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Apostila 24 TEOLOGIA DO LOUVOR E ADORAÇÃO

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CNPJ º 21.221.528/0001-60
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Presidente Nacional Reverendo Pr. Gilson Aristeu de Oliveira
Coordenador Geral Pr. Antony Steff Gilson de Oliveira 
APOSTILA Nº. 24/300.000 MIL CURSOS GRATIS EM 45 PAGINAS. 
Apostila 24
OS LEVITAS
Teologia Sobre Louvor e Adoração
Parte I 
 
"Nesse tempo o Senhor separou a tribo de Levi para levar a arca da aliança do Senhor, para o servir, e para abençoar em seu nome..." (Dt 10.8)
Levitas eram os membros da tribo de Levi, terceiro filho do patriarca Jacó. Formavam uma tribo separada, sem território, sem herança terrena porque gozavam do alto privilégio de ter o Senhor como seu quinhão, sua posse (Dt 10.9). Era a tribo dos sacerdotes (cohanim), descendentes de Arão, por sua vez descendente de Levi (Ex 29.44; Nm 3.10). Isso quer dizer que todo sacerdote (cohen) era levita levi), mas nem todo levita era sacerdote (Nm 3.6s).
Os levitas (leviim) tinham, entre outros privilégios: 
· servir no santuário (Nm 3.6; 1Cr 15.2) ajudando nos sacrifícios (Jr 33.18,22), na recepção de oráculos (Nm 3.38; 2Rs 12.9ss;
· transportar a arca da aliança (aron haberith);
· a responsabilidade do ensino da lei (Dt 31.9; 22.10);
· autoridade para abençoar. Grande privilégio pela associação como o Nome de Deus (Nm 6.27).
Gozavam os levitas de alto prestígio, de elevada estima aos olhos do Senhor a ponto de lhes ser dito pelo Senhor, "... os levitas serão meus" (Nm 8.14b). Por esse motivo, no deserto, quando da apostasia do povo de Deus, os levitas puniram os apóstatas (Ex 32.25-29).
Deuteronômio 10.8 resume o ministério levítico, e nos aponta de modo sugestivo um plano de trabalho para nós mesmos, levitas da Nova Aliança: levar a arca da aliança, estar diante do Senhor e abençoar em Seu Nome.
LEVAR A ARCA DA ALIANÇA
O relato do Antigo Testamento dá uma descrição da arca (Ex 25.10ss). Era uma caixa de madeira de acácia medindo 1,40m x 0,84 cm x 0,84 cm, coberta de ouro e com uma tampa de ouro e com um tampo de ouro chamado de "propiciatório", em hebraico kapporeth (Ex 25.17, 21; 26.34).
Na arca, três objetos que eram testemunhos da relação de Deus com Seu povo:
· As duas tábuas de pedra onde se achava "escrita a aliança de Deus com o povo" (Ex 24.12; 25.16, 21; 40.20; Dt 10.1-5). Era lembrança do pacto de Deus com os filhos de Jacó, símbolo de direção permanente da parte divina;
· O pote de maná que recordava ao povo o cuidado e o sustento que vinham da parte de Deus no deserto (Ex 16.14ss; Hb 9.4, 5). Era uma metáfora concreta do alimento permanente vindo de Deus;
· O bastão (vara) de Arão (Nm 17.10) que floresceu como prova da sua divina indicação para ser Sumo-sacerdote (cf. v.8). É sinal de apoio permanente pelo Senhor.
A arca era um ponto catalizador dos doze tribos de Israel; o lugar de encontro no Santo dos Santos, onde o Senhor revelava Sua vontade aos Seus servos. Sinal visível e símbolo da presença de Deus entre o povo (1Sm 4-6; 2Sm 6; 1Rs 8; cf. 1Sm 4.7,22; Nm 10 35; 1Rs 8.11). Era o próprio trono de Deus.
Reputada como a "glória de Israel" (1Sm 4.21,22), santificava o lugar onde repousava (2Cr 8.11). Por esse motivo, quando a notícia de que havia sido tomada pelos filisteus chegou ao povo de Deus, a nora de Eli, o sacerdote, exclamou: "De Israel se foi a glória!" (1Sm 4.21).
Pois uma das funções levíticas era transportar a arca, o que foi desempenhado até Ter sido levada definitivamente para Jerusalém (1Cr 16.1), ocasião quando dita função foi transformada em ministério de serviço e de louvor (1Cr 23.25-32).
Que lição tiramos para nós, os levitas de hoje? A de que para levar a arca é preciso ser escolhido. Outra importante lição é que se temos de levar a arca, temos que desempenhar esta obrigação de modo incansável, sacrificial, corajoso até. Afinal, a arca da aliança é um tipo de Jesus Cristo, segundo Apocalipse 11.19.
ESTAR DIANTE DO SENHOR
Uma explicação mais detalhada está em Números 3.6-8, onde se percebe que "estar diante de..." é o mesmo que "dar assistência, servir".
"Estar diante do Senhor" tem a ver com consagração. O Novo Testamento ensina que os filhos de Deus somos constrangidos pelo amor a viver para o Senhor que morreu e ressuscitou por nós (2Co 5.14). A base dessa consagração é o amor, e não pode haver consagração se não se sentir o amor do Senhor, e se não se amor o Senhor.
O povo de Israel fora escolhido, mas só a tribo de Levi foi separada para ser a tribo de sacerdotes. Consagração na Antiga Aliança era algo exclusivo. Hoje, na dispensação da raça, todos somos sacerdotes, levitas, portanto (Ap 1.5, 6). Watchman Nee escreveu como oração:
Ó Senhor, Sendo amado, que mais posso eu fazer
Além de me separar de todas as coisas
Para poder servir-Te?
Daqui em diante,
Ninguém poderá usar minhas mãos, ou pés,
Ou boca, ou ouvidos;
Pois estas minhas mãos
São para fazer as Tuas obras,
Meus dois pés para andar em Teu Caminho,
Minha boca para cantar os Teus louvores,
E meus ouvidos para ouvir a Tua voz".
A consagração visa a servir a Deus, como o faziam os levitas que tinham a função de "estar diante do Senhor". Quando nos tornamos crentes em Cristo, assumimos o compromisso o compromisso de servir a Deus por toda a vida. Um médico que é salvo pelo sangue de Jesus coloca a medicina em segundo lugar, pois para o primeiro lugar vai Jesus, seu Salvador. O mesmo com o comerciante, o soldado ou o bancário. Assim aconteceu com os primeiros discípulos: Mateus era fiscal de rendas; Pedro, André, Tiago e João eram pescadores que para "estar diante do Senhor" deixaram suas vocações para segundo plano.
Para 'estar diante do Senhor" é preciso ser (2Cr 29.11). "Não sejais negligentes" diz este texto. Isso faz lembrar Samuel Brengle: "A santidade não tem pernas e não pode andar de um lado para outro visitante os preguiçosos". E continua lembrando que há dois empecilhos práticos à santidade: consagração imperfeita e fé imperfeita.
Realmente a nada leva a consagração pela metade, a consagração parcial, a consagração às vezes, talvez, pode-ser, domingo-sim-domingo-não, semana-sim-semana-não. A nada leva a fé mais-ou-menos, a fé desde-que, até-certo-ponto, limitada, nem-sempre, com ressalvas.
PARA ABENÇOAR EM SEU NOME
A história da bênção é antiga. Já a encontramos nos primeiros momentos da Criação (Gn 1.27, 28; 2.3). Abraão foi abençoado por Deus para ser uma bênção para o mundo (Gn 12.1-3).
O texto de Deuteronômio fala da função levítica de abençoar em nome de Deus. Ora, aprendemos com a Escritura que abençoar em nome de alguém é falar em seu nome. Por essa razão há de haver cuidado com a bênção dada levianamente e sem discernimento (cf. Ex 20.7). Excelente exemplo de abençoar em Nome do Senhor está em 2Samuel 6.18, quando a arca da aliança foi trazida da casa de Abinadabe (em Quiriate-Jearim) e a levaram para Jerusalém conquistada por Davi.
Há bênçãos belíssimas:
DE PARA REFERÊNCIA
De Isaque Para Jacó - Referência Gn 27.27-29
De Jacó Para filhos - Referência Gn 49.1-28
De Moisés Para povo de Israel - Referência Dt 33
De Sacerdotes Para Povo de Israel - Referência Nm 6.24-27
De Jacó Para José (em seus filhos) - Referência Gn 48.`15,16
O Salmo 128 
De Jesus Para crianças - Referência Mc 10.14, 16
Na imensa maioria, destaca-se a marca do Nome do Senhor, ou seja, Seu caráter, Sua personalidade e Seu poder. A vontade de Deus é colocada sobre aquele por quem se orar, pois que o Nome do Senhor protege e abençoa (Nm 6.27). Não é uma simples palavra, pois "Eu-Sou-O-Que-Sou", ou seja, "Eu-Não-Mudo" (cf. Pv 18.10).
Há que tomar em consideração um importante fato: para abençoar é preciso ser uma bênção.
Em Números 16.9, a grande pergunta do Senhor é : "Acaso é pouco vós que o Deus de Israel vos tenha separado... para vos fazerchegar a si...?" Os levitas da Nova Aliança vivemos na disposição de continuar levando a arca, pois para tanto formos escolhidos; de lembrar ao povo a direção permanente de Deus; de recordar ao povo o pão dos céus, Jesus Cristo, o maná vivo; de ressaltar o apoio permanente no cajado de Arão agora brotando em Cristo Jesus. Vivemos, os levitas, na santa disposição de estar diante do Senhor, ou seja, de consagração contínua, efetiva, real, verdadeira baseada no amor, na disposição de ser. Vivemos na sagrada determinação de abençoar em Seu Nome, e para isso temos que ser uma bênção.
II
CAUSAS QUE PODEM CONTRIBUIR
Para que o louvor não flua nos cultos da Igreja 
 Sempre que estou participando de seminários com dirigentes de cultos e com equipes que dirigem o louvor congregacional, a questão que todos querem saber é: O que bloqueia o fluir de Deus no culto da igreja? 
Os pastores, via de regra, apontam sempre numa direção: pecado no meio do grupo de louvor, alegam, como se não houvesse também pecado entre a equipe pastoral e demais ministros da igreja! Dias atrás tive que me deter no estudo do tema porque foi essa a acusação que os músicos ouviram do líder da igreja: O louvor não flui porque existe pecado entre vocês! Esse tipo de acusação deixa todo mundo desanimado e é um terreno fértil para a acusação de Satanás. Numa reunião em que fui convidado a ministrar para os músicos, estudamos juntos as várias possibilidades de um culto não fluir como todos gostaríamos. 
