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Artigo sonda nasogastrica nasoenteral em cães e gatos

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SONDAGEM NASOGÁSTRICA/ESOFÁGICA EM CÃES E GATOS, UMA VISÃO TEÓRICO PRÁTICA.
GASTRIC/ENTERIC TUBE IN DOGS AND CATS, AN ACADEMIC AND PRATICE POINT OF VIEW.
Rodrigo Teodoro Gonçalves do Nascimento 1
1Estudante do curso de Graduação em Medicina Veterinária da Universidade Tuiti do Paraná
RESUMO: Cada dia mais, a terapia nutricional é reconhecida como importante fator na recuperação de cães e gatos. O médico veterinário deve ser capaz de identificar moléstias nutricionais e indicar corretamente a sondagem para seu paciente. A sondagem nasogástrica/esofágica é amplamente utilizada na recuperação do estado geral dos pacientes submetidos a cirurgias do aparelho gastrointestinal e patologias que cursam com debilidade nutricional severa.
ABSTRACT: Every day more, nutritional therapy is recognized as an important factor in the recovery of dogs and cats. The veterinarian should be able to identify nutritional disorders and correctly indicate the probing for his patient. The nasogastric / esophageal probe is widely used in the recovery of the general condition of patients undergoing gastrointestinal surgery and pathologies that present with severe nutritional debility.
Introdução
Desde as eras mais antigas, buscavam-se outras vias para alimentar pacientes impedidos de comer pela boca. Os egípcios alimentavam seus pacientes através de sondas retais e, com o passar dos anos, houve empenho em se fabricarem tubos de alimentação, que possibilitassem maior conforto aos pacientes. Muitos materiais foram utilizados para a confecção de sondas nasoentéricas, entre eles a borracha, o polietileno e, mais recentemente, o poliuretano e o silicone. Ao mesmo tempo em que se buscava melhorar as sondas, também houve progresso nas formulações dietéticas para a terapia nutricional enteral2.
Na década de setenta, Liffmann & Randall e Dobbie & Hoffmeister construíram sondas de jejunostomia e sondas nasais de fino calibre, com uma ogiva distal que possibilitava o posicionamento delas além do esfíncter piloro e permitia a administração de dietas de maneira mais confortável e segura principalmente nos pacientes idosos, acamados e com reflexos diminuídos. Esse tipo de sonda passou a ser conhecido como sonda de DOBBHOFF, que, hoje, são fabricadas em poliuretano e silicone, materiais que não sofrem alteração física na presença de pH ácido, conservam flexibilidade, maleabilidade e durabilidade, não irritam a mucosa digestiva, e, por serem de pequeno calibre, permitem o fechamento dos esfíncteres cárdia e piloro e são altamente utilizadas na medicina humana e na veterinária.
Desenvolvimento
Pacientes que não consomem suas necessidades nutricionais mínimas é necessária a intervenção com suporte nutricional. As sondas nasoesofágicas são recomendadas para situações de curto período e têm o benefício de não necessitarem de anestesia.1
Atualmente, estão disponíveis dois tipos genéricos de sondas para alimentação: a utilizadas via nasogástrica e via nasoentérica. As sondas nasoentéricas tem de 50 a 150 cm de comprimento, e diâmetro médio interno de 1,6 mm e externo de 4 mm. Todas possuem marcas numéricas ao longo de sua extensão, que facilitam a verificação do seu posicionamento final.
Sonda nasogástrica ou nasoesofágica, este tipo de tubo é o mais simples de colocar geralmente com uma simples sedação, ou com anestésico local, mas tem uma limitação de volume e da consistência da comida, pois como o diâmetro da sonda é pequeno, ela deve ser bem liquida. Não tem indicação para longo prazo de uso, podendo ficar por 5 a 7 dias.2 3 4
Sonda esofágica este tipo de tubo é maior do que um tubo nasogástrico e entra no esôfago através de uma pequena incisão no pescoço.
