíduos perigosos provenientes da indústria de tintas
Para classificação dos resíduos devem-se observar os critérios definidos na NBR 10004 (Resíduos Sólidos – Classificação). Abaixo alguns exemplos:
Resíduos gerados no processo
Tabela 3 – Resíduos gerados durante o processo eo seu código de identificação
Resíduos gerados indiretamente no processo
Tabela 4 - Relação gerados indiretamente no processo
Segregação e Identificação
A segregação consiste na operação de separação dos resíduos por classe, conforme norma ABNT NBR 10.004, identificando-os no momento de sua geração, buscando formas de acondicioná-lo adequadamente conforme NBR 12235.
Tem como finalidade evitar mistura de resíduos incompatíveis, visando com isso contribuir para o aumento da “qualidade” de resíduos que possam ser recuperados ou reciclados e diminuir o volume a ser tratado ou disposto.
A identificação dos resíduos serve para garantir a segregação realizada nos locais de geração e deve estar presente nas embalagens, contêineres, nos locais de armazenamento, e nos veículos de coleta interna e externa. 
9 VERNIZES 
É uma película de acabamento quase transparente, usada geralmente em madeira e outros materiais para proteção, profundidade e brilho. Sua formulação tradicional contém óleo secante, resinas e um solvente como aguarrás, mas modernamente são utilizados também derivados de petróleo como poliuretano ou epóxi, Em oposição às tintas, verniz não contém pigmento para ressaltar a textura ou cor natural. É utilizado também como última camada sobre pintura, para proteção e efeito de profundidade. Aplicada como um líquido, com um pincel ou pulverizador, forma uma película ao secar em contato com o ar. Vernizes são soluções de resinas ou óleos secantes em solventes voláteis. (Hackh’s Chemical Dictionary). Os vernizes podem ser constituídos por óleos secativos dissolvidos em solventes voláteis ou por resinas naturais ou sintéticas também dissolvidas. (Meditsch).
Produção de Vernizes
A indústria de tintas é caracterizada pela produção em lotes, o que facilita o ajuste da cor e o acerto final das propriedades da tinta. Nas etapas de fabricação predominam as operações físicas (mistura, dispersão completagem, filtração e envase), sendo que as conversões químicas acontecem na produção dos componentes da tinta e na secagem do filme após aplicação. O processo de fabricação da tinta segue uma série de etapas sequenciadas, quando a formulação deve ser rigidamente observada e obedecida.
Mistura
A produção de verniz é simples e não exige as etapas de dispersão e moagem. O produto é feito em apenas uma etapa: a mistura. São homogeneizados em tanques ou tachos, as resinas, solventes e aditivos. 
Dispersão
Alguns tipos de vernizes necessitam, também desta etapa. Quando algumas das matérias-primas são difíceis de serem incorporadas, é necessário aplicar maior força de cisalhamento a fim de evitar grumos. 
Filtração
Concluída a mistura, o lote é filtrado para remover qualquer partícula do tamanho acima do máximo permitido. 
Envase
Depois de aprovado pelo Laboratório de Controle de Qualidade, o verniz é então, envasado em latas, tambores ou contêineres, rotulado, embalado e encaminhado para o estoque. 
10 TINTAS E SUAS APLICAÇÕES
 
A aplicação de tintas não resulta apenas na utilização das mesmas no local desejado, mas sim de um processo que se inicia desde a base do local (paredes, lajes), um processo que prepara a base (superfície do local), através de procedimentos como lixamentos em paredes, para a retirada de crostas da superfície, deixando-a mais agradável na hora da pintura, e evitando o aparecimento de futuras patologias.
Figura 11: Aplicações das tintas
Fonte: www.ebah.com.br
Considerando as diversas superfícies comumente encontradas na construção civil, são indicados alguns esquemas de pintura para interiores e exteriores, levando- se em conta aspectos de qualidade e economia.
Pinturas de interiores sobre rebocos
Figura 12: Pintura
Fonte: www.suvinil.com.br
Látex vinil/acrílico ou P/A sobre massas corridas
Preparação da superfície: lixar toda superfície para remover saliências e partes soltas; remover a poeira por escovamento.
