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DA RESPONSABILIDADE SUBJETIVA E OBJETIVA 
A responsabilidade subjetiva resulta de uma culpa, isto é, de uma ação intencional que prejudicou alguém. A responsabilidade objetiva, por sua vez, que parte da teoria do risco, prevê que a vítima deve ser indenizada mesmo que não reste comprovado que houve culpa, assim, o simples dolo e o nexo de causalidade já são suficientes para determiná-la como sendo responsabilidade civil objetiva.
1.1 ESPÉCIES DE RESPONSABILIDADE
As espécies de responsabilidade pré-contratual, contratual, pós-contratual e extracontratual, ocorrem quando ambas as partes, envolvidas em um pacto negocial, decidem legalizar tal ato. Desse modo, ações indenizatórias podem ocorrer em qualquer etapa do processo.
 Na responsabilidade pré-contratual, por exemplo, antes mesmo de se oficializar um acordo entre as partes do negócio jurídico, ambas começam a negociar e podem até constituir um contrato preliminar; dessa forma, caso uma delas sinta-se lesada, ao aspirar pelo fechamento do contrato, a outra parte envolvida tem que ser punida pelo pagamento de indenização. O mesmo ocorre na responsabilidade pós-contratual, que ocorre após o encerramento do respectivo contrato.
É na responsabilidade contratual algo não é cumprido no decorrer do período vigente do contrato, originando, assim, um ilícito contratual. E a responsabilidade extracontratual, por fim, refere-se à prática de um ato ilícito, que origina um dano a outrem, sem a existência de qualquer vínculo contratual entre as partes.
1.2 DO INSTTITUTO DA RESPONSABILIDADE
A respeito da origem do termo “responsabilidade”, Maria Helena Diniz (2003) assegura que o termo responsabilidade deriva do verbo latino respondere, de spondeo, o qual correspondia à antiga obrigação contratual do direito quiritário romano, pela qual o devedor se acoplava ao credor nos contratos verbais, por intermédio de pergunta e resposta (Spondesne mihi dare centum? Spondeo; ou seja, prometes me dar um cento? Prometo). A responsabilidade civil passou a ser relacionada, desde então, à questão de se responder por alguma coisa.
Dessa forma, é possível defini-la como a repercussão obrigacional das relações humanas. Até mesmo em sua etimologia terminológica, o termo significa obrigação, encargo, contraprestação. Já a palavra “civil”, por sua vez, refere-se ao que é relativo aos cidadãos, à sociedade e a vida humana (LIMA, 2011).
Em sua acepção clássica, a responsabilidade civil repousa sobre o tripé formado pela culpa, pelo dano e pelo nexo de causalidade, como bem menciona Diniz (2007). E, ainda, acrescenta que a culpa diz respeito ao pressuposto, de caráter subjetivo, que se caracteriza como a performance imprópria do agente causador do dano, que abandona a observação dos deveres mínimos de precaução, inobservando, assim, os cuidados indispensáveis ao surgimento de danos ao domínio patrimonial de terceiros.
É relevante ressaltar que é o patrimônio do devedor que responde na esfera civil. Conforme anota Carlos Roberto Gonçalves (2009, p. 21), a responsabilidade civil é eminentemente patrimonial, ou seja, “[...] é o patrimônio do devedor que responde por suas obrigações. [...] Desse modo, se o causador do dano e obrigado a indenizar não tiver bens que possam ser penhorados, a vítima permanecerá irressarcida”. Elucidando melhor, podem ser mencionadas, aqui, as regras contidas nos arts. 186 e 927, do Código Civil, que estabelecem os requisitos necessários para a existência da responsabilidade civil:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
[...]
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Sobre responsabilidade, recomenda-se a leitura dos artigos 186, 187, 927 a 944, todos do Código Civil.
1.3 IMPUTABILIDADE E RESPONSABILIDADE
O art. 186 do Código Civil pressupõe o elemento imputabilidade, ou seja, a existência, no agente, da livre determinação de vontade. Para que alguém pratique um ato ilícito e seja obrigado a reparar o dano causado, é necessário que tenha capacidade de discernimento. Aquele que não pode querer e entender, não incorre em culpa e, por isso, não pratica ato ilícito.
1.4 A RESPONSABILIDADE DOS PRIVADOS DE DISCERNIMENTO
A concepção clássica considera que, sendo o privado de discernimento (amental, louco ou demente) um inimputável, não é ele responsável civilmente. Se vier a causar dano a alguém, o ato equipara-se à força maior ou ao caso fortuito. Se a responsabilidade não puder ser atribuída ao encarregado de sua guarda, a vítima ficará irressarcida. Pessoas assim geralmente têm um curador incumbido de sua guarda ou vigilância. E o art. 932, II, do Código Civil responsabiliza o curador pelos atos dos curatelados que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia, independentemente de culpa de sua parte (art. 933,CC).
1.4.1. A RESPONSABILIDADE DOS MENORES
O art. 932, I, do Código Civil responsabiliza os pais pelos atos praticados pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e companhia. Desse modo, a vítima não ficará irressarcida. Se o menor estiver sob tutela, a responsabilidade nesses casos será do tutor (art. 932, II,CC). 
1.5. ATOS LESIVOS NÃO CONSIDERADOS ILÍCITOS
1.5.1. LEGITIMA DEFESA: (LEGÍTIMA DEFESA PUTATIVA)
 O Exercício Regular e Abuso de Direito: . O art. 1.277 do Código Civil, inserido no capítulo dos “Direitos de Vizinhança”, permite que se reprima o exercício abusivo do direito de propriedade que perturbe o sossego, a segurança ou a saúde do vizinho. Constantes são os conflitos relativos à perturbação do sossego alegada contra clubes de dança, boates, oficinas mecânicas, terreiros de ubanda.
O Estado de Necessidade:
EXEMPLO: Se um motorista, por exemplo, atira o seu veículo contra um muro, derrubando-o, para não atropelar uma criança que, inesperadamente, surgiu-lhe à frente, o seu ato, embora lícito e mesmo nobilíssimo, não o exonera de pagar a reparação do muro. 
 Com efeito, o art. 929 do Código Civil estatui que, se a pessoa lesada, ou o dono da coisa (o dono do muro), no caso do inciso II do art. 188, não forem culpados do perigo, assistir-lhes-áo direito à indenização do prejuízo que sofreram (somente se não forem culpados do perigo). Entretanto, o evento ocorreu por culpa in vigilando do pai da criança, que é responsável por sua conduta. Desse modo, embora tenha de pagar o conserto do muro, o motorista terá ação regressiva contra o pai do menor para se ressarcir das despesas efetuadas. 
