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E.D.VIII Questionário II

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Prévia do material em texto

Pergunta 1
0,5 em 0,5 pontos
Economia: globalização e relações de trabalho.
Leia o texto a seguir.
O fim do trabalho?
Thomaz Wood Jr.
O trabalho é ideia milenar nem sempre muito apreciada. A Grécia antiga não o tinha em grande conta e o considerava um inimigo da virtude, a cercear os homens de suas mais nobres aptidões, as quais deveriam ser desenvolvidas na filosofia e na política. As sociedades industrializadas modernas, contrariamente aos gregos, celebram o trabalho como valor central, algo capaz de gerar riqueza e bem-estar, beneficiando o indivíduo e a sociedade.
Algumas tendências em curso sinalizam, entretanto, o declínio dos empregos estáveis, de tempo integral. A crise econômica do fim dos anos 2000 e a presente recessão brasileira nos levam a relembrar o drama do desemprego. Quando cortam quadros ou encerram atividades, as empresas projetam uma sombra sobre as comunidades. A arrecadação diminui, o consumo cai, os serviços básicos são afetados, a coesão cultural é enfraquecida e multiplicam-se patologias sociais e dramas pessoais.
Os últimos séculos foram marcados por reinvenções sucessivas do trabalho, da agricultura para a indústria e desta para os serviços. As transições foram traumáticas, mas cada estado final representou uma evolução em relação ao seu ponto de partida, com mais empregos e mais riqueza. As tendências atuais apontam, entretanto, para a criação de uma massa paralela de destituídos, sem emprego ou competências para subsistir em um mundo intensivo em tecnologia.
Podemos identificar três grandes tendências. A primeira delas é a superação do trabalho pelo capital. Desde os anos 1980, as empresas investiram em reestruturações e em automação industrial, na busca de formas eficientes para organizar o trabalho e automatizar seus processos. O resultado foi o enxugamento dos quadros e uma perda progressiva do poder de barganha do trabalho diante do capital. A segunda tendência é o desaparecimento progressivo do trabalhador. Estatísticas norte-americanas indicam um aumento inexorável do porcentual de homens que não estão trabalhando ou procurando por trabalho. A terceira tendência relaciona-se ao avanço das tecnologias de informação e comunicação. Os impactos de mudanças tecnológicas podem demorar anos para se manifestar, mas, quando ocorrem, são contundentes. Vendedores, caixas, atendentes e funcionários de escritórios são os primeiros na linha de fogo.
O trabalho preenche três funções sociais: é uma forma pela qual a economia produz bens, um meio de as pessoas garantirem seu sustento e uma atividade que provê sentido e propósito à vida das pessoas. O que ocorrerá se as tendências acima mencionadas se aprofundarem? A primeira função social parece cada vez menos dependente de trabalhadores. A economia poderá continuar produzindo bens, com menor número de empregos. Mas sem salários, quem irá consumi-los? A terceira função social poderá ser substituída, uma vez que há outras atividades passíveis de prover sentido e propósito para os indivíduos. Mas o que ocorrerá com a segunda função social? Como continuar a garantir o sustento sem uma oferta condizente de empregos?
Muitas pessoas detestam sua profissão, seu emprego ou ambos. Porém perder o ganha-pão pode ser trágico. Nos países desenvolvidos, a infraestrutura madura e as redes de proteção social, aliadas a certa criatividade individual e doses crescentes de empreendedorismo, poderão tornar a vida na informalidade laboral passável, até recompensadora. Nos países em desenvolvimento, a transição poderá ser mais dura e trágica.
Entretanto, o pessimismo necessário deve ser temperado com doses homeopáticas de otimismo. Trabalhos estáveis e de tempo integral talvez sejam vistos no futuro como peculiaridade de uma época. Os nostálgicos talvez lamentem seu desaparecimento. Outros talvez celebrem seu declínio, como uma porta aberta para o cultivo das virtudes, como desejavam os antigos gregos.
Disponível em <http://www.cartacapital.com.br/revista/860/o-fim-do-trabalho-5512.html>.
Com base na leitura, analise as afirmativas:
Para os gregos, o trabalho era visto como algo ordinário e reservado às classes inferiores, e tal visão justifica a recente crise econômica que a Grécia enfrenta, pois, segundo o texto, “as sociedades industrializadas modernas, contrariamente aos gregos, celebram o trabalho como valor central, algo capaz de gerar riqueza e bem-estar, beneficiando o indivíduo e a sociedade”.
Segundo o texto, a redução de trabalhadores põe em risco a produção mundial, uma vez que “estatísticas norte-americanas indicam aumento inexorável do percentual de homens que não estão trabalhando”.
Depreende-se do texto que a virtude humana sempre esteve associada ao trabalho e à produtividade, uma vez que o trabalho enobrece e dignifica o homem.
De acordo com o texto, a automação industrial e os avanços tecnológicos são responsáveis pela transformação das relações de trabalho.
Está correto o que se afirma somente em:
	Resposta Selecionada:
	e.
IV.
	Respostas:
	a.
I e IV.
	
	b.
II e IV.
	
	c.
I, II e III.
	
	d.
III e IV.
	