Pintura: aplicar massa corrida para interiores três demãos finas, lixando ate obter o nivelamento desejado.
Látex vinil/acrílico ou PVA sobre gesso
Aplicar uma demão de liquido preparador de parede á base solvente, ou a base de água, diluído na proporção indicada pelo fabricante. Aplicar tinta látex vinil/acrílica ou PVA em duas ou três demãos.
 Observações: A substituição da massa corrida por gesso tem sido uma prática cada vez mais comum no mercado local.
Esmaltes sintéticos e tintas a óleo
 Preparação da superfície: lixar toda a superfície para remover saliências e partes soltas; remover a poeira por escovamento.
Pintura: aplicar seletor acrílico ou alquídico base solventes. Para acabamentos finos, aplicar duas ou três demãos de massa corrida de base acrílica, lixando até obter o nivelamento desejado. Remover a poeira por escovamento e pano levemente umedecido. Aplicar tinta a óleo ou esmalte sintético em duas ou três demãos, aplicadas em intervalos conforme recomendações do fabricante.
 Observações: Pintura alternativa para látex, porem de custo mais elevado.
Pinturas externas sobre reboco
Látex acrílico 
Preparação da superfície: lixar toda a superfície para remover saliências e partes soltas; remover a poeira por escovamento e pano levemente umedecido; aplicar uma demão de selador acrílico base de água. Para acabamentos de alto padrão aplicar duas a três demãos de massa corrida de base acrílica para exteriores, lixando até obter o nivelamento desejado. Remover a poeira por escovamento e pano levemente umedecido.
Pintura: aplicar tinta látex acrílico em duas ou três demãos de aspecto fosco semi-brilhante ou acetinado.
Observações:
Acabamentos com excelentes propriedades de resistência ao intemperismo e à abrasão úmida, e grande poder de adesão ao substrato. 
Texturizado 
Preparação da superfície: escovar toda a superfície para remover partículas soltas.
Pintura: aplicar uma demão de massa acrílica texturizada a base de água. Aplicar uma ou duas demãos de tintas de acabamento (látex vinil/acrílico ou PVA para exteriores, látex acrílico ou outra conforme recomendação).
Observações: Opção decorativa para pintura de fachadas em geral, de ótimo comportamento como impermeabilizante superficial para blocos de concreto. Encontram–se no mercado produtos texturizados hidrorrepelentes que dispensam pinturas subsequentes. Atualmente, também com a opção de escolha de diversas cores por meio do sistema tintométrico.
Proteção de concreto aparente interiores/exteriores 
Verniz acrílico à base de água
Preparação da superfície: lixar toda a superfície e regularizar as imperfeições, tampando as falhas com massa de cimento/areia de traço adequado.
Pintura: aplicar duas demãos de verniz incolor acrílico à base de água, sendo a primeira demão diluída com até 100% de água, de acordo com as condições da superfície.
 Observações: 
As emulsões acrílicas possuem boa aderência sobre o concreto, mantendo durante anos, mesmos em exteriores, o seu aspecto original.
Verniz acrílico à base de solvente
Preparação da superfície: lixar toda a superfície e regularizar as imperfeições, tampando as falhas com massa de cimento/areia.
Pintura: aplicar duas demãos de verniz acrílica à base de solvente, sendo a primeira demão diluída com até 50% de solvente especial para acrílico.
Observações:
Os vernizes acrílicos em solventes têm grande resistência ao amarelecimento quando exposto às radiações solares.
Pinturas de faixas demarcatórias e pisos de quadras poliesportivas de concreto ou cimentados 
Látex acrílico para pisos de concreto/cimentados
Preparação da superfície: lixar a superfície para eliminar as saliências; remover a poeira por escovamento; lavar a superfície com solução acida muriático a 5% ou 10%, principalmente quando a superfície for muito lisa.
Pintura: aplicar três demãos de látex acrílico para piso de concreto na cor especificada, sendo a primeira demão diluída em 50% de água, para a perfeita aderência do sistema.
Observações:
Geralmente disponibilizados nos acabamentoslisos e rugosos.
Blocos de concreto (interno/externo)
Textura acrílica 
Preparação da superfície: escovar toda à superfície para remoção de partículas soltas.
