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Instituto São Boaventura - ISB
Bacharelado em Filosofia
Disciplina: Leitura de Obras Filosóficas I
Professor: Adail Pereira David
Aluno: Jéverson de Andrade Santos
DE ANIMA
Resumo dos capítulos 11, 12 e 13 do livro III
CAPÍTULO 11
No caso de animais com imperfeições, Aristóteles levanta algumas investigações. Sendo em alguns animais encontrada apenas a sensação pelo tato, qual será o principio do movimento nestes animais? É ou não possível encontrar neles a imaginação e o apetite? Segundo o que parece, eles podem sentir dor e prazer. Desta forma e preciso que apetite, mas como teriam imaginação? Assim como apresenta terem movimentos indefinidos, teriam eles também a imaginação indefinida? Os levantamentos feitos por Aristóteles sobre os animais com deficiências nos órgãos perceptivos e com a presença do tato quer saber primordialmente como possuem imaginação.
Segundo o autor, a imaginação perceptiva é também concedida aos animais com ausência da razão. No entanto, a imaginação deliberativa é apenas encontrada em animais com razão. A circunstância de saber se fará isto ou aquilo pertence ao domínio do raciocínio. Neste ponto de vista, entende-se que é próprio da imaginação deliberativa fazer comparações e desenvolver uma unidade de medida que funcione como critério.
Imaginação não envolve opinião, pois não é formada por inferência; não ao menos toda. Em animais com deficiências, aqueles que são dotados com uma faculdade de imaginação agem por impulso e são incapazes de escolher, ou seja, não possuem opinião. Com isso, o ato de desejar do desses animais não lhes dão a capacidade de resolver impasses, nem resolver problemas. O ato de deliberar exige comparação e escolha de uma alternativa mais rápida e isso da margem a algum tipo de opinião perceptiva. Desta forma, Aristóteles chega à firmação que não é o desejo que dá a capacidade de deliberar. Ele chega a três tipos de movimento: a) O comando da razão sobre o desejo nos homens – Aquilo que é colocado pela vontade do intelecto tem controle sobre o comportamento. b) Os homens contém um autodomínio - há o triunfo da razão sobre os desejos. c) Em homens que não contem um autodomínio, uma incontinência, há sobre a deliberação do raciocínio prático a predominância dos impulsos irracionais e do apetite.
 
CAPÍTULO 12
É universal a todos os que vivem terem alma. Estes possuem alma nutritiva. Necessariamente nascem, crescem e morrem e para esse funcionamento elas se nutrem. Do nascer até o morrer estão dependentes da nutrição para subsistência; toda potência nutritiva está em todos os vivos. Tomemos por exemplo uma arvore, ela nasce da semente, cresce, reproduz e decai. A alma nutritiva está presente em toda vida.
Não é em todo e qualquer ser vivo que contém a percepção sensível; não é faculdade de todos possuírem o tato. O animal, por sua vez, é um possuidor da percepção sensível, e nenhum animal sem a percepção é animal. Conforme Aristóteles: “Se nada em vão faz a natureza.” (434a32). Na natureza, tudo subsiste em vista de algo, ou resultado acidental do que já existe. Neste sentido, todo corpo capacitado de andar, se não tiver percepção sensível, ai perecer e não conseguirá alcançar seu fim desejável. No caso destes animais que não andam Aristóteles indaga: como obterão nutrição? Em seres sedentários, o próprio lugar onde nascem é encontrado seu alimento, sua nutrição. No entanto, num ser não sedentário, não é possível que tenha um corpo e uma alma capaz de discernimento sem a percepção sensível. Mas porque não teria? Só se fosse com alguma finalidade para alma ou para o corpo. Mas Aristóteles conclui que nem para o corpo nem para alma teria vantagem, pois não pensaria melhor e em nada estaria melhor pela falta da percepção. Pois com a ausência da percepção sensível nenhuma das demais formas superiores subsistiria.
Se há percepção sensível no corpo deve ser composta. Pois não é possível que seja simples, pois desse modo não teria tato, e faz parte da percepção sensível o tato. Aristóteles informa que fica claro pelo seguinte: Já que o animal é um corpo dotado de alma e todo corpo é tangível, isto é, tocável, sensível, sentido pelo tato. Para o animal é necessário também que o corpo seja capaz de tocar, caso esteja assegurada a sobrevivência do animal. Aristóteles explica que os demais sentidos – o olfato, a visão e a audição, por exemplo – têm percepção por meio de outra coisa, a fim de aceitar algumas de suas qualidades e recusar outras. No entanto, aquele animal que não percebe tocando, não tiver percepção sensível será impossível que esse animal sobreviva. Para o autor, o gosto caracteriza-se como um tipo de tato: “pois ela concerne ao alimento e o alimento é um corpo tangível” (434b19). Se o alimento é tangível, logo o alimento é perceptível pelo tato; o gosto é parte do tato. Já a cor, som e odor não nutre o ser, não são nutrientes, muito menos são capazes de crescimento ou decaimento. Ambos os sentidos, o tato e o gosto, são indispensáveis ao animal, e evidentemente é incabível ao animal existir sem o tato. Aristóteles certifica-se que os demais sentidos existem em função do bem-estar, e já não é presente necessariamente em alguns animais, mas não em todos. Para esses é imprescindível, que para a sua sobrevivência, tenham percepção não apenas tocando, no contato direto, mas tenham percepção a distancia, como um cachorro que consegue enxergar o que há em sua frente para assim poder chegar a algum lugar. Isso só é ser possível para aqueles que podem ser afetados pelo intermediário alterado pelo objeto perceptível.