	e.
IV.
Feedback da resposta:
Resposta: E
Comentários: I – Afirmativa incorreta: A visão grega sobre o trabalho na Antiguidade não tem qualquer relação com a crise econômica e política atualmente vivida pelo país. II – Afirmativa incorreta: O texto afirma que a economia poderá continuar produzindo com menos trabalhadores. Além disso, o trecho citado não estabelece de relação de causa com a afirmação anterior. III – Afirmativa incorreta: Na Antiguidade, os gregos consideravam que o trabalho era um inimigo da virtude. IV – Afirmativa correta: O texto afirma que a alteração nos modos de produção implica mudanças nas relações de trabalho.
Pergunta 2
0,5 em 0,5 pontos
Direitos humanos: literatura e arte.
Leia o texto a seguir, trecho de “O direito à literatura”, do professor Antonio Candido.
E aí entra o problema dos que lutam para que isso aconteça, ou seja: entra o problema dos direitos humanos. Por quê? Porque pensar em direitos humanos tem um pressuposto: reconhecer que aquilo que consideramos indispensável para nós é também indispensável para o próximo. Esta me parece a essência do problema, inclusive no plano estritamente individual, pois é necessário um grande esforço de educação e autoeducação a fim de reconhecermos sinceramente este postulado. Na verdade, a tendência mais funda é achar que os nossos direitos são mais urgentes do que os do próximo. Nesse ponto, as pessoas são frequentemente vítimas de uma curiosa obnubilação. Elas afirmam que o próximo tem direito, sem dúvida, a certos bens fundamentais, como casa, comida, instrução, saúde, coisas que ninguém bem formado admite hoje em dia que sejam privilégio de minorias, como são no Brasil. Mas será que pensam que seu semelhante pobre teria direito a ler Dostoievski ou ouvir os quartetos de Beethoven? Apesar das boas intenções no outro setor, talvez isto não lhes passe pela cabeça. E não por mal, mas somente porque quando arrolam os seus direitos não estendem todos eles ao semelhante. Ora, o esforço para incluir o semelhante no mesmo elenco de bens que reivindicamos está na base da reflexão sobre os direitos humanos.
Disponível em <http://www.escolamobile.com.br/emedio/vereda/arquivos/portugues/3cport_etc_01.pdf>.
Com base na leitura, analise as asserções e assinale a alternativa correta.
As pessoas que reconhecem os direitos humanos à saúde, à moradia e à alimentação também estendem aos mais pobres o direito à arte.
PORQUE
II .O reconhecimento de que os bens indispensáveis para nós são também necessários aos outros é fundamental para a discussão dos direitos humanos.
	Resposta Selecionada:
	c.
A asserção I é falsa e a II é verdadeira.
	Respostas:
	a.
As asserções I e II são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
	
	b.
As asserções I e II são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira.
	
	c.
A asserção I é falsa e a II é verdadeira.
	
	d.A asserção I é verdadeira e a II é falsa.
 
	
	e.
As asserções I e II são falsas.
Feedback da resposta:
Resposta: C
Comentário: I – Asserção falsa: O autor afirma que mesmo pessoas que reconhecem os direitos humanos à saúde, à educação e à moradia não veem como necessidade básica o acesso à arte e à literatura. II – Asserção verdadeira: De acordo com o texto, reconhecer que nossas necessidades não são maiores e nem mais urgentes do que as dos outros é pressuposto básico para a discussão dos direitos humanos.
Pergunta 3
0 em 0,5 pontos
	
	
	
	Economia: mercado de trabalho.
Considere a tirinha e o texto a seguir.
	
	
	
