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Caderno Direito Tributario I Notebook

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Aula – 11/08/2016 - Prova dia 15/07/2016
Direito Tributário I
Bibliografia:
Hugo de Brito Machado
Jose Eduardo Soares de Melo
Prova Continuada - matéria - Ciências das Finanças (o assunto da continuada não cai na regimental)
DireitoTributário - é uma matéria de direito público, pois sempre tem o Estado em um dos lados, é o Estado que procede na cobrança. O Estado é sempre o credor e o contribuinte.
É uma relação obrigacional entre credor (o Estado) e o contribuinte que pode ser pessoa física ou jurídica.
		 Credor Contribuinte
		 Relação Jurídico-Tributária
Base de Cálculo - é o valor do bem (de um carro, por exemplo), multiplicado por 2% da alíquota.
Um outro exemplo é o IPTU que tem a sua base de cálculo e neste caso é seu valor venal, multiplicada por 2% de alíquota. Estes exemplos esclarecem que esses impostos e cálculo caracterizam a receita que é gerada para o Estado.
O direito tributário levou em conta o preâmbulo da Constituição, e por esta razão as igrejas não recolhem IPTU.
Todos nós podemos ser tributáveis, contudo não necessariamente tributados.
O Direito Tributário prevalece (pois é Lei complementar) sobre os códigos - que são Leis ordinárias - por esta razão somos contribuintes desde o nascimento, ou seja, já temos a capacidade tributária passiva. Exemplo de uma criança que perde os pais aos 2 anos.
Sendo assim não importa a capacidade civil ou penal.
O Estado tem capacidade tributária ativa.
18/08/2016
Ciências da Finanças - matéria de natureza econômica. Matéria puramente econômica pre-legistlativa a lei, é também especulativa
Ciências das finanças - atividade financeira estatal.
O objeto das ciências das finanças é o dinheiro e sua finalidade é a atividade financeira do Estado.
O objetivo do Estado é captar, gerenciar e aplicar recurso materiais. Desta forma, o Estado atendo as nossas necessidades essências (saúde, educação, segurança, transporte, moradia e saneamento básico).
4 Elementos essenciais:
Receita - em conceito amplo é tudo aquilo que foi angariado e faz parte dos cofres públicos (erário).
Conceito de receita - "Receita é a entrada que, integrando-se no patrimônio público sem quaisquer reservas, condições ou correspondência com o passivo vem acrescer o seu vulto como elemento novo e positivo." (Aliomar Baleeiro). Este conceito de receita é em sentido estrito.
A receita em sentido estrito não tem qualquer vinculação com sua origem não importa como o Estado angariou esta receita, e não tem destinação pré-determinada.
O que o Estado angariou independe do que ele gasta independente das despesas.
Receita e Entrada não são a mesma coisa.
A Entrada está vinculada à origem, com destinação específica e é provisória.
Receita Ordinária - são receitas previsíveis.
Receita Ordinária divide-se em:
Receita Originária - é aquela em que o próprio Estado consegue criar produzir.
A receita originária pode ser:
Patrimonial - o Estado age como se fosse particular, pois consegue transformar seu patrimônio em receita. Ele pode alienar bens, contudo deve fazer dentro de uma formalidade, ou seja, desafetar um bem. Quando o Estado vende chama-se de preço público.
Empresarial - também é criado pelo Estado, aqui reside a verdadeira atividade econômica do Estado. Neste caso o Estado deve prestar serviços para os cidadãos. Neste caso a receita empresarial é a tarifa, como por exemplo, as tarifas de luz e água.
Receita Derivada - deriva de fonte diversa dos cofres públicos, derivam do particular. Neste caso surge a figura do contribuinte.
Pode ser:
Tributária - impostos, taxas, contribuições de melhorias, empréstimos compulsórios entre outras contribuições.
Não Tributária - não tem natureza tributária: confisco de bens, multas penais e administrativas.
Receita Extraordinária - tem origem em fontes imprevisíveis.
 
Despesa:
Despesas ordinárias - são previstas. São despesas previsíveis e periódicas
Despesas de investimentos - são despesas oriundas do plano de governo. Moradia, saúde, segurança, etc.
Despesas Extraordinárias - são despesas que correm inesperadamente.
O chefe do Executivo é o responsável pelas despesas e receitas. Ele faz a gestão.
Orçamento - é o planejamento econômico. O executivo faz o planejamento, uma planilha de orçamento, que é detalhado; será enviado para o Poder Legislativo através de lei se manifestar. Ex: Lei plurianual, Lei de Diretrizes orçamentárias. Sendo este aprovado ele será enviado para o executivo para sanção.
Estes procedimentos causam um desequilíbrio orçamentário gerando uma crise ou colapso econômico. Isto leva ao crime de responsabilidade pública, Lei 1.079/50 (esta lei contém o impeachment).
Lei de Improbidade Administrativa - Lei 8.429/92
Lei de Responsabilidade Fiscal - Lei 101/00 - Art. 11 - impeachment.
Crimes contra Finanças Públicas
Proposta Orçamentária - divide-se em leis:
- 1º ano do mandato - tem que enviar o plano até 30 de agosto do primeiro ano do mandato.
- A proposta enviada pelo executivo se transformará na Lei de Diretrizes Orçamentárias. É anual para cada exercício financeiro. Tem que ser enviada até 15 de abril de cada ano para o legislativo, então o legislativo tem que se manifestar até dia 30 de junho. A manifestação se dá através da LDO. Caso o legislativo não se manifeste haverá o trancamento de pauta.
Se o executivo não mandar essa proposta dentro do prazo para o Legislativo e caso também a proposta seja integralmente rejeitada, o legislador considerará a proposta do exercício financeiro anterior. Esta é a solução específica que a lei dá.
O Executivo também envia o orçamento para o legislativo que se transformará na lei de orçamento.
