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CURSO DE NEUROLOGIA CLÍNICA Prof. Dr. João Telhado Univ. Federal Rural do Rio de Janeiro CONVULSÕES • Convulsão – manifestação da função anormal do cérebro que é caracterizada por alterações comportamentais estereotipadas e paroxísticas • Epilepsia - distúrbio do cérebro caracterizado por convulsões recorrentes Estágios da convulsão • Aura alteração das sensações, apreensão, .... O animal pode-se esconder, parecer nervoso, procurar o dono, .... • Ictus convulsão propriamente dita. Dura 1 a 2 minutos • Pós-ictus o animal pode voltar ao normal em minutos ou ficar intranquilo, letárgico, desorientado, cego por horas Diagnóstico anatômico • As convulsões são sempre um sinal de alteração cerebral: – Primária, devido a uma lesão no próprio cérebro – Secundária, devido a uma alteração metabólica (hipoglicemia, intoxicação, ....) Componentes base • Foco convulsivo – Agregado de neurônios onde ocorrem, inicialmente, as descargas excessivas e sincronizadas • Generalização – Atividade anormal ultrapassa o os limites do foco e se dissemina para outras áreas do cérebro gerando a convulsão Foco convulsivo • Animais clinicamente normais • Os neurônios do hipocampo são mais susceptíveis • Os neurônios do foco convulsivo são caracterizados por despolarizações de membrana prolongadas e de grande amplitude, com descargas de picos de alta frequência Limiar convulsivo • Varia de animal para animal indo daqueles que necessitam de grandes estímulos (farmacológicos ou elétricos), passando pelos que convulsionam com estímulos banais (febre, estimulação visual, etc...), e terminando nos que convulsionam sem estímulos aparentes Alterações 1. Perda ou alteração da consciência ou memória 2. Alterações do tônus muscular ou movimento 3. Alteração das sensações, incluindo alucinações de sentidos específicos 4. Distúrbios do sistema nervoso autônomo (salivação, micção, defecação,...) 5. Outras alterações psíquicas, alterações do pensamento, alterações de humor,.... Convulsões generalizadas, convulsões bilaterais simétricas, ou convulsões sem início localizado Manifestação clínica EEG Etiologia Localização anatômica Tônico-clônica (grande mal, principalmente motora) Disritmia generalizada desde o ínicio, simétrica, com período inter-ictus, em geral, normal 1. Predisposição genética 2. Lesões orgânicas difusas ou múltiplas 3. Tóxica ou metabólica 1. Não localizada 2. Diencéfalo (centroencefálica) Ausência com ou sem fenômenos motores (pequeno mal) Três picos generalizados por segundo e disritmia de ondas simétrica (humanos) 1. Geralmente genética (humanos) 1. Não localizada 2. Diencéfalo (centroencefálica) Convulsões parciais, ou convulsões com início localizado Manifestação clínica EEG Etiologia Localização anatômica Motora parcial (pode generalizar) Disritmia focal (picos e ondas lentas) Lesões orgânicas adquiridas Focal – cortical ou subcortical Psicomotora (pode generalizar ou parecer uma alteração comportamental complexa – correr, medo, agressão) Disritmia relacionada com o lobo temporal (não provada em animais) Lesões orgânicas adquiridas Sistema límbico (hipocampo, lobo piriforme ou temporal Causas dos distúrbios convulsivos Classificação Causas mais frequentes Testes diagnósticos Genética Genética Raça, idade, histórico Degenerativa Doenças de acúmulo de glicoproteinas (Doença de Lafora) e lipídeos Raça e biópsia Má formação •Hidrocefalia •Lisencefalia •Porencefalia •Ex. F., EEG, ventriculografia •Raça, E.F., EEG •Ventriculografia Infecciosa •Viral: cinomose, raiva, PIF •Bacteriana: qualquer tipo •Micótica: criptococose •Protozoótica: toxoplasmose •Erlichiose •Histórico, EEG, LCR •LCR •LCR •LCR Neoplásica •Primária: gliomas, meningiomas •Secundária: metástases •Ex. neuro., EEG, Rx, Tomografia, RM Causas dos distúrbios convulsivos Classificação Causas mais frequentes Testes diagnósticos Metabólica •Eletrólitos: hipocalcemia •Carboidratos: hipoglicemia, insulinoma funcional •Vascular: arritmia, alterações vasculares •Renal •Hepática: cirrose •Desvio porto-caval •Calcemia •Glicemia em jejum •ECG, arteriografia •E.F., uréia, EAS •E.F., bromossulfaleína, ALAT, amônia sérica Nutricional •Tiamina •Parasitismo (múltiplos fatores) •Histórico, resposta ao tratamento •Idem Causas dos distúrbios convulsivos Classificação Causas mais frequentes Testes diagnósticos Tóxica •Metais pesados: chumbo •Organofosforados •Estriquinina •Tétano •Histórico, níveis sang. Pb •Histórico, Ex. Neuro. •Histórico, Ex. Neuro. •Histórico, Ex. Neuro. Traumática •Aguda: logo após o trauma craniano •Crônica: semanas ou anos após o trauma craniano •Histórico, E.F •Histórico, EEG Epilepsia genética: Epilepsia primária generalizada Fator genético provado ou altamente provável Pastor Alemão Beagle Keeshond Pastor Belga (Tervuren) Raças com alta incidência Poodle Fox terrier Cocker spaniel São Bernardo Setter irlandês Collie Boxer Teckel Schnauzer miniatura Convulsões tônico-clônicas • Mais frequent. reconhecidas em animais • Frequent. precedida por aura • Fase tônica: 1. O animal cai e fica inconsciente 2. extensão rígida dos membros, opistótono (+/-), parada da respiração 3. Geralmente de 10 a 30 seg. • Fase clônica • Movimentos clônicos dos membros • Movimentos mastigatórios • A atividade visceral pode-se iniciar em ambas as fases (dilatação pupilar, defecação, micção, piloereção) Convulsões tônico-clônicas • Tentar descobrir se a convulsão iniciou-se focalmente e generalizou ou se começou generalizada e simétrica • Não confundir a aura com atividade focal • Qualquer indicação de atividade motora focal (mastigar, virar a cabeça ou contrações espamódicas de grupos musculares) indica início focal Ausências (pequeno mal) • Raramente diagnosticadas em animais • Caracterizam-se pela perda de contato com o ambiente (segundos), sem atividade motora • Em humanos vemos pequenas variações com pequena atividade motora (pequenos tiques, perda do tônus muscular e atividade autonômica) Convulsões parciais • São adquiridas • Podem se generalizar (convulsão jacksoniana) • São mais propensos a terem pequenas alterações no EEG durante o período interictal • Convulsões parciais sensoriais e autonômicas não costumam ser diagnosticadas • A lesão é no hemisfério contralateral aos sinais Convulsões psicomotoras • Episódios paroxísticos de comportamento anormal: – Histeria – Raiva – Alterações autonômicas – Alucinações • Geralmente são procedidas de aura e seguidas de pós-ictus • Indicam uma alteração no sistema límbico (hipocampo, amígdala e córtex temporal) Diagnóstico etiológico 1. GENÉTICA – Epilepsia generalizada primária – Mais estudada no cão e no homem – Geralmente tônico-clônica – O 1º ataque ocorre entre os 6 meses e 5 anos de idade (X=30 meses) – O DIAGNÓSTICO É POR EXCLUSÃO DE OUTRAS CAUSAS DE CONVULSÃO 1 - GENÉTICA • Foi identificado o gene responsável que causa epilepsia canina similar à doença deLafora em humanos BRADBURY, 2005 Doenças de Lafora • Tem início na adolescência, é uma epilepsia mioclônica progressiva, com prognóstico desfavorável (<10 anos de vida) • É acompanhada de deterioração mental rápida e severa muitas vezes acompanhada de surtos psicóticos • Acúmulo de carboidratos em vários tecidos, incluido o cérebro • Atinge 5% dos daschshund pêlo de arame BRADBURY, 2005 2. DEGENERATIVA – A deficiência em enzimas específicas leva a um metabolismo anormal com o acúmulo de produtos metabólicos dentro do neurônio – São as doenças de acúmulo 3 – MÁ FORMAÇÃO • Podem ser ou não herdadas • Distinguem da epilepsia generalizada primária devido às más formações presentes • A hidrocefalia é a mais comum HIDROCEFALIA • É o aumento do sistema ventricular cerebral secundário a um aumento de volume do LCR • Causas: 1. Obstrução do fluxo (hidrocefalia não comunicante ou obstrutiva) 2. Má absorção do LCR (hidrocefalia comunicante por má absorção) 3. Produção aumentada LCR (hidrocefalia comunicante) LCR Plexo coróide (ventrículos laterais, IIIº e IVº) Interventricular foramen IIIº ventrículo Aqueduto mesencefálico IVº ventrículo Espaço subaracnóide Espaço rostro tentorial Vilosidades da aracnóide no sinus digital dorsal Causas 1. Superprodução de LCR – rara, papiloma do plexo coróide 2. Diminuição da absorção do LCR – em geral resultado da inflamação das meninges: -doenças infecciosas – cinomose, etc.) - secundária ahemorragia subaracnóide -corpos estranhos – contraste radiográfico injetado no espaço sub-aracnóide Causas 3. Obstrução ao fluxo do LCR – geralmente no aqueduto mesencefálico ( má-formação, debris inflamatórios, compressão por tumores do tronco cerebral, etc...) Raças com alta incidência de hidrocefalia • Maltês • Yorkshire terrier • Bulldog inglês • Chihuahua • Lhasa apso • Lulu da pomerânia • Poodle toy • Cairn terrier • Boston terrier • Pug • Pequinês Sinais clínicos • Relacionados com: 1. A idade 