Economia: mercado de trabalho.
Considere a tirinha e o texto a seguir.
Disponível em: <http://www.klickeducacao.com.br/simulados/simulados_mostra/0,7562,POR-19561-35-35-2009,00.html>.
Indicadores mostram mercado de trabalho desfavorável, diz FGV
Depois de avançar em outubro, o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) formulado pela Fundação Getúlio Vargas recuou 0,3% no mês passado e atingiu 74,5 pontos. Pela média móvel trimestral, o indicador apresenta suave alta em novembro, o que, no entanto, é insuficiente, segundo a FGV, para confirmar a inversão na tendência de queda observada desde o início do ano.
Em nota, o pesquisador da FGV Fernando de Holanda Barbosa Filho destaca que o indicador permanece em nível historicamente baixo sem tendência de forte recuperação no futuro próximo. “Embora os dados mostrem otimismo — ou reversão do pessimismo — em alguns setores, o índice reflete um cenário de baixa expectativa na geração de vagas no próximo ano”.
O IAEmp é construído como uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, e busca antecipar os rumos do mercado de trabalho no país. Entre as variáveis que mais contribuíram para o leve recuo do indicador está a avaliação menos pessimista dos industriais sobre a situação atual dos negócios, com variação de 10,8%, que de alguma forma foi compensada pelos outros indicadores que compõem o índice e em especial pela percepção dos consumidores sobre a disponibilidade de emprego no futuro, que variou -10,1%. Cinco dos sete componentes contribuíram negativamente para o indicador.
Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) subiu 3,0% em novembro em relação ao mês anterior e chegou a 74,4 pontos, menor nível desde abril de 2010 (75,2 pontos). O resultado mantém a tendência observada nos meses anteriores e reflete a contínua piora da percepção do consumidor sobre as possibilidades de se conseguir emprego.
“Os resultados de novembro confirmam a desaceleração do mercado de trabalho doméstico na visão das famílias. A variação acumulada em três meses é negativa para todas as faixas de renda analisadas desde agosto de 2014, mostrando que a situação atual do emprego é bem menos favorável hoje”, diz Barbosa Filho.
O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, do quesito da Sondagem do Consumidor que capta a percepção do entrevistado a respeito da situação presente do mercado de trabalho. As classes que mais contribuíram para a variação do ICD esse mês foram das famílias com renda entre R$2.100.00 e R$4.800.00, cujo Indicador de Emprego (invertido) variou 5,9%; e a classe mais alta, das famílias com renda acima de R$9.600.00, com variação de 4,1%.
Disponível em: <http://www.valor.com.br/brasil/3806084/indicadores-mostram-mercado-de-trabalho-desfavoravel-diz-fgv#ixzz3L2x7Q5Ok>.
Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta.
A tirinha define o conceito de indicador patronal e o texto discorre sobre indicadores setoriais.
O texto é contraditório, uma vez que afirma que o IAEmp recuou 0,3% em novembro, mas apresentou alta na média trimestral.
 III. As vagas no mercado de trabalho para o ano de 2015 serão mais favoráveis para as famílias com renda abaixo de R$2.100,00.
 IV. A tirinha e o texto criticam o autoritarismo e a arbitrariedade nas empresas brasileiras, o que faz com que muitos funcionários sejam demitidos.
Resposta Selecionada:
a.
Apenas a afirmativa I está correta.
Respostas:
a.
Apenas a afirmativa I está correta.
b.
Apenas a afirmativa III está correta.
c.
Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
d.
Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas.
e.
Nenhuma afirmativa está correta.
Pergunta 4
0 em 0,5 pontos
	
	
	
	Legislação: maioridade penal
Leia o texto da psicanalista Maria Rita Kehl.
Justiça ou vingança?
Maria Rita Kehl
Sou obrigada a concordar com Friedrich Nietzsche: na origem da demanda por justiça está o desejo de vingança. Nem por isso as duas coisas se equivalem. O que distingue civilização de barbárie é o empenho em produzir dispositivos que separem um de outro. Essa é uma das questões que devemos responder a cada vez que nos indignamos com as consequências da tradicional violência social em nosso país.
Escrevo "tradicional" sem ironia. O Brasil foi o último país livre no Ocidente a abolir a prática bárbara do trabalho escravo. Durante três séculos, a elite brasileira capturou, traficou, explorou e torturou africanos e seus descendentes sem causar muito escândalo.
Joaquim Nabuco percebeu que a exploração do trabalho escravo perverteria a sociedade brasileira – a começar pela própria elite escravocrata. Ele tinha razão.
Ainda vivemos sérias consequências desse crime prolongado que só terminou porque se tornou economicamente inviável. Assim como pagamos o preço, em violência social disseminada, pelas duas ditaduras – a de Vargas e a militar (1964 a 1985) – que se extinguiram sem que os crimes de lesa-humanidade praticados por agentes de Estado contra civis capturados e indefesos fossem apurados, julgados, punidos.
Hoje, três décadas depois de nossa tímida anistia "ampla, geral e irrestrita", temos uma polícia ainda militarizada, que comete mais crimes contra cidadãos rendidos e desarmados do que o fez durante a ditadura militar.
Por que escrevo sobre esse passado supostamente distante ao me incluir no debate sobre a redução da maioridade penal? Porque a meu ver, os argumentos em defesa do encarceramento de crianças no mesmo regime dos adultos advêm dessa mesma triste "tradição" de violência social.
É muito evidente que os que conduzem a defesa da mudança na legislação estão pensando em colocar na cadeia, sob a influência e a ameaça de bandidos adultos já muito bem formados na escola do crime, somente os "filhos dos outros".
Quem acredita que o filho de um deputado, evangélico ou não, homofóbico ou não, será julgado e encarcerado aos 16 anos por ter queimado um índio adormecido, espancado prostitutas ou fugido depois de atropelar e matar um ciclista?
Sabemos, sem mencioná-lo publicamente, que essa alteração na lei visa apenas os filhos dos "outros". Estes outros são os mesmos, há 500 anos. Os expulsos da terra e "incluídos" nas favelas. Os submetidos a trabalhos forçados.
São os encarcerados que furtaram para matar a fome e esperam anos sem julgamento, expostos à violência de criminosos periculosos. São os militantes desaparecidos durante a ditadura militar de 1964-85, que a Comissão da Verdade não conseguiu localizar porque os agentes da repressão se recusaram a revelar seu paradeiro.
Este é o Brasil que queremos tornar menos violento sem mexer em nada além de reduzir a idade em que as crianças devem ser encarceradas junto de criminosos adultos. Alguém acredita que a medida há de amenizar a violência de que somos (todos, sem exceção) vítimas?
As crianças arregimentadas pelo crime são evidências de nosso fracasso em cuidar, educar, alimentar e oferecer futuro a um grande número de brasileiros. Esconder nossa vergonha atrás das grades não vai resolver o problema.
Vamos vencer nosso conformismo, nossa baixa estima, nossa vontade de apostar no pior – em uma frase, vamos curar nossa depressão social. Inventemos medidas socioeducativas que funcionem: sabemos que ospresídios são escolas de bandidos. Vamos criar dispositivos que criem cidadãos, mesmo entre os miseráveis – aqueles de quem não se espera nada.
Disponível em <http://app.folha.uol.com.br/#noticia/562864>.
 
