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DESCRIÇÃO HISTÓRICO-ARQUITETÔNICA DA IGREJA DE SÃO SEBASTIÃO EM PLANALTINA – DF

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INSTITUTO SÃO BOAVENTURA 
 Bacharelado em Filosofia 
Disciplina: Seminário Filosófico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESCRIÇÃO HISTÓRICO-ARQUITETÔNICA DA IGREJA DE SÃO 
SEBASTIÃO EM PLANALTINA – DF 
Arquitetura das Igrejas do Brasil 
 
 
 
Docente: Marcelo Mari 
Discente: Jéverson de Andrade 
 
 
 
 
 
 
Brasília, novembro de 2016 
INTRODUÇÃO 
O intuito desta monografia tem como núcleo a apresentação e 
especificação arquitetônica da Igreja de São Sebastião, um singelo e pitoresco 
templo no Planalto Central, situada no antigo Mestre D‟Armas, atual Planaltina, 
Distrito Federal. Não obstante do seu quase desconhecimento pelo público, 
torna-se, não só relevante, mas obrigatório contextualizar historicamente os 
motivos da edificação desse vultoso templo, quanto para a comunidade da 
Região Administrativa VIII, quanto para essa pessoa que aqui ortografa. Faz-se 
perspicaz pautar sobre essa igreja por motivos próprios: por se tratar da capela 
da cidade onde nasci; por ser o templo mais antigo construído nas terras onde 
hoje chamamos de Distrito Federal; por ser motivo de retribuição por graça 
alcançada pelo santo em tempos tenebrosos da saúde pública, assim como o 
reconhecimento civilmente de uma região estabelecida e legítima. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ao Bruno Carvalho, que me 
incentivou e acompanhou no 
redescobrimento de nossa cidade; 
e seu pai, Sr. Expedito, que foi 
solidário com esses estudantes 
metidos a interessados. 
Ao Elias, meu espontâneo e 
disposto facilitador; que ligados a 
antigos laços de irmandade, me 
ajudou com muito esmero. 
 
1. CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA 
 
1.1. A Capitania de Goyaz – A formação dos arraiais 
Em períodos coloniais, a “Capitania de Goyaz”, pertencente à coroa 
portuguesa, revela-se um cenário de intensos processos de transformações 
políticas, econômicas e sociais motivadas à procura do ouro e, 
consequentemente, a distribuição de terras. As atividades dos Bandeirantes 
com a mineração e a formação de fazendas durante o século XVIII no Planalto 
Central do Brasil, dá origem às “cidades” e a grandes vias com a primordial 
finalidade de escoamento das riquezas para o litoral da colônia. 
No curso das estradas que ligavam as diversas regiões da Colônia 
Brasil, encontrava-se a formação de pequenos arraiais, sítios e vilarejos. 
Dentre essas regiões podemos observar o arraial Mestre d´Armas, atual 
Planaltina, situada no Distrito Federal. Esse arraial é primeiramente o ponto de 
descanso dos boiadeiros, viajantes e suas mulas que, vindo do litoral, 
pousavam por ali a fim de reunir forças e seguir viagem Brasil adentro. 
A primeira referência ao nome “„Mestre d´Armas‟ encontra-se na Carta 
do Ouvidor Geral de Goiás, António da Cunha Sotomaior, ao rei de Portugal, 
Dom José, escrita da Villa Boa de Goiás em 30 de abril de 1758.” A citação dá 
existência àquele lugar ainda não registrado; refere-se a prestação de contas 
da coroa ao Rei das localidades existentes, no entanto, não se trata de um 
lugar erigido como povoado, somente um espaço mapeado em meio ao 
cerrado, o que podemos entender como uma região de pouso para os 
viajantes. 
Anos mais tarde, do ponto de vista territorial, 
“a região de Mestre d´Armas aos poucos vai consolidar-se 
como um conjunto de fazendas, formadas a partir de antigas 
Sesmarias, cuja economia se baseava na agricultura e 
pecuária, a partir das quais se constituirá um novo tipo de 
poder, típico da economia das fazendas: „o do fazendeiro e 
suas famílias donos de enormes quantidades de terras que irão 
influenciar nos rumos do século XIX‟. É no horizonte desses 
interesses e da consolidação de forças locais e regionais, 
somadas à uma profunda religiosidade sertaneja, que Mestre 
d´Armas será gestado.” 
 