 Direito Financeiro estuda as finanças da Administração Pública. O direito tributário decorre do direito financeiro, dentro do orçamento derivado
01/09/2016 – DIREITO TRIBUTÁRIO
CIÊNCIA DAS FINANÇAS
CONCEITO - (Internet) "A Ciência das Finanças ou Economia Pública é a ciência que estuda as características e regras próprias das escolhas económicas de entidades públicas, tanto no que se refere à definição das necessidades e seu processo de satisfação coletiva ou pública, como à provisão e afectação de bens à satisfação de necessidades colectivas ou públicas e suas formas de financiamento."
Professora: Receita / Despesas / Orçamento / crédito público
Receita e despesas = equilíbrio fiscal = bem comum
Arrecada 100 gasta 95 = sobra 5 (esta sobra é receita)
Crédito Público – não é o que sobra da receita, a arrecadação foi insuficiente, então há necessidade de crédito (empréstimo).
Crédito Público é um empréstimo público (pode ser no mercado interno - instituições públicas ou privadas – podem ser nacionais ou estrangeiras) ou externo.
Empréstimo (não é tributo) (vai submeter as Leis Públicas
- tem que restituir – tem prazo
Empréstimo público não pode pedir no último ano do mandato (caso Dilma – indevido)
CONTRATO DE ADESÃO – o particular que empresta ao poder público (pode cobrar juros ou ainda ter incentivo fiscal)
Ainda – impenhorabilidade de ativos fiscais e preferência em licitações.
O Poder Público não pagou – fica com uma dívida pública – cria um déficit orçamentário (atualmente o Brasil tem mais ou menos 170 bilhões de déficit, internamente, fora a dívida externa)
Executivo é o gestor da coisa pública, está sujeito a aprovação de lei.
Desequilíbrio Fiscal – Crise – Pessoa Jurídica – falência / Pessoa Física – desemprego
Empréstimo Público – não pode ser feito com empresas estatais que se submetem a fiscalização do poder público (CEF, BB, BNDES, BC).
Matéria Jurídica é o financeiro estatal que cuida dessa parte.
Lei de Responsabilidade Fiscal 101/00 (Lei Complementar)
Lei 4320/64 – Normas Gerais de Direito Financeiro (Lei Complementar)
Estão abaixo da CF/88
Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF 101/00 – Arts. 1º ao 4º “a”
Art. 1º - § 1º - gestão planejada e transparente riscos
Um exercício financeiro é de um ano.
Restos à pagar – não posso entrar em um novo exercício com despesas,caso aconteça, no próximo exercício, estas despesas serão as primeiras a serem pagas (restos à pagar).
Art. 1o Esta Lei Complementar estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, com amparo no Capítulo II do Título VI da Constituição.
        § 1o A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar.
        § 2o As disposições desta Lei Complementar obrigam a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
        § 3o Nas referências:
        I - à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, estão compreendidos:
        a) o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste abrangidos os Tribunais de Contas, o Poder Judiciário e o Ministério Público;
        b) as respectivas administrações diretas, fundos, autarquias, fundações e empresas estatais dependentes;
        II - a Estados entende-se considerado o Distrito Federal;
        III - a Tribunais de Contas estão incluídos: Tribunal de Contas da União, Tribunal de Contas do Estado e, quando houver, Tribunal de Contas dos Municípios e Tribunal de Contas do Município.
        Art. 2o Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como:
        I - ente da Federação: a União, cada Estado, o Distrito Federal e cada Município;
        II - empresa controlada: sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertença, direta ou indiretamente, a ente da Federação;
        III - empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária;
        IV - receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes, deduzidos:
        a) na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação constitucional ou legal, e as contribuições mencionadas na alínea a do inciso I e no inciso II do art. 195, e no art. 239 da Constituição;
        b) nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional;
        c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação financeira citada no § 9º do art. 201 da Constituição.
        § 1o Serão computados no cálculo da receita corrente líquida os valores pagos e recebidos em decorrência da Lei Complementar no 87, de 13 de setembro de 1996, e do fundo previsto pelo art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
        § 2o Não serão considerados na receita corrente líquida do Distrito Federal e dos Estados do Amapá e de Roraima os recursos recebidos da União para atendimento das despesas de que trata o inciso V do § 1o do art. 19.
        § 3o A receita corrente líquida será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência e nos onze anteriores, excluídas as duplicidades.
CAPÍTULO II
DO PLANEJAMENTO
Seção I
Do Plano Plurianual
        Art. 3o  (VETADO)
Seção II
Da Lei de Diretrizes Orçamentárias
        Art. 4o A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2o do art. 165 da Constituição e:
        I - disporá também sobre:
        a) equilíbrio entre receitas e despesas;
        b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses previstas na alínea b do inciso II deste artigo, no art. 9o e no inciso II do § 1o do art. 31;
        c)  (VETADO)
        d)  (VETADO)
        e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos;
        f) demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas;
        II -  (VETADO)
        III -  (VETADO)
        § 1o Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes.
        § 2o O Anexo conterá, ainda:
        I - avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior;
       II - demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional;
        III - evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos;
        IV - avaliação da situação financeira e atuarial:
        a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador;
        b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial;
        V - demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.
        § 3o A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem.
        § 4o A mensagem que encaminhar o projeto da União apresentará, em anexo específico, os objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial, bem como os parâmetros e as projeções para seus principais agregados e variáveis, e ainda as metas de inflação, para o exercício subseqüente.
ART. 4º - Lei das Diretrizes Orçamentárias – se sujeita a Constituição.
a).....
§ 4º metas de inflação
Art. 5º LOA
Plano Plurianual + LDO + LOA (tem que ser compatível)
ART. 11 requisitos essenciais
Parágrafo único – é vedada
Art. 15 – não autorizadas as despesas = receita tem requisitos específicos nos arts. 16 e 17
Art. 16 – I e II
Art. 36 – É proibida
Art. 38 – II, IV “b”
Art. 48
Art. 59
TCU – é independente e autônomo
Aula - 08/09/2016:
Lei 4.320/64 – Lei das Finanças Públicas
- Crédito Público 
São conceituados através da ciência das finanças.
art. 2 - qualquer receita e despesa tem que estar dentro da lei orçamentária.