Com base na leitura, analise as afirmativas.
A redução da maioridade penal, de acordo com o texto, não expressa desejo de justiça e não irá solucionar o problema da violência no Brasil.
Para a autora, a criminalidade tem causa nos problemas sociais e a redução da maioridade penal é reflexo da tradicional exclusão que marca a história brasileira.
De acordo com a autora, a escravidão só terminou porque homens como Joaquim Nabuco lutaram para isso e, no momento atual, devemos ter líderes que criem dispositivos para formar cidadãos.
A sociedade, segundo o texto, não deve ter expectativas em relação aos miseráveis, responsáveis pela nossa depressão social.
Está correto o que se afirma apenas em:
	
	
	
	
	
	Resposta Selecionada:
	e.
I, II e III.
	Respostas:
	a.
I e II.
	
	b.
II, III e IV.
	
	c.
I e III
	
	d.
I e IV.
 
	
	e.
I, II e III.
	
	
	
Pergunta 5
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Literatura: crônica.
Leia o texto a seguir.
	O agudo e a crônica
Antônio PrataQuando eu comecei a escrever crônicas, 15 anos atrás, prometi a mim mesmo que iria revolver somente a terra do meu canteiro, resistindo à tentação de arrastar o meu modesto arado por latifúndios pedregosos como a política, a economia, a crise no Oriente Médio. (Como diz o mestre Humberto Werneck, crônica é conversa sentado no meio-fio, não discurso sobre um caixotinho). Todo domingo, porém, questiono minha promessa: o mundo é vil, o país é injusto, há muitas causas importantes sem voz e muitos calhordas com megafones – devo seguir falando da minha infância, de um amigo que reencontrei, dos primeiros passos da minha filha? Às vezes, em bate-papos com leitores, me perguntam por que raramente escrevo sobre o assunto da semana. Digo que a chance de eu ter algo relevante a dizer sobre o assunto da semana é pequena, ainda mais concorrendo com jornalistas e especialistas que estão debruçados sobre a questão. Serei mais profundo ou divertido, terei, enfim, mais chance de dizer algo verdadeiro (mesmo que pequeno, mas verdadeiro, e é isso que importa) se mirar no que eu conheço: a minha infância, o amigo que reencontrei, os primeiros passos da minha filha. Também costumam perguntar, nesses bate-papos, se por falar sempre de si mesmo o cronista não seria um autocentrado e, portanto, um alienado. Acho o contrário: o cronista procura nele mesmo (ou melhor, numa ficção de si mesmo) os assuntos que possam tocar os outros. Todo mundo teve infância, todo mundo tem amigos que a vida afastou, mesmo quem não é pai ou mãe sabe o que é uma criança. Se ao falar do meu umbigo eu não cutucar o seu, a relação umbilical da literatura não se estabeleceu: pode escrever pro "Painel do Leitor". Esses questionamentos crônicos me voltam mais agudos nestas eleições. Na quinta retrasada, dia 18, um PM matou um ambulante com um tiro na cabeça. Nesta segunda, o PM foi solto. Não houve manifestações nem indignação por parte da população e Geraldo "quem não reagiu tá vivo" Alckmin, o chefe da PM, deve ser reeleito no primeiro turno. Naquela mesma quinta, 18, no presídio de Pedrinhas, Maranhão, foi assassinado o 17º preso, só neste ano. Ano passado, foram 60; alguns deles, decapitados diante das câmeras de celulares. Os senhores feudais que dominam o Maranhão e gerenciam Pedrinhas são da base de apoio da Dilma, que acusa Marina de ser uma proposta insensata por não contar com o apoio de senhores feudais como os que dominam o Maranhão e gerenciam Pedrinhas. Marina, contudo, não é nada insensata: a paladina da nova política apoia quem, em SP? Alckmin. Devo seguir falando da minha infância, de um amigo que reencontrei, dos primeiros passos da minha filha? Às vezes acredito que sim: que a crônica existe para iluminar uns rincõezinhos assombreados do cotidiano, pra abrir nossos olhos para a graça que passa despercebida, pelas esquinas – e que isso também é um ato político. Outras vezes, porém, me vejo como um nobre gordo, na França, em 1788, comendo codornas enquanto o povo morre de fome, de bala ou é decapitado do lado de fora e nos calabouços do castelo.
Disponível em <http://tools.folha.com.br/print?site=emcimadahora&url=http://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2014/09/1523733-o-agudo-e-a-cronica.shtml>.
Com base na leitura, analise as afirmativas.
O autor considera que a leveza da crônica não combina com temas políticos ou sociais e por isso Antônio Prata não comenta nada sobre eles.
Ao se comparar com um nobre francês do século XVIII, o autor enaltece o papel do cronista na sociedade, evidenciando seu prestígio entre os leitores.
O autor indica a responsabilidade do papel do cronista na medida em que os textos abordam questões do cotidiano e promovem reflexões no leitor.
De acordo com o autor, os acontecimentos da vida pessoal não despertam interesse nas outras pessoas e limitam a crônica ao próprio umbigo do escritor.
Está correto o que se afirma somente em:
	