2. O grau de desequilíbrio entre produção e absorção 3. Localização do defeito (comunicante ou não comunicante) Congênita • Aumento do crânio (testa) • Estrabismo ventrolateral com função do nervo oculomotor normal) • Fontanelas e suturas craniais abertas • Mau desenvolvimento corporal Congênita • Geralmente são trazidos ao veterinário entre 2 e 3 meses • Alterações comportamentais – depressão com episódios de agressividade ou confusão • Desenvolvimento mental retardado • Déficit visual com reflexo pupilar normal (lesão da radiação óptica) Adquirida • Mais difícil de diagnosticar • Os sinais clínicos evoluem mais rapidamente e mais severamente • Convulsões (estágios iniciais) Adquirida • Depressão, estupor e coma • Sinais do problema primário (inflamação ou massa) • A obstrução total pode causar herniação tentorial e cerebelar Diagnóstico • Na congênita, geralmente é fácil • EEG –Ondas lentas de alta voltagem (25 a 200μv, 1 a 6 Hz) hipersincrônicas (similares em todos os pontos). Diagnóstico • Radiografia do crânio – suturas abertas, aparência de vidro moído • Punção ventricular – a profundidade necessária para obter LCR indica o aumento do ventrículo lateral (0,5 a 1,0 cm) • Pneumoventriculograma – se for necessário inserir a agulha mais de 1 a 1,5 cm • OBS: nunca aspirar o LCR com seringa Tratamento 1. Casos agudos com progressão rápida: – Punção ventricular – Diurético osmótico - manitol 1g/kg, se necessário repetir mais 2x , a cada 6 horas – Dexametasona – 1 mg/kg, bid ou tid, reduzindo a dose pela metade a partir da 3ª aplicação – Anticonvulsivantes Tratamento 2. Casos crônicos progressivos – Cirurgia – Dexametasona, po, 0,05 mg/kg, bid – reduzir a dosagem pela metade após uma semana se houver melhora. Depois de mais uma semana tentar medicar a cada 48 hs 3 – MÁ FORMAÇÃO • A lissencefalia é a ausência congênita de circunvoluções corticais • Relatada no Lhasa apso • Os animais afetados podem ter alterações comportamentais, visuais e pequenos déficits de propiocepção além das convulsões 3 – MÁ FORMAÇÃO • A porencefalia é uma má formação cistíca do cérebro que geralmente se comunica com os ventrículos ou espaço sub-aracnóideo. • Pode ser congênita ou adquirida (degenerativa) INFECCIOSA • Qualquer doença infecciosa tem o potencial de causar convulsões desde que invada o SNC 1. Cinomose – talvez seja a mais comum, causando alterações no SNC sem outros sinais clínicos (animais vacinados e idosos) 2. Peritonite infecciosa Felina (PIF) • Infecção viral fatal dos Felidae domésticos e selvagens causada por uma variante mutante do coronavirus entérico felino (CoVF) • Formas clínicas: – Vasculite imunomediada (forma exsudativa) – Inflamação piogranulomatosa (forma seca) 2. PIF • Embora inicialmente se pensasse que o VPIF fosse distinto do CoVF, atualmente se sabe que é uma mutação deste que ocorre dentro do hospedeiro 2. PIF • Aproximadamente 50% dos gatos europeus e norte americanos têm anticorpos contra o CoVF. Na Inglaterra 82% dos gatos de exposição são positivos • Apesar desta distribuição apenas 5% dos gatos irão apresentar PIF 2. PIF • Gatos jovens e imunossuprimidos são mais susceptíveis • Certas raças parecem ser mais propensas: • Birmanês, Ragdoll, Bengal, Rex , Abssínio e Himalaio 2. PIF • A infecção se dá por ingestão de material fecal contaminado • A infecção pelo CoVF leva a inaptência e/ou sinais gastrointestinais leves • Os gatos infectados liberam vírus por até 10 meses após a infecção. Depois eliminam de maneira contínua ou intermitente • Os sinais neurológicos podem ser vistos em 30% dos animais com PIF 2. PIF • Diagnóstico: • Hemograma – anemia normocítica normocrômica, não regenerativa, leucocitose (neutrofilia e linfopenia) • Hiperglobulinemia (gamopatia policlonal envolvendo as γ- globulinas 2. PIF • Conforme o órgão acometido encontraremos alterações séricas (enzimas hepáticas, bilirrubinas, uréia, creatinina, etc...) • Aumento da glicoproteína alfa1 ácida 2. PIF • O diagnóstico definitvo é feito através da histopatologia (inflamação piogranulomatosa associada com a identificação do vírus – imunohistoqúimica ou PCR) • As efusões são exsudatos modificados 2. PIF • Animais com sinais neurológicos: – RM – hidrocefalia e hiperintesidades periventriculares (periventriculite) – LCR – aumento da ptn (50 a 350 mg/dL) e pleocitose (neutrófilos, linfócitos e macrófagos) Toxoplasmose • Causada por protozoário intracelular obrigatório • O