1.2. A construção da Capela São Sebastião 
A formação da região de Mestre d´Armas, uma parte das antigas 
Sesmarias, situada ao norte do Município de Santa Luzia, compreende as sete 
fazendas locais pertencentes por diferentes famílias.1 A construção da capela 
São Sebastião, tema central desta monografia e marco do reconhecimento da 
região de Mestre d´Armas, é movido pela fé popular; no cristianismo, religião 
oficial da colônia portuguesa. Imbuídos de piedade, a devoção ao santo marca 
a vida e a rotina da vida dos moradores do arraial. A vida de fé dos moradores, 
pastoreados pelo vigário da paróquia de Santa Luzia, preenche toda 
caminhada do sertanejo, tanto é isso que a dor e a esperança foram motivação 
da ereção da capela honrada a São Sebastião. 
No ano de 1810 a população da região de Mestre d´Armas foi assolada 
por uma epidemia. A insegurança diante da doença levou a comunidade a 
buscar ajuda na fé. 
“Fizeram a promessa a São Sebastião de que, se os habitantes 
fossem livres da doença, doariam ao santo, por intermédio da 
Igreja, uma área compreendendo uma légua de comprimento 
por meio de largura e nela construiriam uma capela devotada 
ao santo. No ano seguinte, no dia 20 de janeiro de 1811, a 
comunidade celebra missa de ação de graças e, restabelecida, 
faz entrega solene das terras ao vigário de Santa Luzia como 
paga de promessa para ali ser construída capela em honra a 
São Sebastião. Do ponto de vista histórico, como tantos outros 
povoados que nasceram da doação de “patrimônio ao Santo”, 
esta data se configura como a do nascimento do arraial de São 
Sebastião de Mestre d´Armas”. (SILVA, Elias Manoel da, 2012) 
O caos da saúde pública, tão calamitosa em toda a colônia, juntamente 
com a necessidade de prestação de serviços religiosos, missas, batismo, 
 
1
 Cf. CASTRO, Mario. A realidade Pioneira, Editerra Editorial Ltda, Brasília, 1986, p. 67. 
enterro, matrimônio, faz os fazendeiros de Mestre d‟Armas erigirem a capela de 
São Sebastião. Consequentemente, o “‟Patrimônio do Santo‟, que na história 
brasileira, foi um importante polo de convergência populacional e movente para 
a criação de povoados”, é forma de reconhecimento civil de uma região 
estabelecida e legítima. 
“„O proprietário de uma gleba de terras escolhe certa área 
para doá-la ao Santo de sua devoção através de documento 
público em que o beneficiário é representado pela 
autoridade eclesiástica; assim fazendo, o proprietário torna 
patente sua fé e demonstra o desejo de vê-la difundida por 
intermédio da Capela que significará o sinal de posse [...]‟. 
Na verdade, além do benefício de um serviço religioso mais 
perto da população, o Patrimônio do Santo trazia 
indiretamente outras vantagens ao doador, pois, „espera 
auferir lucros com a valorização e a posterior venda dos 
lotes situados na área que continua de sua propriedade‟”. 
(SILVA, Elias Manoel da, 2012) 
Portanto, a construção do espaço urbano do arraial Mestre d‟Armas, 
nasce da repartição intencional, livre e espontânea dos fazendeiros da região e 
está intrinsecamente ligado à criação do “Patrimônio do Santo” e a 
consequente construção da capela dedicada a São Sebastião. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. ANÁLISE ARQUITETÔNICA 
As terras para a capela de São Sebastião, “patrimônio do Santo”, 
cumprimento da promessa por livramento da epidemia que assolava a 
população de Mestre d‟Armas, são entregues ao vigário de Santa Luzia no dia 
20 de janeiro de 1811. Em 1812, conforme os registros no cartório de Luziânia 
(deve-se lembrar de que o a paróquia do Arraial Santa Luzia, atual Luziânia, foi 
a matriz de capela São Sebastião; sendo assim, sede de toda documentação,quanto eclesial, quanto civil), a capela já era local de encontro para a 
celebração dos sacramentos. Em 1870, conforme o registro da própria igreja, a 
capela é concluída; mas foi em 1880, pela Lei n° 615 de 02 de abril de 1880, 
que é criada a Paróquia São Sebastião. 
A igreja é formada pelo corpo da capela, compreendido a capela-mor 
propriamente dita: as salas laterais e a nave2. A edificação foi feita sobre 
pedras e baldrames de madeira em toda a estrutura3. A construção das 
paredes, que variam de 35 cm e 70 cm é de taipa de pilão e adobe, isto é, terra 
crua, água, palhas e outras fibras; todas revestidas com reboco com pintura 
branca4. O templo não possui paredes seccionadas, mas dois pilares de 
madeira de cada lado da capela-mor sustentam a armação de tesoura clássica 
do telhado5. O piso, que no início era de chão batido, é assoalhado com 
madeira6. Toda a estrutura da igreja possui forro paulista vernizado7. 
A nave, com paredes de 70 cm de espessura, possui uma porta principal 
e duas portas laterais; as duas salas, ambas com uma porta e duas janelas, 
exibem diferenças na espessura: direita com 35 cm e esquerda com 55 cm de 
espessura, revelando serem construídas em períodos diferentes; o coro em 
mezanino com acesso por uma escada tradicional modelo L com estrutura de 
madeira8. O guarda corpo do coro é formado por balaústres recortados9. Entre 
 