	
	
	
	
	Resposta Selecionada:
	e.
III
	Respostas:
	a.
II e III.
	
	b.
III e IV.
	
	c.
I e II.
	
	d.
I e IV.
	
	e.
III
	Feedback da resposta:
	Resposta: E
Comentário: I – Afirmativa incorreta: O autor questiona o que deve ser tema de crônica e comenta assuntos políticos e sociais recentes, como o assassinato do ambulante. II – Afirmativa incorreta: A comparação indica o cronista como um ser alienado da sociedade, papel que o autor questiona. III – Afirmativa correta: O autor questiona sobre o papel social do cronista. IV – Afirmativa incorreta: O autor afirma que o cronista deve transformar suas experiências pessoais em algo significativo para a vida do leitor
	
	
	
Pergunta 6
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Saúde: obesidade.
Leia o texto e a charge a seguir.
Reclama pro bispo
Dráuzio Varella
Os brasileiros não param de engordar.
Estão acima do peso 51% dos adultos (eram 43%, em 2006). São classificados como obesos 17% (eram 11%, em 2006). O futuro não parece promissor: um terço das crianças de cinco a nove anos tem excesso de peso. A seguirmos nessa toada, daqui a pouco empataremos com os norte-americanos. Lá, três em cada quatro adultos carregam sobrepeso. Mais de 30% da população caem na faixa da obesidade [...]
Teoricamente, o problema da obesidade pode ser resumido numa equação singela: quem ingere mais calorias do que gasta, ganha peso; quem faz o oposto, emagrece.
Seria ridículo negar que a agitação e as comodidades da vida moderna, a publicidade, a disponibilidade e o baixo custo de alimentos altamente calóricos conspiram a favor da disseminação da epidemia, mas jogar em fatores ambientais a culpa pela gordura que você acumulou no abdômen não vai ajudá-lo a evitar as complicações da obesidade [...]
O corpo humano é uma máquina construída para o movimento. Se você precisa ou faz questão de passar o dia sentado, a liberdade à mesa fica comprometida.
Se no seu dia não sobra um minuto para fazer exercício, você está vivendo errado, está deixando de levar em consideração seu bem mais precioso: o corpo. Enquanto não dá um jeito nessa vida miserável, aumente a atividade física no local em que estiver: suba escada, fale ao telefone dando volta na mesa, alongue os caminhos a pé, abaixe e levante o tempo inteiro, não ande a passos de lesma. No começo, vão achar que você perdeu o juízo, mas o povo se acostuma.
Sejamos claros: a medicina não sabe tratar obesidade. Descontados os conselhos dietéticos ou as cirurgias bariátricas indicadas para os casos extremos, quase nada temos a oferecer. Se os médicos não dispõem da pílula mágica, a responsabilidade com o peso e a sobrevivência é individual. É cada um por si e Deus por ninguém, porque gula é um dos pecados capitais.
	
	
	
Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta.De acordo com o texto, apenas 25% dos adultos norte-americanos não apresentam excesso de peso.
A crítica da charge direciona-se às informações falsas que circulam na internet e ao efeito que elas geram nas pessoas.
De acordo com o texto, a obesidade é provocada tanto por alimentação inadequada quanto por falta de atividade física.
O título do texto indica a necessidade de que as instituições educacionais e religiosas adotem medidas para conscientizar as pessoas de que o cuidado com o corpo é importante.
A charge direciona seu foco para o problema da obesidade infantil, que, de acordo com o texto, já atinge mais de 30% de todas as crianças no Brasil.
	Resposta Selecionada:
	c.
I e III.
	Respostas:
	a.
I, II e III.
	
	b.
I, II e V.
	
	c.
I e III.
	
	d.
III, IV e V.
	
	e.
II e III.
Feedback da resposta:
Resposta: C
Comentário: I – Afirmativa correta: O texto afirma que 3 em cada 4 adultos norte-americanos (75%) apresentam sobrepeso. II – Afirmativa incorreta: O foco da charge é a questão do excesso de peso. III – Afirmativa correta: O texto afirma que o excesso de peso está associado ao fato de as pessoas consumirem mais calorias do que gastam no dia a dia. IV – Afirmativa incorreta: O título tem sentido figurado e não remete, de forma alguma, à intervenção de instituições no problema. V – Afirmativa incorreta: O foco da charge não é obesidade infantil e o texto diz que um terço (33%) das crianças brasileiras de 5 a 9 anos estão acima do peso (o que não significa que estejam obesas).
Pergunta 7
0 em 0,5 pontos
	
	
	
	Sociedade brasileira: invisibilidade social.
	
