Buscar

Aula_02

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

TÓPICOS EM LIBRAS - AULA 02
ESPECIFICIDADES DA LÍNGUA DE SINAIS E OS PARÂMETROS QUE REGEM A FORMAÇÃO DE SINAIS E O USO DA LIBRAS
OBJETIVOS DESSA AULA:
1. Reconhecer as características básicas da língua de sinais;
2. Identificar aspectos relacionados à gramática no que se refere à LIBRAS;
3. Descrever os parâmetros básicos de combinação para a língua de sinais.
O QUE VOCÊ ENTENDE POR GRAMÁTICA?
Quando relembramos nossos tempos de colégio, nos vêm à mente as aulas de língua portuguesa e as “chatices” (pelo menos para a maioria) das regras gramaticais. Colocação pronominal, predicativo do sujeito, oração subordinada substantiva objetiva direta etc. Isso porque entendemos (ou nos foi assim ensinado) que a gramática reduz-se à ideia de “um livro em que se expõem as normas de uso de uma determinada língua”. 
Mas não é bem assim...
	
	
Sem maiores aprofundamentos, podemos entender gramática no contexto da capacidade lingüística: todo ser humano é dotado de capacidade linguística. Em segundo lugar, há que se pensar em gramática como um sistema, mentalmente compartilhado entre os usuários de uma língua, cujo funcionamento e estrutura não dependem de uma educação formal para serem aprendidos. Isto equivale a dizer, por exemplo, que qualquer falante, mesmo alguém considerado analfabeto, possui uma gramática (um conjunto de regras em sua mente), a qual aprendeu no convívio com a sua comunidade lingüística.
Acompanhe a história de uma criança de 3 anos que ainda não foi alfabetizada, e só teve contato com a língua portuguesa através da interação com os pais e com outros parentes. Ao final, iremos fazer uma pergunta para você responder. Vamos começar?
SIM, realmente ela usou parte do sistema lingüístico (a distinção entre gêneros masculino e feminino), que é um recurso gramatical acionando pela capacidade lingüística. Ainda que tal palavra não exista na língua portuguesa, o fato de ela ter assim pronunciado demonstra que ela soube distinguir masculino de feminino e soube adaptar o recurso morfológico (a letra “o”, modelo para a formação do gênero masculino na língua portuguesa) em sua construção.
E A LÍNGUA DE SINAIS?
A língua de sinais, a exemplo de qualquer língua oral, tem uma gramática própria, constituída por um conjunto de regras presente na mente dos seus usuários. Poderemos ter a tendência a acreditar que a língua de sinais seja uma espécie de “língua oral sinalizada”. Em conseqüência disso, acabaremos acreditando que o léxico (dicionário mental), os aspectos sintáticos, semânticos, pragmáticos e quirológicos (*) da LIBRAS constituem um emaranhado de sinais, aleatoriamente utilizados, que mais pareceriam uma língua oral mal falada.
(*) QUIROLÓGICO: Refere-se à comunicação através de sinais feitos com os dedos.
	
	
Por isso, podemos afirmar que os surdos, como qualquer ouvinte, possuem uma língua, na medida em que, dotados desta capacidade lingüística, decodificam logicamente o mundo, organizando-o em suas mentes, através dos recursos físicos e mentais dos quais dispõem. Assim, sua capacidade lingüística exterioriza-se, formando uma língua específica que, ao invés de sinais orais e auditivos, usa sinais espaciais e visuais, valendo-se do pleno funcionamento de sua visão, de suas mãos e do restante do corpo como um todo.
BASTA APRENDER OS SINAIS QUE JÁ ESTAMOS NOS COMUNICANDO?
Na LIBRAS, os níveis de descrição da língua são os já conhecidos sintático, semântico, pragmático. Em função da língua de sinais usar as mãos como principal canal de manifestação, temos ainda o nível quirológico que diz respeito justamente ao aspecto manual em si.
Desfazendo mitos...
A língua de sinais não é uma língua universal, conforme muitos pensam. Cada país tem a sua própria língua de sinais. Além disso, há variações regionais dentro de cada país. Assim, podemos citar: a ASL (American Sign Language), a LSF (língua de sinais francesa), a Língua de Sinais Urubu Kaapor (Maranhão, Brasil) etc.
COMEÇANDO A COMEÇAR...
Uma boa descrição da língua de sinais não pode ser feita, naturalmente, a partir da mesma lógica utilizada para a descrição de línguas orais. Afinal, a modalidade lingüística é totalmente diferente. No entanto, existem parâmetros que regem o uso da língua de sinais. 
Costuma-se apresentar cinco parâmetros que possibilitam entender a formação dos sinais e as bases para os seus usos durante a produção discursiva. Vamos conhecer esses parâmetros?
Assim, percebeu-se que um sinal é produzido a partir da combinação de elementos espaciais, visuais e motores que determinam o lugar onde as mãos devem estar na hora da produção do sinal, como as mãos devem estar configuradas, para que direção elas devem estar apontando, se devem ou não estar se movimentando e como deve ser feito este movimento. Além disso, é preciso considerar a posição do corpo e a expressão facial que acompanham a produção desse sinal para que ele seja plenamente entendido em seu contexto de produção. 
COMBINAÇÕES QUE CONSTITUEM OS PARÂMETROS DA LIBRAS.
Informação Cultural (IC): Se repararmos bem, o sinal de “Como vai você?” tem escrito ao lado: “Saúde B-E-M”. Isso porque tal forma de construir a frase é pragmática; dizer Saúde B-E-M em Libras equivale a perguntar Como vai você? em português.
Informação Linguística (IL): algumas palavras podem ser sinalizadas de forma diferente, dependendo de alguns aspectos (como a pessoa que sinaliza, por exemplo). É o caso da palavra MÃE que, se sinalizada por uma criança, terá um sinal; se sinalizada por um adulto, será outro.

Outros materiais