Art. 3 - Operação de Crédito - tem que estar presente na lei orçamentária.
Art. 6 - repete que todas as despesas têm que estar na lei orçamentário. Acrescenta que não pode haver dedução. As deduções têm que estar dentro do orçamento em planilha.
Art. 22 - Este capítulo guia o executivo a cumprir os requisitos legais. O executivo não pode fugir do os termos do art. 22 permite.
Art. 34 - Exercício financeiro coincidirá com o ano civil, ou seja, de 1 de janeiro a 31 de dezembro
Art. 35 - pertence ao exercício financeiro todo que arrecadou e será gasto deve estar previsto neste exercício financeiro.
art. 36 - Resto é o que faltou a ser pago, ou seja, despesas = Restos a pagar. Ela será a prioridade e deverá ser pago no exercício financeiro do ano seguinte ou seja 1 de janeiro.
Art. 75 - Controle da execução orçamentária - Determina quem vai controlar e execução orçamentária. Será controlada conforme a lei que a autorizou.
Art. 77 - Controle interno - o próprio executivo que vai executar a lei orçamentária tem dentro do executivo setores internos encarregados de controlar,sem prejudicar o Tribunal de Contas e do Poder executivo que o controle. Esse controle ocorrerá de forma prévia, concomitante ou de forma subsequente.
Art. 78 - refere-se ao controle interno. A qualquer tempo um parecer pode ser emitido.
Art. 81 e 82 - Controle Externo - observará se os recursos arrecadados estão sendo investidos corretamente. Será responsável por este controle legislativo ou Tribunal de Contas.
No art 82 - é o controle subsequente.
Em termos de hierarquia esta lei está abaixo apenas da Constituição Federal, além da lei 101/02.
Princípio do Direito Financeiro:
Princípio da Legalidade - O direito financeiro se baseia na constituição e nas leis 101/02 e 4320/64.
Princípio da Anualidade - o direito financeiro se pauta de acordo com o ano. O Estado todo ano se pauta no que é arrecadado e gasto, ou seja, no seu exercício financeiro.
Princípio da Publicidade - inerente a todo gestor público.
Princípio da Transparência – art. 48 da lei de responsabilidade fiscal (101/02)
Martins Junior (2010, p 35) leciona que o princípio da transparência administrativa é inerente ao princípio democrático e é resultado expresso dos princípios da publicidade, da motivação e da participação popular. O autor pontua ainda, que esses princípios apontam para a visibilidade da atuação administrativa e fazem surgir regras que se revelam verdadeiros instrumentos controle da transparência, legalidade, moralidade e probidade na gestão de coisa pública.
Leia mais em: http://www.webartigos.com/artigos/o-principio-da-transparencia-no-direito-brasileiro-a-transparencia-administrativa-e-o-controle-social-como-instrumento-de-cidadania-1/121704/#ixzz4RMMiKKnL
Princípio da Unidade - o orçamento deve atender a um só governo.
Princípio da Exclusividade - a lei orçamentária serve apenas para tratar sobre arrecadação de receitas e realização de despesas.
Princípio da Economicidade - gasta-se o mínimo com os recursos possíveis e de forma eficiente; com o máximo de satisfação pessoal.
Estudar até aqui para a prova continuada.
Direito Tributário
Direito financeiro decorre do administrativo e o direito tributário decorre do financeiro, pois vai tratar das receitas derivadas.
Sua autonomia se dá na doutrina, princípios, leis e jurisprudência.
O direito tributário existe desde que o Estado se transformou em uma sociedade politicamente organizada.
A partir de República e da crise financeira, consequência da falência que a Coroa Portuguesa causou, inicia-se as leis tributárias.
Mais tarde em 1965 cria-se uma emenda para consolidar todas a leis tributárias. O capítulo da emenda 18/65 era o Sistema tributário nacional, este dizia que deveria haver uma lei para complementar para regular que é a atual Lei Complementar 5.172/66. Esta natureza o coloca hierarquicamente abaixo da Constituição de 1988. A CF88 recepcionou a CTN, pois estava compatível.
15/09/2016 - Partir desta aula o assunto é para a prova regimental
CTN surgiu em 1966 através da Lei 5.172/66. A CF/88 recebeu o CTN e manteve o título. Originalmente é uma lei ordinária, mas a CF/88 deu status para ele de Lei Complementar. Lei Complementar é mais rígida de alteração.
Fontes Formais do Direito Tributário:
- CF/88 - Na CF/88 há um capítulo dedicado ao Direito Tributário – Arts. 145 a 162. Estabelece a competência de quem deve criar tributo.
- A Emendas Constitucionais também são fontes do Direito Tributário.
- Leis Complementares - Principal é a CTN (Lei 5.172/66) - Trata de conflitos de competência, art. 97.
- Lei Ordinária - criação e majoração de cada tributo é realizado por lei ordinária.
- Lei delegadas - (o Senado delega a matéria para o poder Executivo disciplinar) - Até pode no tributário, mas é mais difícil de ocorrer.
 - Medidas Provisória - (cabe em casos de relevância e urgência. É competência do executivo) - não é um ato vinculado, é discricionário e precário. Em regra, pelas normas constitucionais em matéria tributária a medida provisória não teria força para tratar da matéria, pois não é ato do legislativo.
Art. 96 considera como legislação tributária decretos, normas complementares, leis (em sentido formal), tratados internacionais.
Houve uma EC em 2001 - No capítulo referente as MP, alterou o art. 62, § 2º.
Somente tributos extrafiscais é que podem ser criados ou aumentados através de MP.