	
	
A dignidade morreu no horário de pico
María Martín
Vendedor de doces e balas nos superlotados trens do Rio de Janeiro, Adílio Cabral dos Santos, como o resto dos colegas de profissão, cruzava os trilhos para evitar que os fiscais apreendessem sua mercadoria. Até que um maquinista o atropelou na tarde desta terça-feira. Ele caiu entre os trilhos e, minutos depois, um outro trem passou por cima de seu corpo por ordem da empresa que gerencia o serviço. O corpo de Adílio estava interrompendo o tráfego, a estação de Madureira estava lotada e 6.000 passageiros precisavam que o trecho fosse liberado para chegar às suas casas. Adílio Cabral dos Santos teve o azar de morrer no horário de pico.
A morte e o tratamento dados ao corpo desse vendedor ambulante e ex-presidiário de 33 anos seria invisível não fossem os passageiros gravarem a cena com seus celulares. A SuperVia, companhia responsável pelos trens urbanos da região metropolitana do Rio, reconheceu que o centro de controle da empresa ordenou que o trem continuasse, em um “procedimento de exceção, sob absoluto controle”, devido ao tráfego intenso de trens com milhares de passageiros. A companhia afirma que Adílio já estava morto, mas a perícia ainda não havia chegado para atestá-lo.
Horas depois, Eunice de Souza Feliciano, mãe de Adílio, assistia estarrecida à cena na televisão sem saber que aquele corpo pixelado na tela, que sumia embaixo de um trem sob o comando de funcionários da estação, era do seu filho. “É uma coisa terrível, uma desumanidade, fizeram sinal para o trem vir, mas o que é isso?”, desabafou Eunice, de 61 anos, aos repórteres. “A gente já estava horrorizada com a situação e depois anunciam que era meu filho. Tem como?”, questiona, antes de as lágrimas cortarem sua fala.
A empresa considerou, entre outras coisas, que o trem tinha altura suficiente para ultrapassar o corpo sem atingi-lo e que a paralisação da linha criaria transtornos para toda a movimentação do horário, quando cerca de 200.000 pessoas viajam em todo o sistema ferroviário. “Passageiros retidos em trens parados tendem a descer irregularmente na linha, aumentando riscos de incidentes, como já ocorreu outras vezes”, justificou a SuperVia. O trem que passou por cima do corpo de Adílio liberou o espaço para desviar outras duas composições que aguardavam lotadas no mesmo trilho. Três trens dando marcha a ré era uma “manobra complicada”, diz a empresa.
Apesar dos potenciais problemas que o corpo de Adílio poderia ter causado no sistema, os bombeiros o encontraram por coincidência. A empresa assegura que os acionou logo depois do acidente, mas o Corpo de Bombeiros nega. Eles foram chamados mais de duas horas após o atropelamento por uma ocorrência de trauma, não relacionada com a morte de Adílio, na mesma estação. “Durante o atendimento, a equipe foi informada pelos funcionários da SuperVia que havia um corpo na linha férrea, próximo ao local de atendimento à vítima de trauma. Um policial militar já estava no local aguardando perícia”, afirma a assessoria do Corpo de Bombeiros. A equipe, então, constatou o óbito e continuou o atendimento do caso para o qual foi chamada até que os bombeiros foram acionados de novo, agora para retirar o cadáver. O corpo de Adílio deixou a linha do trem por volta das 20h, três horas depois do atropelamento.
O Governo do Rio pediu punição para os culpados. O secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osório, disse que os responsáveis devem ser identificados. "O que aconteceu em Madureira é um absurdo, uma situação que não pode acontecer em hipótese nenhuma. Foi um desrespeito, uma desumanidade você autorizar um trem passar por uma via que está interrompida por um corpo de uma pessoa morta", disse Osório.
A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil qualificou o episódio como uma “barbaridade” e a Agetransp, agência reguladora que fiscaliza os transportes no Rio de Janeiro, abriu uma investigação para apurar as responsabilidades. A família de Adílio não tinha condições de pagar o funeral. O vendedor foi enterrado nesta sexta-feira com o dinheiro da SuperVia.
Disponível em <http://brasil.elpais.com/brasil/2015/07/31/politica/1438377272_774029.html>.
 