2. DA PROVA
 
Os meios de provas admissíveis no direito civil e no atual código processual civil brasileiro e suas relações com a veracidade dos fatos
 
O termo Prova, para o direito, refere-se ao conjunto dos meios empregados para demonstrar legalmente a existência de um ato ou fato jurídico. A prova se faz quanto ao fato, não quanto ao direito, considerando que é do fato que se extraem as consequências jurídicas. Assim, a prova é um meio utilizado para demonstrar a verdade de um fato.  
No direito para se verificar é lícita ou ilícita é preciso verificar a admissibilidade, pertinência e contundência das provas. A PROVA PODE SER  MEDIANTE CONFISSÃO, DOCUMENTO, TESTEMUNHA, PRESUNÇÃO E PERÍCIA.
      O autor Humberto Theodoro Júnior afirma que o objeto da prova está relacionado com as provas dos fatos alegados  por meios legais de prova e os moralmente legítimos que são empregado para “provar a verdade dos fatos”.
2.1 DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA 
2.2. DAS PROVAS ILÍCITAS 
 
      A autora Maria Helena Diniz, explica que há a  prova  ilícita quando ocorre a  violação de  uma norma de direito material oude direito processual. O sistema brasileiro rejeita, genericamente, a prova ilícita, consoante dispõe o inciso LVI do art. 5º da Constituição Federal, in verbis: "são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos”.
Cumpre ressaltar, no entanto, que o uso da prova ilícita, mesmo que dependente dessa ponderação, apenas pode ser aceito quando a prova foi obtida ou formada ilicitamente porque não existia outra forma para se demonstrar os fatos em juízo. 
A prova ilícita, portanto, só pode ser admitida quando é a única capaz de evidenciar fato absolutamente necessário para a tutela de um direito que, no caso concreto, merece ser realizado, ainda que diante do direito da personalidade atingido.
.
     A confissão é o reconhecimento livre da veracidade do fato que a outra parte da relação jurídica ou do próprio negócio pretende provar (art. 212, I, do CC) 
     Conforme  Maria Helena Diniz ( 2008, p. 521) Ocorre a nulidade dos atos quando não for celebrado, conforme as normas estatuídas no CC. E a nulidade pode ser absoluta  quando houver vícios insanáveis ou relativa quando houver vícios sanáveis. Nesses termos os atos poderão ser anuláveis, no último caso ou nulos, como no primeiro caso.
Carlos Roberto Gonçalves, por sua vez, ressalta que, algumas vezes a confissão decorre de coação ou provém de pessoa impedida de confessar, o que exige do julgador extrema atenção e redobrada cautela, para interpretá-la sistematicamente, em consonância com os outros meios probatórios de que dispõe.
Nesse sentido, em atenção a esse Cuidado que deve envolver a colheita da prova, o legislador cuidou de dispor, expressamente, em seu art. 213,CC que: “Não tem eficácia a confissão se provém de quem não é capaz de dispor do direito a que se referem os fatos confessados”.
      Também é considerado meio de prova o documento" (art. 212, do CC). O documento, conforme se entende das doutrinas pesquisadas,  é toda forma escrita que pode servir como meio de prova, devido ao valor que lhe é atribuído.
     	Segundo a doutrina de Carlos Roberto Gonçalves, os documentos poderão Ser: 
a) PÚBLICOS- quando formados por oficial público, no exercícios de suas funções e na forma da lei (guias de recolhimento de impostos, por exemplo);
b) PARTICULARES - quando formados por particulares ou por quem atue nesta qualidade (aviso de cancelamento de plano de saúde por expiração de prazo sem pagamento).
 
O instrumento público (lavrado por oficial") ou particular (firmado pelas próprias partes) possui significado jurídico próprio, sendo espécie de documento formado com o propósito de servir de prova do ato representado. Consubstancia, pois a prova pré-constituída. Um convite de casamento, por sua vez, é mero documento particular, não podendo ser considerado instrumento por não possuir o propósito de formar prova pré-constituída de um ato jurídico. 
 
     O direito ao silêncio é uma garantia de todos os cidadãos. Ninguém, seja réu ou testemunha, pode ser compelido a responder algo que eventualmente possa implicar confissão de cometimento ilícito. É um direito fundamental que integra os ordenamentos jurídicos de todos os países civilizados.
Dessa forma, os meios utilizados para as provas dos fatos jurídicos são de grande importância para provar os fatos e para formação da decisão jurisdicional, tendo em vista que é a partir  dos meios de provas apresentados que o juiz formará sua decisão, podendo condenar o réu ou absolve-lo.
 
	 Prova é meio empregado para demonstrar a existência do ato ou negócio jurídico.
 
ESPÉCIES:
- ADMISSIBILIDADE: (não proibida por lei e aplicável ao caso em exame);
 - PERTINENTE (adequada à demonstração dos fatos em questão) e 
- CONCLUDENTE (esclarecedora dos fatos controvertidos).
Não basta alegar, é preciso provar. Qualquer meio de prova pode ser utilizado, desde que não proibido, como estatui o art. 369 Código de Processo Civil:
Art. 369.  As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.(CPC
 O art. 212 do Código Civil enumera os meios de prova dos negócios jurídicos a que se não impõe forma especial, o faz apenas exemplificativamente e não taxativamente.
 2.1. DOS MEIOS DE PROVA	
- CONFISSÃO: Ocorre quando a parte admite a verdade de um fato, contrário ao seu interesse e favorável ao adversário (art. 389, CPC). 
- ESPÉCIES: judicial (em juízo) ou extrajudicial (fora do processo);
espontânea ou provocada, expressa ou presumida (ou ficta) pela revelia ( assunto esse disciplinado nos artigos 344 a 347 CPC)Observação: a confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se decorreu de erro de fato ou de coação (art. 214,CC).
DOCUMENTO: Pode ser público ou particular. Tem função apenas probatória. Públicos são os elaborados por autoridade pública, no exercício de suas funções, como as certidões, traslados etc. Particulares quando elaborados por particulares. Uma carta, um telegrama, por exemplo, podem constituir importante elemento de prova. 
- TESTEMUNHAS: podem ser instrumentárias (que assinam documentos) ou judiciárias (prestam depoimentos em juízo) Estas são as que prestam depoimento em juízo. 
2.2 IMPEDIMENTOS ÀS TESTEMUNHAS: ARTS. 227 E 228 DO CC
 - PRESUNÇÃO: É a ilação que se extrai de um fato conhecido para se chegar a um desconhecido. Ex.: a presunção de paternidade atribuída ao marido, em relação ao filho de sua mulher nascido na constância do casamento, pode ser elidida por meio da ação negatória de paternidade (CC, art. 1.601) (preseunção relativa).
PERÍCIA: O Código de Processo Civil denomina “prova pericial” o exame e a vistoria (art. 464,CPC). Exame é a apreciação de alguma coisa, por peritos, para auxiliar o juiz a formar a sua convicção. 