Tributos de natureza extrafiscal ou impostos federais são reconhecidos como reguladores da economia. O Estado não tem apenas interesse de arrecadar imposto, mas também regular a economia.
O executivo Federal pode aumentar e criar tributo desde que fundamente, sempre em situações excepcionais, imposto de guerra. (Apenas o Executivo Federal)
Tem que haver status de lei e respeitar o exercício financeiro seguinte.
Se ela não for convertida em Lei, a fonte do direito será a Resolução pelo Senado.
Observar o Art. 97 CTN
  Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:
        I - a instituição de tributos, ou a sua extinção;
        II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
        III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo;
        IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
        V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas;
        VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades.
        § 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso.
        § 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo.
Suspensão da exigibilidade do crédito tributário desde que esteja previsto em lei.
Quando fala-se em tributos, adotamos a tipicidade fechada, não se pode adotar analogia, jurisprudência, doutrina e costumes.
Todos os elementos abstratos dos tributos devem estar definidos e descritos em lei. O tipo tributário é fechado.
22/09/2016
Fontes do Direito Tributário (continuação)
MP só tratará de matérias definidas em leis ordinárias.
MP convertida em lei tem que esperar até o próximo exercício financeiro, devido ao princípio da Segurança Jurídica. Também tem que respeitar o prazo de 90 dias para evitar a surpresa ao contribuinte.
Tratados e Convenções Internacionais
Há uma regra interna em que o Brasil só assina um tratado ou convenção internacional, se ele participou da elaboração.
O Congresso Nacional ratifica o tratado. Assim ele terá força de lei e poderá ser aplicado internamente. Depender da matéria, como Direitos Humanos, ele terá força de Emenda Constitucional.
 Convenção ou Tratados de matéria tributária se for ratificado pelo Congresso terá força de lei ordinária.
Art. 98 - Se o Tratado não pode ser considerado uma norma supralegal, não pode revogar uma lei interna, no máximo pode suspender conforme a matéria em análise à aplicação da lei interna, pois a questão envolve dois Estado que pretendem chegar a um consenso.
Caso o Tratado coexista com a lei interna, ele limita à aplicação da lei interna conforme o conteúdo da matéria.
Art. 1 da CTN - Foi regulamentado pela EC 18/65, que inseriu o capítulo do Sistema Tributário Nacional e foi mantido na constituição atual.
Art. 2 - Este artigo elenca as fontes do Direito Tributário.
Limitações ao Poder de Tributar (a partir do artigo 150 da CF/88)
O Estado não pode agir de forma discricionária e ilimitada. Quem limita este poder de tributar é a CF/88.
Os limites estão elencados na CF/88 através dos princípios tributários.
29/09/206
Princípio da Anterioridade Tributária - Art. 150, III, "b" e "c" CF/88
 A CF/88 Limita em um capítulo o poder de tributar do Estado. Estalimitação se dá para limitar os poderes legislativo (quem elabora) e o poder executivo.
Art. 97 CTN - Compete somente a lei criar ou extinguir tributo, assim como a majoração e redução também só são permitidos por lei. Ainda fala do fato gerador que gera obrigação tributária entre o fisco e o contribuinte, também só pode ser regulado por lei.
Fala da obrigação principal, da base de cálculo, sanções em relação ao não pagamento de tributo (sonegação), hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de crédito tributário, ou seja, todos esses elementos do tipo tributável são abstratos e devem estar escritos na lei.
Estes elementos são regulados por lei ordinária.
Em direito tributário há uma tipicidade fechada, ou seja, não enseja aso para uma interpretação extensiva; somente os elementos são escritos na lei. Não é possível utilizar analogia, interpretação extensiva ou costume.
Obrigação Principal - é o recolhimento.
Obrigação acessórias (ex.: declaração de imposto de renda, preenchimento de nota fiscal) - Art. 113, parágrafo 2 CTN. - não precisa da legalidade escrita, basta algum instituto da legislação tributária
Para criação ou majoração de tributos de natureza extrafiscal (reguladores da economia), é possível que o princípio da legalidade seja relativizado, pois esses tributos podem ser criados ou majorados através de Medida Provisória.
Princípio da Isonomia Tributária - Art. 150, II CF/88 - exemplo, imposto de renda. O legislador levou em consideração a capacidade tributiva de cada um. Este princípio é direcionado ao legislador que instituirá tributos, além de também exigir que respeito o mínimo existencial, ou seja, o mínimo para sobrevivência.
Capacidade tributiva que é uma consequência do princípio da isonomia tributária está no art. 145, § 1º da CF/88:
§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
06/10/2016
Princípio da Irretroatividade Tributária - Art. 150, III, a, CF
A lei em regra nunca retroage.
Há de se respeitar a cosia julgada, direito adquirido e ato jurídico perfeito.
No direito tributário a lei é irretroatividade em relação a fatos passados.
Em direito tributário quando a lei for mais benéfica ao contribuinte, ela pode retroagir.
É vedado a lei tributária retroagir a fato pretérito, não gerador antes da vigência de uma lei, seja para criar ou majorar um tributo.
Tributo criado neste exercício financeiro (2016), só poderá ser cobrado a partir de janeiro de 2017. Este é o princípio da anterioridade comum.
Isto é para garantir a segurança jurídica e evitar a surpresa fiscal, o legislador estipulou este princípio tributário.
Surgiu a EC 42/03 e criou a alínea "c". Em que estipula que o legislador tem que observar além da anterioridade comum, também o prazo mínimo de noventa dias (nonagesimal). A anterioridade comum e a anterioridade nonagesimal são cumulativas.
Exceções ao Princípio da anterioridade comum:
- Tributos com natureza extrafiscal não precisa observar a anterioridade comum Exemplo: imposto de importação, exportação, IPI, IOF, empréstimo compulsório em casos de guerra, ICMS para combustível e CIDE (Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico). Podem ser criados ou aumentados sem necessidade de aguardar o exercício financeiro seguinte.
- Contribuições Previdenciárias prevista nos art. 195, § 6º da CF.