hospedeiro definitivo são os Felidae • Transmissão: – Fecal-oral – Ingestão de cistos tissulares – Congênita • O oocistos não esporulados liberados nas fezes necessitam de 1 a 5 dias para esporular Toxoplasmose • Infecção aguda: – Gatos jovens – Anorexia, letargia, febre, dispneia, e morte súbita • Infecção crônica: – Gatos adultos – Sinais clínicos similares aos da IA – Vômito, diarréia, anorexia, perda de peso, febre eicterícia – Linadenopatia, doença miocárdio, pancreatite, hepatite, uveíte anterior e coriorretinite Toxoplasmose • Sinais neurológicos: • Hipotermia • Mudanças de comportamento • Convulsões • Cegueria • Anisocoria • Torcicolo • Doença vestibular • Hiperestesia muscular • Paresia/paralisia • Diagnóstico: • Hemograma – anemia não regenerativa, leucocitose neutrofílica, linfocitose e monocitose – Azotemia, elevação das enzimas hepáticas, hiperbilirrubinemia e hiperproteinemia – Rx tórax - padrão bronquial a difuso intersticial podem ter coalescências do infiltrado dando um padrão alveolar manchado Toxoplasmose • LCR – pleocitose linfocítica leve, a proteína pode estar elevada até 149 mg/dL • Títulos de IgG/IgM • PCR Toxoplasmose • Tratamento • Clindamicina 12 a 25 mg/kg divididos ao longo do dia • A melhora ocorre 24 a 48 horas após o início do tratamento • As recaídas são frequentes • Animais com sinais neurológicos e respiratórios graves têm um prognóstico sombrio E. canis • As crises convulsivas podem sem o único sinal clínico • Pode causar hemorragia do SNC e meninges, encefalite e meningite não supurativa • O tratamento inclui doxiciclina e a medicação anticonvulsiva. METABÓLICA • A falha em 1 ou mais órgãos nobres ou glândulas endócrinas podem produzir alterações nos eletrólitos, glicose, ou o acúmulo de produtos tóxicos NEOPLÁSICAS • Neoplasias intracraniais primárias ou metastáticas podem causar convulsões • A convulsão se dá pela alteração nos neurônios, vizinhos à neoplasia, por distorção ou compressão ou aporte sanguíneo insuficiente NEOPLÁSICA • As convulsões podem aparecer muito tempo antes das outras alterações neurológicas (semanas a meses), especialmente se a massa for no córtex cerebral NEOPLÁSICA • Diagnóstico: – Arteriografia – Ventriculografia – Tomografia – RM – Exame LCR NUTRICIONAL • Deficiência de vitaminas do complexo B • Def. tiamina : poliencefalomalácia (ruminantes) • Cães e gatos: – Lesões similares aos ruminantes, porém as lesões são predominantemente dos núcleos do tronco cerebral Def. tiamina • Animais alimentados com rações comerciais não desenvolvem deficiência de tiamina • Cães alimentados apenas com carne cozida desenvolvem paraparesia que progride para convulsões Def. tiamina • Em gatos alimentados com peixes ricos em tiaminase • Os felinos apresentam uma síndrome convulsiva com: – Flexão da cabeça em direção ao esterno – Ataxia – Alterações de comportamento – Pupilas dilatadas – Coma Def. tiamina • Tratamento: • tiamina deve ser dada para todos os gatos com convulsão (sem efeitos colaterais) • 1º dia 50 a 100 mg via IV • 2º dia em diante suplementar por via IM e mudar dieta TÓXICA • Envenenamento por Pb: – Depressão, ataxia, tremor, algumas vezes associados com sinais gastrointestinais – Muitas vezes a convulsão é psicomotora Envenenamento Pb • Diagnóstico: – Hemácias nucleadas e com ponteado basófilo, sem anemia – Dosagem de Pb no soro • Tratamento: – Quelação com EDTA Estricnina • Convulsão tônica exacerbada pela estimulação • O animal permanece consciente, a menos que a respiração páre • A estricnina bloqueia os interneurônios inibidores da medula espinhal Etiologia por idade < 1 ano Etiologia Degenerativa •Doenças de acúmulo Anomalia desenvolvimento •Hidrocefalia Tóxicas •Int. por Pb •Organo fosforados e clorados Infecciosa •Cinomose Metabólica •Hipoglicemia – transitória, def. enzimática •Desvio porto-caval Nutricional •Def. tiamina •Parasitismo Traumática •Aguda Etiologia por idade 1 a 3 anos Genética •Epilepsia generalizada primária (pode começar aos 6 meses) •Igual a < 1 ano > 4 anos Metabólica •Hipoglicemia secundária a insulinoma •Cardiovascular – arritmia, tromboembolismo •Hipocalcemia- hiperparatireoidismo Neoplásica •Neoplasias primárias ou metastáticas Causas de convulsão por predisposição racial Raça Causa Pastor alemão Genética Beagle Genética Pastor belga (Tervuren) Genética Boston Terrier Hidrocefalia, neoplasia Boxer Neoplasia Cairn Terrier Leucodistrofia de células