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Técnica Legislativa

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INTRODUÇÃO
No presente trabalho é feita a explicação do funcionamento da técnica legislativa no ordenamento jurídico e como sua elaboração é importante para que este seja entendido.
A técnica legislativa é o conjunto de procedimentos e normas redacionais especificas, que visam a elaboração de um texto que terá repercussão no mundo jurídico. Em sua estrutura há duas ordens de estudo que são: O Processo Legislativo e a Apresentação Formal e Material do Ato Legislativo. A partir do conteúdo dessas duas ordens pode-se elaborar boas leis.
Por fim a técnica legislativa constitui-se na forma correta da elaboração das leis, dando a elas uma estrutura que as faça serem compreendidas por todos que as leem. 
Técnica Legislativa
Conceito e Importância da Técnica Legislativa
É o conjunto de procedimentos e normas redacionais especificas, que visam a elaboração de um texto que terá repercussão no mundo jurídico.
Segundo o jurista alemão Rudolf Stammler: “Esta técnica é a arte de dar às normas jurídicas expressão exata; de vestir com as palavras mais preciosas os pensamentos que encerra a matéria de um Direito positivo; a arte que todo legislador deve dominar, pois o Direito que surge tem de achar suas expressões em normas jurídicas."
A técnica legislativa é de suma importância para a elaboração das lei, pois o ordenamento jurídico tem na linguagem sua base e meio de expressão. Com uma lei bem estrutura e redigida, será melhor compreendida e consequentemente melhor executada.
Objeto da Técnica Legislativa
A técnica legislativa envolve duas ordens de estudo: O Processo Legislativo e a Apresentação Formal e Material do Ato Legislativo.
Processo Legislativo
 É o conjunto de exigências e procedimentos para a elaboração das leis, sendo responsabilidade do Poder Legislativo. No Brasil, embora o Executivo e o Judiciário também possam, excepcionalmente, redigir leis, a palavra final cabe sempre ao Congresso Nacional, sede federal do Legislativo, estando suas principais normas descritas na Seção VIII, Título IV da Constituição Federal.
 Há três espécies de processos ou procedimentos legislativos, o comum ou ordinário, o sumário e os especiais.
O processo legislativo ordinário é aquele que se destina à elaboração das leis ordinárias, caracterizando-se por sua maior extensão.
O processo legislativo sumário, apresenta somente uma diferenciação em relação ao ordinário, a existência de prazo para que o Congresso Nacional delibere sobre o assunto.
 Por fim, os processos legislativos especiais estabelecidos para elaboração das emendas à Constituição, leis Complementares, Leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos, leis financeiras (lei de plano plurianual, LDO)
Há uma fase introdutória (iniciativa) e uma fase constitutiva (quando há a discussão e votação sobre a matéria nas duas Casas) e por fim a fase denominada complementar que compreende a promulgação e a publicação da lei que, conforme diz Celso de Mello: “a obrigatoriedade da lei decorre de sua publicação. O ato promulgatório confere à lei certeza quanto à sua existência e autenticidade. Dele também emana a presunção (júris tantum) relativa de constitucionalidade da lei promulgada”.
Promulgar – atestar que a ordem jurídica foi inovada, declarando que uma lei existe e em consequência deverá ser cumprida.
Publicação – consiste em uma comunicação dirigida a todos os que devem cumprir o ato normativo, informando-os de sua existência e de seu conteúdo.
Tipos de Lei
Seção VIII
DO PROCESSO LEGISLATIVO
Subseção I
Disposição Geral
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:
I - emendas à Constituição; 
II - leis complementares;
III - leis ordinárias;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos;
VII - resoluções.
 I- Emendas à Constituição
No campo jurídico, é chamada emenda constitucional a modificação imposta ao texto da Constituição Federal após sua promulgação. É o processo que garante que a Constituição de um país seja modificada em partes, para se adaptar e permanecer atualizada diante de relevantes mudanças sociais.