EXEMPLOS: exame grafotécnico, exame hematológico nas ações de investigação de paternidade etc. Vistoria é também perícia, restrita porém à inspeção ocular. 
3.PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
3.1 INTRODUÇÃO
A prescrição é necessária, para que haja tranquilidade na ordem jurídica. Prazos de prescrição são os taxativamente discriminados na Parte Geral, nos arts. 205 (regra geral) e 206 (regras especiais), sendo de decadência todos os demais, estabelecidos como complemento de cada artigo que rege a matéria, tanto na Parte Geral como na Especial.
Para uns a prescrição extingue a ação, enquanto que outros, direito de ação. A ambos opõe-se o atributo jurídico adotado hodiernamente em relação à ação, como sendo um direito subjetivo público e abstrato, o que implica a não extinção da ação, tampouco do seu exercício, pois, quando atendidas as condições da ação, o exercício do direito de ação, correspondente à obtenção de uma prestação jurisdicional, é sempre possível, muito embora possa ser favorável ou contrária ao autor. 
Um marco na doutrina brasileira em relação ao tema foi a contribuição de Agnelo Amorim Filho que, em meados de 1960, publicou um artigo na Revista dos Tribunais intitulado Critério Científico para distinguir a prescrição da decadência (RT 300/8). Na nova concepção, a prescrição extingue a pretensão, que é a exigência de subordinação de um interesse alheio ao interesse próprio. 
A decadência atinge diretamente o direito em razão também durante certo lapso temporal. Portanto, a decadência é a extinção do direito pela inércia do titular, quando a eficácia desse direito estava originalmente subordinada ao exercício dentro de determinado prazo, que se esgotou, sem o respectivo exercício. O tempo age, no caso de decadência, como um requisito do ato. O objeto da decadência, portanto, é o direito que nasce, por vontade da lei ou do homem, subordinado à condição de seu exercício em limitado lapso de tempo.
 
3.2 CONCEITO E REQUISITOS
Para Caio Mário da Silva Pereira, prescrição é modo pelo qual se extingue um direito (não apenas a ação) pela inércia do titulardurante certo lapso de tempo.
A prescrição tem como requisitos: a) a inércia do titular, ante a violação de um seu direito; b) o decurso do tempo fixado em lei.
 3.3. PRETENSÕES IMPRESCRITÍVEIS
Não prescrevem: a) os direitos da personalidade, como o direito à vida, à honra, à liberdade, à integridade física ou moral;
 b) o estado das pessoas (estado de filiação, qualidade de cidadania, condição conjugal). Não prescrevem, as ações de separação judicial, de interdição, de investigação de paternidade etc.; 
c) as de exercício facultativo (ou potestativo), em que não existe direito violado, como as destinadas a extinguir o condomínio (ação de divisão ou de venda da coisa comum), a de pedir meação no muro vizinho etc.; 
d) as referentes a bens públicos de qualquer natureza, que são imprescritíveis; 
e) as que protegem o direito de propriedade, que é perpétuo (reivindicatória); 
f) as pretensões de reaver bens confiados à guarda de outrem, a título de depósito, penhor ou mandato.
3.4. INSTITUTOS AFINS
PRECLUSÃO: consiste na perda de uma faculdade processual, por não ter sido exercida no momento próprio. Impede que se renovem as questões já decididas, dentro da mesma ação. Só produz efeitos dentro do próprio processo em que advém. Exemplo. Prazos processuais.
PEREMPÇÃO: consiste na perda do direito de ação pelo autor contumaz, que deu causa a três arquivamentos sucessivos (art. 337,CPC). 
3.5.DAS CAUSAS QUE IMPEDEM SUSPENDEM OU INTERROMPEM A PRESCRIÇÃO
Pode haver no curso da prescrição, impedimento, suspensão ou interrupção. Na decadência não há essas hipóteses, salvo disposição em contrário - art 207 CC. [1: Führer Maximilianus Cláudio Américo. Resumo de Direito Civil. 30 ed. P. 52. Ed. Malheiros. ]
- IMPEDIMENTO: neste caso a contagem do prazo não pode iniciar. Ex.: art 197, I CC (os cônjuges na sociedade conjugal).
SUSPENSÃO: aqui, a contagem do prazo é bloqueada por determinado fato, e volta depois a correr, por outro fato, somando-se o tempo anterior e o posterior. Ex.: art. 198, II CC (a prescrição é suspensa em relação àquele que se ausenta do País, em serviço público, e volta a correr por ocasião de seu retorno).
- INTERRUPÇÃO: anula-se o prazo decorrido, voltando a prescrição a correr novamente, por inteiro, da data do ato que a interrompeu (art. 202, Parágrafo único) Nesse mesmo artigo encontram-se arroladas as causas da interrupção, tais como a citação judicial, protesto etc. 
No entanto, há pretensões que são imprescritíveis, pois a lei não lhes fixa prazo de exercício ou de postulação. Ex. Ações de estado da pessoa ou de exercício facultativo.
3.6 PRAZOS
	Os prazos de prescrição estão relacionados na parte geral. Segundo o artigo 205 do CC, o prazo geral é de 10 anos. Os prazos especiais variam de 1 a 5 anos (art. 206). Ex.: art 206, § 2º. A prestação alimentícia prescreve em dois anos. 
	Importante observar que os prazos de decadência encontram-se na Parte Geral, mas de forma esparsa, geralmente junto aos artigos a que se referem, ou na forma em que foram convencionados. Ex. art. 1.560, IV do CC, onde temos que o prazo de decadência é de quatro anos. 
3.7 DECADÊNCIA
Na decadência, que é instituto do direito substantivo, há a perda de um direito previsto em lei. O legislador estabelece que certo ato terá de ser exercido dentro de determinado tempo, fora do qual ele não poderá mais efetivar-se porque dele decaiu o seu titular. 
	 A decadência se consubstancia, pois, no decurso infrutífero de um termo prefixado para o exercício do direito. O tempo age em relação à decadência como um requisito do ato, pelo que a própria decadência é a sanção conseqüente da inobservância de um termo.
	 O Código Civil distingue a decadência legal da convencional, para estabelecer que, quanto a esta, “a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação” (art. 211,CC). Contudo, o art. 210, do CC dispõe, imperativamente, que o juiz “deve” (é dever e não faculdade), de ofício, conhecer a decadência, “quando estabelecida por lei”. Ainda que se trate de direitos patrimoniais, a decadência pode ser decretada de ofício (RTJ, 130:1001; RT, 652:128 e 656:220), quando estabelecida por lei.
