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Zygmunt BAUMAN - Aprendendo a Pensar com a Sociologia

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INSTITUTO SÃO BOAVENTURA
	
	Disciplina: INTRODUÇÃO À SOCIOLOGIA
	
	
Professor Dr. Carlos Ângelo de Meneses Sousa
Curso: Filosofia – 2° / 2016
Estudante: Jéverson de Andrade Santos
Referência: 
BAUMAN, Zygmunt; MAY, Tim, Aprendendo a Pensar com a Sociologia. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2010.
A sensação de liberdade, mesmo não a tendo, é parte comum das experiências cotidianas. Segundo Zygmunt Bauman, não é raro o ressentimento do individuo de se sentir objeto de coerção por conjunturas sobre as quais ele não tem controle. As escolhas, nem sempre são resultados de decisões conscientes. No entanto, – ressalta autor – sempre há de se lembrar de que as decisões tornam o indivíduo responsável por qualquer resultante. 
Primeiramente, as situações de escassez é motivo de limitação das potencialidades. Desta forma, nem todas as pessoas intencionadas conseguem alcançar seus objetivos. Em outros casos, o indivíduo torna-se dependente do pronunciamento, veredicto, de outros sobre a suficiência de seus esforços. Segundamente, os fatores materiais conformam a capacidade de alcance do individuo; como, por exemplo, a insuficiência da renda sobre a receita de uma família, limitados por padrões econômicos de um dado lugar. Para o autor, o exercício da liberdade de um, pode por limites à liberdade de outros. Ainda tratando sobre a liberdade, o grupo que define o individuo considera-se provedor de liberdade. Ao ingressar, o individuo realiza um ato de liberdade, mas ao mesmo tempo, de dependência.
O Eu, nas entrelinhas do psicólogo George Mead refletido por Bauman, “pode ser pensado como uma ‘conversação’, que tem lugar dentro de nós, na qual a linguagem atua como meio que permite esse processo, bem como nos pensar como um ‘todo’" (pag. 41). Já o Mim, “refere-se ao modo como organizamos nossas expectativas de grupo em nossas ações” (pág. 41). Desta forma, o individuo responde aos outros em termos de como se vê; constantemente modificado de acordo com os diferentes.
Esse processo ocorre em três etapas de desenvolvimento: primeiramente, o estágio preparatório, quando a visão do individuo sobre a percepção de si mesmo é passiva, posto que constituída de atitudes que outros demonstram em relação a ele. Em segundo, o estágio de atuação, encenando diferentes "outros", como papéis. Entretanto, não são interligados e necessitam de organização global. Posteriormente, em terceiro, chamado de atuação segundo as regras do jogo, a organização das atitudes do grupo começa a ser consolidada. Neste sentido, os papéis são aprendidos em relação com os outros. 
Compreendi que o caráter do individuo é construído pelo tratamento dele com os objetos de suas próprias ações, uma vez que elas são compreendidas pelas respostas dos outros a seu desempenho. Ou seja, “de maneira menos espetaculosa, cada um de nós enfrenta diariamente problemas que demandam reajustes ou questionam nossas expectativas” (pág. 48).

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