O conceito de emenda à constituição é relativamente novo, sendo consagrado pela primeira vez em 1787. Esse novo recurso permitia que a Constituição pudesse ser alterada de acordo com os trâmites legais. Antes, quando era necessário realizar alguma mudança constitucional, era necessário um grande esforço de convencimento, até mesmo guerras em alguns casos, pois era ponto pacífico entre os legisladores que a lei não deveria recepcionar um encaixe em seu texto.
No ordenamento jurídico brasileiro, sua aprovação está a cargo da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. A emenda depende de três quintos dos votos em dois turnos de votação em cada uma das casas legislativas (equivalente a 308 votos na Câmara e 49 no Senado).
O processo se inicia com a apresentação de uma PEC (Projeto de Emenda Constitucional), de autoria de um ou um grupo de parlamentares. Quando a PEC chega (ou é ali criada) à Câmara dos Deputados, ela é enviada, antes de tudo, para a Comissão de Constituição e Justiça e de Redação (CCJ). Caso a análise da CCJ não identifique irregularidades no projeto, a emenda é novamente analisada por uma Comissão Especial.
Finalmente, uma vez aprovada pelas duas comissões, a emenda é votada pelos deputados, e depois, o mesmo processo se repete no Senado, desta vez, com a análise por apenas uma comissão, a Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJ) e daí ocorre a subsequente votação. Caso seja aprovado, o projeto se torna lei e passa a vigorar como parte integrante do texto constitucional.
Como visto, o caminho é relativamente longo até a aprovação da emenda. É uma das propostas que exige mais tempo para preparo, elaboração e votação, uma vez que modificará a Constituição Federal. Em síntese, estas são as etapas a serem vencidas para o projeto se tornar uma emenda constitucional:
 Apresentação de uma proposta de emenda;
Discussão e votação no Congresso Nacional em dois turnos, considerando-se aprovada quando obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos membros de cada uma das casas;
Caso aprovada, será promulgada pelas mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal;
No caso de a proposta ser rejeitada, ela será arquivada e a matéria contida nela não poderá ser objeto de nova emenda na mesma sessão legislativa.		
Ao ser aprovada, a emenda constitucional pode alterar apenas determinados pontos, que são:
Um parágrafo
Um tópico
Um tema
II- Lei Complementar
É chamada de lei complementar um tipo de lei cuja finalidade é regulamentar norma prevista na Constituição Federal. Assim, só é preciso elaborar uma lei complementar quando a Constituição prevê que esse tipo de lei é necessária para regulamentar uma certa matéria.
A lei complementar surge ao mesmo tempo em que se consolidam as constituições escritas. Na constituição brasileira vamos encontrar o tema da lei complementar e os temas de sua competência no artigo 69.
As matérias que devem ser regradas por lei complementar encontram-se taxativamente indicadas no texto constitucional e, como regra, as competências privativas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal terão a forma de resoluções, de acordo com os artigos 51 e 52 da constituição, e as matérias de competência exclusiva do Congresso Nacional serão abordadas por decretos legislativos (art. 49 da CF).
O projeto de lei complementar só pode ser aprovado caso conquiste a maioria absoluta dos votos das duas Casas do Congresso (41 senadores e 257 deputados). A votação no Senado é feita em turno único, mas na Câmara realiza-se em dois turnos. Podem propor tal espécie de lei o presidente da república, deputados, senadores, comissões da Câmara, do Senado e do Congresso, bem como o Supremo Tribunal Federal (STF), tribunais superiores, procurador-geral da república e, finalmente, por cidadãos comuns. Uma vez constituídas, as leis complementares só podem ser alteradas e revogadas por outra lei complementar.
A lei complementarserve também para fixar normas para a cooperação entre a união, os estados, o Distrito Federal e os municípios, conforme a constituição.
Este tipo de lei difere da lei ordinária por exigir o voto da maioria dos parlamentares que compõe a Câmara dos Deputados e o Senado Federal para ser aprovada. A lei ordinária também não pode invadir o campo de atuação destinado a lei complementar. Caso haja invasão, ocorre a nulidade nos pontos específicos onde ocorreu a invasão, por desrespeito à norma constitucional.