Conforme visto, a decadência está relacionada aos direitos que são objetos de ações constitutivas. O Código Civil vigente aborda expressamente a decadência, nos arts. 178, 179, e 207 a 211, ao contrário do Código Civil de 1916. Assim como a prescrição, pode ser arguida tanto por via de ação como por meio de exceção ou defesa. 
As normas de suspensão, impedimento e interrupção não são aplicáveis à decadência, que envolve prazos fatais, peremptórios, salvo disposição em contrário, como a exceção encontrada no art. 26, § 2°, do Código de Defesa do Consumidor. A decadência opera de maneira fatal, atingindo irremediavelmente o direito, se não for oportunamente exercido. Não poder ser interrompida ou suspensa; pode ser decretada de ofício, ainda que se mantenha inerte o interessado ou mesmo se este se opusesse a esta decisão. 
As espécies da Decadência são: A LEGAL, que é prevista em lei, sendo reconhecida de ofício pelo juiz, ainda que se trate de direitos patrimoniais; de acordo com o artigos 210 do Código Civil ; e a CONVENCIONAL, que é estipulada pelas partes, sendo que somente a parte beneficiada poderá alegá-la, sendo vedado ao juiz de Direito suprir a alegação da parte, consoante o artigo 211 do Código Civil. O prazo decadencial legal é irrenunciável, segundo o art. 209 do Código Civil. Já o prazo DECADENCIAL CONVENCIONAL pode ser renunciado, a teor do artigo 209 do Código Civil. 
Prescreve o art. 207 do Código Civil: “Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as normas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição”. Em princípio, pois os prazos decadenciais são fatais e peremptórios, pois não se suspendem, nem se interrompem. 
A inserção da expressão “salvo disposição legal em contrário” no aludido dispositivo tem a finalidade de definir que tal regra não é absoluta, bem como de esclarecer que não são revogados os casos em que um dispositivo legal, atualmente em vigor (como o art. 26, § 2°, do CDC, p. ex.), determine, para atender a hipótese especialíssima, a interrupção ou suspensão de prazo de decadência. 
3.8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
 
4.1 DIFERENÇAS ENTRE PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA 
As principais diferenças entre a prescrição e a decadência residem, de acordo com Fonseca Moraes, na verificação da existência de um poder do titular do direito subjetivo de exigir a ação ou omissão do outro sujeito pretensão, ou na dependência de um provimento jurisdicional para extinguir ou modificar uma relação jurídica — direito potestativo. Na primeira hipótese se estará diante de um prazo prescricional, e na segunda, decadencial. 
Com efeito, muito comum ainda hoje é a vaga afirmativa de distinção entre essas duas figuras, tomando-se como base única e exclusiva, a afirmativa clássica de que a prescrição extingue a ação e a decadência extingue o direito, ou então, o que é ainda pior, a consideração de que os prazos prescricionais podem ser interrompidos e/ou suspensos, ao passo que em relação à decadência isso de forma alguma seria possível.
Tais afirmativas, todavia, como dito, nem de longe se avizinham de uma verdadeira análise desses institutos, sendo, na verdade, imprestáveis para a verificação de seu real delineamento, especialmente no que se refere à realidade expressa no Direito Tributário. 
O critério mais divulgado entre os estudiosos até então, para distinguir-se os dois institutos, era aquele pelo qual se diz que a prescrição extingue a ação, e a decadência extingue o direito, critério que Agnelo criticou tachando-o de falho e inadequado, carecedor de base científica.
3.9. DOS ARTIGOS PERTINENTES À PRESCRIÇÃO, À DECADÊNCIA E AOS MEIOS DE PROVAS
TÍTULO IV
DA PRESCRIÇÃO E DA DECADÊNCIA
 CAPÍTULO I
DA PRESCRIÇÃO
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAISArt. 189. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206.
Art. 190. A exceção prescreve no mesmo prazo em que a pretensão.
Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição.
Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes.
Art. 193. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem aproveita.
Art. 194. O juiz não pode suprir, de ofício, a alegação de prescrição, salvo se favorecer a absolutamente incapaz.         (Revogado pela Lei nº 11.280, de 2006)
Art. 195. Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra os seus assistentes ou representantes legais, que derem causa à prescrição, ou não a alegarem oportunamente.
Art. 196. A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu sucessor.
 SEÇÃO II
DAS CAUSAS QUE IMPEDEM OU SUSPENDEM A PRESCRIÇÃO
Art. 197. Não corre a prescrição:
I - entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal;
II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar;
III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela.
Art. 198. Também não corre a prescrição:
I - contra os incapazes de que trata o art. 3o;
II - contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios;
III - contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra.
Art. 199. Não corre igualmente a prescrição:
I - pendendo condição suspensiva;
II - não estando vencido o prazo;
III - pendendo ação de evicção.
Art. 200. Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não correrá a prescrição antes da respectiva sentença definitiva.
Art. 201. Suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários, só aproveitam os outros se a obrigação for indivisível.
 SEÇÃO III
DAS CAUSAS QUE INTERROMPEM A PRESCRIÇÃO
Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:
I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual;
II - por protesto, nas condições do inciso antecedente;
III - por protesto cambial;
IV - pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores;
V - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
VI - por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor.
Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da data do ato que a interrompeu, ou do último ato do processo para a interromper.
Art. 203. A prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado.
Art. 204. A interrupção da prescrição por um credor não aproveita aos outros; semelhantemente, a interrupção operada contra o codevedor, ou seu herdeiro, não prejudica aos demais coobrigados.
§ 1o A interrupção por um dos credores solidários aproveita aos outros; assim como a interrupção efetuada contra o devedor solidário envolve os demais e seus herdeiros.
§ 2o A interrupção operada contra um dos herdeiros do devedor solidário não prejudica os outros herdeiros ou devedores, senão quando se trate de obrigações e direitos indivisíveis.
§ 3o A interrupção produzida contra o principal devedor prejudica o fiador.
 SEÇÃO IV
DOS PRAZOS DA PRESCRIÇÃO
Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.
Art. 206. Prescreve:
§ 1o Em um ano:
I - a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres destinados a consumo no próprio estabelecimento, para o pagamento da hospedagem ou dos alimentos;
II - a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste contra aquele, contado o prazo:
a) para o segurado, no caso de seguro de responsabilidade civil, da data em que é citado para responder à ação de indenização proposta pelo terceiro prejudicado, ou da data que a este indeniza, com a anuência do segurador;
b) quanto aos demais seguros, da ciência do fato gerador da pretensão;
III - a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos, pela percepção de emolumentos, custas e honorários;
IV - a pretensão contra os peritos, pela avaliação dos bens que entraram para a formação do capital de sociedade anônima, contado da publicação da ata da assembleia que aprovar o laudo;
V - a pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou acionistas e os liquidantes, contado o prazo da publicação da ata de encerramento da liquidação da sociedade.