Com base na leitura, analise as afirmativas.
A charge e a reportagem revelam a insensibilidade frente à morte de pessoas que são consideradas invisíveis pela sociedade.
A charge e a reportagem denunciam situações de descaso em relação aos indivíduos socialmente menos favorecidos.
A charge e a reportagem defendem que o interesse coletivo deve prevalecer sobre os problemas individuais.
Está correto o que se afirma em:
Resposta Selecionada:
a.
I e II, somente.
Respostas:
a.
I e II, somente.
b.
II, somente.
c.
I e III, somente.
d.
II e III, somente.
e.
I, II e III.
Pergunta 8
0,5 em 0,5 pontos
Sociedade contemporânea: crise hídrica em São Paulo.
Leia o texto a seguir.
Para Conselho Mundial da Água, crise hídrica em SP pode piorar em 2015
Mesmo que o período chuvoso, de outubro a abril, tenha o volume histórico médio de precipitação, isso não será suficiente para sanar o déficit acumulado nas represas que abastecem a Grande São Paulo e região. Com isso, a crise hídrica pode se intensificar em 2015 no Estado.
"O ano de 2015 pode ser mais preocupante do que este. Se vier o volume esperado, a chuva média, já será complicado. Se vier menos, a situação será crítica", disse o presidente do Conselho Mundial da Água e professor da Escola Politécnica da USP, Benedito Braga, que participa nesta manhã em São Paulo de evento sobre a crise hídrica. "Se tivermos chuvas normais durante este verão, a situação em abril do ano que vem, quando termina o período chuvoso, talvez seja de reservatórios em 20%, 30%, o que é um quadro extremamente difícil."
Em sua visão, levará pelo menos dois anos, conciliando as chuvas às medidas de contenção de consumo e de ampliação da oferta, para que a situação dos reservatórios paulistas se regularizem.
Em entrevista ao Valor, publicada nesta terça-feira, Braga diz que parte dos problemas guarda relação com a falta de planejamento de longo prazo, algo que deixou de ser feito no país há 40 anos. Como medida de curto prazo, porém, diz que não há alternativas a não ser reduzir o consumo e "rezar para chover".
Já para o presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambientalde São Paulo (Abes-SP), Alceu Bittencourt, será necessário ao menos um ano até que as condições dos reservatórios que abastecem a Grande São Paulo se regularizem, após o ano crítico que passaram em 2014 e que os derrubou a mínimas históricas de reservas.
"Embora as previsões meteorológicas não sejam seguras, as dificuldades devem se prolongar pelo menos pelo próximo ano inteiro, e demanda estratégias de longo prazo", disse Bittencourt, que também participa do seminário, promovido pela Abes-SP. "Eu acredito que as medidas tomadas até aqui foram muito efetivas. O abastecimento foi mantido mesmo sob condições realmente severas e inéditas de escassez."
Além das obras de infraestrutura de transposições de trechos de rios e de novas técnicas de extração de água da base dos reservatórios, que demandam prazos mais longos, Bittencourt também destacou a necessidade e a importância de medidas que atinjam diretamente no consumo, como políticas nas tarifas.
"Se havia restrição no período eleitoral, é preciso aprofundar essas políticas e sua comunicação, trazer a população para a discussão", disse o presidente da Abes-SP. "É preciso reduzir mais o consumo e nós achamos possível fazer isso com política de comunicação, de educação. As pessoas mudam seus hábitos. Não acho que deva ser de feito de forma autocrática." Uma política sugerida, por exemplo, é o aumento de tarifas para os domicílios que consumam acima de determinada faixa. 
Disponível em <http://www.valor.com.br/brasil/3801238/para-conselho-mundial-da-agua-crise-hidrica-em-sp-pode-piorar-em-2015#ixzz3L3GkJ7kd>.
Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta.
Os dois entrevistados consideram que é necessária uma política restritiva de tarifas, de modo a convencer o consumidor da importância da mudança de hábitos; caso contrário, deverão ser tomadas medidas autocráticas.
O presidente da Abes-SP ressalta a importância da atitude do consumidor, que precisa reduzir o consumo e utilizar o recurso natural de forma consciente, face ao ineditismo da escassez.
O professor entrevistado afirma que há 40 anos chovia o suficiente, por isso não houve necessidade de planejamento específico.
	Resposta Selecionada:
	d.
Apenas a afirmativa II está correta.
 
	Respostas:
	a.
Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
	
	b.
Todas as afirmativas estão corretas.
	
	c.
Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
	
	d.
Apenas a afirmativa II está correta.
 