1. Pecado. Todos concordamos que o pecado é realmente um obstáculo para a manifestação de Deus, impedindo também que os músicos e dirigentes de louvor sintam-se à vontade. Se um dos pastores da igreja, se alguns dos que exercem liderança congregacional e se na equipe de louvor houver alguém que vive sistematicamente na prática do pecado, pode-se pregar o mais eloqüente sermão, ter a melhor e mais afinada equipe de música, que nada acontecerá. Esses dias um pastor me procurou para que eu o ajudasse a resolver um pecado sério que havia na equipe de louvor: três rapazes da equipe estavam incorrendo em prática homossexual. É preferível ter um violão tocando em três acordes do que músicos em pecado. Em geral os demônios se sentem à vontade no meio de crentes pecadores e inflamam a igreja com o mesmo pecado que a liderança está praticando. Um exemplo: se começam a aparecer muitos casos de adultério, é bom examinar o que está acontecendo com a liderança! 
"Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça" (Is 59.2). 
"Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias das tuas liras" (Am 5.23). 
"Aos retos fica bem louvá-lo" (Sl 33.1). 
"Cantem de júbilo e se alegrem os que têm prazer na minha retidão..." (Sl 35.27). 
Como se vê, Deus olha mais para o coração do homem do que para seus talentos! A retidão, vida íntegra e sinceridade de coração são mais importantes para Deus que nossos melhores sacrifícios. 
2. Mas não apenas o pecado pode ser obstáculo ao fluir de Deus no culto. Um grupo de louvor pode viver consagrado a Deus e no entanto não consegue fluir pela falta de entrosamento entre os músicos. A Escritura não apresenta nenhum caso de falta de entrosamento, mas mostra que, quando há um perfeito entrosamento entre eles, Deus se faz presente na reunião. Em 2 Crônicas 5.11-14 os músicos e cantores estavam em perfeita sintonia musical e espiritual. Temos, então dois tipos de entrosamento: O natural, onde todos tocam e cantam em perfeita harmonia e o espiritual, quando todos estão afinados com a música do céu! Em Neemias vemos Matanias, dirigindo os louvores em perfeita sintonia com seus irmãos (Ne 11.17; 12.8). Ambos são importantes: afinados entre si e com o Espírito Santo! Noutro artigo quero focalizar a importância de encontrar o tom celestial, o tom de Deus! 
3. Um terceiro aspecto é a falta de entrosamento entre músicos e dirigente. Encontramos nos dias de Davi a Quenanias, chefe dos levitas músicos. Ele "tinha o encargo de dirigir o canto, porque era entendido nisso" (1 Cr 15.22). Todos os demais seguiam a orientação dele na grande celebração que se fez quando Davi levou a arca da aliança de volta para Jerusalém. Nos dias de Neemias, Jezraías era o maestro que dirigia os músicos e cantores do templo (Ne 12.42). Não adianta ter bons músicos e um péssimo dirigente ou vice-versa. Deve haver uma perfeita coordenação entre eles. O dirigente comanda e a um sinal seu os músicos sabem em que direção devem seguir. 
4. Um quarto aspecto que deve ser analisado é a falta de entrosamento entre dirigente e congregação. Se a congregação não está acostumada ao dirigente e vice-versa, se não houver um perfeito entrosamento entre eles, o louvor também não flui. O povo conhece o seu dirigente de louvor. Sabe quando ele está num bom mood, se está bem ou não. O dirigente também conhece a congregação e pode detectar quando esta está cansada fisicamente, afadigada espiritualmente, etc. O dirigente levanta a mão, faz um gesto, usa o tom de voz, e o povo, que o conhece, segue suas orientações! Qualquer gesto seu é correspondido pelo povo que já se acostumou com ele! 
Esdras afirma que "os levitas ensinavam o povo na lei...dando explicações, de maneira que todos entendessem o que se lia" (Ne 8.7,8; 9.3-5). O dirigente ensina a congregação e esta passa a fluir com ele em tudo o que ele disser e fizer!
"Gloriar-se-á no Senhor a minha alma; os humildes ouvirão e se alegrarão. Engrandecei o Senhor comigo e todos à uma lhe exaltemos o nome" (Sl 34.2,3). 
Juntos eles glorificam a Deus! "Vestirei de salvação os seus sacerdotes, e de júbilo exultarão os seus fieis" (Sl 132.16). 
5. Um quinto aspecto que não deve ser desprezado é quando existe estafa, fadiga e canseira dos componentes do grupo. Aqui é bom discutir primeiramente a canseira física. Davi foi bastante sábio quando estabeleceu que cada grupo de louvor ficaria apenas uma hora no templo cantando e adorando a Deus (Veja 1 Crônicas 25). Mais de uma hora e começa a canseira. Imagine os músicos que às vezes tocam em vários cultos no mesmo dia!
Existe também um tipo de situação que deixa os músicos abatidos. Eles se esforçam em fazer o melhor para Deus, mas a liderança pastoral não contribui adquirindo o equipamento que eles precisam. Existem pastores que não sabem investir numa boa aparelhagem de som, em retornos para a plataforma, numa boa bateria acoplada à mesa de som, teclados, instrumentos, etc. E essas coisas deixam os músicos desanimados! Nos dias de Neemias os levitas encarregados do serviço do templo, sentiram-se desanimados e foram cada um para sua cidade (Ne 13.10). Foram abandonados pela liderança! 
Sinto pena de alguns grupos de dirigentes de louvores que fazem o melhor que podem, mas não são correspondidos pela liderança da igreja. É triste quando se tem que fazer "muletas" ou festinhas e almoços para se angariar fundo para equipar a igreja de bons instrumentos e de um bom sistema de som. Isso jamais deveria ocorrer. A igreja deve contribuir e o tesoureiro abrir o cofre! Não é sem razão que muitos de nossos músicos "fogem" para os campos como aconteceu com os levitas no tempo de Neemias. O desânimo e a canseira, são obstáculos ao mover de Deus nas reuniões da Igreja!
6. É necessário analisar um sexto aspecto: Estafa, fadiga e canseira da congregação. E a análise tem que ser feita no âmbito físico e espiritual. No âmbito físico, o povo pode andar emocionalmente abalado por problemas na congregação e no âmago espiritual o povo pode estar desgastado espiritualmente. O que desgasta espiritualmente uma congregação? Tempo muito prolongado no louvor; pregações muito grandes. Exigências demasiadas para que ofertem e contribuam além de suas posses. Falta de variedade nos temas bíblicos pregados, etc.
Uma congregação que não tem expectativa do que vai ocorrer no culto e que já sabe na ponta da língua o que vem a seguir passa a viver dentrode uma rotina; e rotina cansa, tortura, mata e massacra espiritualmente a igreja. Quando o povo não tem mais expectativa de que algo novo pode ocorrer, alguma coisa está errada com a liderança pastoral. A ausência de milagres, de manifestações do Espírito Santo, de uma palavra viva, de conversões, de libertação deixam a igreja fadigada espiritualmente. Consequentemente o louvor não flui. Pode-se ter a melhor e mais treinada equipe de música, os melhores equipamentos, que nada ocorrerá! Lindos corais, muita coreografia e poucos resultados espirituais! 
"Algo novo vai acontecer; algo bom Deus tem pra nós; reunidos aqui, só pra louvar ao Senhor", diz o cântico traduzido do inglês. 
Deus é a fonte da motivação. Nos dias de Neemias o povo ofereceu grandes sacrifícios "e se alegraram; pois Deus os alegrara com grande alegria; também as mulheres e os meninos se alegraram, de modo que o júbilo de Jerusalém se ouviu até de longe" (Ne 12.43; 8.9-12). 
Donald Stoll escreveu o cântico, 
"Lançarei fora o espírito pesado;
me vestirei com as vestes do louvor;
e assim eu entrarei na presença do Senhor".
7. Este sétimo aspecto, apesar da semelhança com o anterior, tem outro sentido. A congregação vive alienada com tudo o que está ocorrendo. É possível que a turma do louvor esteja consagrada a Deus, jejuando, orando, estudando, ensaiando e chegue nos cultos com todo gás, mas a congregação não corresponde, porque não jejua, não ora, não estuda nem se consagra a Deus! São os alienígenas dominicais! 
Davi, os sacerdotes e os levitas bem como grande parte do povo estavam participando de um grande avivamento espiritual. Desde os dias de Samuel não se experimentava um tipo de avivamento como o daqueles dias. Música, danças, ministrações, o reino se firmando, mas Mical, estava alienada de tudo! Enquanto Davi dançava com todas as suas forças, enquanto os sacerdotes tocavam as trombetas e sacrificavam e o povo jubilava, Mical desprezou tudo aquilo em seu coração. Ela desprezou a Davi (2 Sm 6.14-23). 
Mical representa algumas igrejas que ficam estéreis por toda vida por desprezarem o que Deus está fazendo em seu meio. Uma igreja estéril não frutifica, ano após ano continua igual. Engorda e envelhece sem gerar filhos! (Ver ainda 1 Crônicas 15.28,29).
8. Um outro aspecto que precisamos observar são os cânticos difíceis de serem entoados pela congregação. Cânticos com letras truncadas, sem fluência poética, sem métrica; músicas cuja linha melódica é difícil de ser acompanhada, sem definição, etc. Há cânticos antigos com melodias difíceis de serem entoadas mas que têm definições, como Ao Deus de Abrão Louvai, Castelo Forte, e no entanto, muitos dos novos cânticos têm uma melodia indefinida, truncada; e cânticos assim impedem o fluir do verdadeiro louvor. Nossos dirigentes de louvores precisam entender que nem todos os cânticos são congregacionais. Alguns cânticos são escritos para solistas, outros para corais, e outros, sim, para serem cantados por toda a congregação. O que percebo é que muitos dos cânticos trazidos para a congregação não servem para serem cantados por todos, e sim por solistas. Nem tudo o que aparece no mercado musical deve ser usado pela igreja. Isto pode ser evitado, escolhendo-se cânticos próprios para o povo cantar Um bom líder saberá definir o que o povo deve cantar. 
Outra coisa boa de se fazer é escolher cânticos de vários autores, e não apenas de um só compositor, pois estes têm a tendência de viciar-se na mesma linha melódica. Ouvir um Cd com músicas de um mesmo autor, às vezes, é enfadonho. 
"Então cantou Israel este cântico: Brota, ó poço! Entoai-lhe cântico!" (Nm 21.17). Se todo Israel cantou, por certo era de fácil compreensão e melodicamente aceito. 