Como objetivo desse artigo é apenas uma revisão de literatura de conteúdos ministrados em sala de aula referente a matéria de Fundamentos da Medicina Veterinária, não iremos dar enfoque ao procedimento cirúrgico no qual uma terceira sondagem é utilizada, a sondagem gástrica, colocada diretamente no estômago.2
A colocação da sonda pela via nasoesofágica é o método mais indicado para cães e gatos doentes que necessitam de suporte nutricional por período inferior a uma semana. Os nutrientes são administrados na porção distal do esôfago, não devendo a sonda penetrar o estômago. As vantagens desta técnica são seu baixo custo, facilidade, aceitação pelo paciente e a dispensa da anestesia geral. No entanto, o pequeno calibre da sonda permite apenas a administração de dietas líquidas sem partículas, o que dificulta o suprimento calórico e protéico dos animais debilitados e desnutridos. As complicações associadas com seu uso incluem obstrução, remoção pelo próprio animal, epífora, atraso no esvaziamento gástrico, aspiração, vômitos, diarréia, hipocalemia e moléstias nasais e faríngeas relacionadas à sua permanência prolongada.1 
A técnica para passagem da sonda nasogástrica é simples, porém alguns detalhes devem ser observados, deve-se estimar o comprimento da sonda que será colocada no esôfago, pelo posicionamento da mesma desde o plano nasal até a extensão do sétimo espaço intercostal. Em seguida, marca-se esta medida com o auxílio de um marcador de esparadrapo que será aderido no tubo. Deve-se, então, lubrificar a extremidade da sonda com lidocaína a 5% e manter a cabeça do paciente em posição normal. Posteriormente, a sonda deve ser colocada na face ventrolateral de uma das narinas externas (direita ou esquerda) e introduzida em direção caudoventral e medial na cavidade nasal escolhida. Ao se introduzir cerca de 3cm na narina, encontra-se uma barreira anatômica, o septo mediano, no piso da cavidade nasal. Em caso de dificuldade para ultrapassar esta barreira, pode-se empurrar as narinas externas dorsalmente para facilitar a abertura do meato ventral. Deve-se, então, elevar a extremidade proximal da sonda e avançá-la para o interior da orofaringe. Para a confirmação da localização da sonda no interior do esôfago, pode-se injetar cerca de 5 mL de solução fisiológica estéril através do tubo. A ausência do reflexo de tosse ou espirro sugere posição esofágica. Esta etapa também pode ser realizada através da radiografia torácica, sendo esta mais segura que a primeira, porém mais onerosa. A fixação da sonda pode ser feita com cola de cianocrilato, na linha média nasal dorsal. Deve-se usar um colar elisabetano para proteção do tubo.1
Para o suporte nasoesofágico, recomenda-se o fornecimento das necessidades energéticas basais, pois o pequeno calibre das sondas dificulta a administração de grandes volumes de alimento, principalmente em cães de grande porte. A alimentação pode ser iniciada logo após a colocação do tubo, tomando-se os cuidados de adaptação dos pacientes para a realimentação.
A Sondagem Esofágica é realizada através da via de esofagostomia é de fácil realização e não apresenta desconforto para o animal, podendo permanecer por meses quando necessário. Consiste numa via bastante segura por proporcionar digestão eficiente. Permite, também, que o animal beba e coma normalmente, mesmo com a sonda. A simplicidade do manejo do tubo e administração do alimento permite a cooperação dos proprietários, minimizando os custos de internação nas clínicas e hospitais veterinários. Sua vantagem em relação à sonda nasoesofágica é seu maior diâmetro, o que permite a administração de alimentos mais consistentes e em maior quantidade, além de poder permanecer longos períodos. As complicações associadas a esta técnica são infecção do campo operatório, edema de face por pressão exercida pela bandagem, esofagite, aspiração de alimento, obstrução das vias aéreas superiores, disfagia, vômito, com saída da sonda através da cavidade oral e gastrite.
A alimentação através da sonda esofágica pode se iniciar aproximadamente duas horas após o término do procedimento cirúrgico.
Conclusão
Emprego de sonda nasoesofágica e nasogástrica é possível e indicado para qualquer idade, sexo e escore de condição corporal e a radiografia é importante na confirmação do posicionamentoda sonda para evitar as complicações como pneumonia aspirativa, pneumotórax, perfurações, enfisema, fístulas e até morte.
O Médico Veterinário deve estar atento a essas complicações e terá sempre um excelente método de suporte nutricional em cães e gatos debilitados por inúmeras situações. Cabe ressaltar ainda que a radiografia para verificação do posicionamento da sonda é um excelente método confirmatório.
Associação dos conteúdos explicitados em aulas e a utilização de referencial teórico abrangente, nos permite concluir que a sondagem nasogástrica e nasoesofágica em cães e gatos é de suma importância para formação do profissional na prática clinica de pequenos animais.
Referencial Bibliográfico
1.BRUNETTO, M. A. et al. Suporte nutricional enteral com o uso de s onda esofágica 
em cães submetidos à hemimandibulectomia. Relato de seis casos. Revista 
Universidade Rural, v. 25. p. 264-265, 2005. 
2.ETTINGER, S.J., FELDMAN, E.C., Tratado de Medicina Interna Veterinária, São Paulo, Manole, 1997. 
3.FEITOSA Francisco Leydson - Semiologia Veterinária, A arte do diagnóstico, 3ª Ed. Ed. Roca-2014.
4.TEIXEIRA, F.A. et al. Aplicação de sonda nasoesofágica e suas complicações de posicionamento. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia, [S.l.], v. 11, n. 2, p. 88-88, july 2013. ISSN 2179-6645. Disponível em: <http://revistas.bvs-vet.org.br/recmvz/article/view/16865/17741>. Acesso em: 24 nov. 2016.

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