Pintura: aplicar uma demão de selador acrílico, diluído em água. Preferencialmente sobre a massa de assentamento, esta primeira demão deve ser aplicada a pincel ou trincha. Aplicar uma demão de textura acrílica para exterior, diluída em água resultando um aspecto final semelhante à textura do bloco.Usar um rolo de espuma para textura.
Observações:
Recomenda-se frisar a massa de assentamento com frisos rasos, o que facilita na aplicação pintura.
Para maior resistência, impermeabilidade e durabilidade em exteriores, recomenda-se aplicar sobre a textura acrílica duas demãos de látex acrílico. O uso de textura acrílica hidro-repelente dispensa a aplicação de acabamento subsequente.
Pinturas de madeiras novas (envernizamento interiores/exteriores)
Figura 13: Pintura em madeira
Fonte: www.megaflux.net
Selador nitrocelulose 
Preparação da superfície: lixar até remover a película superficial, eliminando as farpas.
Pintura: aplicar uma ou duas demãos de selador nitrocelulósico para madeira, conforme recomendação do fabricante.
Observações:
Este produto tem por objetivo selar a superfície da madeira para evitar ganho ou perda de água.
Verniz monocomponete filtro solar
Preparação da superfície: lixar até remover a película superficial, eliminando as farpas.
Pintura: aplicar três a quatro demãos de verniz monocomponente com filtro solar, sendo a primeira diluída até 50% com diluente adequado.
Observações: O envernizamento só deverá ser efetuado em madeiras cuja umidade se situe abaixo de 12%.
Atualmente, várias formulações são recomendadas para aplicações em exteriores, com resistência ao intemperismo acima de quatro anos.
Pintura com tinta a óleo ou esmalte sintético 
Esmaltes sintéticos ou tinta a óleo 
Preparação da superfície: lixar até remover a película superficial.
Pintura: aplicar uma demão de fundo selador nivelador à base de resina alquidica (sintética); lixar toda a superfície e eliminar o pó resultante; corrigir imperfeições superficiais com massa sintética para madeiras; lixar toda a superfície e eliminar o pó resultante; aplicar outra demão de fundo selador nivelador de base sintética; lixar toda a superfície, eliminado todo o pó resultante; aplicar duas ou três demãos de tinta a óleo ou esmalte sintético.
Observações: A pintura com tinta a óleo ou esmalte sintético deve ser efetuada aplicando-se em baixas camadas com intervalo entre as demãos, obedecendo a orientação do fabricante.
Em pinturas externas, não é recomendada a aplicação de tintas foscas, pois estas tendem a sofrer forte degradação pelos raios ultravioleta. O uso de tinta a óleo tem sido reduzido no país em prol dos chamados esmaltes sintéticos.
Pintura de metais (ferrosos)
Esmalte sintético ou tinta a óleo 
Preparação da superfície: lixar até remover ferrugens e sujeiras. Remover gorduras, graxas e óleo lavando com solvente de limpeza.
Pintura: aplicar duas demãos de fundo anti-corrosivo de boa qualidade; aplicar duas a três demãos de acabamento na cor especificada com tinta a óleo ou esmalte sintético.
Observações:
A preparação da superfície é fundamental para a obtenção de bons resultados. Quando maior o grau de limpeza maior será a vida do revestimento. Aplicar camadas finas a intervalos recomendados pelo fabricante até atingir a espessura desejada.
O fundo anticorrosivo é o que protege o substrato metálico por isso deve ter boas propriedades. A manutenção da cor depende da qualidade e adequação dos pigmentos empregados na formulação do acabamento. Evitar o uso de tintas sintéticas foscas como acabamento externo.
Pintura de aço galvanizado 
Figura 14: pintura em aço
Fonte: www.youtube.com
Esmalte sintético ou tinta a óleo
Preparação da superfície: remover gorduras, graxas, óleo, ou sabão com pano úmido embebido em solvente. Após limpeza deixar secar e proceder aplicação do sistema de pintura.
Pintura: aplicar uma demão de fundo de aderência de base alquídica modificada para aplicação sobre galvanizados. Aplicar uma ou duas demãos de tinta de acabamento, conforme especificado pelo fabricante.