Exceções ao Princípio da anterioridade Nonagesimal
- Tributos com natureza fiscal não precisa observar a anterioridade nonagesimal. Exemplo: imposto de exportação, importação, IPI, IOF, empréstimo compulsório em casos de guerra, ICMS para combustível e CIDE.
- As alíquotas já tem limites máximo e mínimo, sendo assim podem ser majorados respeitando esses limites em lei. Sendo assim pode se mexer na base de cálculo do IPTU e IPVA.
Alguns tributos de munícipio e estados são encaminhados para a União, ela junta todas as rendas e repassa, contudo, IPTU e IPVA não tem repasse para União.
- Se quiser diminuir a alíquota não precisa observar a lei da anterioridade.
- O Estado pode antecipar impostos sem observar o princípio da anterioridade. Súmula 669 do STF e a súmula 50 do STF vinculada para assim vincular, Poder Executivo, Judiciário (menos Legislativo que tem poder de derrubar súmula vinculante).
SÚMULA 669
Norma legal que altera o prazo de recolhimento da obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade.
Súmula vinculante 50-STF: Norma legal que altera o prazo de recolhimento da obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade.
STF. Plenário. Aprovada em 17/06/2015.
O art. 150, IV - Descreve o Princípio da Vedação ao Confisco.
Não poderá o Estado cobrar, onerar, impor uma carga tributário com efeito confiscatório, uma carga tributária que altere substancialmente seu patrimônio.
Este princípio se refere a todos os tributos que já se paga.
A carga tributária suportada pelo contribuinte não pode ter uma onerosidade excessiva da qual ele não suporte.
Art. 150, V - Princípio da Não Limitação ao Tráfego de Pessoas e Bens Entre municípios e Estados, pode-se circular livremente sem pagamento de impostos. Ressalvados os casos de pedágio.
13/10/2016
Princípio da Uniformidade Geográfica.
O Estado pode cobrar tributo para tráfego de pessoas, exceto Pedágio.
Art. 150 e Art. 151 CF/88
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
III - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
IV - utilizar tributo com efeito de confisco;
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público;
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 75, de 15.10.2013)
§ 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
§ 2º A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídase mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.
§ 3º As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel.
§ 4º As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.
§ 5º A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços.
§ 6º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, XII, g. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
§ 7º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
Art. 151. É vedado à União:
I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País;
II - tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes;
III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.
Quanto ao contribuinte – Princípio da Uniformidade geográfica, só se aplica para tributos federais. Ex.: IR – Isentos.
Base de Cálculo – 15% em todo território
		 - 25%
Exceção pode ser não uniforme para incentivos para desenvolvimento fiscal no país.
Livro – Ressalva a outorga de incentivos fiscais destinados a promover o desenvolvimento socioeconômico integrado do território nacional.
O que é tributo?
Definição legal – Art. 146, III, “a”, CF, traz uma exceção à regra.
Art. 146. Cabe à lei complementar:
I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
 II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes;
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas.
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 239. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
Cabe a lei complementar (CTN e LC) normas gerais de Direito Tributário, definição de tributo.
Cabe ao CTN definição de tributo e suas espécies.
Espécies de Tributo e Impostos –
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:
I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei;
II - a destinação legal do produto da sua arrecadação.
Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria.
Tributo – é uma receita derivada, tributo é uma prestação pecuniária. Não temos tributos “in labore” e “in natura”.
Dinheiro, Cheque, moeda corrente – Art. 162, I e II, CTN – vale postal, não existe mais cuidado, o inciso II está em desuso.
Tributo é toda prestação:
- Pecuniária
- Compulsória
- Não constitua ato ilícito
- Multa
Tributo não é uma sanção.
É obrigado a pagar tributo porque está na lei, compulsória, é obrigado, não é um ato voluntário e o Estado é obrigado a cobrar. Compulsório é bilateral. O Estado é obrigado a cobrar, o contribuinte é obrigado a pagar. É uma lei cogente.
Tributo – é um direito fiscal – é uma receita derivada, tributária. É uma obrigação principal. É diferente da multa que é um o direito de punir. É uma receita não tributária. A cobrança é instituída em lei.
Exceções – os casos de Medida Provisória, mas em regra que estabelece os elementos essenciais. A cobrança é vinculada, é feita por lançamento. Art. 142, CTN.
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
 Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional.
Lançamento – é um ato formal, escrito e é um modo que o Estado exige o que lhe pertence, que integrará os cofres públicos (erário).
O lançamento não é ato executável, é apenas uma notificação formal. Se a Fazenda tiver que cobrar tem que entrar com uma execução fiscal. (Lei 6.830/80)
Tributo é gênero. Há 5 espécies (doutrina STF)
Impostos
Taxas
Contribuições de melhorias
Empréstimos compulsórios
Outros (ex.: CPMF, CIDE, COSIP)
Art. 145 CF/88 – Impostos, Taxas, contribuição de melhoria.
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
I - impostos;
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
Art. 5 – CTN:
Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria.
20/10/2016
Espécies de Tributo - Art. 5 - Define as espécies de tributos.
 Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria.
  Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
Impostos - quem define o que é imposto é o CTN no art. 16. O artigo 3 define o que é tributo.
    Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
Imposto é uma espécie de tributo que tem a obrigação tributária definida pelo um fato que não depende de atividade do Estado. Não há contraprestação Estatal.
Hipótese de Incidência - se você adquirirum carro gerará um tributo. O fato gerador é a propriedade do veículo.
O fato gerador do tributo é quando o cidadão adquire o carro. O fato gerou uma Obrigação Tributária.
Os entes políticos têm competência por criar e cobrar impostos são todos: União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
O Distrito Federal exerce competência cumulativa, pois não há municípios no Distrito Federal. Ele é responsável tanto para impostos Estaduais e Municipais.
Impostos de Natureza Federal - O ente competente é a União.