"Então entoou Moisés, e os filhos de Israel, este cântico ao Senhor, e disseram: Cantarei ao Senhor,, porque triunfou gloriosamente" (Ex 15.1). Novamente um cântico acessível a todos. 
9. Hinos difíceis de serem tocados pelos músicos da igreja. Convenhamos: nem toda igreja tem músicos profissionais. A maioria de nossos conjuntos é feita de gente que se esforça, que quer aprender, que se esmera no que faz, mas não é formada em música. Consequentemente, determinadas músicas podem se tornar difíceis de serem executadas. Agregue-se a isso o fato de que muitos dos hinos modernos traduzidos do inglês ou gerados em solo estrangeiro são "incantáveis" pela média de nosso povo e "intocáveis" por nossos músicos! A começar pelas péssimas traduções ou versões em que, procurando ser fiéis à letra do idioma original os tradutores colocam diante de nós letras truncadas, sem poesia e sem beleza alguma! 
Muitas vezes visitando pequenas e grandes congregações pelo Brasil percebo a dificuldade dos músicos e dos irmãos que querem cantar músicas do Alvin, do Ron Kenoly, etc. São músicas que os americanos cantam muito bem em seus shows musicais, mas difíceis de serem tocadas por nossos músicos e cantadas pela igreja! 
"Entoai-lhe novo cântico, tangei com arte e com júbilo" (Sl 33.3).
10. Um dos obstáculos maiores, no entanto, é a falta de sensibilidade dos músicos e dos dirigentes ao Espírito Santo. Não se pode escolher cânticos só porque gostamos daquele estilo, ou de sua melodia e letra. Precisamos estar atentos ao que o Espírito Santo quer para o culto da igreja. Muitas vezes um cântico começa a fluir deixando a igreja livre na presença de Deus, mas na lista do dirigente tem um outro que vem a seguir e, ele na ânsia de aproveitar o tempo e cantar todos aqueles hinos, tira a igreja do trilho certo. Um culto pode fluir em Deus com poucos ou com muitos cânticos. O bom culto não precisa que o dirigente fique dando manivela. Ele começa bem e termina melhor ainda! 
Davi ouvia a Deus: "Uma vez falou Deus, duas vezes ouvi isto: Que o poder pertence a Deus" (Sl 62.11). A abundância de cânticos, salmos e palavra era tanta que Paulo pergunta: "Que fazer, pois, irmãos....?" (1 Co 14.26). Como Paulo que queria ir para um lugar e o próprio Espírito o impedia, pode ocorrer também com os dirigentes de louvor: eles querem seguir numa direção, mas o Espírito Santo tem outra bem melhor (At 16.6-10). 
11. Falta de resposta da congregação ao dirigente. Não estou de forma alguma repetindo o item 4. Naquele caso é a falta de entrosamento entre o dirigente e a congregação. Nesse caso, o dirigente é excelente, mas a congregação não responde à altura o que o dirigente pretende. O dirigente está afinado, sensível a Deus, mas a congregação não corresponde ao que ele quer. Você deveria ver o que diz o Salmo 98. Ou o Salmo 103.19-22 onde o autor propõe aos anjos, aos ministros, às obras de Deus que levantem a voz em louvor, o Todo-Poderoso! 
Geralmente isto ocorre quando o avivamento na igreja não atinge a todos. Costumo dizer que houve um avivamento departamental. O pessoal do louvor anda a mil, mas a congregação reage a passos de lesma! Os jovens estão "pegando fogo" enquanto os demais sentam-se em bancos de geladeira. 
12. Falta de motivação da Igreja. Deus deve ser o grande Motivador da Igreja. Como diz Davi: "Tu és motivo para os meus louvores constantemente" (Sl 71.6). Ou como ele afirmou noutro lugar: "Os teus decretos são motivo dos meus cânticos, na casa da minha peregrinação (Sl 119.54). Davi instituiu a ordem levítica de adoração, baseado unicamente em Deus e nos seus gloriosos feitos (1 Cr 16.7-12). 
A motivação da igreja é Deus e não a música bonita, os bons músicos, os ótimos instrumentos e um ambiente propício de adoração. Vitrais coloridos e paramentos servem de inspiração para a carne, mas o verdadeiro louvor flui quando Deus é a fonte de todas as coisas! Deus é o grande inspirador e motivador. E o louvor pode fluir muito bem num antigo depósito transformado em lugar de culto sem muitos instrumentos musicais. Melhor ainda quando uma congregação tem tudo o que falei e tem também a Deus como inspirador de seus louvores. 
13. Alienação total dos dirigentes, músicos e pastores. Com freqüência observo que os pastores costumamficar totalmente alienados com o que está ocorrendo no culto. Se os pastores estiverem alienados, nada ocorrerá com a igreja. Às vezes quando prego em algumas igrejas observo que os pastores ficam durante o tempo de louvor atendendo o celular, falando com algum obreiro, resolvendo questões da igreja completamente à parte do que está ocorrendo no culto. Um pastor chegou a dizer-me assim: "Pode chegar lá pelas oito e meia, na hora de pregar, porque a primeira parte é dos jovens. Eles dirigem os louvores". Fiz questão de chegar bem cedo para ter um tempo de oração com aqueles valorosos guerreiros determinados a levar a igreja a mover-se em Deus. Pena que logo a seguir, o "bombeiro", como eles dizem, chega e apaga o fogo! 
Estude esses temas com os músicos de sua igreja e ampliem-no com problemáticas de sua própria congregação. Um participante de nosso seminário chegou a contabilizar "20 obstáculos porque o louvor não flui..."
Parte III
CONCEITOS E DEFINIÇÕES SOBRE LOUVOR E ADORAÇÃO
M. Giovani Bianchini 
 
1- Introdução.
2- O que é Louvor?
3- O que é Adoração? 
4- Ampliando a visão sobre adoração.
5- Algumas boas definições sobre adoração.
6- Uma definição prática da adoração.
7- O veículo da adoração.
8- Os principais obstáculos ao louvor e a adoração.
1- Introdução
Quando falamos em louvor e adoração, a primeira idéia que vem em nossas mentes é de estarmos cantando um hino ou um cântico na igreja. É normal pensarmos assim, pois, cantar é a maneira mais comum utilizada por nós, para expressarmos o nosso louvor e a nossa adoração a Deus. 
Mas o louvor e a adoração não se limitam apenas a estarmos cantando hinos ou cânticos ao Senhor nos cultos de domingo. Louvor e adoração são muito mais do que isto: O Louvor e a adoração devem ser encarados e praticados como um estilo de vida. O apóstolo Paulo escreveu: “Portanto quer comais, quer bebais, ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (I Co. 10:31). Fundamentado nessa passagem, entendo que para o cristão cada ato da vida deve ser um ato de louvor e de adoração à Deus, ou seja, tanto o louvor quanto a adoração, devem estar presente em tudo o que fizermos. Eles devem ser manifestados no falar, pensar, vestir, trabalhar, estudar, orar, cantar, etc. Porém, nos cultos da igreja atual, a forma mais popular de louvor e adoração é por meio de cânticos e hinos (Louvor cantado). 
Para nos ajudar a desenvolver este conceito, vamos ver o que as Escrituras nos ensina sobre o louvor e a adoração: 
2 - O que é louvor? 
De acordo com a Bíblia, o louvor está associado com a idéia de agradecimento, elogio, valorização, glorificação, exaltação, por aquilo que Deus faz (fez, fará) em nossa vida ou na dos outros. (Sl. 145:4; Sl. 147:12-13; Is. 25:01; Lc. 19:37), ou seja, nós louvamos a Deus por Suas obras, bênçãos, curas, livramentos, perdão, graça, amor, misericórdia, cuidado, etc. O louvor está sempre associado a uma ação de Deus. Deus age(agiu, agirá) e seu povo O louva(agradece, exalta, elogia, etc.). Contudo, o motivo principal do louvor é a Salvação em Cristo. Nosso louvor é centralizado em Cristo. Nossas canções são centralizadas em Cristo, sobre Ele e para Ele. Jesus é a razão do nosso louvor. 
Importante: É muito importante termos em mente que o louvor não liberta ninguém. Quem liberta é Jesus. A Bíblia diz: “E conhecereis a verdade[Cristo], e a verdade[Cristo] vos libertará”(Jo.8:32). O poder para libertar, curar, restaurar está em Jesus e não no louvor. O louvor é apenas a forma que usamos para expressarmos a nossa gratidão ao Senhor. 
3 - O que é adoração? 
Qualquer tentativa de definir adoração será falha, devido ao enorme significado que ela abrange. Seriam necessários lermos vários livros para abordar tudo que precisamos compreender a respeito da adoração. O autor A. P. Gibbs em seu livro “Adoração”, escreveu: “A palavra adoração assim como outras palavras admiráveis como ‘graça’ e ‘amor’ podem ser mais facilmente experimentadas do que descritas.” E ele tem razão. É muito mais fácil experimentarmos (praticarmos) a adoração do que descreve-la. Porém, passeando pela Bíblia, vemos que a adoração está associada freqüentemente com a idéia de culto(resposta), reverência, veneração, por aquilo que Deus é (Santo, Justo, Amoroso, Soberano, Misericordioso, Imutável, etc.). (Sl.96:9; Ap. 4:8-11; Ap. 7:11-12; Ap. 11:16-17), ou seja, independente do que Deus faz, fez ou fará, nós O adoramos(cultuamos, reverenciamos, veneramos) por aquilo que Ele é, ou seja, sua pessoa(natureza, caráter e atributos). 
4 - Ampliando a visão sobre adoração. 
Vamos aprofundar um pouco mais a nossa visão sobre a adoração examinando algumas palavras utilizadas na Bíblia relacionadas a ela: 
Proskuneo (Render-se) Originalmente significava “beijar”. Entre os gregos era um termo técnico que significava “adorar os deuses”, dobrando os joelhos ou prostrando-se. Em outra palavras, descrevia o gesto de curvar-se diante de uma pessoa e ir até o ponto de beijar os seus pés. Este gesto traduz o ato de reconhecer a insuficiência do adorador e a superioridade do objeto adorado, colocando-se à sua inteira disposição. Sua idéia básica é a de submissão. Na passagem de João 4:20-24, onde Jesus conversa com a mulher samaritana, a palavra “proskuneo” aparece 10 vezes em suas diversas formas. Outro exemplo da utilização desta palavra está em Mateus 4:9-10, onde Satanás tenta Jesus: “e lhe disse: Tudo isso te darei se, prostrado me adorares. Então Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás(proskunesis), e só a Ele darás culto”. Adorar a Deus é antes de tudo render-se (submeter-se) ao Senhor. 