2
 Verificar anexo (Figura 01) 
3
 Verificar anexo (Figura 02) 
4
 Verificar anexo (Figura 03) 
5
 Verificar anexo (Figura 04) 
6
 Verificar anexo (Figura 05) 
7
 Verificar anexo (Figura 06) 
8
 Verificar anexo (Figura 07) 
9
 Verificar anexo (Figura 08) 
o piso da nave e o da capela-mor há um desnível de 33 centímetros, em dois 
degraus10. 
O telhado da capela é de duas quedas, sendo o da nave mais alto, 
sobrepondo-se o da capela-mor11; possuem caimentos diferentes no centro e 
nas laterais, que possuem beiras de caibro armado com cachorro de 50 cm12. 
Todo o beiral é ornado com lambrequim cor branca típico dos edifícios do 
Goiás. A vedação da elevação de um telhado e outro são feita de taipa e 
compensado de madeira13. A estrutura é de linha alta com telha colonial de 
barro branco, do tipo capa e bica. 
A fachada plana é composta por uma porta principal, duas janela, dois 
pilares de madeira, cachorro ornado com lambrequim e óculo; no eixo da 
composição há um par de janelas-balcão com dobradiças vertical – a francesa - 
nas cores azul turquesa com guarda corpo entalados na cor branca; a 
composição das janelas e porta forma um triângulo equilátero invertido. Logo 
acima, a igreja é possui um óculo que dá acesso ao coro, que facilita a 
iluminação e a vigia externa da igreja. No alto da igreja, no cume de encontro 
das duas quedas encontra-se o cruzeiro14. 
O singelo altar é pintado em branco, com espaço central onde é 
acoplado o sacrário15. No mesmo nível, segue fixa a parede um madeira 
horizontal lisa com espessura de 5 cm que se estende por todo o altar. Nesta, 
são dispostas as imagens do padroeiro, São Sebastião, e da Virgem Mãe de 
Jesus. A primeira imagem, trabalhada em madeira, do santo protetor foi trazida 
de Portugal a pedido de dona Marta Carlo de Alarcão; esta foi trocada por uma 
maior, que se encontra nos dias atuais, a outra, menor, foi recolhida pela 
família Alarcão, na qual é detentora. 
 
 
 
 
10
 Verificar anexo (Figura 09) 
11
 Verificar anexo (Figura 10) 
12
 Verificar anexo (Figura 11) 
13
 Verificar anexo (Figura 12) 
14
 Verificar anexo (Figura 13) 
15
 Verificar anexo (Figura 14) 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
 
ARQUIVO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL. Tombamento da Igreja São 
Sebastião, 2007. Processo: 320644/1973. 
 
BERTRAN, Paulo. 2011. História Da Terra e do Homem no Planalto Central: 
Eco História Do Distrito Federal: Do Indígena Ao Colonizador. Brasília: Editora 
UnB. 
 
CASTRO, Mário. 1986. A Realidade Pioneira. Brasília: Thesaurus. 
 
PALAZZO, Pedro Paulo, 2015. Planaltina e suas narrativas: cultura, memória e 
patrimônio em publicações locais desde o século xx. Brasília, DF: UNB. 
 
PEREIRA, Carla Freitas Pacheco, 2008. As igrejas de Goiás um estudo de 
caso Igreja São Francisco de Paula: ensaio de qualificação estética da obra de 
arte. Brasília, DF: UNB. 
 
SILVA, Elias Manoel da, 2012. 
Histórico-Crítica Sobre a Fundação Da Cidade. Brasília: Edição própria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXOS 
Figura 01
 
Figura 02 
 
 
 
Figura 03 
 
Figura 04 
 
 
 
 
Figura 05 
 
 
Figura 06 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 07 
 
 
Figura 08 
 
 
 
Figura 09 
 
 
Figura 10 
 
 
 
Figura 11 
 
 
Figura 12 
 
 
 
Figura 13 
 
 
Figura 14

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