globóides Chihuahua Hidrocefalia Setter inglês Lipodistrofia Pointer alemão pelo curto Lipodistrofia Setter irlandês Genética (suspeita) Keeshond Genética Causas de convulsão por predisposição racial Raça Causa Lhasa apso •Lisencefalia Pinscher •Hidrocefalia Schnauzer miniatura •Hiper-lipoproteinemia, desvio porto-caval Pequinês •Hidrocefalia Poodle miniatura e padrão •Genética (suspeita) Poodle toy •Hidrocefalia São Bernardo •Genética (suspeita) West Highland White terrier •Leucodistrofia de células globóides Yorkshire terrier •Hidrocefalia Dados Mínimos 1. Perfil do paciente: raça, idade, sexo 2. Histórico: – Vacinação – Idade de início – Frequência e curso – Descrição da convulsão: • Generalizada ou parcial • Duração • Aura, ictus e pós-ictus • Horário • Relação com: exercício; alimentação; sono ou estímulos – Doenças e traumas concomitantes ou pregressos – Alterações de comportamento 3. Exame físico 4. Exame fundoscópico 5. Exame neurológico (completo) – Visão, diâmetro pupilar – Posicionamento tátil e visual – Saltitar – Nervos cranianos – Reflexos espinhais Dados Mínimos 6. Patologia Clínica – Hemograma – Pesquisa de hematozoários – Uréia – Cálcio – Glicose em jejum – Fosfatase alcalina – ALAT – Exame de urina: EAS • Dados completos – Análise do LCR • Contagem de células • Níveis de proteina • Pressão – Rx do crâneo: VD, LL e AP – EEG • Se houver suspeita de alteração focal – Radiografia contrastada – Tomografia , RM DM (DD- descartar, In – incluir) Achados positivos Achados Sugestivos Achados negativos Descartar Metabólica Metabólica Tóxica DD com testes específicos Má formação Genética Infecciosa Neoplásica Traumática Má formação Genética Infecciosa Neoplásica Traumática Incluir Hidrocefalia Tóxico Traumatismo Tratar com anticonvulsivos Dados Completos Mau controle Achados positivos Achados negativos DD Desenvolvimento Infeccioso Neoplásico Traumático Assumir genético Repetir a avaliação a intervalos regulares ou se quadro mudar Tratar o problema primário Se necessário anticonvulsivos Tratar com anticonvulsivos Tratamento Fenobarbital 2,5 mg/kg, bid, PO •Efetivo em 60 a 80% dos cães •Concentração máxima 4 a 8 horas •São necessários 10 a 14 dias para o estado de equilíbrio •Dosagem sérica 15-45 μq/mL •9-36 μq/mL na associação com brometo •Induz atividade enzimática microssomal (P450) •Alguns pacientes podem parecer se tornar refratários após 3 meses de tratamento, devido a diminuição da concentração sérica Efeitos colateriais •São geralmente mais marcados nas duas primeiras semanas •Alteração do comportamento (sedação ; hiperexcitabilidade) •Polidipsia, polifagia e poliúria •É hepatotóxico (principalmente > 36 μq/mL •Neutropenia e trombocitopenia idiossincráticas (JACOBS et al, 1998) •Baixos niveis de T4 livre e total •Deve ser feito o desmame após tratamento longo (dependência física)Tratamento Brometo de potássio 15mg/kg, bid, PO, associado fenobarbital 40mg/kg, sid, como monoterapia •½ vida de 15 a 20 dias •Estado de equilíbrio: 100 a 200 dias •Níveis séricos: 100 a 200 mg/dL associado ao fenobarbital; 250 a 300 mg/dL monoterapia PODELL, 1998) •Pode ser usado em animais com problemas hepáticos Efeitos colateriais •Polidipsia, polifagia, sedação, ataxia, pancreatite e alterações gastrointestinais (irritante da mucosa gástrica – dar com comida) •O teor de sal da comida deve ser reduzido, pois a eliminação renal é aumentada nas dietas ricas em cloretos Tratamento Gabapentina 10 mg/kg/sid a tid, PO •Pacientes refratários ao fenobarbital e brometo •Reduzir a dose em pacientes com IR Efeitos colateriais • Sedação – começar com a dosagem menor e aumentar gradativamente durante vários dias Levetiracetam •5 a 30 mg/kg, tid •Não é metabolizado pelo P450 •Não inibe ou induz as enzimas hepáticas •Excretado inalterado pelos rins •Usado em humanos com convulsões parciais refratárias a outras terapias Fentoína •2,0 a 5,0 mg/kg, IV , lentamente •Status epilepticus •UNIFENITOIN inj 50 mg/mL, amp. 5 mL – União Química Tratamento status epilepticus 0 a 5 minutos 1. Histórico 2. Exame clínico 3. Exame neurológico 4. Observar o tipo de convulsão 5. Cateter intravenoso 6. Oxigênio 7. Hemograma e bioquímica sérica 8. Ecg, gasometria, pulsoximetria Identificar a etiologia •Diazepam – 1mg/kg IV ou bolus retal BRAUNDS, 2004 -http://www.ivis.org/advances/Vite/berendt/chapter_frm.asp?LA=1#Status_Epilepticus – 30 nov 2009 Tratamento status epilepticus 5 a 15 minutos 