Ao mesmo tempo, sendo uma espécie da norma denominada lei, a lei complementar deve obedecer ao mesmo trâmite legislativo das leis ordinárias, do projeto até a sanção ou veto da mesma. Por isso mesmo é importante lembrar que não há uma relação de hierarquia entre leis ordinárias e complementares, pois seus campos de abrangência são diversos. Aliás, todas as espécies normativas primárias (emendas constitucionais, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções) não guardam entre si relação alguma de hierarquia, com exceção das emendas constitucionais.
III- Leis Ordinárias.
Este instituto aborda assuntos diversos nas áreas penal, civil, tributária, administrativa, regulando quase todas as matérias de competência da união, com sanção do presidente da república. O projeto de lei ordinária é aprovado por maioria simples e pode ser proposto pelo presidente da república, deputados, senadores, Supremo Tribunal Federal (STF), tribunais superiores e procurador-geral da república. Os cidadãos também podem propor tal projeto, desde que subscrito por, no mínimo, 1% do eleitorado do país, distribuído pelo menos por cinco estados, com não menos de 0,3% dos eleitores de cada um deles.
A lei ordinária é o ato legislativo típico por excelência, o ato normativo primário que edita normas gerais e abstratas. Caracteriza-se pela generalidade de seu conteúdo, podendo tratar de quase toda matéria. A exceção é a matéria destinada à lei complementar e os assuntos do congresso, câmara e do senado (reservados aos decretos legislativos e das resoluções). Há ainda os incisos do §1° do artigo 68 da constituição que são disciplinados por lei ordinária e insuscetíveis de delegação.
IV- Leis Delegadas
As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional (art. 68, CF/88). É uma hipótese constitucional de delegação de função típica de um poder a outro. Isso pode ocorrer, desde que previsto expressamente na Constituição. O Poder Legislativo delega ao Presidente da República a função de legislar (não delega a função de fiscalizar, apesar de ser função típica). 
Procedimento: após a solicitação do Presidente ao Congresso Nacional, cabe ao legislador analisar tal solicitação, podendo rejeitá-la ou aprová-la. A aprovação exige quórum de maioria simples. Rejeitado, o legislador simplesmente comunica o Presidente da rejeição. Se aprovado, o Congresso edita uma resolução, na qual estabelece o conteúdo e a extensão dessa delegação. 
Condicionamento da delegação: essa delegação pode ser ou não condicionada a uma posterior aprovação pelo Congresso Nacional do ato editado pelo Presidente da República. Se for condicionada, o ato deve ser submetido ao legislador, nessa hipótese o Presidente não edita uma lei delegada, e sim um projeto de lei delegada. Se não for condicionada, o Presidente edita a lei delegada, promulga e publica a lei. Em sendo condicionada, e o legislador não aprovar o projeto de lei delegada, arquiva-se o projeto. Se ele aprova, converte aquilo em projeto de lei. Não há sanção ou veto, pois, o legislador não pode fazer emendas ao projeto de lei delegada.
Projetos não delegáveis: não serão objeto de delegação: (1) os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional; (2) os atos de competência privativa da Câmara dos Deputados; (3) os atos de competência privativa do Senado Federal; (4) matéria reservada à lei complementar e; (5) legislação sobre (a) organização do Poder Judiciário ou do MP; (b) nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais; (c) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos. 
Sustação do projeto: se a lei delegada extrapolar os limites constitucionais ou na própria resolução, pode o legislador sustar a eficácia da lei delegada (não pode revogar, pois o ato não foi por ele editado). É um controle político repressivo exercido pelo legislador (o preventivo seria o condicionamento da delegação).
 V- Medida Provisória 
É um dispositivo que integra o ordenamento jurídico brasileiro, que é reservada ao presidente da República e se destina a matérias que sejam consideradas de relevância ou urgência pelo Poder Executivo. Tal "ferramenta" jurídica é regulada de forma exclusiva pelo artigo 62 da Constituição Federal em vigor, que determina:
"Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional, que, estando em recesso, será convocado extraordinariamente para se reunir no prazo de cinco dias.
Parágrafo único. As medidas provisórias perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em Lei no prazo de trinta dias, a partir de sua publicação, devendo o Congresso nacional disciplinar as relações jurídicas delas decorrentes."