Impostos Extras Fiscais = IPI, IOF, IE, II (são reguladores da economia). As alíquotas são variáveis sem observar o princípio da anterioridade.
Nestes impostos incide a Hipótese de Incidência.
O fato gerador da importação é a atividade da importação. O momento que o se pratica o fato gerador é o desembaraço aduaneiro. A base de cálculo é o valor da mercadoria, caso a mercadoria esteja em moeda estrangeira, será feita a conversão. Não se recolhe tributo em moeda estrangeira, apenas nacional.
A base de cálculo será multiplicada por uma alíquota. BC x %.
Princípio da Seletividade dos Bens - bens importados ainda que necessários terão alíquotas menores. Contudo os bens importados supérfluos terão alíquotas maiores.
Um bem importado aprendido quando arrematado, o arrematante será contribuinte pois terá que pagar as taxas de importação.
O valor da mercadoria importada em quantidade será taxado o valor total da mercadoria.
Imposto de Exportação - o fator gerador é a saída da mercadoria para fora. Pode ser a saída real da mercadoria ou a declaração da saída. A base de cálculo será o valor do produto. Será observado também o Princípio da Seletividade dos Bens.
IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados - o momento do fato gerador é a industrialização do produto que vai desde a manufaturarão ou acondicionamento, recondicionamento, etc., ou seja, passando por todas as fases do processo de industrialização até chegar ao consumo. O contribuinte será o produtor.
IOF - há 4 fatos geradores: imposto sobre operação de crédito, câmbio e seguro ou sobre operações relativas a títulos ou valores imobiliários.
O contribuinte é o correntista ou a pessoa que realiza a operação.
IGF - Imposto Sobre Grandes Fortunas - Há previsão para sua criação na Constituição contudo não existe no Brasil. É um imposto de origem francesa.
03/11/2016
Continuação - Impostos Federais
Impostos sobre Propriedade Territorial Rural - Critério de exclusão pela lei de zoneamento, e estatuto das cidades, observando estas fontes sabe-se se é ou não rural.
Finalidade deste imposto é Combater latifúndio improdutivo.
É um instrumento importante da política agrária.
As alíquotas destes impostos poderão ser progressivas conforme a improdutividade da terra, ou seja, se a terra não tem produtividade, terá a progressão, pois não há função social. Sendo assim, quando não há função social para estas terras, haverá a reforma agrária.
Nos casos de pequena gleba rural, se tem função social também será isenta.
Fato Gerador da isenção - é o momento que a propriedade é adquirida. Pois há a posse a qualquer título e os frutos.
ITR incide sobre o valor fundiário do bem, não incide sobre o valor de construções e edificações.
Base de Cálculo será a terra nua.
ITR é um imposto de competência da União. A União não pode abrir mão desta competência, ou seja, não pode em hipótese alguma delegar, haja vista que está estabelecido na CF/88. Entretanto, devido ao tamanho territorial do Brasil, não é possível a União controlar todo território, sendo assim a União delegou a capacidade de fiscalização e arrecadação do imposto (o que é permitido) para os municípios. Não são todos os municípios que fazem essa parceria, mas se ele se compromete, ele tem 100% do valor arrecadado.
IR - Imposto de Renda e Proventos de Qualquer Natureza
Renda - Tudo aquilo que de forma direta foi obtido como fruto do trabalho e produção de capital.
Proventos - tudo que não se enquadra em renda, se adquire proventos com pensões, loteria, aposentadoria, etc., ou seja, não é adquirido diretamente por meio de trabalho e produção de capital.
Tudo aquilo que surgiu de um acréscimo patrimonial gerado direta ou indiretamente, incidirá IR.
O fato que gera a obrigação tributário é tudo aquilo de acréscimo patrimonial disponível.
Quem ganha até R$ 1.700,00 - terá isenção.
Quem ganha entre R$ 1.701,00 a 4.000,00 - é arrecadado 15%
Quem ganha entre 4.001,00 ou mais - é arrecadado 27,5%
Para efeitos fiscais não existe idade limite para contribuir.
IR Pessoa Jurídica - incide sobre o lucro da empresa que podem ser:
Lucro Real - 
Lucro Presumido -
Lucro Arbitrado -
Micro ou Pequenas empresas podem optar entre lucro real e presumido, no entanto grandes empresas não têm essa opção, apenas lucro real.
OBS: IR observa o princípio da anterioridade comum, não observando a anterioridade nonagesimal.
Impostos Estaduais
IPVA - Anexo I - CTB - Define o que é veículo automotor.
Só é cobrado IPVA por veículos circulam pela malha viária.
ITCMD - "causa mortis' - O fato gerador ocorre com a morte. Se o de cujus tiver patrimônio incidirá o valor do imposto sobre ele. Os herdeiros são os contribuintes.
ITCMD - "Doação" – Quando é Causa Mortis o imposto é o ITCM, quando doação ITCD.
ITCD 
=
 DOA
ÇÃ
O
ITCM 
=
 
CAUSA MORTS
ICMS - Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
Divide-se em dois:
ICM - só recolhe quando há alteração de titular. Não existe ICM sobre empresas que tem matriz e filial.
É um imposto plurifásico. Em cada fase ele é cobrado, deduzindo as fases que já foram recolhidos em fase anterior para não incidir imposto em cascata. Princípio da não cumulatividade.
10/11/2016
Continuação
ICMS - não é só a saída física, mas a titularidade da mercadoria. A saída não é necessariamente física, mas deve ser jurídica.
O ICMS tem como características da não cumulatividade.
Essencialidade do bem: em razão disto as alíquotas poderão ser variadas.
O fisco não pode apreender mercadoria como forma de fazer o contribuinte recolher.
IS - O "S" corresponde aos serviços - Transportes interestaduais e intermunicipais e telefonia.
At. 155 CF/88 - Imunidade - Combustível - Deslocamento de combustível é imune. Afasta também o ouro do ICMS. A movimentação financeira é imune, pois já se recolhe IOF.