1. Se hipoglicémico – 50 % glicose (veia central) 2. Tratar acidose •Diazepam 1mg/kg IV •Pode ser repetido mais uma vez após 5 minutos 15 a 30 minutos 1. Monitoração intensiva do paciente •Se o diazepam parou as convulsões: •Administrar fenobarbital (5-10 mg/kg (até 20 mg/kg) como bolus (100mg/min) – para prevenir a recorrência das convulsões Tratamento status epilepticus 30 a 60 minutos 1. Monitoração intensiva do paciente •Se o SE continuar após o fenobarbitla IV: induzir o coma com anestesia geral: •Pentobarbital (2-8 mg/kg, bolus) •Propofol (4mg/kg) •Metilprednisolona (30 mg/kg como bolus – tratamento continuo com 15 mg/kg a cada 2 horas por 24 horas) •Manitol (1 g/kg) Outras terapias 1. Estimulação do nervo vago –epilepsia parcial resistente à medicação (estimulador subcutâneo do nervo vago esquerdo cervical) 2. Compressão ocular 3. Dieta cetogênica (rica em gorduras e pobre em carboidratos) -humanos Outras terapias 4. Dieta hipoalergênica – 8 cães com epilepsia refratária, em 7 houve diminuição da frequência dos ataques (LUJAN et al, 2004) Ataxia cabeça e membros • Ataxia – falta de coordenação que pode ser observada sem espasticidade, paresia ou movimentos involuntários • Caracteriza-se por base de apoio ampla e movimentos incoordenados de cabeça, tronco ou membros Ataxia Marcha normal ou ligeiramente anormal Déficits reações posturais Marcha anormal Déficits reações posturais Córtex cerebral ou diencéfalo Envolvimento de cabeça Sem envolvimento de cabeça Ataxia com alteração da marcha com envolvimento de cabeça Sinais NMS Sem sinais de NMS Tronco cerebral Vestibular central Ataxia simétrica Tremor de cabeça Dismetria Ataxia de tronco Nistagmo – tremor Nervos cranianos normais Ataxia assimétrica Inclinação de cabeça Nistagmo (paralisia facial) (Sínd. Horner) Cerebelo Vestibular periférico Ataxia com alteração da marcha sem envolvimento de cabeça Ataxia dos MP e tronco MT normais Ataxia dos MT, MP e tronco Paresia MP Tetraparesia Tronco Cerebral (NMS, tetraparesia ou hemiparesia, posição anormal da cabeça e pescoço, NC) Etiologia Aguda Crônica Progressiva Não progressiva •Degenerativa •Desordens vasculares •Hemorragia, embolismo 1. Hipoglicemia 2. Encefalopatia hepática 3. Doenças de acúmulo 4. Doenças desmielinizantes 5. Neuronopatias •Má-formação 1. Má formação congênita do foramen magno 2. Hidrocefalia Tronco Cerebral Etiologia Aguda Crônica Progressiva Não progressiva •Metabólica 1. Hipoglicemia 2. Encefalopatia hepática •Neoplásica 1. Metastática – em pacientes com trombose vascular 1. Primária • Meningioma • Gliomas • Neurofibroma do NC 2. Metastática 3. Originária do crânio (sarcoma osteogênico, etc...) 4. Linfossarcoma Tronco Cerebral Etiologia Aguda Crônica Progressiva Não progressiva •Inflamatória / infecciosa 1. Viral • Cinomose • Raiva • Pseudorraiva • Hepatite infecciosa 2. Meningoencefalite bacteriana 3. Envenenamento por salmão (ricketsia) 1. Viral • Cinomose Encefalite do cão velho • PIF atípica (não efusiva) 2. Bacteriana a. abscesso b. Meningoencefalite 3. Micótica a. Blastomicose b. Criptococose c. Histoplasmose d. Coccidiomicose e. Nocardiose 4. Toxopasmose 5. Outros a. alga: Protothecose b. Reticulose SNC primário Tronco Cerebral Etiologia Aguda Crônica Progressiva Não progressiva •Traumática 1. Herniação tentorial 1. Trauma cabeça (hemorragia, hematoma) •Tóxica 1. Chumbo 2. Hexaclorofeno 3. Tétano (???) 1. Chumbo, outros metais pesados 2. Hexaclorofeno Cerebelo (ataxia, dismetria, tremor de intenção, nistagmo pendular) Etiologia Sinais assimétricos Sinais simétricos Progressiva Não progressiva Progressiva Não progressiva •Degenerativa 1. Vascular 1. Doenças de acúmulo 2. Doenças desmielinizantes 3. Abiotrofia •Má-formação 1. Hipoplasia cerebelar 2. Displasia occipital •Neoplásica 1. Metastática 2. Primária a. Jovem; Meduloblastoma b. Adulto: Meningioma Papiloma do plexo coróide 1. Reticulose Cerebelo Etiologia Sinais assimétricos Sinais simétricos Progressiva Não progressiva Progressiva Não progressiva •Nutricional 1. Tiamina •Inflamatória 1. Abscesso 1. Cinomose 2. PIF 3. Reticulose 4. Micose 1. Hipoplasia cerebelar por infecção in utero: Panleucopenia Outros vírus •Tóxica Chumbo Hexaclorofeno Organofosfatados •Traumática 1. Trauma região occipital Doença vestibular periférica Otoscopia e radiografia das bullas timpânicas Normal Anornal Histórico de drogas ototóxicas (estreptomicina, neomicina, kanamicina, gentamicina) Sem