Observações:
As superfícies galvanizadas novas devem merecer maiores cuidados na limpeza e condicionamento. Primária (fundos) epóxi-isocianato são altamente eficientes para esta finalidade, podendo receber qualquer tipo de acabamento posterior. Superfícies de alumínio seguem esquema similar ao utilizado em substratos galvanizados. 
Aplicações específicas
Impermeabilizante: para acabamento em madeira, concreto aparente, pedra mineira, tijolo e telhas. Pode ser transparente ou colorido;
Complemento: produtos de preparação para a pintura. Fundos, massas e líquidos para uniformizar, nivelar e corrigir superfícies;
Textura: massas para criar efeitos decorativos - lisos, texturizados, riscados, granulados ou envelhecidos - em relevo;
Hammerite: esmaltes anticorrosivos e anti-ferrugem para aplicação em superfícies metálicas;
Outros: corantes para tinta látex PVA e acrílica, removedores de esmaltes e vernizes e diluidores de tintas e vernizes sintéticos.
11. SISTEMA DE PINTURA
Figura 15: pinturas
Fonte: www.npc.ufsc.br
FUNDO: 
É um produto destinado à primeira demão ou mais demãos sobre a superfície de acabamento e funciona como uma ponte entre o substrato e a tinta de acabamento. Serve para uniformizar a absorção de superfícies de alvenarias de argamassa, neste caso, também conhecido como selador. O fundo é chamado de “primer” em caso de aplicação sobre superfícies metálicas, neste caso, entram em sua composição pigmentos anticorrosivos.
FUNDO PREPARADOR DE PAREDES: 
Tem como característica principal promover a coesão de partículas soltas do substrato, por isso é especialmente recomendada a aplicação sobre superfícies não muito firmes e sem coesão (ex: argamassa pobre, sobre a caiação nas repinturas).
MASSA CORRIDA:
É um produto pastoso, com elevado teor de cargas, sem finalidade de dar cor, o qual serve para a correção de irregularidades da superfície já selada. Estes produtos devem ser aplicados em camadas muito finas para evitar o aparecimento de fissuras. Deve secar, ser lixada e ter o pó eliminado com pano úmido, antes do acabamento.
TINTA DE ACABAMENTO:
É a parte visível do sistema de pintura. É a que apresenta as propriedades necessárias para o fim a que se destina, inclusive tonalidade.
12 PRODUTOS E SUAS ESPECIFICAÇÕES
Sempre nova: 
Figura 16: Tinta acrílica
Fonte: www.suvinil.com.br
Fosco completo:
Figura 17: fosco
Fonte: www.suvinil.com.br
Ilumina:
Figura 18: tinta sem cheiro
Fonte: www.suvinil.com.br
Esmalte acetinado:
Figura 19: esmalte acetinado
Fonte: www.suvinil.com.br
Esmalte sintético:
Figura 20: esmalte sintético
Fonte: www.suvinil.com.br
Verniz a base água:
Figura 21: verniz a base de água
Fonte: www.suvinil.com.br
Verniz sintético:
Figura 22: verniz sintético
Fonte: www.suvinil.com.br
13 PATOLOGIAS
 Adesão de duas superfícies
Adesão de duas superfícies quando pressionadas umas sobre as outras. Exemplo: a porta gruda no batente. 
Possíveis Causas: não aguardar portas e janelas secarem totalmente antes de fechá-las; uso de tintas alto ou semibrilho de baixa qualidade. 
Soluções: usar tintas alto ou semibrilho acrílicas de alta qualidade. As tintas de qualidade inferior possuem pouca resistência ao problema, principalmente sob condições de calor e vapor. As tintas acrílicas são mais resistentes a esse problema que as tintas vinílica, base óleo ou alquídica. Esta última desenvolve sua resistência à adesão com o passar do tempo. Siga sempre o tempo de secagem recomendado pelo fabricante. A aplicação de talco pode atenuar o problema.
Figura 23: adesão
Fonte: Fazenda J.M.R.1995 Abrafati
Baixa adesão a metais galvanizados 
A tinta não adere a superfícies de metal galvanizado.Possíveis Causas: Incorreta preparação da superfície, por exemplo, remoção insuficiente da ferrugem; Falha na aplicação do selador antes de aplicação de tinta base óleo ou látex vinílico; não lixar corretamente superfícies de acabamento esmaltado ou brilhoso antes da pintura. 