Cada Estado adota a alíquota que lhe convém.
Impostos Municipais - 
Imposto sobre Serviço (ISS) - Exceto aqueles já tributados por ICMS - Transportes intermunicipais, interestaduais e comunicação.
O ISS tem uma Lei Complementar - 116/03 - Existe uma lista taxativa pois é elencada por números. Serve para todos os municípios quando for tributar. Eles não podem ampliar esta lista.
A base de cálculo - será o valor do serviço prestado.
Contribuinte - É quem presta o serviço de forma direta.
Há o responsável tributário - por exemplo, a FMU desconta em folha dos professores os encargos. Isto acontece em algumas profissões.
Imposto de Transmissão de Bens Inter vivos (ITBI) - Imóveis na sua natureza e tudo que for acrescido a ele. Há necessidade de fazer uma averbação na certidão da nova área construída ao projeto de inicial do imóvel.
Ascenção por Natureza - um fenômeno natural que pode fazer o terreno ficar maior, ou seja, que faça ter um acréscimo, sendo assim incidirá o ITBI.
Contribuinte - o legislador foi omisso no tocante contribuinte. Cabe ao alienante e ao adquirente quem contribuirá.
O valor de base será o valor da transição.
Não incide ITBI em retrovenda, desde que tenha cláusula e nos casos de desapropriação.
Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbano - o Estatuto das cidades será o norte para saber se a propriedade está ou não na zona urbana.
O IPTU só pode ser cobrado se houver ao menos 2 elementos, por exemplo, saneamento básico e eletricidade.
Observa a capacidade econômica do contribuinte.
Base de cálculo do IPTU pode ser alterado semobservar a anterioridade nonagesimal. Observa apenas a anterioridade comum.
O IPTU tem natureza fiscal e extrafiscal -
Natureza fiscal - ao tamanho do imóvel e localização.
Natureza Extrafiscal - é constitucional, ou seja, se você tem um bem imóvel, você tem obrigação de dar uma função social a este bem. Não é regulador de economia neste caso.
Caso o bem esteja abandonado, as alíquotas serão progressivas, até ocorrer o fenômeno da desapropriação sanção.
Súmula 589 - É inconstitucional de fixar adicional de cobrança pela quantidade de bens imóvel. Cada imóvel tem seu fator gerador.
Espécies tributárias:
Impostos
Taxas
Contribuições de Melhorias
Empréstimo Compulsório
Outras Contribuições
Taxa - é vinculada a uma contraprestação estatal. Pode ser de duas formas:
Prestação de Serviço Público Específico e Divisível seja ele utilizado de forma efetiva ou em potencial e a taxa também poderá ser decorrente de poder de polícia (polícia administrativa, de fiscalização).
O ente político que poderá cobrar taxa serão União, Estadual, Municipal, Distrito Federal, ou seja concorrente, qualquer ente político poderá cobrar. 
O fato gerador é o seu poder de polícia e o serviço público posto à disposição. A Administração Pública tem que cobrar por se ato vinculado.
Cartório = Serventia - ele é uma “longa manus’ do poder judiciário.
Taxa é conhecida como "Uti Singuli", ou seja, determinar quem vai utilizar o serviço.
Base de Cálculo da Taxa - O serviço
A taxa não pode ter a mesma base de cálculo e fato gerador dos impostos, entretanto há uma situação "sui generis" como a taxa de lixo em SP, criada pela ex-prefeita Marta Suplicy. A coleta de lixo já está embutida no IPTU.
O STF decidiu pela súmula vinculante 19 que a taxa de lixo é constitucional.
Poder de Polícia - (art. 78 CTN) - atividade da administração pública limitando ou disciplinando direitos, interesses ou liberdades.
  Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. (Redação dada pelo Ato Complementar nº 31, de 1966)
A taxa adota singularidade
Imposto adota a universalidade
24/11/2016
Contribuição de Melhoria - Art. 81 e 82 CTN
Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
Fator Gerador - é uma valorização imobiliária (obra pública, ex. o metrô) decorrente de uma obra pública.
Um perito poderá determinar se houve valorização ou não.
UEDFM - Tem que publicar um Edital, tem que ter um memorial descritivo, custo total, geral, região e quais imóveis serão desapropriados.
Art. 82 - Requisitos mínimos, porém aumentar e detalhar.
  Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos mínimos:
        I - publicação prévia dos seguintes elementos:
        a) memorial descritivo do projeto;
        b) orçamento do custo da obra;
        c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição;
        d) delimitação da zona beneficiada;
        e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas;
A Contribuição de Melhoria é cobrado apenas uma vez, só pode ser cobrada se houve melhoria. O tributo é cobrado mediante um lançamento, é uma notificação.
Empréstimo Compulsório - Art. 188 CF/88 e art. 15 CTN
Tem competência exclusiva. Só a União pode cobrar este empréstimo, caso ela não tenha receita em caixa. A União restitui em até 5 anos até o término do fato gerador. Tem que devolver a mesma quantidade e corrigir monetariamente.
Tem caráter temporário.
Só Lei complementar que institui o empréstimo compulsório.
Empréstimo compulsório é exclusivo da União, apenas a União poderá institui-lo.
Fato Gerador do Empréstimo Compulsório (art. 15 CTN)
  Art. 15. Somente a União, nos seguintes casos excepcionais, pode instituir empréstimos compulsórios:
        I - guerra externa, ou sua iminência;
        II - calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atender com os recursos orçamentários disponíveis;
        III - conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo.
Um exemplo do art. 15, II - temos o Rio de Janeiro que pediu a intervenção federal, pois o Estado do RJ não poderia instituir imposto, pois não é concorrente é de responsabilidade exclusiva da União.
No art. 15, III - A lei que fixará o prazo e a condições deste empréstimo.
A competência é exclusiva da União é espécie de tributo extraordinário, só acontece em casos excepcionais.