§ 2o Em dois anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que se vencerem.
§ 3o Em três anos:
I - a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos;
II - a pretensão para receber prestações vencidas de rendas temporárias ou vitalícias;
III - a pretensão para haver juros, dividendos ou quaisquer prestações acessórias, pagáveis, em períodos não maiores de um ano, com capitalização ou sem ela;
IV - a pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa;
V - a pretensão de reparação civil;
VI - a pretensão de restituição dos lucros ou dividendos recebidos de má-fé, correndo o prazo da data em que foi deliberada a distribuição;
VII - a pretensão contra as pessoas em seguida indicadas por violação da lei ou do estatuto, contado o prazo:
a) para os fundadores, da publicação dos atos constitutivos da sociedade anônima;
b) para os administradores, ou fiscais, da apresentação, aos sócios, do balanço referente ao exercício em que a violação tenha sido praticada, ou da reunião ou assembleia geral que dela deva tomar conhecimento;
c) para os liquidantes, da primeira assembleia semestral posterior à violação;
VIII - a pretensão para haver o pagamento de título de crédito, a contar do vencimento, ressalvadas as disposições de lei especial;
IX - a pretensão do beneficiário contra o segurador, e a do terceiro prejudicado, no caso de seguro de responsabilidade civil obrigatório.
§ 4o Em quatro anos, a pretensão relativa à tutela, a contar da data da aprovação das contas.
§ 5o Em cinco anos:
I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular;
II - a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, curadores e professores pelos seus honorários, contado o prazo da conclusão dos serviços, da cessação dos respectivos contratos ou mandato;
III - a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo.
 CAPÍTULO II
DA DECADÊNCIA
Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as normas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição.
Art. 208. Aplica-se à decadência o disposto nos arts. 195 e 198, inciso I.
Art. 209. É nula a renúncia à decadência fixada em lei.
Art. 210. Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, quando estabelecida por lei.
Art. 211. Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação.
 TÍTULO V
DA PROVA
Art. 212. Salvo o negócio a que se impõe forma especial, o fato jurídico pode ser provado mediante:
I - confissão;
II - documento;
III - testemunha;
IV - presunção;
V - perícia.
Art. 213. Não tem eficácia a confissão se provém de quem não é capaz de dispor do direito a que se referem os fatos confessados.
Parágrafo único. Se feita a confissão por um representante, somente é eficaz nos limites em que este pode vincular o representado.
Art. 214. A confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se decorreu de erro de fato ou de coação.
Art. 215. A escritura pública, lavrada em notas de tabelião, é documento dotado de fé pública, fazendo prova plena.
§ 1o Salvo quandoexigidos por lei outros requisitos, a escritura pública deve conter:
I - data e local de sua realização;
II - reconhecimento da identidade e capacidade das partes e de quantos hajam comparecido ao ato, por si, como representantes, intervenientes ou testemunhas;
III - nome, nacionalidade, estado civil, profissão, domicílio e residência das partes e demais comparecentes, com a indicação, quando necessário, do regime de bens do casamento, nome do outro cônjuge e filiação;
IV - manifestação clara da vontade das partes e dos intervenientes;
V - referência ao cumprimento das exigências legais e fiscais inerentes à legitimidade do ato;
VI - declaração de ter sido lida na presença das partes e demais comparecentes, ou de que todos a leram;
VII - assinatura das partes e dos demais comparecentes, bem como a do tabelião ou seu substituto legal, encerrando o ato.
§ 2o Se algum comparecente não puder ou não souber escrever, outra pessoa capaz assinará por ele, a seu rogo.
§ 3o A escritura será redigida na língua nacional.
§ 4o Se qualquer dos comparecentes não souber a língua nacional e o tabelião não entender o idioma em que se expressa, deverá comparecer tradutor público para servir de intérprete, ou, não o havendo na localidade, outra pessoa capaz que, a juízo do tabelião, tenha idoneidade e conhecimento bastantes.
§ 5o Se algum dos comparecentes não for conhecido do tabelião, nem puder identificar-se por documento, deverão participar do ato pelo menos duas testemunhas que o conheçam e atestem sua identidade.
Art. 216. Farão a mesma prova que os originais as certidões textuais de qualquer peça judicial, do protocolo das audiências, ou de outro qualquer livro a cargo do escrivão, sendo extraídas por ele, ou sob a sua vigilância, e por ele subscritas, assim como os traslados de autos, quando por outro escrivão consertados.
Art. 217. Terão a mesma força probante os traslados e as certidões, extraídos por tabelião ou oficial de registro, de instrumentos ou documentos lançados em suas notas.
Art. 218. Os traslados e as certidões considerar-se-ão instrumentos públicos, se os originais se houverem produzido em juízo como prova de algum ato.
Art. 219. As declarações constantes de documentos assinados presumem-se verdadeiras em relação aos signatários.
Parágrafo único. Não tendo relação direta, porém, com as disposições principais ou com a legitimidade das partes, as declarações enunciativas não eximem os interessados em sua veracidade do ônus de prová-las.
Art. 220. A anuência ou a autorização de outrem, necessária à validade de um ato, provar-se-á do mesmo modo que este, e constará, sempre que se possa, do próprio instrumento.
Art. 221. O instrumento particular, feito e assinado, ou somente assinado por quem esteja na livre disposição e administração de seus bens, prova as obrigações convencionais de qualquer valor; mas os seus efeitos, bem como os da cessão, não se operam, a respeito de terceiros, antes de registrado no registro público.
Parágrafo único. A prova do instrumento particular pode suprir-se pelas outras de caráter legal.
Art. 222. O telegrama, quando lhe for contestada a autenticidade, faz prova mediante conferência com o original assinado.
Art. 223. A cópia fotográfica de documento, conferida por tabelião de notas, valerá como prova de declaração da vontade, mas, impugnada sua autenticidade, deverá ser exibido o original.
Parágrafo único. A prova não supre a ausência do título de crédito, ou do original, nos casos em que a lei ou as circunstâncias condicionarem o exercício do direito à sua exibição.
Art. 224. Os documentos redigidos em língua estrangeira serão traduzidos para o português para ter efeitos legais no País.
Art. 225. As reproduções fotográficas, cinematográficas, os registros fonográficos e, em geral, quaisquer outras reproduções mecânicas ou eletrônicas de fatos ou de coisas fazem prova plena destes, se a parte, contra quem forem exibidos, não lhes impugnar a exatidão.
Art. 226. Os livros e fichas dos empresários e sociedades provam contra as pessoas a que pertencem, e, em seu favor, quando, escriturados sem vício extrínseco ou intrínseco, forem confirmados por outros subsídios.