Latreia (Servir) Adorar é Servir. O sentido de servir aqui, significa cultuar e oferecer atos de adoração que agradem a Deus. Esse termo é usado por Paulo em Romanos 12:1, para descrever a dedicação de nossas vidas a Deus. Ofertar a Ele toda a nossa potencialidade, capacidade, inteligência, energia, experiência e devoção. Servir, como reconhecimento da transformação que Ele operou em nossa vida. Ele merece o melhor do nosso serviço como forma de gratidão. Outro exemplo de utilização desta palavra está em Mateus 4:10 na resposta de Jesus a Satanás: “[...] Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a Ele darás culto(Latreia[servirás]).” Dividir a lealdade, na tentativa de servir a dois senhores, deve ser reconhecido como “culto Falso”, como nos diz Mateus 6:24. Nosso ato de servir a Deus, requer que o sirvamos com exclusividade. 
Sebein (Reverenciar, Temer) Outro vocábulo utilizado para traduzir adoração é Sebein. Ela significa reverenciar com temor. Na língua grega fora da Bíblia, as palavras que derivam da raiz (seb) transmitia o quadro característico do homem como religioso devotado a seus deuses para evitar as nefastas conseqüências do azar(Atos 17). Essa conotação religiosa grega impediu que estes vocábulos fossem muito usados para designar culto(adoração), na tradução do Antigo testamento, devido ao seu contexto pagão. O mesmo ocorreu com o Novo Testamento, onde estes vocábulos também são bem raros. Entretanto, com o passar do tempo, estas palavras passaram a expressar outro significado, ao ponto de serem utilizadas com bastante freqüência me 2 Pedro. João também mostrou esse novo conteúdo: “Sabemos que Deus não atente pecadores, mas pelo contrário se alguém teme a Deus(Theosebes) e pratica sua vontade, a este atende” (João 9:31). Ou seja, esse termo trata-se de um temor sadio, aquele que nos torna conscientes da santidade e da majestade de Deus, e nos exorta a viver uma vida santa diante do Todo-Poderoso. Em outras palavras, nós não vivemos “aterrorizados” pela presença de Deus, mas vivemos com uma reverente preocupação com as atitudes, pensamentos e comportamentos que agradam a Ele. 
Leitourgeo (Realizar Serviço Sacerdotal) Este vocábulo é composto por duas palavras gregas, “povo” (laos) e “Trabalho” (ergon). Significava originalmente fazer trabalho público, mas pagando sozinho as despesas.Mais tarde passou de origem secular para o religioso, de modo que os tradutores do Antigo Testamento também usaram freqüentemente este termo, para indicar o ministério sagrado dos sacerdotes. Por exemplo: o alto privilégio de Zacarias de ministrar no templo foi chamado de Leitourgia (Lucas 1:23). Como sabemos, o trabalho dos sacerdotes judeus no templo, consistia em oferecer os sacrifícios que era considerado um “serviço de adoração”. Esse trabalho, porém, foi superado com o sacrifício de Cristo(Sumo-Sacerdote e o último Cordeiro), ao morrer em nosso lugar na cruz. Entretanto, todo aquele que faz parte do Povo de Deus, foi designado como “Sacerdote”, com a função de proclamar as virtudes do Senhor e testemunhar de Cristo por onde for (I Pedro 2:9). Leitourgeo está intimamente ligado ao exercício de nossos dons espirituais, quando dedicamos nosso trabalho ao Senhor, no contexto de nossas igrejas. Em outras palavras, quando os cristãos servem aos irmãos da fé, motivados pelo amor de Deus, exercem a “leitourgia”. 
5 – Algumas boas definições sobre adoração 
Para nos ajudar a compreender um pouco mais a abrangência da adoração, vamos ver algumas boas definições sobre ela: 
a) Adoração é a ocupação do coração, não com suas necessidades nem sequer com suas bênçãos, mas com Deus mesmo. 
b) Adoração é o amor com que correspondemos ao amor de Deus.
c) Adoração é o ato de dobrar nossa vontade para fazermos a vontade de Deus.
d) Adoração é reconhecer, honrar e reverenciar a presença de Deus.
e) Adoração é vida intensa com Deus.
f) Adoração é uma comunhão diária com Jesus.
g) Adoração é oferecer o melhor da nossa vida para Deus.
h) Adoração é uma reação ativa a Deus, pela qual reconhecemos e declaramos a Sua dignidade.
i) Adoração é avivar a consciência através da santidade de Deus, alimentar a mente com a verdade de Deus, purificar a imaginação com a beleza de Deus, abrir o coração ao amor de Deus, render a vontade aos propósitos de Deus.
j) Adoração é o ato de tomarmos uma posição diante de Deus em relação ao sistema em que estamos vivendo. 
6 - Uma definição prática de adoração 
Apesar das informações acima nos ajudarem a ter uma visão mais ampla sobre a adoração, na prática, podemos definir a adoração como sendo: “Tudo aquilo que fazemos que agrada a Deus”. Na verdade, de acordo com o escritor Rick Warren, adorar(agradar) a Deus, foi o primeiro propósito para o qual Deus nos criou. Ele escreveu: “O primeiro propósito da nossa vida é adorar(agradar) a Deus[...]. Deus não precisava criar eu e você, mas escolheu fazer-nos para a satisfação dEle. Nós existimos(fomos criados e planejados), primeiramente, para dar prazer à Deus, ou seja, trazer alegria ao Seu coração”. Sendo assim, podemos dizer que a adoração é melhor representada pela maneira como vivemos diante de Deus com nossas atitudes, comportamentos, testemunho, obediência, confiança, etc.(Jr.9:24; Hb.11:6; Sl.147:11; 1Sm.15:22; Sl.69:30,31), de forma que este viver traga alegria a Deus. Em resumo, adorar a Deus é viver para agrada-lo. 
7 – O veículo da adoração 
Jesus nos ensina um princípio muito importante sobre a adoração, Em João 14:6, Ele disse: “...Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao pai senão por mim.”, ou seja, não existe outra maneira de entrarmos na presença de Deus senão através de Jesus. Este princípio vale para todos os aspectos de nosso relacionamento com Deus, inclusive na adoração. Deus só aceita a nossa adoração quando a oferecemos por intermédio de Jesus. A Bíblia diz: “Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre sacrifício de louvor [...]” (Hb.13:15). Jesus é o único caminho até Deus. 
Importante: A música não é um meio para se achegar a Deus. O único meio (caminho) é Jesus. A música é apenas um veículo de expressão. Ela serve apenas para tornar mais agradável a maneira de expressar o nosso amor, o nosso louvor e a nossa adoração ao Senhor. A Bíblia diz que Deus habita em meio ao louvores (Sl.22:3), mas não, que o louvor nos conduz a Deus. 
8 - Os principais obstáculos ao louvor e a adoração. 
Naturalmente porque adoração é algo que alegra tanto o coração de Deus, e incomoda muito o inimigo das nossas almas, devemos ficar atentos, porque enfrentaremos obstáculos para que a verdadeira adoração aconteça. Contudo, é importante estarmos conscientes que nem todo obstáculo ao fluir da adoração é culpa do diabo. Em grande parte, a nossa natureza caída é a que mais apresenta resistência ao oferecer da adoração que Deus deseja de nós. Vejamos os principais obstáculos. 
Limitar-se ao Local da adoração: Este conceito é muito comum em nossas igrejas; achar que a adoração só deve ser exercida e praticada na igreja, e assim, nos esquecendo que também devemos louvar e adorar a Deus em casa, no trabalho, na escola, etc. Nós precisamos nos conscientizar de que adoração não é parte da nossa vida; ela é a nossa vida. A Bíblia diz: “Buscai o Senhor [...] buscai perpetuamente a sua presença” (Sl.105:4). Adorar a Deus deve ser a primeira atividade, assim que abrimos os olhos pela manhã, e a última atividade, ao fechá-los à noite. Adorar deve ser uma atividade constante na nossa vida. Adorar a Deus deve ser um estilo de vida. 
Falta de conhecimento de Deus: Este sem dúvida, é um dos maiores obstáculos à adoração a Deus; É impossível adorar a Deus sem conhece-lo. A Bíblia diz: “O meu povo está sendo destruído porque lhe falta o conhecimento”(Os.4:6). A adoração está intimamente ligada ao conhecimento que temos de Deus. Quanto mais conhecermos a Deus, mais profunda e consistente nossa adoração se torna. Por outro lado, quando falta conhecimento de Deus (relacionamento correto com Deus), nossa adoração será distorcida e doente. E consequentemente não agradará o coração de Deus. 
Amargura: Como podemos adorar a Deus “de todo coração”, se existe alguma mágoa corroendo nosso relacionamento com alguém? A Bíblia diz: “Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, Deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta”(Mt.5:23-24). Deus só aceita a nossa adoração(oferta de vida) quando dispomos de um bom relacionamento com os nossos próximos. 
Pecado não confessado: A Bíblia diz: “Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça”(Is.59:2). Só podemos oferecer a verdadeira adoração a Deus após confessarmos os nossos pecados. 
Amor as coisas do mundo: Enquanto estivermos dando prioridade aos valores do mundo, nós nunca conseguiremos nos aprofundar em uma vida de adoração. As vaidades humanas, os prazeres e desejos malignos, pessoas e lugares inconvenientes, ações e pensamentos que tiram o primeiro lugar de Deus em nossas vidas, tudo isso são obstáculos que nos impedem de adorar ao Senhor. A Bíblia diz: “porque onde está o teu tesouro aí estará também o teu coração” (Mt.6:21), se o nosso tesouro não for Deus, nosso coração estará em outro lugar. 
Preguiça e Negligência: A preguiça e a negligência andam juntos. A conseqüência natural da preguiça é aumentar a negligência com as coisas de Deus. Quando começamos a perceber que estamos ficando negligentes em nossa vida com Deus, isso é um forte indicador de que estamos preguiçosos, e está na hora de irmos ter com a formiga (Pv.6:6-11). A preguiça e a negligência são um grande obstáculo à adoração a Deus. Podemos ver a negligência na adoração quando adoramos a Deus de qualquer jeito, sem nos preocuparmos se estamos agradando a Ele ou não. Jesus falou sobre a negligência dos fariseus em relação a adoração. Ele disse: “Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim; e em vão me adoram[...]”(Mt.15:8-9). 