Aristóteles parece entrar em outro assunto, agora ele levanta dois paralelos sobre o movimento: entre a propagação do movimento geral, que é causador de mudança ate certo ponto, e a propagação da alteração da qualidade, que não envolve deslocamento material. No primeiro movimento, Ele explica que o primeiro empurra sem ser empurrado, dessa forma o movimento percorre o meio movimentando e sendo movimentado; o ultimo é movido, mas nada move. Na Alteração acontece da mesma forma, no entanto nada muda de lugar da mesma forma. Como exemplo, o autor fala de um mergulho na cera, que o movimento vai ate onde o mergulho ocorre; uma pedra na agua, o movimento iria mais longe, e no ar é onde o movimento é maior ainda, ativo e passivo em mais alto grau. Ou seja, dependendo da natureza do intermediário, a alteração sofrida pode ser ais ou menos intensa.
No que concerne à reflexão da luz, Aristóteles afirma que em vez da visão sai do olho e é refletida, melhor é supor que ar (na qual ele refletiu que tem uma “densidade menor”) é afetado pelo formato e pela cor quando estão unos. Numa superfície lisa, o ar permanece uno, e por esse motivo move a visão, ou seja, ocorre a visão. Esse período pareceu deslocado do tema central, mas entende-se que Aristóteles refuta a teoria de Empédocles e Platão que explicam a visão nos termos de um facho de luz que sai dos olhos. Para Aristóteles, a visão decorre de uma alteração, provocada pelo transparente pela cor e pelo formato dos objetos, que transmite ao olho. Ou seja, a percepção do animal é capaz de discernir informações provenientes de objetos, na qual em sua falta findaria em perecimento.
CAPÍTULO 13
Para Aristóteles, é impossível que o corpo do animal seja simples, somente de fogo ou somente de ar. Pois evidentemente, sem o tato não é possível que qualquer outro sentido seja concedido a animal; todo corpo dotado de alma é suscetível à sensibilidade tátil. O corpo animal é constituído por parte heterogenias, tornado evidente que não são formados por um único elemento. Com exceção da terra, conforme Aristóteles, todos os elementos podem se tornar órgãos sensoriais e através do intermédio produzem percepção sensível; por isso o tato recebe esse nome, por tocar as coisas mesmas. Se os órgãos sensoriais percebem por tato, é por meio de outro que ele tem percepção por si mesmo. Neste sentido, o animal tem tatoem todo corpo e seu organismo não pode ser formado por um único elemento. Os elementos são intermediários para a percepção, ou seja, eles se colaboram.
Não é cabível que a terra seja o único elemento que forma o tato, confirma Aristóteles. Pois o órgão deve ter em potencia todas as qualidades sensíveis que percebe. Além do seco e o frio, o tato percebe muitas outras qualidades tangíveis, como o quente, o úmido, o leve, o pesado, etc. Por isso, ele alega, não são perceptíveis essas qualidades com o cabelo, osso (e unha), pois estes são de terra. Sem o tato é impossível que exista qualquer outro sentido, mas o órgão sensorial não é só constituído de terra, nem só de qualquer outro alimento.
Evidentemente, o tato é o único sentido que na sua ausência leva a falência do animal; e nem possível é tê-lo sem ser animal, e nem é preciso ter outro, exceto o tato para ser animal. Neste sentido, o excesso dos outros sentidos, como por exemplo, a exorbitância de cor, luminosidade, sabor e som corrompe apenas o órgão sensorial, e não o corpo todo, enquanto que o excesso de tangíveis como o quente, o frio ou o duro, decai o animal. Todo excesso de objeto perceptível arruína o órgão sensorial, assim como o tangível, o tocável, arruína o animal. Concluindo Aristóteles escreve: “Por isso, o excesso dos tangíveis destrói não somente o órgão sensorial, mas também o animal, porque este é o único órgão que ele necessariamente precisa ter.” (435B18).
No ultimo trecho que temos do De Anima, Aristóteles relembra o que foi refletido: o animal possui os demais sentidos, não em vista do ser, mas em vista do bem estar. “Por exemplo, a visão de modo que ele veja, estando no ar ou na água, em suma, por estar no transparente; a gustação, por causa do que lhe é agradável ou doloroso, e a fim de que os perceba no alimento, e que tenha apetite e seja movido; a audição, de modo a que algo lhe seja comunicado; [e a língua, por fim, de modo que comunique algo aos outros]” (435B19).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ARISTÓTELES. Da alma. Introdução, tradução do grego e notas de Carlos Humberto GOMES. Lisboa: Edições 70, 2001.
ARISTÓTELES. De Anima. Tradução integral direta do grego, ensaio introdutório, sumário analítico, léxico, bibliografia e notas de Maria Cecília Gomes dos Reis. São Paulo: Editora 34, 2006.

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