histórico de drogas ototóxicas Miringotomia (citologia, cultura e sensibilidade) Inflamatória Não inflamat. Parar a administração da droga Crônica progressiva DD 1. Neoplasia 2. Otite interna Aguda não progressiva DD 1. Doença vestibular idiopática 2. Neurite do VIII NC 3. Otite interna 4. Doenças vestibulares congênitas DD Otite média / interna DD 1. Neoplasia 2. Granuloma 3. Trauma Doença vestibular idiopática felina • Causa desconhecida • Sem lesões no sistema vestibular • Sinais clínicos: • Aparecimento agudo, sem alteração ouvido externo/médio • Geralmente unilateral • Inclinaçãode cabeça, desorientação, queda, rolar e nistagmo (unilateral) • Ligeira inclinação de cabeça e incapacidade para caminhar, balançar de cabeça (bilateral) • Tratamento: melhora em 72 horas e recuperação em 2 a 3 semanas Membros Pélvicos Nornais NMS NMI MT MT MT Normais NMS NMI Normais NMS NMI Normal NMS NMI Raro Cérebro ou C1-C5 Plexo braquial T3-L3 Cérebro ou C1-C5 C6-T2 L4-S2 L4-S2 + Cérebro ou C1-C5 L4-S2 e C6-T2 Função motora da medula espinhal normal 1-Verificar MP NC Outras funções cerebrais 2- Problemas ortopédicos 1- Nervos plexo braquial 2- Exame sensorial Exame sensorial 1-Verificar NC 2- Exame sensorial 2- Exame sensorial 2- Exame sensorial Doença sistêmica ou multifocal Destruição completa da medula espinhal ou Neuropatia periférica generalizada Nervos do plexo braquial Nervo Seg. Med. Espinhal Função motora Distribuição sensorial cutânea Sinais de disfunção Supraescapular C6-C7 Extensor do ombro Pequena alteração dqa marcha, atrofia acentuada dos músculos supra e infra espinhais Axilar C6-C7-C8 Flexores do ombro Dorso-lateral braço Pequena alteração da marcha, diminuição do reflexo flexor do ombro, analgesia da lateral do braço Músculo cutâneo C6-C7-C8 Flexores especiais do cotovelo Lado medial do antebraço Pequena alteração da marcha, flexão do ombro enfraquecida, analgesia na superfície medial do antebraço Nervos do plexo braquial Nervo Seg. Med. Espinhal Função motora Distribuição sensorial cutânea Sinais de disfunção Radial C7-C8, T1-T2 Extensores do cotovelo Face dorsal da pata (mão) e parte dorsolateral do antebraço Incapacidade suportar peso, pata e carpo flexionados, reflexo triceps enfraquecido, analgesia da face dorsal da pata e antebraço Medial e ulnar C8, T1-T2 Flexores do carpo e dígitos Face palmar da pata, parte caudal do antebraço Pequena alteração da marcha, pequeno afundamento do carpo e pés, perda da flexão carpal no “reflexo de retirada”, perda parcial da sensação da superfície palmar da pata Simpático (não faz parte do plexo braquial) T1, T2, T3 Dilatador da pupila Miose, ptose e enoftalmia Definição 1. Paralisia – perda da função motora voluntária devida a disfunção do sistema nervoso e/ou muscular. 2. Paresia – paralisia parcial. Terminologia • Monoparalisia – 1 membro. • Paraparalisia – membros pélvicos. • Tetraparalisia – 4 membros • Paralisia facial, paralisia auricular, etc. Nervo periférico NMI MEDULA NMS SNC Estrutura efetora Disfunção do NMI • Paresia / paralisia • Hiporreflexia / arreflexia • Flacidez muscular • Atrofia muscular rápida instalação Controle movimento voluntário Cortex Centros locomotores do tronco cerebral Medula espinhal Lesão NMS 1. Paresia 2. Hiperreflexia 3. Hipertonia 4. Reflexos anormais (reflexo cuzado) NMI x NMS NMI NMS Função motora Pasalisia de músculo ou grupo de músculos Paralisia/paresia de parte do corpo Reflexos Hipo ou arreflexia Hiperreflexia ou normal Tônus muscular Diminuído Normal ou aumentado Atrofia muscular Precoce e severa (semanas) Tardia e leve (meses) Eletromiografia Potenciais de fibrilação e ondas pontiagudas após 5-7 dias Sem alterações Sinais de lesão na medula LOCALIZAÇÃO SINAIS CLÍNICOS C1-C5 Tetraparesia, NMS nos quatro membros C6-T2 (PB) Tetraparesia, NMI membros torácicos, NMS membros pélvicos T2-L3 Membros torácicos normais, NMS membros pélvicos L4-S2 (PLS) Membros torácicos normais, paresia NMI membros pélvicos S1-S3 (PP) NMI bexiga e esfincteres Cd1-Cd5 Paresia NMI da cauda Paresia Membros Pélvicos Sem sinais NMS ou NMI NMS nos MP NMI nos MP Musculatura dolorida Ossos e articulações doloridas DD Miopatias DD Doenças ortopédicas T3-L3 L4-S3 T3-L3 Aguda Crônica Etiologia Progressiva Não progressiva Degenerativa 1. Doença disco 2. Mielomalácia ascendente ou descendente (hematomielia) 1. Nenhuma 1. Mielopatia degenerativa 2. Doença disco tipo II 3. Espondilose