Orgulho e Soberba: O orgulho e a soberba são sinônimos. Conforme o dicionário elas significam o elevado conceito que alguém faz de si próprio ou amor-próprio exagerado. Podemos ver o orgulhoe a soberba em nossa vida quando estamos preocupados primeiramente em agradar a nós mesmos antes de Deus. Mas a Bíblia no ensina: “[...] digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo, além do que convém, antes, pense com moderação[...]”(Rm.12:3). Porém, orgulho e soberba não significam apenas pensar demais em nós mesmos. Orgulho e soberba podem ser vistos principalmente quando vivermos uma vida independente de Deus. Quando vivemos assim, isso se torna um grande obstáculo para que Deus aceite a nossa adoração. A Bíblia diz: “[...] revestir-vos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos mas dá graça aos humildes” (1Pe.5:5, Tg.4:6). Orgulho é independência. Humildade é dependência. Quando vivemos com humildade, reconhecendo constantemente a nossa dependência de Deus, a nossa adoração subirá como um aroma suave ao Senhor. 
Rotina: Se a nossa adoração se torna algo mecânico e repetitivo, ela está condenada a se tornar um fardo para Deus. Deus se cansa da adoração de seu povo quando esta se torna uma mera rotina. Para que a adoração toque o coração de Deus, nós precisamos estar dispostos a mudar os nossos hábitos estéreis, e revitalizar a nossa maneira de adorar. A Bíblia diz que nós devemos “[...] andar em novidade de vida”(Rm.6:4). Isso serve também para a nossa adoração.
Parte IV
"DANÇA" ATITUDE DE LOUVOR 
 
Nos dias de hoje temos muitos conceitos sobre dança, sendo em sua maioria o de que ela induz a expressões carnais, o que não é verdade quando há uma atitude pura, feita no espírito diante do Senhor. 
A dança é o reflexo de sentimentos contidos em nosso ser e acontece em várias ocasiões:
Quando Davi foi ungido por Samuel (I Sam 16:13), o Espírito do Senhor se apossou dele e desde aquele dia foi cheio do Espírito.
Em II Samuel 6: 12 - 16, Davi extravasa toda sua alegria dançando diante do Senhor por estar transportando a Arca para Jerusalém, que representava a presença de Deus no meio deles.
"Então disseram a Davi: O Senhor abençoou a casa de Obede-Edom, e tudo o que tem, por causa da arca de Deus. Assim foi Davi, com alegria. Quando os que levavam a arca do Senhor tinham dado seis passos ele sacrificava bois e carneiros cevados. Davi dançava com todas as suas forças diante do Senhor, e estava Davi cingido de uma estola sacerdotal de linho. Assim Davi e toda a casa de Israel subiam, trazendo a arca do Senhor com júbilo e ao som de trombetas.
Quando a arca do Senhor entrava na cidade de Davi, Mical, a filha de Saul, estava olhando pela janela. E vendo ao rei Davi, que ia saltando e dançando diante do Senhor, o desprezou no seu coração".
Vemos aqui o exemplo de um homem segundo o coração de Deus, cheio do poder e do Espírito, expressando toda sua alegria dançando na presença do Senhor.
Em Êxodo 15:20 e 21, vemos Miriã, uma profetisa com muitas mulheres saírem com tamborins e com danças cantando ao Senhor pela vitória de Israel, pelo povo que saíra ileso do Egito, terra onde eram escravos.
Miriã, a profetisa (os profetas eram pessoas cheias do Espírito de Deus) dançou pela vitória do seu povo.
"Então Miriã, a profetisa, irmã de Arão, tomou um tamborim, e todas as mulheres saíram atrás dela com tamborins e com danças. E Miriã lhes respondia: Cantai ao Senhor, pois sumamente se exaltou, lançou no mar o cavalo e o seu cavaleiro".
As mulheres hebraicas exprimiam por meio da dança os seus sentimentos; quando seus maridos ou pessoas amigas voltavam a suas casas, vindo do combate pela vida e pela pátria, saíam elas ao seu encontro com danças de triunfo.
Nos nossos dias não deve ser diferente. Podemos e devemos também ser cheios do Espírito Santo de Deus e dançar diante dEle, extravasando a nossa alegria, saltando, dançando diante do Senhor pela vitória de Jesus na cruz derrotando todo principado, potestade e dominadores deste século que eram contra nós ( Col. 2:15), nos libertando do mundo e nos transportando para um reino de luz, purificando nossa consciência pelo sangue do Cordeiro e nos dando a esperança da vida eterna.
As danças não param por aí. Em I Samuel 18:6 e 7, temos outro exemplo:
"Quando os soldados retornavam para casa, depois de Davi ter ferido o filisteu, as mulheres de todas as cidades de Israel saíram ao encontro do rei Saul, cantando e dançando alegremente, com tambores e com instrumentos de música. As mulheres, dançando, cantavam umas para as outras, dizendo: Saul feriu os seus milhares, porém Davi os seus dez milhares".
Jesuscitou em uma parábola a dança como louvor e ações de graças por um filho que se havia perdido e foi achado (Lucas 15:25 - parábola do filho pródigo).
Existe uma razão específica do povo de Deus em dançar: a de que Ele se alegra com isto. Deus se alegra de que seus filhos dancem na sua presença, pois Ele próprio promete restaurar as danças de seu povo:
"Naquele tempo, diz o Senhor, serei o Deus de todas as tribos de Israel, e elas serão o meu povo... o povo que escapou da espada achou graça no deserto... com amor eterno te amei, também com amorável benignidade te atraí... ainda te edificarei e serás edificada, ó virgem de Israel. Ainda serás adornada com os teus adufes, e sairás com coro de dança, e também os jovens e os velhos, e tornareis o seu pranto em júbilo e os consolarei; transformarei em regozijo a sua tristeza". (Jeremias 31: 1-4, 13)
Se você nunca expressou-se a Deus dançando, eu o convidaria a fazê-lo conforme as escrituras nos convidam:
Salmo 149:3 - "Louvem o seu nome com danças; cantem-lhe o seu louvor com tamborim e com harpa".
Certamente quando você o adorar com sua dança, o próprio Deus te encherá com alegria, com cânticos, com toda sorte de bençãos e te mostrará a vitória.
Experimente dançar na presença de Deus.
Parte V
PLANEJADOS PARA AGRADAR A DEUS
(Propósito da Adoração) “Uma vida com propósitos” 
 
1- Introdução. 
2- A grande questão da vida.
3- Deus nos fez por um motivo.
4- Planejados para agradar a Deus.
5- Adoração e Música.
6- Obstáculos à Adoração.
7- Conclusão.
1- Introdução 
Nada é mais importante do que conhecer os propósitos de Deus para a nossa vida, e nada pode compensar o prejuízo de não conhecê-los. Rick Warren escreveu: “A maior de todas as desgraças não é a morte mais uma vida sem propósitos”. Sem propósitos a vida não tem significado, relevância ou esperança. Sem propósitos a vida é um movimento sem sentido, uma atividade sem direção e acontecimentos sem motivo. Sem propósitos somos como giroscópios, girando em um ritmo frenético sem jamais chegar a lugar algum. Sem propósitos, continuaremos a levantar domingo após domingo, vir a igreja, cumprir rituais religiosos e, muitas vezes, voltar vazio para as nossas casas; isso quando, não começarmos a mudar nossos rumos, relacionamentos, igreja e outras circunstâncias externas – na esperança de que cada mudança solucione a confusão e preencha esse vazio em nosso coração.
Por outro lado, conhecer os propósitos de Deus para nós, dá sentido a nossa vida, direciona a nossa vida, estimula a nossa vida, simplifica a nossa vida e nos prepara para a eternidade. Não há nada tão potente e realizador como conhecer os propósitos de Deus para a nossa vida e cumpri-los.
2- A grande questão da vida 
- Por que eu existo?
- Qual o propósito da minha vida?
- Por que eu nasci?
Estas são perguntas que um dia todos nós já nos fizemos. A procura da resposta para essas perguntas tem intrigado as pessoas por milhares de anos, e muitas delas acabam morrendo sem descobrir a resposta. Isso porque normalmente essas pessoas, assim com nós, começamos pelo lado errado – nós mesmos. Este é o lugar errado para iniciar essa busca. Nós jamais descobriremos o propósito (sentido) da vida olhando para dentro de nós mesmos. Nós não criamos a nós mesmos, logo não há jeito de dizer para que fomos criados.
- Por onde começar? 
Devemos começar em Deus. Tudo começa com Deus. Se nós quisermos saber por que fomos colocados neste planeta, deveremos começar por Deus, nosso criador. Nós nascemos de acordocom os propósitos de Deus e para cumprir os propósitos dEle. Nós fomos feitos por Deus e para Deus – e, enquanto não compreendermos essa verdade, a vida jamais terá sentido. É somente em Deus que descobrimos nossa origem, nossa identidade, o que significamos, nosso propósito, nossa importância e nosso destino. Deus é o ponto de partida. E Ele nos fez por um motivo.
3- Deus nos fez por um motivo 
Nada na vida é casual – tudo foi feito em função de um propósito. Nós não somos um acidente. 
Nosso nascimento não foi um erro ou um infortúnio, e nossa vida não é um acaso da natureza. 
Nossos pais podem não ter-nos planejado mas Deus certamente o fez. Ele não ficou nem um pouco surpreso com nosso nascimento. Aliás, ele o aguardava. Muito antes de sermos concebidos por nossos pais, nós fomos concebidos na mente de Deus – Ele já pensava em nós antes de formar o mundo. Nós não estamos aqui por acaso, sorte, destino ou coincidência. Nós estamos aqui porque Deus quis criar-nos. Deus nunca faz nada por acaso, Ele não age de forma aleatória, e Ele nunca comete erros. Deus tem um motivo para tudo que Criou. Todas as plantas e animais foram planejados por Ele, e cada pessoa foi idealizada com um propósito. 
Então, afinal de contas: - Qual foi o propósito de Deus ter-nos criado?
A Bíblia diz em Rm 11:36: “Porque dele e por meio dele e para ele são todas as coisas [...]”. Esse mesmo versículo na Bíblia Viva diz assim: “Todas as coisas vêm única e exclusivamente de Deus. Tudo vive por seu poder, e tudo é para sua glória [...]”. 
Aqui está a resposta: “...para ele...” [para a Sua glória].
A razão de tudo o que existe, incluindo eu e você é demonstrar (refletir) a glória de Deus. Nós fomos criados para a glória de Deus. Na verdade, este é o objetivo fundamental de todo o universo: Demonstrar (refletir) a glória de Deus. Deus fez tudo para a glória dEle, desde a menor forma de vida microscópica até a via láctea. Tudo foi criado para a glória de Deus. Se não fosse a glória de Deus não haveria nada. 