Parágrafo único. A prova resultante dos livros e fichas não é bastante nos casos em que a lei exige escritura pública, ou escrito particular revestido de requisitos especiais, e pode ser ilidida pela comprovação da falsidade ou inexatidão dos lançamentos.
Art. 227. Salvo os casos expressos, a prova exclusivamente testemunhal só se admite nos negócios jurídicos cujo valor não ultrapasse o décuplo do maior salário mínimo vigente no País ao tempo em que foram celebrados.       (Revogado pela Lei n º 13.105, de 2015)    (Vigência)
Parágrafo único. Qualquer que seja o valor do negócio jurídico, a prova testemunhal é admissível como subsidiária ou complementar da prova por escrito.
Art. 228. Não podem ser admitidos como testemunhas:
I - os menores de dezesseis anos;
II - aqueles que, por enfermidade ou retardamento mental, não tiverem discernimento para a prática dos atos da vida civil;
III - os cegos e surdos, quando a ciência do fato que se quer provar dependa dos sentidos que lhes faltam; 
II - (Revogado);          (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)   (Vigência)
III - (Revogado);           (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)   (Vigência)
IV - o interessado no litígio, o amigo íntimo ou o inimigo capital das partes;
V - os cônjuges, os ascendentes, os descendentes e os colaterais, até o terceiro grau de alguma das partes, por consanguinidade, ou afinidade.
§ 1o Para a prova de fatos que só elas conheçam, pode o juiz admitir o depoimento das pessoas a que se refere este artigo.
§ 2o  A pessoa com deficiência poderá testemunhar em igualdade de condições com as demais pessoas, sendo-lhe assegurados todos os recursos de tecnologia assistiva.          (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015)   (Vigência)
Art. 229. Ninguém pode ser obrigado a depor sobre fato:           (Revogado pela Lei n º 13.105, de 2015)    (Vigência) 
I - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar segredo;         (Revogado pela Lei n º 13.105, de 2015)    (Vigência)
II - a que não possa responder sem desonra própria, de seu cônjuge, parente em grau sucessível, ou amigo íntimo;         (Revogado pela Lei n º 13.105, de 2015)    (Vigência)
III - que o exponha, ou às pessoas referidas no inciso antecedente, a perigo de vida, de demanda, ou de dano patrimonial imediato.          (Revogado pela Lei n º 13.105, de 2015)    (Vigência)
Art. 230. As presunções, que não as legais, não se admitem nos casos em que a lei exclui a prova testemunhal.           (Revogado pela Lei n º 13.105, de 2015)    (Vigência)
Art. 231. Aquele que se nega a submeter-se a exame médico necessário não poderá aproveitar-se de sua recusa.
Art. 232. A recusa à perícia médica ordenada pelo juiz poderá suprir a prova que se pretendia obter com o exame.
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QUESTÕES COM RESPOSTA ACERCA DOS PRINCIPAIS ASSUNTOS DE DRIEITO CIVIL I – PARTE GERAL 
DISCIPLINA: DIREITO CIVIL I – PARTE GERAL 
PROFESSOR: JENALDO ALVES DE ARAÚJO
1.)São características, entre outras, das normas jurídicas:
a) BILATERALIDADE - A norma jurídica é bilateral, posto que vincula sempre duas partes, qual seja, aquele que exige a conduta e aquele que presta tal conduta, atribuindo sempre poder a uma parte e dever a outra. Ex. O Estado tem o poder de exigir do contribuinte o imposto; O credor tem o poder de exigir do devedor o pagamento; O Estado tem o poder de exigir do cidadão uma conduta não criminosa, etc...
b) GENERALIDADE – A norma jurídica não tem caráter personalíssimo, é preceito de ordem geral dirigida indistintamente a todos os indivíduos que se encontram na mesma situação jurídica.
c) ABSTRATIVIDADE - A norma jurídica é abstrata, ou seja, regulando as situações de modo geral e hipotético, não podendo regular os casos concretos sob pena de não prever todas as situações sociais possíveis.
d) IMPERATIVIDADE – Como principal característica, a norma jurídica é imperativa, ou seja, não é mera declaração de uma conduta, mas impõe-se quanto a seu cumprimento.
e) COERCIBILIDADE - Que se traduz na possibilidade de uso da coação para o cumprimento da norma, seja através da intimidação (coação psicológica), seja pela possibilidade do uso da força (coação física).
Do exposto, pode-se afirmar que
Xa)Todas estão corretas;
b)todas estão incorretas;
c) somente as alíneas “a”,”b” e “c” estão incorretas;
d) somente a alínea “c” está incorreta.
2.)(TRT/8ª Região/Juiz do Trabalho/Fundação Carlos Chagas/2005) Marque a alternativa CORRETA:
I. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.
II. Consideram-se móveis para os efeitos legais: as energias que tenham valor econômico; os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
III. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis;
readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.
IV. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.
V. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam.
Xa) Todas as alternativas estão corretas.
b) Somente as alternativas II e III estão erradas.
c) Somente as alternativas III, IV e V estão certas.
d) As alternativas I, II e III estão erradas.
e) A única alternativa correta é a IV.
3.)(TRT/9ª Região/Juiz do Trabalho/Fundação Carlos Chagas/2004) Considerando o que dispõe a lei civil sobre os bens, pode-se afirmar que:
I. Consideram-se imóveis para os efeitos legais os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram e o direito à sucessão aberta.
II. Os bens naturalmente divisíveis não podem se tornar indivisíveis por vontade das partes.
III. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se bens públicos de uso especial os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.
IV. Os bens públicos também estão sujeitos a usucapião.
Assinale a alternativa CORRETA:
Xa) Apenas a proposição I está correta “a”. Vide art. 80 do CC.168
b) Apenas as proposições I e III estão corretas
c) Apenas a proposição II está incorreta
d) Apenas a proposição IV está incorreta
e) Todas as proposições estão erradas
4.)(Procurador do Trabalho/XIV Concurso/2007) Consideram-se bens móveis para os efeitos legais:
a) os materiais provisoriamente separados de um prédio para nele se reempregarem;
Xb) as energias que tenham valor econômico; b”. Vide art. 83, I, do CC.
c) o direito à sucessão aberta;
d) as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local;
e) não respondida.
5.) (Procurador Municipal/SBC/2004) O direito à sucessão aberta é considerado pela leicivil:
a) bem móvel;
Xb) bem imóvel; b”. Vide art. 80 do CC
c) bem incorpóreo;
d) bem móvel ou imóvel, de acordo com os bens que compõem o espólio;
e) não respondida.
6.)(DEL/POL/SP/Acadepol/SP/2003) Consoante dispõe o Código Civil:
a) os direitos pessoais de caráter patrimonial e as respectivas ações constituem bens imóveis.
b) classificam-se como úteis as benfeitorias que tenham por fim conservar o bem ou evitar que ele se deteriore.