Soluções: Todo e qualquer ponto de ferrugem deve ser eliminado com auxílio de uma escova de aço e em seguida aplique sobre o substrato um selador resistente à corrosão (uma demão é, geralmente, suficiente). Ao pintar pela primeira vez ou repintar uma superfície galvanizada que não apresente pontos de ferrugem, pode-se utilizar um látex acrílico sem aplicação prévia de selador. No caso de usar tintas base óleo ou látex vinílico em superfície bruta, a aplicação de um selador se torna fundamental.
Figura 24: baixa adesão
Fonte: Fazenda J.M.R.1995 Abrafat
Baixa resistência a alcalinidade 
Perca de cor e degradação do filme aplicado sobre alvenaria recém-construída. 
Possíveis Causas: Tinta base óleo ou vinil acrílico aplicado sobre alvenaria recém-construída, que não tenha sido curada por um ano. Construções novas geralmente contêm cal que é muito alcalino; a alcalinidade da construção permanece tão alta a ponto de afetar a integridade do filme formado sobre a superfície. 
Soluções: O ideal é deixar a superfície sem pintura por até um ano, para que o concreto seque bem. Se não for possível, espere pelo menos 30 dias. Antes iniciar a pintura, aplique sobre o substrato um selador resistente à alcalinidade; prefira tintas 100% acrílicas, porque são mais resistentes a esse problema.
Figura 25: baixa resistência
Fonte: Fazenda J.M.R.1995 Abrafati
Baixa resistência às manchas 
A tinta não apresenta resistência contra ao acúmulo de sujeiras e manchas. 
Possíveis Causas: Uso de tinta de baixa qualidade que seja muito porosa; aplicação de tinta em uma superfície que não tenha sido selada. 
Soluções: Tintas base água de alta qualidade contêm mais emulsão, ingrediente que ajuda a evitar com que as manchas penetrem na superfície pintada. Com isso, a sujeira pode ser removida com facilidade; superfícies novas, que tenham sido seladas, proporcionam formação do filme em uma espessura correta, oferecendo fácil remoção de manchas.
Figura 26: Baixa resistência à manchas
Fonte: Fazenda J.M.R.1995 Abrafati
Baixa resistência ao atrito 
Remoção parcial ou total do filme, quando esfregado. 
Possíveis Causas: Escolha do tipo de brilho incorreto para o ambiente; uso de uma tinta de baixa qualidade; limpar o local com um material muito abrasivo; limpar a superfície sem que a tinta esteja totalmente seca. 
Soluções: Áreas que necessitam de frequente limpeza ou que estejam expostas a grande tráfego requerem um tipo de tinta que ofereça grande resistência. Nesses casos é aconselhável o uso de tintas alto ou semi brilho ao invés de tintas foscas; quando for limpar a superfície utilize um material não abrasivo e um detergente bem suave.
Figura 27: baixa resistência ao atrito
Fonte: Fazenda J.M.R.1995 Abrafat
Baixa retenção de brilho 
Deterioração da tinta, resultando em excessiva ou rápida perda de brilho. 
Possíveis Causas: Uso externo de tinta indicada para superfícies internas; uso de tinta de baixa qualidade; uso de tinta alto brilho base óleo ou alquídica em locais que recebem direta luz do sol; a incidência luz do Sol diretamente sobre a superfície pode comprometer a emulsão e os pigmentos da tinta, provocando a calcinação e perda de brilho. 
Soluções: com o passar do tempo, toda tinta perde um pouco do seu brilho inicial, porém as de baixa qualidade o processo se dá mais rapidamente; emulsões usadas em tintas acrílicas são mais resistentes aos raios UV, enquanto os presentes em tintas base óleo e alquídicas absorvem a radiação, causando seu comprometimento. A preparação da superfície deve ser a mesma de locais que apresentam sinais de calcinação (ver Calcinação)
Figura 28: Baixa retenção de brilho
Fonte: Fazenda J.M.R.1995 Abrafati
Baixa uniformidade de brilho
Brilho desigual da pintura que apresenta manchas brilhantes ou foscas sobre a superfície pintada. 