Outros Contribuições - Espécies sui generis. A doutrina os chama de impostos disfarçados. Não tem contraprestação Estatal, não é vinculado. Quando se cria lei desta ordem tem que se determinar a finalidade.
Há 3 subespécies de Contribuições:
1. Contribuição para Financiamento de Seguridade Social - Chamadas as contribuições sociais. Envolve, previdência, saúde e assistência social. Não tem natureza tributária e sim previdenciária.
2. Contribuições para categorias profissionais e econômicas - exemplo: quando se faz parte de uma determina categoria profissional, é fiscalizado pelo Estado, sendo assim se paga uma taxa. O Estado cobra de órgãos como CRM, CRO, CREA, etc., contribuição.
OAB - A anuidade deste órgão de classe que não se vincula ao Estado tem natureza "sui generis". É específica, não se sujeita a nenhum dos poderes, não se vincula a Adm. direta e indireta. A OAB não realiza atividade parafiscal.
3. Contribuições Interventivas - são reguladoras da economia. Visam o fomento e o desenvolvimento regional desde que a União demonstre interesse. Em regra, esta espécie de contribuição é de competência da União. Quando a União vai institui-la terá que dizer qual a sua finalidade. Já houve um imposto desta natureza chamado CIDE, por exemplo. Serviu para fomentar a indústria do petróleo. A destinação da taxa é para fomentar a pesquisa e estudo do petróleo. Outro exemplo, foi a CPMF (Contribuição Provisória de Movimentação Financeira). Toda a movimentação bancária incidia uma alíquota de 0,0018%.
Excepcionalmente, temos uma contribuição que compõe essas "outras contribuições" que é Municipal.
A EC 39/2002 que permitiu a outorga de competência para determinadas contribuições a Municípios e Distrito Federal. Essa emenda criou o Art. 149-A na CF/88 - Compete ao Municípios ou DF instituir a COSIP (Contribuição de Serviço de Iluminação Pública). O STF decidiu através de uma súmula vinculante 41 para determinar que esta contribuição não tinha natureza de taxa, e reafirma sua natureza de Contribuição.
Qual a figura do pedágio?
A quem defenda ser Preço Público e quem defenda ser Taxa. Em Direito Administrativo é Taxa.
Pedágio é o pagamento da utilização da via pública.
Art. 150, V, CF/88 - Dentro do capítulo sistema tributário nacional, dentro do princípio da limitação de liberdade, há uma ressalva do pedágio. O pedágio já foi considerado uma espécie "sui generis", até os dias de hoje não há unanimidade em relação à natureza do pedágio. Ele pode ser considerado:
Taxa - quando a cobrança se faz diretamente do Estado para manutenção da via pública, neste caso, terá um caráter de taxa.
Preço Público - neste caso se a cobrança e a manutenção, for concedido por uma concessionária ou permissionária será então preço público.Competência Tributária - Art. 145 CF/88
Compete privativamente a cada ente político instituir ou majorar tributos, desta forma é a constituição que está a determinar esta prática.
Competência fixada na CF é intransferível, indelegável e irrenunciável (art. 8 CTN). É uma atribuição política por esta razão o fato de ser intransferível, irrenunciável e indelegável. O ente político fixado pela CF é considerado na relação jurídico-tributaria sujeito ativo direto. Entretanto, embora a competência seja indelegável, os entes políticos podem delegar a capacidade apenas para fiscalização e para arrecadação. Quando a capacidade de fiscalizar ou arrecadar é realizada, é chamada de atividade parafiscal, pois está agindo paralelamente ao fisco.
A Capacidade tributaria é normalmente delegada à PJ de direito público diversa, é uma função administrativa e não política (Art. 7, parágrafo 3 CTN).
Exemplos: Autarquias, CRM, CRESI, etc.
Nestes casos são considerados sujeitos ativos indiretos, pois não são responsáveis pelo tributo apenas auxiliam na fiscalização e arrecadação.
Relação Jurídico-Tributária - essa relação surge de uma hipótese abstrata, chamada de Hipótese de Incidência. É uma hipótese que poderá surgir alguma incidência, é abstrata pois existe apenas a descrição na lei. A lei descreve os elementos:
Aspecto Material
Aspecto Espacial
Aspecto Pessoal
Quando os elementos do tipo tributário estão apenas na lei é uma mera abstração, esta mera abstração é uma Hipótese de Incidência.
Linha do Tempo:
Obrigação Tributária: gera a relação Fisco e Contribuinte.
Lançamento é uma atividade administrativa vinculada.
Fisco = Sujeito ativo direto (são entes políticos diretos) e o sujeito ativo indireto são os parafiscais.
Contribuinte = Sujeito Passivo (qualquer pessoa física ou jurídica). A capacidade de ser sujeito passivo independe de idade, e independe de pessoa jurídica da legalidade de sua atividade, sendo assim é uma capacidade plena. Para o fisco o Crédito Tributário não tem cheiro.
Para ser contribuinte independe de idade, grau de escolaridade ou qualquer outra restrição.
Art. 126 CTN - Capacidade Tributária Passiva.
Art. 126. A capacidade tributária passiva independe:
        I - da capacidade civil das pessoas naturais;
        II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios;
        III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional.
Sujeito Ativo:
    Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o seu cumprimento.
        Art. 120. Salvo disposição de lei em contrário, a pessoa jurídica de direito público, que se constituir pelo desmembramento territorial de outra, subroga-se nos direitos desta, cuja legislação tributária aplicará até que entre em vigor a sua própria.
Sujeito Passivo:
    Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.
        Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
        I - Contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador;
        II - Responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei.
        Art. 122. Sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada às prestações que constituam o seu objeto.
        Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes.
Solidariedade:
   Art. 124. São solidariamente obrigadas:
         I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal;
         II - as pessoas expressamente designadas por lei.
        Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem.
        Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:
        I - o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais;
        II - a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo;
        III - a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais.

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