O instituto da Medida Provisória possui raízes históricas nas cartas constitucionais da Itália e Espanha, e chegou até nós por meio da atual constituição brasileira. Posteriormente esta sofre profundas modificações publicadas na Medida Provisória número 32.
Como registrado no texto constitucional, sua principal motivação é a relevância e urgência, sendo que tais dispositivos assumem as características de lei, sendo submetidas ao Congresso Nacional para aprovação. Ainda, as medidas perdem a eficácia caso não sejam convertidas em lei no prazo de 30 dias a partir de sua publicação.
Algumas matérias são vedadas à edição de medida provisória, como por exemplo:
Matérias de competência de lei complementar
Que não sejam objeto de delegação legislativa
Legislação em matéria penal
Legislação em matéria tributária
Ao receber a medida provisória para sua aprovação, cada uma das casas do Congresso analisará o mérito da mesma e irá se pronunciar sobre a presença ou não de todos os pressupostos constitucionais no texto em análise. Quem emite o parecer sobre todos estes detalhes é uma comissão mista de deputados e senadores, que então enviam o texto ao plenário de cada uma das casas do Congresso para apreciação e votação, em sessões separadas.
Veda-se terminantemente a reedição de medida provisória em uma mesma seção legislativa, caso esta tenha sido rejeitada ou ainda o seu prazo de vigência tenha expirado. Vale dizer ainda que as medidas provisórias são também matéria passível de arguição de inconstitucionalidade.
Desse modo, temos, além do Congresso Nacional, que realiza um controle preventivo de tal dispositivo, o poder judiciário, representado pelo Supremo Tribunal Federal também exerce controle de constitucionalidade repressivo no tocante à matéria.
VI- Decretos legislativos
É um ato destinado à veiculação das matérias de competência exclusiva do congresso nacional. Tais matérias estão elencadas em sua maioria no artigo 49 da constituição federal.
O decreto legislativo serve também como instrumento de regulamentação das relações jurídicas decorrentes do período de eficácia das medidas provisórias antes de sua conversão em lei.
Para sua validade, este deve necessariamente ser instruído, discutido e votado em ambas as casas legislativas. O quorum (quantidade mínima obrigatória de membros presentes) de aprovação do decreto legislativo é o de maioria simples do artigo 47 da constituição, e o seu procedimento é o mesmo de lei ordinária, diferindo apenas no momento da promulgação, feita pelo presidente da república. Seu procedimento de aprovação é, portanto, considerado especial, pois é tratado peloRegimento Interno do Congresso e pelos Regimentos Internos das duas casas e porque, também é desvinculado da sanção do Presidente da República.
A legitimidade para a iniciativa no processo de criação do decreto legislativo recai sobre o presidente da república ou membro ou comissão do congresso nacional. O decreto legislativo produz um efeito externo ao congresso nacional, contrariamente às resoluções.
VII- Resoluções
Resolução é um ato administrativo normativo emitido por autoridade superior, com a finalidade de disciplinar matéria de sua competência específica.  As resoluções não podem produzir efeitos externos, tampouco contrariar os regulamentos e os regimentos, mas sim explicá-los. Tanto as resoluções quanto os decretos legislativos tratam de matéria de competência exclusiva do poder Legislativo.
É o ato destinado a disciplinar a competência privativa da Câmara dos Deputados (art. 51 da CF) ou do Senado Federal (art. 52 da CF).
ATO LEGISLATIVO
A elaboração de um ato legislativo não implica o simples agrupamento assistemático de normas jurídicas. A formação de uma lei requer planejamento e método, um exame cuidadoso da matéria social, dos critérios a serem adotados e do adequado ordenamento das regras. O ato legislativo deve ser um todo harmônico e eficiente, a fim de proporcionar o máximo de fins com o mínimo de meios, como orienta a doutrina.       
Apresentação Formal e Material do Ato Legislativo
É uma analítica da distribuição dos assuntos e da redação dos atos legislativos. Não obedece a procedimentos rígidos.   