Pois bem, uma vez que o propósito principal de Deus ter-nos criado foi a Sua glória, então, viver para glória de Deus (refleti-la) é a maior realização que podemos alcançar em nossa vida. Refletir a glória a Deus deve ser o objetivo supremo da nossa vida. 
Agora a questão é: 
- Como podemos refletir a glória de Deus? 
Qualquer coisa na criação reflete a glória de Deus (Glorifica a Deus) quando cumpre o propósito para o qual foi criado. Por exemplo, Os pássaros glorificam a Deus ao voar, gorjear (cantar), fazer ninho e ao realizar outras atividades próprias dos pássaros, conforme Deus planejou. Da mesma forma, eu e você, glorificamos a Deus quando cumprimos os propósitos para o qual Deus nos Planejou... Tudo glorifica a Deus quando cumpre o seu propósito. Deus estabeleceu vários propósitos para nós, mas eu gostaria de falar sobre o primeiro propósito para o qual nós fomos criados...Eu e você fomos planejados para agradar a Deus.
4- Planejado para Agradar a Deus 
Agradar a Deus é o que chamamos de “adorar. ” Você e eu fomos planejados para adorar (agradar) a Deus. Deus não precisava criar eu e você, mas escolheu fazer-nos para a satisfação dEle. Nós existimos (fomos criados e planejados), primeiramente, para dar prazer à Deus – trazer alegria ao Seu coração. Esse é o primeiro propósito da nossa vida: Adorar (agradar) a Deus.
Uma vez que adorar (agradar) a Deus é o primeiro propósito da nossa vida, nossa mais importante tarefa é descobrir como fazer isso...
Existem diversas maneiras de adorarmos (agradarmos) a Deus... Nós adoramos (agradamos) a Deus quando...
...Amamos verdadeiramente Ele acima de qualquer coisa. Deus nos criou não apenas para sermos alvo do Seu amor, mas também para que correspondêssemos a esse amor, ou seja, Deus também nos criou para amá-lo. Apesar de suficiente em Si mesmo, Deus deseja o nosso amor, e quando O amamos isso traz uma enorme alegria ao Seu coração. Amar a Deus agrado-o profundamente. Amar a Deus deve ser o maior objetivo da nossa vida; nada se compara em importância. Jesus o chamou de o maior mandamento. Ele disse: “Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento. Este é o primeiro e maior mandamento. ”
De um modo geral, o amor é um princípio que faz com que um ser moral queira outro, e tenha prazer nele. É isso que Deus deseja de nós: que tenhamos prazer Nele – que O amemos por aquilo que Ele é – que nos regozijemos com Sua pessoa. O amor que Deus deseja de nós, deve envolver tanto nossas emoções quanto o nosso intelecto, ou seja, Deus quer que nós O amemos tanto com o coração quanto com a cabeça. Foi por isso que Deus nos dotou de emoções, para que pudéssemos amá-lo com intensidade, e nos dotou de inteligência, para que pudéssemos amá-lo com entendimento e sabedoria. Porém, não podemos amar a Deus sem conhecê-lo. E para conhecê-lo devemos desenvolver um relacionamento com Ele.
...Temos um relacionamento íntimo com Ele. Eis o que Deus mais quer de nós: um relacionamento.
Essa é a mais espantosa verdade do universo. O nosso Criador, o Deus Todo-Poderoso, o Senhor de todas as coisas, anseia por ser nosso amigo – deseja ter um relacionamento íntimo com nós. É difícil imaginar uma amizade íntima entre um Deus perfeito e onipotente e um ser humano limitado e pecador. Mas a Bíblia diz que Deus zela ardentemente por um relacionamento conosco. Na verdade, este foi uma das principais razões para o qual Deus nos criou: para termos comunhão com Ele. E não há nada no mundo que dê tanto prazer à Deus quanto o nosso relacionamento (nossa amizade) com Ele. Deus diz: “Se alguém quiser se orgulhar, que se orgulhe de me conhecer e de me entender [...] Estas são as coisas que me agradam. ” 
A exemplo de qualquer amizade, nós devemos nos esforçar para desenvolver uma amizade com Deus. Isso não acontecerá por acidente. É necessário querer, ter tempo e energia. Nós jamais cultivaremos um relacionamento íntimo com Deus apenas indo à igreja uma vez por semana. Uma amizade com Deus é construída basicamente com três elementos: Palavra, Oração e Fé.? Palavra: É impossível ser amigo de Deus deixando de lado o conhecimento de quem Ele é, fez e disse. Não podemos conhecer a Deus sem conhecer a Sua Palavra – devemos estudar e meditar nela. A leitura da Bíblia não apenas nos revela mais sobre Deus, mas também nos mantém ao alcance da Sua voz, pois é através dela que Ele fala conosco.? Oração: Estabelecer uma amizade com Deus requer também que conversemos com Ele. É através da oração que falamos com Deus, que partilhamos com Ele todas as nossas experiências, necessidades e desejos.? Fé: Outro ingrediente essencial no nosso relacionamento com Deus é a fé. Não adianta lermos a Bíblia e orarmos se não cremos de fato que Deus está falando conosco ou nos escutando. A fé aprofunda a nossa amizade com Deus.
Quanto mais confiamos (cremos) na sabedoria de Deus, mais intensa a nossa amizade se torna. Não há nada – absolutamente nada – mais importante do que desenvolver uma amizade com Deus. Esse é o relacionamento que durará para sempre.
IMPORTANTE: Ter amizade com Deus só é possível por causa da graça de Deus e do sacrifício de Jesus. Nós fomos feitos para viver continuamente na presença de Deus, desfrutando de uma íntima e perfeita comunhão com Ele, mas após a queda do homem aquele relacionamento ideal foi perdido. 
Então, Jesus mudou a situação. Quando Ele pagou nossos pecados na cruz, o véu do templo, que simbolizava nossa separação de Deus, foi rasgado de cima para baixo; indicando que o acesso direto à Deus estava novamente disponível. É somente através de Jesus que podemos ter um relacionamento com Deus. Não existe outro caminho. 
...Usamos nosso tempo para ficar ao lado dEle. A importância das coisas pode ser medida pelo tempo que estamos dispostos a investir nelas. Quanto maior o tempo dedicado a alguma coisa, mais demostramos a importância e o valor que ela tem para nós. Se quisermos conhecer as prioridades de umapessoa, devemos observar a forma como ela utiliza o seu tempo. Da mesma forma, se quisermos saber quanta prioridade Deus tem para nós – quanto nos importamos e valorizamos a Deus – basta observamos quanto tempo “passamos” com Ele. 
Um conceito errôneo bastante comum é de que “passar um tempo com Deus” significa estar sozinho com Ele. É claro que como no exemplo dado por Jesus, nós precisamos de um tempo a sós com Deus; é muito importante estabelecer o hábito de um momento diário consagrado a Deus, mas isso se refere somente a uma parte do período que nós passamos acordados. Tudo que nós fazemos pode ser “passar nosso tempo com Deus”, se Ele for convidado para tomar parte e nós estivermos conscientes de Sua presença. Hoje em dia, freqüentemente sentimos que precisamos “escapar” de nossa rotina para adorar a Deus; mas isso somente porque não aprendemos a praticar Sua presença durante todo o tempo. Praticar a presença de Deus nada mais é do que manter uma conversa contínua e ilimitada com Ele ao longo do dia, é incluí-lo em todas as atividades, todas as conversas, todos os problemas e até mesmo em todos os pensamentos. Em outras palavras é estarmos conscientes da Sua presença em tudo o que fazemos. Toda vez que praticamos a presença de Deus trazemos alegria ao Seu coração. 
...Nos entregamos totalmente a Ele. Entregar-se a Deus é conhecido de muitas formas: consagração, fazer Jesus o nosso Senhor, morrer para si próprio, submeter-se ao Espírito Santo, etc. Não importa como nós chamamos este ato, o que interessa é faze-lo. Pois isso agrada a Deus. 
O nosso maior exemplo de uma vida totalmente entregue a Deus é Jesus. Jesus viveu toda a sua vida aqui na terra em função de fazer a vontade do Pai, e não a sua. Ele dependeu do Pai, ofereceu-se ao Pai, viveu para cumprir os propósitos do Pai, rendeu-se aos planos do Pai e, acima de tudo, submeteu-se à vontade do Pai. Jesus foi modelo em tudo. Uma das passagens que mais reflete a entrega total de Jesus ao Pai, foi na noite anterior a crucificação quando ele orou: “Pai, tudo te é possível. Afasta de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, mais sim o que tu queres. ” 
Porém, entregar-se a Deus não é um trabalho fácil. No caso de Jesus, Ele ficou tão angustiado com os planos de Deus que suou sangue. Em nosso caso, é uma intensa guerra contra nossa natureza egoísta e orgulhosa. Contudo, não existe nada mais poderoso do que uma vida entregue nas mãos de Deus. A vida de Josué é um exemplo disso. Quando Josué se aproximou da maior batalha da sua vida , ele deparou com Deus, prostrou-se em adoração perante Ele e entregou-se aos Seus planos. Tal entrega levou a uma esmagadora vitória em Jericó. Pessoas entregues a Deus são exatamente aquelas usadas por Deus. Willian Booth, fundador do Exército da Salvação, disse:“A grandeza do poder de um homem está na medida de sua entrega a Deus.” 
Entregar-se a Deus não é um tolo impulso emocional, mas um ato inteligente e racional; é uma atitude natural, em resposta ao maravilhoso amor e misericórdia de Deus. Nós nos entregamos a Deus não por medo ou obrigação, mas por amor, porque Ele nos amou primeiro. A maior expressão desse amor é a morte de Seu Filho por nós. Quando nos damos conta do que Jesus fez por nós na cruz, não existe outra coisa a fazer, a não ser nos entregarmos totalmente a Ele – vivermos para Ele. A entrega se manifesta mais claramente na obediência e na confiança.
IMPORTANTE: Todo mundo, com o tempo, se entrega a algo ou a alguém. Se não for a Deus, nós nos entregaremos às opiniões ou expectativas de outros, ao dinheiro, ao rancor, ao medo ou ao orgulho próprio, luxúria ou ego. Nós fomos feitos para adorar a Deus e, se fracassarmos em adorá-lo, criaremos outras coisas (ídolos) para os quais entregaremos a nossa vida. Entregar-se a Deus não é a melhor forma de viver, é a única maneira de viver. Todas as outras vias levam à frustração, decepção e autodestruição. Nós somos livres para escolhermos a quem nos entregaremos, mas não somos livres das conseqüências dessa escolha.
