Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Antraz Laura Gehrke – 12100259 Florianópolis, 08 de novembro de 2016 Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Ciências da Saúde Departamento de Análises Clínicas Doenças Infecciosas Emergentes, Reemergentes e Negligenciadas Bacillus anthracis Gram-positivo; Aeróbico; Esporogênico. Na ausência de nutrientes há formação de esporos, esses são resistentes à desidratação, calor, radiação ultravioleta, bem como a alguns desinfetantes utilizados nos serviços de saúde, podendo sobreviver por décadas. Quando são expostos à um ambiente rico em nutrientes, como um tecido humano, esses esporos germinam. Robert Koch (1876) Transmissão Penetração dos esporos através de feridas na pele; Manejo de produtos animais como lã e pele. Inalação dos esporos; Processos industriais de matérias contaminados. Ingestão de carne de animais contaminados; Injeção por agulhas contaminadas. Casos em usuários de heroína – Europa. Não é transmitido de pessoa para pessoa. * Carga de esporos necessárioa para ocorrer a infecção: de 8 a 10.000. Quadros clínicos Antraz cutâneo: adquirido quando se manuseia produtos infectados. Antraz pulmonar: adquirido por aspiração de material infectante. Antraz gastrintestinal: adquirido quando se ingere carne contaminada dos animais infectados. Quadros clínicos Antraz cutâneo: 95% dos casos naturais. Contaminação secundária por bactérias piogênicas: aparecimento de pus e após dois a seis dias, surge uma típica crosta negra com edema ao redor. Essa crosta cai após uma a três semanas, com uma taxa de cura de cerca de 80%. 20% dos casos: febre, dor de cabeça e linfadenopatia - sinal de infecção sistêmica. Taxa de mortalidade: na ausência de tratamento é de cerca de 20%; com tratamento é inferior a 1%. Quadros clínicos Antraz gastrintestinal: Menos de 1% dos casos. Duas formas clínicas: Intestinal: 1 a 7 dias: lesões ulcerativas entre o jenuno e o ceco; Náuseas; vômitos; anorexia; dor abdominal; diarreia; 2 a 5 dias: febre; ascite; hematêmese; aumento da circunferência abdominal; diarreia sanguinolenta aguda; choque; septicemia; e morte. Os sintomas resultam de necrose grave e generalizada e do edema extremo de intestinos e do mesentério. A taxa de mortalidade é de 20 a 60%. Oro-esofágico: 48 horas: dor de garganta intensa, disfagia, febre, linfadenopatia cervical e edema. Úlceras na boca e na garganta A taxa de mortalidade varia entre 25 e 60%. Diagnóstico precoce difícil - sintomatologia inespecífica. Quadros clínicos Antraz pulmonar: Fatores ligados ao hospedeiro, dose infectante e quimioprofilaxia podem afetar o período de incubação. Metade dos casos apresenta meningite, muitas vezes com hemorragia subaracnóidea. Clinicamente indistinguível da meningite causada por outros agentes etiológicos. Forma mais grave e mais rara: letal em 90 a 100% dos casos se não for tratada rapidamente e em 75% dos casos tratados. Diagnóstico laboratorial Amostras: Pus; Sangue; Expectoração. Coloração de Gram: bacilos Gram-positivos, grandes, com bordas retangulares, dispostas em cadeias longas. Cultura em ágar sangue: colônias rugosas, planas, acinzentadas e não hemolíticas. Imunofluorescência. PCR. Tratamento Antibioticoterapia e, no caso de antraz inalatório, drenagem pleural. Ciprofloxacina 400mg IV a cada 12 horas; ou Doxiciclina 100mg IV a cada 12 horas. Em caso de antraz inalatório ou gastrointestinal associação com: Rifampicina, vancomicina, penicilina, ampicilina, cloranfenicol, imipinem, clindamicina ou claritromicina. Em suspeita de meningite por antraz: Fluoroquinolona IV + um ou dois antibióticos que penetrem bem a BHE. Epidemiologia O homem é um hospedeiro acidental. Incidência desta doença é muito baixa, geralmente esporádica em quase todo o mundo. É considerado risco ocupacional em potencial para trabalhadores que manipulam herbívoros e seus produtos. Há registro de casos na América do Sul e Central, Ásia e África. No Brasil, não existe registro de casos da doença em humanos. Atualmente, o risco de se contrair a doença é mínimo. Fonte: http://epidemiologia.alfenas.mg.gov.br/download/sinan/antraz.pdf Epidemiologia (América do Sul) Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/09/registrados-49-casos-de-antraz-cutaneo-sao-registrados-no-peru.html Epidemiologia (Mundo) Fonte: http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/INFORMESEMANALCIEVS37.pdf Epidemiologia (Mundo) Fonte: http://gazetarussa.com.br/sociedade/2016/08/05/surto-de-antraz-atinge-23-pessoas-no-norte-da-siberia_618487 Epidemiologia (Mundo) Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2016/08/derretimento-de-solo-congelado-expoe-ameaca-de-virus-e-bacterias.html Bioterrorismo Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u31395.shtml Bioterrorismo “Os esporos do anthrax têm sido considerados uma das melhores opções em termos de arma para a guerra biológica já que podem ser produzidos facilmente, disseminados por aerossóis, produzirem altas taxas de mortalidade e serem armazenados a seco, permanecendo de forma viável durante décadas” CARDOSO, T. A. O.; VIEIRA, D. N. Bacillus anthracis como ameaça terrorista. Bibliografia Biblioteca de Manguinhos, Fiocruz. Antraz. Disponível em: <http://www.fiocruz.br/bibmang/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=85&sid=106> Acesso em: 06/11/2016; CDC Centers for Disease Control and Prevention – Anthrax. Disponível em: < https://www.cdc.gov/anthrax/> Acesso em: 07/11/2016; Bacillus anthracis and Anthrax. Disponível em: <http://textbookofbacteriology.net/Anthrax.html> Acesso em: 04/11/2016; R. C. Spencer. Bacillus anthracis. J Clin Pathol. 2003 Mar; 56(3): 182-187. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1769905/> Acesso em: 04/11/2016; Telma Abdalla de Oliveira Cardoso, Duarte Nuno Vieira. Bacillus anthracis como ameaça terrorista. SAÚDE DEBATE | Rio de Janeiro, v. 40, n. 107, P. 1138-1148, OUT-DEZ 2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/sdeb/v39n107/0103-1104-sdeb-39-107-01138.pdf> Acesso em: 04/11/2016; Sonia Calle Espinoza. Atlas de Bacteriología. FAMV - UNMSM. Disponível em: < http://es.slideshare.net/diegomaier/atlas-bacteriologicoa> Acesso em: 07/11/2016;
Compartilhar