	
	e.
Nenhuma afirmativa está correta.
Feedback da resposta:
Resposta: D
Comentário: I – Afirmativa incorreta: O segundo entrevistado afirma que não concorda com medidas autocráticas. II – Afirmativa correta: O entrevistado afirma que “é preciso reduzir mais o consumo” e que é possível fazer isso com política de comunicação, de educação. III – Afirmativa incorreta: O professor atribuiu parte dos problemas à falta de planejamento de longo prazo, algo que deixou de ser feito no país há 40 anos. Ele não afirma que não havia necessidade de planejamento.
Pergunta 9
0,5 em 0,5 pontos
Sociedade do controle: internet e redes sociais.
Leia o texto a seguir.
Bem-vindos à maravilhosa e medonha Zuckernet
Os perigosos efeitos de conhecer o mundo através de uma única rede social
Bia Granja
Outro dia, um jornalista deu a melhor definição que já ouvi sobre o Facebook: a rede social criada por Mark Zuckerberg é como um cachorro gigantesco correndo em sua direção no parque - você nunca sabe se ele vai arrancar sua cabeça com uma dentada ou te dar uma lambida carinhosa. O Facebook é o amigo-inimigo; ruim com ele, pior sem ele. É também o centro da vida de 1,4 bilhão de pessoas no mundo e de 50% dos brasileiros. Desses, 67% informam-se prioritariamente por essa rede social. Ou seja, 30% dos brasileiros têm no Facebook sua fonte primária de notícias e informações.
Mas quase 100% deles não fazem ideia de que o Facebook edita o que eles veem em suas timelines; de que essa rede social tem um algoritmo escrito por um menino de 26 anos que define o que 1,4 bilhão de pessoas no mundo devem ler; e de que isso empobrece nossa visão de mundo e fere um princípio básico da internet, o de fornecer acesso à informação sem censura e sem filtro.
Você curte ser manipulado? Você acha legal ter sua visão de mundo determinada por terceiros? Você não se sente meio idiota sabendo que o conteúdo que você acha que está escolhendo consumir, na verdade, foi escolhido por outro alguém?
Os mais apocalípticos dizem que o Facebook é a verdadeira Deep Web, porque tudo o que está ali não é nem indexável nem buscável — pelo menos para nós. Os cientistas de dados da rede social têm acesso ao que 20% da população mundial curte, compartilha, comenta, consome, lê, se interessa, em quem vota, o que come, com quem se relaciona, o que compra, o que ama, o que odeia e tudo o mais que despejamos no Facebook diariamente.
Além de essa inteligência (capaz de prever resultados de eleições) ser vendida para marcas, governos e organizações, há notícias de que são realizados experimentos questionáveis com essa base de usuários. Um desses experimentos vazou para a mídia uma vez, quando eles manipularam as emoções de milhares de usuários só porque… podiam! Isso é o que sabemos, mas existem coisas acontecendo no backstage da nossa rede social favorita de que nem fazemos ideia e que nos afetam diretamente.
Com o objetivo de fazer a rede social ser cada vez mais relevante para os usuários (para que eles não saiam nunca de lá) e com a grande e autoproclamada missão de levar a internet para os dois terços da população mundial que não têm acesso a ela, o Facebook toma medidas extremamente centralizadoras e questionáveis. O Internet.org, seu projeto “altruísta” de levar internet gratuita a populações carentes, é uma delas. A pessoa não ganha acesso a toda a internet, ganha acesso ao Facebook e a mais uma pequena porção de outros sites.
Ou seja, a medida que expande sua base de usuá­­rios (um dos grandes desafios da rede social no momento) acaba corroborando a visão que uma grande parcela de usuários da rede tem, de que o Facebook é TODA a internet. A rede social tornou-se a primeira e principal experiência wébica que muita gente tem aqui no Brasil, e uma parcela enorme dos brasileiros conectados não co­­nhece nada na internet além do Facebook.
Inclusão digital é algo maravilhoso, mas conhecer o mundo através do olhar e das regras de uma única rede social, sem experimentar a verdadeira web, que é livre, colaborativa e criativa, é problemático. O Facebook não é a internet, é a Zuckernet — um cachorro gigante que corre na sua direção e que vai arrancar a sua cabeça… na base da dentada ou da lambida.
Disponível em <https://www.youpix.com.br/bem-vindos-%C3%A0-maravilhosa-e-medonha-zuckernet-3e27f304dc13>.
Com base na leitura, analise as afirmativas.
O texto enaltece a democratização de informações possibilitadas pelo Facebook a mais de 1 bilhão de pessoas no mundo.
De acordo com a autora, o “altruísmo” de Zuckerberg faz com que sua missão seja disponibilizar a rede para a maior parte das pessoas no mundo, inclusive nas regiões carentes.
O texto critica a seleção e a divulgação de informações controladas pelo Facebook com fins comerciais, uma vez que a rede fornece dados a empresas e instituições.
Segundo o texto, muitas pessoas não percebem que as informações que aparecem nas suas timelines são determinadas por um algoritmo que define um recorte e uma visão de mundo.
Assinale a alternativa certa.
	Resposta Selecionada:
	a.
Apenas as afirmativas III e IV estão corretas.
	Respostas:
	a.
Apenas as afirmativas III e IV estão corretas.
	
	b.
Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
.
	
	c.
Apenas as afirmativas I e IV estão corretas.
	
	d.
Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
	
	e.
Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas
Feedback da resposta:
Resposta: A
Comentário: I – Afirmativa incorreta: O objetivo do texto não é enaltecero Facebook, mas revelar como ele é capaz de manipular e controlar as pessoas. II – Afirmativa incorreta: As aspas colocadas na palavra altruísmo indicam a ironia presente. A autora revela que a ampliação do acesso visa a mais lucro. III – Afirmativa correta: Segundo o texto, a rede tem acesso às informações pessoais e vende isso a empresas e aos governos. IV – Afirmativa correta: De acordo com o texto, quase 100% dos usuários não sabem que o que eles veem na timeline é definido por um algoritmo, o que contribui para a formação de uma visão de mundo.
Pergunta 10
0,5 em 0,5 pontos
Sociedade: civilização e progresso.
A charge ilustra a evolução histórica da civilização e sugere que a humanidade caminha em direção ao progresso.
A charge relaciona positivamente o desenvolvimento tecnológico e o bem-estar dos cidadãos.
A charge indica que o caminho para o progresso exige perseverança e só é possível no ambiente urbano.
Assinale a alternativa correta.
	Resposta Selecionada:
	a.
Nenhuma afirmativa está correta.
.
	Respostas:
	a.
Nenhuma afirmativa está correta.
.
	
	b.
Apenas a afirmativa I está correta.
	
	c.
Apenas a afirmativa II está correta.
	
	d.
Apenas a afirmativa III está correta.
 
	
	e.
Apenas as afirmativas I e II estão corretas
Feedback da resposta:
Resposta: A
Comentários: I – Afirmativa incorreta: A charge é irônica e não ilustra a evolução da civilização. Uma evidência disso é que o caminho para o progresso está congestionado. II – Afirmativa incorreta: A charge não retrata uma situação de bem-estar dos cidadãos. III – Afirmativa incorreta: A charge contesta a ideia de progresso atrelada ao desenvolvimento urbano e tecnológico.

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