...Confiamos nEle completamente. Confiar em Deus é um ato de adoração. Assim como os pais se agradam dos filhos que confiam em seu amor e sabedoria, a nossa fé deixa Deus feliz. A Bíblia diz: “Sem fé é impossível agradar a Deus. ” Fé não é a presunção de que Deus fará o que desejamos. É a certeza de que Deus fará o que é melhor para nós. Confiar completamente em Deus é exatamente isso: crer que Ele fará o que é melhor para nós – mesmo que muitas vezes, essa confiança, não faça sentido para nós. Quando confiamos em Deus completamente fazemos Deus sorrir. A Bíblia diz: “O Senhor se agrada daqueles que o adoram e confiam no seu amor. ” Confiar em Deus está intimamente ligado ao conhecimento que temos dEle. Nós não iremos confiar completamente em Deus até que O conheçamos melhor.
...Obedecemos a Ele Incondicionalmente. Qualquer ato de obediência a Deus é um ato de adoração.
Obedecer a Deus é fazermos tudo o que Ele manda sem duvidarmos nem hesitarmos, e até mesmo, muitas vezes, sem compreendermos. Todo pai sabe que obediência atrasada é na verdade desobediência. Deus não nos deve explicação ou motivo para tudo que nos manda fazer. A compreensão pode esperar, mas a obediência não. A obediência imediata nos ensinará mais sobre Deus do que uma vida inteira de discussões bíblicas. Na verdade, nós jamais compreenderemos algumas ordens sem que as tenhamos obedecido primeiro. Nós também, freqüentemente, tentamos oferecer a Deus uma obediência parcial. Queremos escolher as ordens a que obedecemos. Por exemplo: “Vou à igreja, mas não vou dar o dízimo. Vou ler a Bíblia, mas não perdoarei à pessoa que me magoou”, e assim por diante. Todavia, obedecer parcialmente é também desobedecer. Por outro lado, quando obedecemos a Deus nós O agradamos. A Bíblia diz: “O que agrada mais ao Senhor: holocausto e sacrifícios ou obediência à sua palavra? É melhor obedecer do que sacrificar. ” A obediência agrada a Deus porque ela prova que realmente O amamos. Jesus disse: “Se vocês me amam, obedeçam aos meus mandamentos. ” Jesus também deixou bem claro que a obediência é também uma condição para obter intimidade com Deus. Ele disse: “Vocês serão meus amigos, se fizerem o que eu lhes ordeno. ”
...Vivemos com um coração cheio de louvor e ações de graça. Poucas coisas trazem uma alegria tão grande ao coração de Deus quanto isso – quando seus filhos vivem com um coração cheio de louvor e ações de graças. Davi sabia disso. Ele disse: “Louvarei o nome de Deus com cânticos e proclamarei a sua grandeza com ações de graças; isso agradará o Senhor. ” Gratidão a Deus é uma atitude básica na vida de adoração. É algo que deve ser praticado em todo o tempo e em todas as circunstâncias. A Bíblia diz: “Dêem graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus. ” Note que Deus nos manda dar graças “em” todas as circunstâncias, e não “por” todas as circunstâncias. Deus não espera que nós sejamos agradecidos pelo mal, pelo pecado, pelo sofrimento ou por suas conseqüências dolorosas neste mundo. Em vez disso, Deus quer que nós sejamos gratos por Ele usar os problemas que nos afligem para o cumprimento de seus propósitos. Por exemplo: Deus usa os problemas para trazer-nos mais para perto de Si, para desenvolver (moldar) o nosso caráter, para aprendermos a dar mais valor ao nosso próximo, enfim, é nisso que Deus quer que sejamos agradecidos. 
Porém, quando as circunstâncias não são agradáveis não é fácil vivermos com um coração cheio de gratidão. Quando isso acontecer devemos: 
a) Lembrar que Deus tem sempre um propósito por trás de cada problema.
b) Nos concentrar em quem Deus é, na sua natureza imutável – “as circunstâncias não podem mudar o caráter de Deus”. Deus é absolutamente imutável. Seu amor será sempre Seu amor, Sua bondade será sempre a Sua bondade, Sua fidelidade será sempre a Sua fidelidade, etc.;
c) Confiar que Deus cumprirá as promessas – “Nunca duvide na escuridão o que Deus lhe disse na luz”. Deusprometeu: “Eu jamais o abandonarei ou rejeitarei. ”. Por pior que pareça as circunstâncias que nos cercam, Deus sempre estará conosco;
d) Lembrar do que Deus já fez por nós – Ele entregou o Seu Filho para morrer por nós. Este é o maior de todos os motivos para adorar a Deus e vivermos com um coração cheio de louvor e ações de graças. Jesus morreu por nós para que pudéssemos ser poupados da eternidade no inferno e para que pudéssemos partilhar de Sua glória para sempre. Somente isso já vale o nosso agradecimento e louvor contínuo. Nós nunca mais deveríamos nos perguntar por que motivo deveríamos ser gratos.
...Honramos a Ele com a nosso viver. Apesar da nossa fé deixar Deus feliz, nós agradamos a Deus não somente pelo que cremos, mas também pelo que somos e fazemos. É isso que a Bíblia nos ensina: que a vida cristã não se limita apenas a credos e convicções; ela inclui conduta e caráter. Deus quer que tenhamos fé, porém Ele também está preocupado em que nos tornemos santos – que assumamos valores, atitudes e caráter iguais ao dEle, em tudo o que fizermos. A Bíblia diz: “[...] segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: sede santos, porque Eu sou santo. ” Deus quer que o nosso viver seja um viver santo. Ele quer que a nossa fé vá mais fundo do que o “correto pensar” para chegar ao “correto agir” e ao “correto viver”. Em outras palavras, o que agrada ao coração de Deus, é o viver em santidade de vida.
IMPORTANTE: Adoração não é parte da nossa vida; ela é a nossa vida. Adoração não é algo que deve ser praticado apenas nos cultos da igreja, mas uma atividade constante. Adorar é um estilo de vida. A Bíblia diz: “Buscai o Senhor [...] buscai perpetuamente a sua presença. ” Adorar a Deus deve ser a primeira atividade, assim que abrimos os olhos pela manhã, e a última atividade, ao fechá-los à noite. Contudo, essas atividades só serão transformadas em atos de adoração se as fizemos para louvar, glorificar e agradar a Deus. Toda atividade se torna adoração quando dedicamos a Deus. Este é o segredo de um estilo de vida em adoração – fazer todas as coisas como se fossem para Jesus. 
...Somos nós mesmos. Nós não agradamos a Deus somente quando estamos envolvidos em atividades “espirituais” – tais como ler a Bíblia, assistir aos cultos na igreja, orando ou compartilhando a nossa fé. Deus não é indiferente às outras áreas da nossa vida. Na verdade, Deus gosta de atentar para cada detalhe dela, esteja nós trabalhando, brincando, descansando ou comendo. Deus tem prazer até mesmo em observar o nosso sono. Quando estamos dormindo, Ele fica a nos contemplar com amor, pois nós fomos idéia dele. Nenhuma outra criatura proporciona tanto prazer ao coração de Deus como nós. Porém, Deus gosta especialmente de observar-nos enquanto nós utilizamos os talentos e habilidades que Ele nos deu. Deus intencionalmente nos dotou de maneira distinta para o seu deleite. Ele fez que alguns fossem atléticos e outros fossem intelectuais. Nós podemos ser talentosos em mecânica, matemática, música ou em milhares de outras habilidades, e todas elas podemos trazer alegria a Deus. Nós não agradamos a Deus escondendo nossas habilidades ou tentando ser outra pessoa. Nós agradamos a Deus sendo nós mesmos. Sempre que desprezamos uma parte de nós mesmos estamos desprezando a soberania e a sabedoria de Deus ao criar-nos. 
IMPORTANTE: Quando adoramos (agradamos) a Deus, Ele está mais preocupado com a postura (atitude) do nosso coração e com a nossa paixão e empenho, do que com forma ou o meio que utilizamos para expressar a nossa adoração. Podemos adorar a Deus de modo imperfeito, mas não podemos adorá-lo sem sinceridade em nosso coração. Nossa adoração deve ser autêntica.
5- Adoração e Música 
Para muitas pessoas adorar é apenas sinônimo de música. Esse é um grande mal-entendido. Na verdade, a adoração é anterior a música. Adão adorou no jardim do Éden, mas não há nenhuma menção de música antes de Gênesis 4:21, com o nascimento de Jubal (este foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta). Se adoração fosse somente música, então os que nunca se utilizaram da música jamais adoraram. Adoração é muito mais do que música. Como vimos, a adoração é um estilo de vida.
- Então, por que, em nossos cultos, usamos mais freqüentemente a música para expressar a nossa adoração a Deus? - 
O motivo é que a música torna mais agradável a maneira de nos expressarmos ao Senhor. Mas ela não é a única forma. Todos os momentos do culto são um ato de adoração: a oração, a leitura da Bíblia, os cânticos, os testemunhos, as ofertas, etc.
Adoração também não tem relação nenhuma com o estilo, volume ou andamento da música. Deus ama todos os tipos de música – rápidas e lentas, altas e suaves, antigas e modernas. É provável que nós não gostemos de todas, mas Deus gosta! Se ela é oferecida a Ele em espírito e em verdade, então é um ato de adoração. O estilo musical que nós preferimos diz mais sobre nós (nossa personalidade e formação cultural) do que sobre Deus. A música de um grupo étnico pode soar barulho para outro. Mas Deus gosta de diversidade e aprecia a todas.
IMPORTANTE: Não existe música sagrada ou música profana. O que faz uma música ser sagrada ou profana é a letra contida nela, ou seja, sua mensagem, e não o seu estilo, ritmo ou melodia. Por exemplo: se eu tocasse uma música sem a letra, não haveria como saber se é uma canção cristã ou não.
6- Obstáculos à Adoração 
Naturalmente porque adoração é algo que alegra tanto o coração de Deus, enfrentaremos obstáculos para que a verdadeira adoração aconteça. É bom estarmos atentos, porque é um tema que incomoda o inimigo das nossas almas. Os obstáculos podem ser:
Incoerência de vida. 
Exterioridade e Tradicionalismo.
Amargura.
Rotina/Ritual.
Mundanismo.
Pecados não confessados.
Ingratidão.
Preguiça e Negligência
Desinteresse.
Orgulho e soberba.