Xc) considera-se acessório o bem cuja existência suponha a do principal.
d) constituem bens móveis os materiais provisoriamente separados de um prédio, mas destinados a nele se reempregarem.
Resposta: “c”. Vide art. 92 do CC.
7.) (TRT/15ª Região/Campinas/Juiz do Trabalho/XXI Concurso/Fundação Carlos Chagas/2006) Assinale a alternativa CORRETA:
a) os rios, mares, estradas, ruas e praças não são considerados bens públicos;
b) as benfeitorias voluptuárias são aquelas que aumentam ou facilitam o uso do bem;
c) os bens considerados naturalmente divisíveis não podem se tornar indivisíveis por determinação da lei ou vontade das partes;
d)são coletivos os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais;
Xe) são fungíveis os bens móveis que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. 
e”. Vide art. 85 do CC.
8.)(TJSP/Juiz de Direito/182º Concurso/VUNESP/2009) Considerados em si mesmos, os bens podem ser:
a) públicos e particulares.
b) principais e acessórios.
c) imóveis pela própria natureza, benfeitorias e pertenças.
Xd) móveis e imóveis.
9.(TRT/15ª Região/Campinas/Juiz do Trabalho/XXIII Concurso/Fundação Carlos Chagas/2008) Assinale a alternativa INCORRETA:
a) A pessoa jurídica tem ação contra seus representantes legais que não alegarem a prescrição oportunamente.
Xb) A interrupção da prescrição poderá ocorrer mais de uma vez por meio de protesto judicial.
c) A exceção prescreve no mesmo prazo em que a pretensão, cujo prazo não pode ser alterado por acordo das partes.
d) Prescreve em 03 (três) anos a pretensão de reparação civil.
e) É nula a renúncia à decadência legal.
Resposta: “b”. Vide art. 202 do CC
10.(TRT/6ª Região/Juiz do Trabalho/XVIII Concurso/2010) Analise as assertivas abaixo e, depois, assinale a alternativa CORRETA:
I. A sentença judicial declaratória da ausência enseja a presunção juris tantum da morte (ou seja, admite prova em contrário) e não precisa ser levada para registro no Cartório de Registros Públicos.
II. A fundação pode ser instituída tanto por pessoa física como por pessoa jurídica.
III. Os surdos-mudos são considerados relativamente incapazes.
IV. Quanto ao domicílio, em nosso sistema legal, uma pessoa pode tê-lo sem ter residência.
V. Os frutos e os produtos se caracterizam pela periodicidade, pela inalterabilidade da substância e pela separabilidade da coisa principal.
a) As assertivas II, III e V estão corretas.
b) Apenas as assertivas I e IV estão corretas.
Xc) As assertivas I, III e V estão incorretas.
d) Apenas a assertiva IV está incorreta.
e) Apenas a assertiva II está incorreta.
11.(TRT/6ª Região/Juiz do Trabalho/XVIII Concurso/2010) Analise as assertivas abaixo e, depois, assinale a alternativa CORRETA:
I. A sentença judicial declaratória da ausência enseja a presunção juris tantum da morte (ou seja, admite prova em contrário) e não precisa ser levada para registro no Cartório de Registros Públicos.
II. A fundação pode ser instituída tanto por pessoa física como por pessoa jurídica.
III. Os surdos-mudos são considerados relativamente incapazes.
IV. Quanto ao domicílio, em nosso sistema legal, uma pessoa pode tê-lo sem ter residência.
V. Os frutos e os produtos se caracterizam pela periodicidade, pela inalterabilidade da substância e pela separabilidade da coisa principal.
a) As assertivas II, III e V estão corretas.
b) Apenas as assertivas I e IV estão corretas.
Xc) As assertivas I, III e V estão incorretas.
d) Apenas a assertiva IV está incorreta.
e) Apenas a assertiva II está incorreta.
Resposta: “c”. Vide arts. 62 e 73 do CC, que tratam das assertivas corretas
 
12. (TJPI/Juiz de Direito/CESPE/UnB/2012) Em referência à prova no âmbito civil, assinale a opção CORRETA.
Xa) Não havendo impugnação, não se discutirá a exatidão de cópia reprográfica de documento particular, ainda que não autenticada.
b) É lícito ao juiz exigir, em qualquer caso, para a instrução do processo, que o hospital forneça prontuário e arquivos médicos do réu.
c) Não se admite recusa de prestação de depoimento por testemunha, ainda que o fato a ser relatado possa causar desonra a amigo íntimo.
d) Caso acompanhe a realização da perícia que determinou, o juiz não poderá repelir as conclusões dela em momento posterior.
e) Reprodução de título de crédito por microfilme não tem o mesmo valor do original para fins de protesto, ainda que autenticada por tabelião.
Resposta: “a”. Vide art. 225 do CC.
13.(DEL/POL/RJ/XI Concurso/Acadepol/RJ/2009) Considere as seguintes afirmações sobre responsabilidade civil e indique a assertiva INCORRETA:
a) O incapaz responde pelos prejuízos que causar, exceto se ficar privado do necessário, assim como as pessoas que dele dependem.
b) São também responsáveis pela reparação civil os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia.
c) A indenização por injúria, difamação ou calúnia consistirá na reparação do dano que delas resulte ao ofendido.
Xd) Súmula do Superior Tribunal de Justiça adota entendimento de que não é possível a cumulação das indenizações de dano estético e dano moral.
e) A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal.
14.) (TJAL/Juiz de Direito/Fundação Carlos Chagas/2007) Em ação de investigação de paternidade, a recusa do suposto pai à perícia médica ordenada pelo juiz:
a) Não gera qualquer presunção e nada impede o réu de alegar a falta do exame em seu benefício.
b) Firma presunção absoluta de paternidade.
c) Autoriza a condição coercitiva do réu para a realização do exame.
Xd) Poderá suprir a prova que se pretendia obter com o exame.
e) Acarreta, necessariamente, a prolação de sentença por julgamento antecipado da lide.
Resposta: “d”. Vide art. 232 do CC
15.)(Procurador da República/24º Concurso/2008) CONSIDERANDO AS SEGUINTES ASSERTIVAS:
I. O dolo do representante legal ou convencional de uma das partes só obriga o representado a responder civilmente até a importância do proveito que teve.
II. Se o dolo de terceiro aproveitar a um dos contratantes, o ato negocial será anulado e o autor do dolo responderá por perdas e danos.
III. O dolo acidental não se constitui em vício de consentimento porque não influi diretamente na realização do ato negocial, que se teria praticado, embora de outro modo.
IV. O dolo negativo ocorrerá quando uma das partes vier a ocultar algo que a outra deveria saber e que, se sabedora, não teria efetivado o ato negocial.