APRESENTAÇÃO FORMAL DOS ATOS LEGISLATIVOS:
CONCEITUAÇÃO: A apresentação formal diz respeito à estrutura do ato, às partes que o compõem e que, em geral, são as seguintes:
Preâmbulo: É toda parte preliminar às disposições normativas do ato. Modernamente o preâmbulo reúne apenas os elementos necessários à identificação do ato legislativo. O preâmbulo é composto pelos seguintes elementos:
Epígrafe: É a primeira parte de um ato legislativo e contém a indicação da espécie ou natureza do ato (lei, medida provisória, decreto), o seu número de ordem e a data em que foi assinado. A epígrafe é útil não apenas porque facilita a indicação e a busca de um texto normativo, mas também porque o situa na hierarquia das fontes formais do Direito.
Rubrica ou Ementa: É a parte do preâmbulo que define o assunto disciplinado pelo ato. Não constitui um resumo, pois somente faz uma referência à matéria que é objeto de regulamentação. Como sua finalidade é de facilitar a pesquisa de Direito, apresenta-se normalmente em destaque, ora em negrito, ora em grifo.
Autoria e Fundamento Legal da Autoridade: A autoria se define, especificamente, na parte que segue à rubrica. Quando o ato é de autoria do Executivo, o preâmbulo registra ainda o fundamento legal em que a autoridade se apoiou: “O Presidente da República, no uso das atribuições que lhe confere o item V do art. 81 da Constituição...”. Quando o ato é de elaboração do Poder Legislativo, a fórmula usual é esta: “O Presidente da República – Faço saber que o Congresso Nacional decreta...”.
Causas justificativas: Na atualidade, só eventualmente se recorre a esse elemento, pelo qual o legislador declara as razões que o levaram a editar o ato. O seu emprego é usual apenas para os atos do Poder Executivo. As causas justificativas se revestem de duas formas principais:
-  Considerandos: Quando o ato legislativo se reveste de grande importância para a vida nacional; quando se destina a reformular amplamente as diretrizes sociais, introduz normas de exceção ou vai provocar um certo impacto na opinião pública, a autoridade apresenta o elenco dos motivos que determinou a criação do instrumento legal, atendendo, ao mesmo tempo, a dois interesses: uma satisfação aos destinatários das normas e uma preparação psicológica que tem por fim a efetividade do novo Direito.
- Exposição dos Motivos: Esta modalidade é privativa das codificações. É uma peça ampla, analítica, que não se limita a referências fáticas ou a informações jurídicas. Nela são indicadas as inovações incorporadas ao texto e suas referências necessárias ao Direito Comparado.
Ordem de Execução ou Mandado de Cumprimento: É a parte com que encerra o preâmbulo e que se identifica por uma fórmula imperativa, que determina o cumprimento do complexo normativo que a seguir é apresentado.
Corpo ou Texto: Esta é a parte substancial do ato, onde se concentram as normas reitoras do convívio social. O preâmbulo e as demais partes que integram o ato têm a sua esquematização a serviço desse complexo dinâmico de fatos, valores e normas.
Disposições Complementares: Quando o ato legislativo é extenso e a matéria disciplinada comporta divisões, como ocorre em relação aos códigos, são destinados capítulos especiais para as disposições complementares, que contêm orientações diversas necessárias à aplicação do novo texto normativo. Tais disposições dividem-se em:
- Disposições Preliminares: Antecedem às regras principais e têm a finalidade de fornecer esclarecimentos prévios, hipótese em que as disposições gerais devem ficar logo após a parte a que se referem. Quando essas normas são aplicáveis a todo o texto, a sua colocação deve ser ao final do ato, sob a denominação de disposições finais.
- Disposições Transitórias: Como seu nome revela, estas disposições contêm normas que regulam situações passageiras. Em face da transitoriedade da matéria disciplinada, tais disposições, uma vez cumpridas, perdem a sua finalidade, não podendo assim figurar no corpo da lei, mas em separado, ao final do ato. Ex.: Art.7º, III e art. 10, § 1º ambos da CF/88
Cláusulas de Vigência e de Revogação: O encerramento do ato legislativo compõem-se das cláusulas de vigência e de revogação. A cláusula de vigência consiste na referência à data em que o ato se tornará obrigatório. A cláusula de revogação consiste na referência que a lei faz aos atos legislativos que perderão a sua vigência. Tanto uma como a outra não são essenciais.