Falta de conhecimento de Deus.
IMPORTANTE: Nos dias de hoje, o erro mais comum que os cristãos cometem ao adorar é buscar uma “experiência” em vez de buscar a Deus. Eles buscam sensações e, se elas ocorrem, concluem que foram bem sucedidos em adorar. Errado! Na realidade, Deus em geral afasta as nossas sensações para não dependermos delas. Buscar uma sensação – mesmo uma sensação de proximidade com Cristo – não é adoração. A onipresença de Deus e a manifestação de sua presença são coisas diferente. Uma é um fato; a outra é freqüentemente uma sensação. Deus está presente, mesmo que nós não percebamos Sua presença. Sim, Deus quer que nós sintamos a sua presença, porém ele está mais interessado em que confiemos e não tanto que O sintamos.
7- Conclusão 
Deus nos fez por uma razão, e a nossa vida tem um profundo significado. Nós fomos criados para viver para a glória de Deus, cumprindo os propósitos que ele estabeleceu para nós. Essa é realmente a única forma de viver. Todo o resto é apenas existir.
No cenáculo, quando Jesus concluiu seu último dia de ministério junto aos discípulos, ele lavou os pés deles como exemplo e disse: “agora que vocês sabem estas coisas, felizes serão se as praticarem. ” Então, uma vez que sabemos o que Deus quer que façamos, a benção vem quando nós colocamos em prática o que aprendemos. Agora que aprendemos que primeiro propósito de Deus para nós, é vivermos para agradá-lo (adorá-lo), a questão é:
- De que maneira eu devo viver para trazer alegria ao coração de Deus?
- Quanto prazer (alegria) Deus pode ter na minha vida?
Quero terminar compartilhando uma pequena frase de Atos 13:36: “Pois Davi [...] serviu aos propósitos de Deus em sua geração. ” Ao ler esta frase podemos compreender por que Deus chamou Davi de “homem segundo o seu coração. ” Davi dedicou a vida a cumprir os propósitos de Deus na terra. Não existe maior epitáfio (inscrição tumular) que essa declaração! Imagine isso esculpido na sua lápide: que você serviu os propósitos de Deus na sua geração. Essa frase é a descrição definitivade uma vida bem vivida. Uma vida com propósito trata exatamente disso: Viver hoje (em nossa geração) para Deus. Nem as gerações passadas, nem as futuras podem servir a Deus nesta geração. Somente nós podemos. Finalizo perguntando:
- Você está disposto a ser um homem segundo o coração de Deus, cumprindo os propósitos dEle em sua geração? 
Fonte 
Giroscópio é um aparelho para provar experimentalmente o movimento de rotação da terra.
Colossenses 1:16-17.
Provérbios 16:04.
Colossenses 1:16b; Romanos 11:36.
Efésios 1:4a.
A Glória de Deus é aquilo que ele é. É a essência de sua natureza, o peso de sua importância, o valor da sua dignidade, o brilho de seu esplendor, a demonstração de seu poder e o ambiente de sua presença. A Glória de Deus é a expressão de sua bondade e de todas as suas outras qualidades intrínsecas e eternas.
Qualquer tentativa de definir adoração será falha, devido ao enorme significado que ela abrange. Seriam necessários vários livros para abordar tudo que precisamos compreender a respeito da adoração. Porém, de acordo com a Bíblia, o sentido básico da adoração é agradar a Deus.
Apocalipse 4:11.
Mateus 22:37-38 - Nova Versão Internacional, São Paulo: SBI / Vida, 2001.
Êxodo 34:14 - New Living Translation, Wheaton: Tyndale House Publishers, 1996.
Jeremias 9:24 - Nova Tradução na Linguagem de Hoje, Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2000.
2 Corintios 5:18a.
Mateus 27:51; Hebreus 10:19,20
João 14:6.
João 5:30b; 6:38
Marcos 14:36 - New Living Translation, Wheaton: Tyndale House Publishers, 1996.
Lucas 22:43,44
Parte VI
TUDO, MUITO, POUCO OU NADA? 
 
A presente pastoral é uma tentativa de se esclarecer algo a respeito da letra de hinos e cânticos espirituais. Meu objetivo não é fazer um estudo detalhado aqui. Nossas considerações serão breves, mas esperamos que sejam o bastante para uma compreensão imediata. 
Qual o critério de avaliação da letra de uma música? Durante o tempo de ministério estudando cuidadosamente a questão, descobri que pelo menos dois critérios são fundamentais. Uma letra deve ser avaliada principalmente em seu aspecto teológico (doutrinário) e poético. 
A meu ver, muita confusão seria evitada se estes dois pontos (o teológico e o poético) fossem adequadamente entendidos. Há cânticos que teologicamente não parecem corretos, mas poeticamente são perfeitamente compreendidos. Quando Davi cantava louvores dizendo que Deus tem ouvidos, olhos, mãos, pés etc., teologicamente não é verdade que Deus possui órgãos e membros. Deus é espírito e não tem corpo como os homens. Davi usava linguagem poética, figurada. 
Outras vezes a compreensão de um cântico depende tão somente do ponto de vista teológico. Pastores e líderes nem sempre são unânimes acerca de uma determinada letra. Muitas vezes depende do ponto de vista de cada um, da forma como o cântico é avaliado. Por exemplo, consideremos o cântico que diz "Porque tudo que há dentro de mim necessita ser mudado Senhor". E aquele outro que fala "Se Tu olhares, Senhor, pra dentro de mim nada encontrarás de bom". E aí, realmente não há nada de bom em mim e tudo que há em mim precisa ser mudado? A resposta é sim ou não dependendo do ponto de vista. Se o cântico for analisado na perspectiva do que Deus já fez em mim na pessoa de Cristo, então as palavras tudo e nada certamente não são as mais indicadas. 
Porém, se os cânticos forem entoados na perspectiva do que somos em nossa própria natureza humana, então as palavras tudo e nada estão no lugar certo. Quando eu entôo estes cânticos, e acredito que a igreja também, é pensando neste último caso. É possível provar isso biblicamente? É claro que sim, do contrário não haveria sentido em cantá-los. 
O apóstolo Paulo, que foi um dos maiores cristãos de todos os tempos, um homem repleto do Espírito Santo de Deus, disse certa vez: "Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo" (Rm 7.18). Todos os grandes eruditos são unânimes em afirmar que Paulo não está falando de sua experiência antes da conversão, pelo contrário. Curiosamente, em outro lugar a declaração de Paulo é bem diferente: "Todos, pois, que somos perfeitos..." (Fp 3.15). Não existe contradição nessas declarações. É apenas uma questão de ênfase e contexto. Semelhantemente, também podemos e devemos cantar: "Porque tudo que há dentro do meu coração necessita mais de Ti". 
Concluímos, portanto, que em certo sentido podemos dizer que Deus precisa fazer tudo em nós; em outro que Ele precisa fazer muito; em outro, pouco ou até mesmo nada mais dependendo do que, a que e em que sentido e contexto nos referimos. 
Quando a letra de uma música realmente fere a doutrina bíblica, então nem a poesia poderá consertá-la. Mas não é, na minha opinião, o caso dos cânticos citados acima.
Parte VI
"UM CÂNTICO NOVO"
Ap 5.1-22 
 
A mencionada passagem traz um hino de louvor entoado por quatro "seres viventes" e por vinte e quatro anciãos, chamado no contexto de "um cântico novo", expressão freqüente nos Salmos.
Tanto nos Salmos quanto no Apocalipse, trata-se de um hino que canta novas e gloriosas manifestações da benignidade divina. Observe-se o Salmo 33.3: "Cantai-lhe um cântico novo. Tocai bem e com júbilo". Por sua vez, no Salmo 40, Deus livrou o salmista de um terrível poço e de argila pantanosa e pôs em seus lábios um novo cântico para louvar a Deus (v. 3).
No entanto, o paralelo mais próximo no Antigo Testamento está em Isaías 42.9,1, o qual exorta, "Vede, as primeiras coisas se cumpriram, e novas coisas eu vos anuncio; antes que venham à luz, vo-las faço ouvir. Cantai ao Senhor um cântico novo, e o seu louvor desde as extremidades da terra, vós os que navegais pelo mar, e tudo o que nele há, vós, ilhas, e seus habitantes". Nesta expressão de agradecimento, Deus declara coisas novas e o profeta convoca os homens a que cantem uma nova expressão de louvor a Deus.
O cântico novo é conseqüência direta de uma nova criação; é sempre um hino de louvor pelas misericórdias de Deus, sobretudo pela graça de Jesus Cristo. Uma das características, por sinal, do Apocalipse é ser o livro das coisas novas:
· Um nome novo (2.17; 3.12)
· Uma nova Jerusalém (3.12; 21.2)
· Um cântico novo (5.9; 14.3)
· Um novo céu e uma nova terra (21.1)
· E a grande promessa de que Deus fará novas todas as coisas (21.5).
Em grego, há duas palavras para dizer "novo": neós, que quer dizer "novo no tempo, produzido recentemente" e kainós, que é "novo em qualidade, nunca existido". Este segundo vocábulo é precisamente o que foi utilizado neste trecho, querendo significar a qualidade de canção, o tipo de vida, de mentalidade que Cristo traz.
A vida cristã autêntica irradia eterna e renovada alegria, porque Deus traz sempre à vida dos crentes em Cristo essa nova qualidade que somente a fé em Cristo pode criar nos seres humanos. O cântico da redenção! O cântico do amor que liberta.
O antigo cântico era o da criação (Jó 38.7); agora, cumprida a redenção para os santos em glória, anseiam eles pelas manifestações do Senhor e do grandioso novo hino que irrompe com todo o seu significado. Seu tema é Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus, o Leão de Judá e a Sua dignidade, pois Ele é digno: foi morto; comprou a glória e a honra para Si mesmo. Portanto, nenhum outro louvor será ouvido no céu.
A obra redentora do Cordeiro que é digno é descrita por variadas qualidades:
· É para Deus, primariamente. Diz o texto, "compraste para Deus" (cf. Ef 1.1-14)
· É pelo sangue de Cristo, afirmando o texto que "foste morto... e com o Teu sangue compraste", a cruz
· É ilimitada, pois os salvos vêm "de toda tribo..."
· Faz dos remidos um reino "e para o nosso Deus os fizeste um reino... terra"
A missão redentora de Jesus Cristo é baseada na sua disposição de entregar a própria vida pelos nossos pecados, e, pela Sua morte, traz os seres humanos a um relacionamento correto com Deus. Sua obra redentora é oferecida a todos, pois diz a passagem,

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