Possíveis Causas: desigual taxa de espalhamento durante a pintura; falha na selagem de uma superfície porosa ou superfície que apresenta vários graus de porosidade. Aplicação da tinta de maneira errada. 
Solução: substratos novos devem ser selados antes da aplicação da tinta, assegurando uma uniformidade de porosidade na superfície. Se a superfície não for selada, uma segunda demão de tinta é indicada.
Figura 29: Baixa uniformidade de brilho
Fonte: Uemmoto K.L, 2002 CTE
Baixo poder de cobertura 
A superfície, mesmo pintada, não encobre totalmente a camada subjacente. 
Possíveis Causas: Uso de uma tinta de baixa qualidade; uso de pincel ou rolo de baixa qualidade; uso de uma combinação imprópria de base de tingimento e cor de tingimento; pobre alastramento e nivelamento da tinta (ver Alastramento e Nivelamento). Uso de uma tinta muito mais clara que o substrato ou que contenha pigmentos orgânicos de baixo poder de cobertura. Aplicação de tinta com taxa de espalhamento maior que o recomendado.
Soluções: use sempre tintas de alta qualidade, pois proporcionam um melhor escoamento e poder de cobertura; use rolos ou pincéis de boa qualidade. Quando optar por rolo, verifique se é o tipo indicado para a pintura. Se o substrato for muito escuro ou estiver com papel de parede, utilize um selador antes da aplicação da tinta. Se optar por uma tinta tingida, utilize a base correta. Quando a utilização de pigmentos orgânicos de baixo poder de cobertura for necessária, aplique um selador antes da pintura. Siga as recomendações do fabricante quanto a taxa de espalhamento.
Figura 30: baixo poder de cobertura
Fonte: Fonte: Uemmoto K.L , 2002 CTE
Bolhas 
Esse problema, geralmente é ocasionado por perda localizada de adesão e levantamento do filme da superfície. 
Possíveis Causas: Aplicação de tinta base óleo ou alquídica sobre uma superfície úmida ou molhada; umidade infiltrando através de paredes externas; superfície pintada exposta à umidade, logo após a secagem, principalmente se não houve uma preparação da superfície.
Soluções: Se nem todas as bolhas sumirem, removo-as raspando e lixando as regiões e repinte com tinta acrílica, que é a indicada; se todas as bolhas baixaram elimine a fonte de umidade, raspe e lixe o local e aplique um selador antes de aplicar a tinta
 
Figura 31: bolhas
Fonte: Fazenda J.M.R.1995 Abrafati
Bolor 
Esse problema é causado pela existência de manchas ou pontos pretos, acinzentados ou amarronzados sobre a superfície. 
Possíveis Causas: geralmente ocorre em áreas úmidas ou que recebem pouca ou nenhuma luz do sol, como banheiros, cozinhas ou lavanderias; uso de uma tinta alquídica ou base óleo, ou de uma tinta base água de baixa qualidade; pintura feita sobre uma camada de tinta na qual o bolor não tenha sido removido. 
Soluções: verificar se o problema realmente é o bolor, fazendo o seguinte teste: Pingue algumas gotas de alvejante doméstico sobre as manchas, se elas clarearem certamente tratase de bolor. Em seguida, remova todo o bolor do local com a seguinte solução: 1 parte de alvejante para 3 de água, protegendo mãos e olhos; pinte a superfície com uma tinta base água de alta qualidade e quando houver necessidade de limpeza, faça-a com alvejante /detergente. 
Figura 32: bolor
Fonte: Fazenda J.M.R.1995 Abrafati
Calcinação 
Formação de finas partículas, semelhantes a um pó esbranquiçado, sobre a superfície pintada exposta ao tempo, causando o desbotamento da cor. Ainda que algum desbotamento seja normal, devido ao desgaste natural, em excesso pode causar extrema calcinação. 
Possíveis Causas: uso de uma tinta de baixa qualidade, que contenha alta concentração de pigmentação. Uso externo de uma tinta indicada para superfícies internas. 
Soluções: remova a tinta, usando uma escova de aço, todo e qualquer vestígio de calcinação, enxaguando bem com uma mangueira ou com jatos d’água. Verifique se ainda

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