Fecho: Após a cláusula de revogação, segue-se o fecho do ato legislativo, que indica o local e a data da assinatura, bem como os anos que são passados da Independência e da Proclamação da República.
Assinatura: Como documento que é, o ato legislativo somente passa a existir com a aposição das assinaturas devidas. Estas garantem a sua autenticidade. O ato deve ser assinado pela autoridade que o promulga.
Referenda: No plano federal, a referenda consiste no fato de os ministros de Estado acompanharem a assinatura presidencial, assumindo uma corresponsabilidade pela edição do ato. Atualmente a referenda não é essencial à validade dos atos presidenciais, mas constitui, contudo, uma praxe importante, que revela a coesão existente entre as autoridades que administram o País.
DA APRESENTAÇÃO MATERIAL DOS ATOS LEGISLATIVOS:
O eixo em torno do qual se desenvolve a apresentação material do ordenamento jurídico é formado pelos artigos.
Dos Artigos: é a unidade básica para a apresentação, divisão ou agrupamento de assuntos. Entre as principais regras que devem orientar a elaboração dos artigos, temos as seguintes:
a.1. Os artigos não devem apresentar mais o que um assunto, limitando-se assim a enunciar uma regra jurídica.
a.2. No artigo deve figurar apenas a regra geral, enquanto que as exceções devem ser definidas pelos parágrafos e itens.
a.3. A linguagem abreviada das siglas deve ser evitada, pois cria dificuldades ao entendimento do artigo.
a.4.  O artigo deve ser redigido de forma inteligível, ao alcance de seus destinatários. A sua linguagem deve ser simples, clara e concisa.
a.5. O emprego de expressões esclarecedoras deve ser evitado, pois estas correspondem a um reforço de linguagem desnecessário e prejudicial ao bom estilo. Se o artigo é redigido com rigor linguístico e lógico, essas expressões nada acrescentam à compreensão do texto e equivalem a simples repetições.
a.6. Para que a lei seja conhecida em toda a base territorial de seu alcance, as expressões regionais devem ser evitadas.
a.7.O legislador deve conservar as mesmas expressões para as mesmas ideias, em toda a extensão do ato legislativo, ainda que isto implique prejuízo à beleza do estilo, pois a sinonímia pode levar a dúvidas e a especulações quanto à interpretação do texto.
Divisão dos Artigos:
b.1. Parágrafo: A sua finalidade é explicar ou modificar (abrir exceção) o artigo. Como escrita secundária, o parágrafo não deve formular a regra geral nem o princípio básico, mas limitar-se a complementar o caput do artigo. Ex.: Art. 7º da CF.
b.2. Item: O item não é elemento autônomo. Isoladamente não possui sentido. A sua função somente se revela pela conexão com a parte que desdobra. Graficamente é representado por algarismo romano. Em relação às letras, apresenta a vantagem de possuir numeração ilimitada. Ex.: art. 145 da CF.
b.3. Alínea e Incisos: Estes vocábulos são empregados, via de regra, como referência aos itens e letras. Ex.: Art. 12 da CF.
Agrupamento dos Artigos:
Os artigos formam a seção;
As seções formam o capítulo;
Os capítulos formam o título;
Os títulos formam os livros;
Os livros formam a parte;
As partes formam o código. 
PROJETO DE LEI
Projeto de lei é um conjunto de normas que deve se submeter à tramitação no legislativo com o objetivo de se efetivar através de uma lei. No Brasil, um projeto de lei pode ter sua tramitação iniciada tanto na Câmara dos Deputados como no Senado Federal. Todo projeto de lei recebe um número específico ou protocolo, que lhe é designado a fim de facilitar a sua identificação e acompanhamento. A discordância do Chefe do Poder Executivo com determinado projeto de lei aprovado pelo Poder Legislativo, gera o veto. Este que poderá ser: Total (veta-se o projeto de lei na íntegra) ou Parcial (quando abrange texto integral de artigo, parágrafo, inciso ou alínea do projeto de lei). O Poder Legislativo, ao ser comunicado do veto, poderá, pela maioria de seus membros, derrubar o veto, devendo o projeto de lei ser reenviado ao Chefe do Executivo para que este faça a promulgação do texto. Art. 66, § 4º, da Constituição Federal.