deformante 4. Ossificação dural 5. Mielopatia hereditária dos Afghans 6. Neuropatia (atrofia muscular espinhal canina hereditária 7. Doenças desmielinizantes 8. Exostose cartilaginosa múltipla T3-L3 Aguda Crônica Etiologia Progressiva Não progressiva Má formação 1. Nenhuma 1. Nenhuma 1. Hemivértebra 2. Dirrafismo espinhal (siringomielia) Neoplásica 1. Metastática 1. Nenhuma 1. Primária 2. Linforreticular 3. Óssea 4. Metastática Nutricional 1. Hipervitaminose A (gatos) T3-L3 Aguda Crônica Etiologia Progressiva Não progressiva Inflamatória Infecciosa 1. Mielite p/ cinomose 2. Mielite bacteriana • Meningomielite • Secundária a espondilite • Secundária a discoespondilite 3. Toxoplasmose 4. Micoses profundas 1. Infecções micóticas, toxoplasmose e a discospondilite geralmente têm um curso crônico progressivo 2. PIF não efusiva 3. Mielite p/ cinomose T3-l3 Aguda Crônica Etiologia Progressiva Não progressiva Traumática 1. Mielomalácia (hematomielia) 1. Fraturas, subluxações 2. Herniação traumática de disco Tóxica 1. Ver convulsões L4-S2 Aguda Crônica Etiologia Progressiva Não progressiva Degenerativa 1. Doença de disco 2. Mielomalácia (hematomielia) 1. Embolização fibrocartilaginosa 1. Mielopatia degenerativa (radiculomielopatia degenerativa) 2. Doença de disco tipo II 3. Má formação lombo sacral 4. Espondilose deformante 5. Ossificação dural 6. Neuronopatia (Atrofia muscular espinhal hereditária canina) 7. Paralisia de Stockard L4-S2 Aguda Crônica Etiologia Progressiva Não progressiva Má formação 1. Nenhuma 1. Nenhuma 1. Dirrafismo espinhal - Weimaraner -Bulldog -Boston terriers 2. Espinha bífida -Raças braquicefálicas -gato Manx 3. Hipoplasia de segmentos coccígeos e cauda equina 4. Hemivértebras L4-S2 Aguda Crônica Etiologia Progressiva Não progressiva Neoplásica 1. Metastática (carcinoma prostático) 1. Nenhuma 1. Primária 2. Metastática 3. Lnforreticular 4. Óssea Nutricional 1. Hipervitaminose A (gatos) L4-S2 Aguda Crônica Etiologia Progressiva Não progressiva Inflamatória Infecciosa 1. Mielite, mioclonus p/ cinomose 2. Mielite bacteriana • Meningomielite • Secundária a espondilite • Secundária a discoespondilite 3. Toxoplasmose 4. Micoses profundas 1. Infecções micóticas, toxoplasmose e a discospondilite geralmente têm um curso crônico progressivo 2. PIF não efusiva 3. Mielite p/ cinomose L4-S2 Aguda Etiologia Progressiva Não progressiva Traumática 1. Mielomalácia (hematomielia) 1. Fraturas, subluxações 2. Herniação traumática de disco Tóxica 1. Ver convulsões Hérnia de disco Hansen tipo I: • Principalmente raças condrodistróficas (poodle miniatura, teckel, beagle, cocker spaniel, pequinês)• Desenvolve-se no animal jovem 2 a 9 mêses, porém os sinais clínicos aparecem aos 3 a 6 anos • É uma metaplasia do núcleo pulposo com degeneração e enfraquecimento do anel fibroso • O movimento da coluna leva à extrusão do núcleo • A lesão primária pode evoluir para mielomalácia Hérnia de disco Hansen tipo II: • Principalmente raças não condrodistróficas (pastor alemão, labrador, etc..) • os sinais clínicos aparecem aos 5 a 12 anos • É uma metaplasia fibrosa, que pode levar à protusão gradual do núcleo contido pelo anel degenerado • Provoca uma mielite focal lentamente progressiva Terapia Terapia Apresentação clínica Medicamentosa • Dor apenas – 1º episódio • Ataxia paresias leves – 1º episódio • Paralisado – dor profunda ausente por 48 horas ou mais Cirurgica 1. Fenestração apenas 2. Descompressão (hemilaminectomia) com fenestração • Múltiplos episódios de dor •Paresia ou ataxia – 2º episódio • Agravamento dos sinais clínicos durante a terapia medicamentosa • Paresia moderada ou paralisia – dor profunda presente – 1º episódio • Paralisia – dor profunda ausente menos 48 horas – prognóstico reservado Tratamento (BUBENIK, 2005) • Confinamento estrito por 4 a 6 semanas • Analgésicos - não dar junto com corticosteróides • Corticosteróides (??) – se nas primeiras 8 horas - succinato sódico de metilprednisolona (30 mg/kg, dose inicial seguida por infusão por 24 horas de 2,5-5mg/kg/h • Prednisolona 0,25 a 0,5 mg/kg por 5 a 7 dias pode ser útil em animais com muita dor Tratamento (BUBENIK, 2005) • Relaxantes musculares (hérnias cervicais) – Metocarbamol 15-20 mg/kg, PO, tid – Diazepam 1,1 mg/kg, PO, bid Referências • OLIVER, LORENZ .1983. Handbook of veterinary neurologic diagnosis. Saunders, London • www.ivis.com
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