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Artigo - Melhor prevenir

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Melhor prevenir
Falhas no transporte rodoviário de cargas acontecem com freqüência. Mas, adotando medidas simples, é possível evitar a maioria delas.
À primeira vista, a tarefa das transportadoras rodoviárias de cargas parece simples: coletar produtos em determinado local e levá-los até outro ponto, estabelecido pelo cliente. Mas, no trajeto, podem ocorrer atrasos, avaria das mercadorias e até a perda da carga. Profissionais de duas empresas com destaque no setor explicam o que deve ser feito para se antecipar às falhas mais comuns e evitá-las.
Nos últimos meses, a Rápido 900, de São Paulo, ganhou três prêmios importantes, da Basf, da Amanco e da Oxiteno, exatamente por ser capaz de prevenir problemas. No caso da Oxiteno, em maio a empresa foi reconhecida por sua flexibilidade, por causa da implantação do maior número de ações para atendimento a demandas específicas ou emergenciais, entre as quais adequação e desenvolvimento de equipamentos, disponibilidade de veículos e identificação, antecipação e suporte na solução de problemas. De acordo com André Ferreira, gerente de marketing e vendas da empresa, o universo de erros é grande, mas quase todos têm a mesma origem: a falta de informação. “O motorista e a empresa devem estar em sintonia. Se um caminhão sai de São Paulo e vai para o Rio e, por algum motivo, quebra no meio do caminho, o aviso deve ser imediato para que se repare o veículo e a entrega não seja atrasada”, diz Ferreira.
Parece óbvio, mas muitas vezes esse conselho não é colocado em prática. Uma das razões para isso é a falta de comprometimento dos funcionários. Ferreira diz que os motoristas devem estar sempre motivados, ou a qualidade do transporte será afetada. Segundo ele, o empregado deve se sentir engajado e ter o desejo de cumprir as metas. “Na Rápido 900, criamos prêmios para quem cumpre os horários e as normas. Eles valem tanto para funcionários de nossa frota quanto para agregados. Se o motorista chega no dia e na hora combinada, recebe o prêmio. Se não chega, só ganha pela viagem”, diz Ferreira.
A comunicação não deve se restringir ao contato entre motoristas e empresa. Afinal, o cliente sempre quer participar. “Se ocorrer algum problema no trajeto, o cliente deve ser avisado. Ainda que a falha seja nossa. Ele quer saber antes se a carga vai atrasar e precisa receber essa informação para continuar confiando na transportadora”, afirma Ferreira.
Mas atrasos não se resolvem apenas com comprometimento de funcionários e boa comunicação. A empresa também precisa estar preparada para agir com rapidez e contornar as eventualidades, seja para enviar um outro veículo ou socorro mecânico. Melhor ainda é, sempre que possível, evitar as eventualidades. É por isso que manutenção preventiva é a palavra-chave nesse negócio. “Se os caminhões vivem quebrando, a empresa perde credibilidade no mercado”, diz Ferreira. A Rápido 900 optou por renovar sua frota nos últimos anos, em vez de ampliá-la. “Compramos veículos e vendemos os antigos. Hoje, a idade média de nossos caminhões é de seis anos”, diz Ferreira. A Rápido 900, que fez 60 000 viagens e transportou 890 000 toneladas de cargas em 2006, tem frota própria de 430 veículos e trabalha com outros 400 motoristas agregados.
Que riscos você enxerga quando se fala em terceirização de veículos (motoristas agregados)?
Quanto ao preço dos fretes, até onde vale abaixar os preços para continuar fornecendo serviços de transporte?
Que tipo de serviço pode ser percebido como valor para o cliente sem que seja necessário uma redução no fretes?

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