Elaboração de um Projeto de Lei
A redação de um Projeto de Lei deve obedecer a certos aspectos. Todo projeto se inicia com um preâmbulo onde encontramos o seu número. Abaixo haverá sempre a ementa, que traz um resumo do assunto.
Abaixo da ementa, existe a cláusula promulgatória que traz a autoridade e uma ordem de execução. Após esses elementos, segue o texto de lei propriamente dito, composto de artigos que são orações com sentido ou ideia completa, e caso seja necessário complementá-los, utilizam-se parágrafos, incisos e itens.
O foco que se deve ter quando da elaboração de um Projeto de Lei é que ele dê origem a uma lei útil e de pronto entendimento. Assim, o projeto tem que ter clareza, concisão e correção, elementos fundamentais para uma boa disposição do tema tratado e para que origine uma lei de aplicação precisa, que não gere dúvidas ao cidadão. Portanto, o texto deverá ter ideias bem dispostas e concatenadas, esgotando cada tópico em cada artigo que comporá a lei. Cada dispositivo que compõe uma lei, ou seja, os artigos, parágrafos, incisos e itens, podem ser breves em seus enunciados, lembrando, contudo, que um texto conciso não pode ser tão resumido que prejudique sua compreensão e clareza.
Essas são regras e aspectos que se aplicam na redação dos Projetos de Lei. Os projetos devem ainda apresentar uma justificativa que nada mais é do que uma explicação do por que o projeto deverá ser aprovado, da importância e da necessidade da lei.
	
CONCLUSÃO
Pode se concluir que a técnica legislativa é de grande importância não só para o ordenamento jurídico como também para a sociedade, pois é por causa dessa técnica que se é possível compreender as leis com maior facilidade, pois seus mecanismos o fazem com que a redação das leis não fiquem incompreensíveis.
Bibliografia:
Técnica Legislativa (conceito) e Processo Legislativo
http://www.al.sp.gov.br/StaticFile/ilp/cursodeprocessolegislativotecnicalegislativa.html
http://escola-de-direito.blogspot.com.br/2012/07/tecnica-legislativa.html
http://www.infoescola.com/direito/processo-legislativo-brasileiro/
http://professorsilvan.blogspot.com.br/2013/04/ied-aula-3.html?q=ato+legislativo
Emendas à constituição 
O que é Emenda Constitucional? Disponível em: < http://www.sempretops.com/informacao/emenda-constitucional/ >.
Proposta de Emenda à Constituição (PEC). Disponível em: < http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,OI136066-EI1483,00-Proposta+de+Emenda+a+Constituicao+PEC.html >
Lei complementar
DE CARVALHO, Jeferson Moreira. Operadores de Direito enfrentam instabilidade do sistema jurídico. Disponível em: < http://www.conjur.com.br/2002-set-15/leis_complementares_pais_visao_constitucional >. 
Leis delegadas
 http://www.canalcarreiraspoliciais.com.br/news/processo-legislativo-leis-delegadas/
Lei ordinária
http://www.infoescola.com/direito/tipos-de-leis/
Medida provisória
http://www.infoescola.com/direito/medida-provisoria/
Decreto legislativo
http://www.infoescola.com/direito/tipos-de-leis/
Resolução
http://www.infoescola.com/direito/tipos-de-leis/
Ato legislativo e Apresentação formal e material do ato legislativo
http://escola-de-direito.blogspot.com.br/2012/07/tecnica-legislativa.html
Projeto de Lei
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/26554390/projetos-de-lei
http://www.al.ce.gov.br/index.php/elaborar-projeto-de-lei-parlamento-infanto-juvenil-cearense

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