Pode-se afirmar que:
a) I e III estão corretas;
b) II e III estão corretas;
Xc) III e IV estão corretas;
d) I e IV estão corretas.
Resposta: “c”. Vide arts. 146 e 147 do CC.
16.)(TRT/15ª Região/Campinas/Juiz do Trabalho/XXIII Concurso/Fundação Carlos Chagas/2008) Assinale a alternativa INCORRETA:
a) A pessoa jurídica tem ação contra seus representantes legais que não alegarem a prescrição oportunamente.
Xb) A interrupção da prescrição poderá ocorrer mais de uma vez por meio de protesto judicial.
c) A exceção prescreve no mesmo prazo em que a pretensão, cujo prazo não pode ser alterado por acordo das partes.
d) Prescreve em 03 (três) anos a pretensão de reparação civil.
e) É nula a renúncia à decadência legal.
Resposta: “b”. Vide art. 202 do CC.
17. (Procurador do Trabalho/XIII Concurso/2006) São considerados bens móveis:
a) o direito à sucessão aberta;
b) os materiais provisoriamente separadosde um prédio, para nele se reempregarem;
Xc) os direitos reais sobre objetos móveis;
d) o que for incorporado artificialmente ao solo;
e) não respondida.
Resposta: “c”. Vide art. 83, II, do CC.
18. (Procurador do Trabalho/XIV Concurso/2007) Consideram-se bens móveis para os efeitos legais:
a) os materiais provisoriamente separados de um prédio para nele se reempregarem;
Xb) as energias que tenham valor econômico;
c) o direito à sucessão aberta;
d) as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local;
e) não respondida.
Resposta: “b”. Vide art. 83, I, do CC.
19.(Procurador Municipal/SBC/2004) O direito à sucessão aberta é considerado pela lei civil:
a) bem móvel;
Xb) bem imóvel;
c) bem incorpóreo;
d) bem móvel ou imóvel, de acordo com os bens que compõem o espólio;
e) não respondida.
Resposta: “b”. Vide art. 80 do CC.
20.)(TRT/8ª Região/Juiz do Trabalho/Fundação Carlos Chagas/2005) Marque a alternativa CORRETA:
I. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.
II. Consideram-se móveis para os efeitos legais: as energias que tenham valor econômico; os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
III. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis;
readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.
IV. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.
V. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ouprejuízo do uso a que se destinam.
Xa) Todas as alternativas estão corretas.
b) Somente as alternativas II e III estão erradas.
c) Somente as alternativas III, IV e V estão certas.
d) As alternativas I, II e III estão erradas.
e) A única alternativa correta é a IV.
Resposta: “a”.
21.) (MP/SP/Promotor de Justiça/82º Concurso) É um bem móvel:
a) enfiteuse.
b) o penhor agrícola.
c) a servidão predial.
Xd) o direito de autor.
e) o direito à sucessão aberta.
Resposta: “d”. Vide art. 83, III, do CC e art. 3º da Lei n. 9.610/98.
22.)(BACEN/Procurador/Fundação Carlos Chagas/2002) Uma galeria de quadros constitui:
a) universalidade de direito
b) coisa singular composta
c) coisa singular simples
Xd) universalidade de fato
e) coisa singular
Resposta: “d”. Vide art. 90 do CC.
23.)(TRT/9ª Região/Juiz do Trabalho/Fundação Carlos Chagas/2004) Considerando o que dispõe a lei civil sobre os bens, pode-se afirmar que:
I. Consideram-se imóveis para os efeitos legais os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram e o direito à sucessão aberta.
II. Os bens naturalmente divisíveis não podem se tornar indivisíveis por vontade das partes.
III. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se bens públicos de uso especial os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.
IV. Os bens públicos também estão sujeitos a usucapião.
Assinale a alternativa CORRETA:
Xa) Apenas a proposição I está correta
b) Apenas as proposições I e III estão corretas
c) Apenas a proposição II está incorreta
d) Apenas a proposição IV está incorreta
e) Todas as proposições estão erradas
Resposta: “a”. Vide art. 80 do CC.
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24.)(PGE/PA/Procurador do Estado/2009) Analise as proposições abaixo e assinale a alternativa CORRETA:
a) Os bens pertencentes a sociedades de economia mista são considerados privados, salvo expressa disposição legal em contrário.
b) São pertenças as máquinas utilizadas em uma fábrica, pois se destinam, de modo duradouro, ao serviço, de tal sorte que os negócios jurídicos que digam respeito ao principal as abrangem, salvo manifestação expressa em contrário das partes.
c) Constitui benfeitoria útil a construção de um galpão, contíguo à casa, para ser utilizado como depósito.
Xd) Consideram-se bens móveis, para os efeitos legais, as energias que tenham valor econômico, os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes, bem como os direitos pessoais de caráter patrimonial e as respectivas ações.
Resposta: “d”. Vide art. 83 do CC.
25.) (DEL/POL/SP/Acadepol/SP/2003) Consoante dispõe o Código Civil:
a) os direitos pessoais de caráter patrimonial e as respectivas ações constituem bens imóveis.
b) classificam-se como úteis as benfeitorias que tenham por fim conservar o bem ou evitar que ele se deteriore.
Xc) considera-se acessório o bem cuja existência suponha a do principal.
d) constituem bens móveis os materiais provisoriamente separados de um prédio, mas destinados a nele se reempregarem.
Resposta: “c”. Vide art. 92 do CC.
Resposta: “d”. Vide art. 90 do CC.
26.)(TRT/9ª Região/Juiz do Trabalho/Fundação Carlos Chagas/2004) Considerando o que dispõe a lei civil sobre os bens, pode-se afirmar que:
I. Consideram-se imóveis para os efeitos legais os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram e o direito à sucessão aberta.
II. Os bens naturalmente divisíveis não podem se tornar indivisíveis por vontade das partes.
III. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se bens públicos de uso especial os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.
IV. Os bens públicos também estão sujeitos a usucapião.
Assinale a alternativa CORRETA:
Xa) Apenas a proposição I está correta
b) Apenas as proposições I e III estão corretas
c) Apenas a proposição II está incorreta
d) Apenas a proposição IV está incorreta
e) Todas as proposições estão erradas
Resposta: “a”. Vide art. 80 do CC.
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27.)(PGE/PA/Procurador do Estado/2009) Analise as proposições abaixo e assinale a alternativa CORRETA:
a) Os bens pertencentes a sociedades de economia mista são considerados privados, salvo expressa disposição legal em contrário.
b) São pertenças as máquinas utilizadas em uma fábrica, pois se destinam, de modo duradouro, ao serviço, de tal sorte que os negócios jurídicos que digam respeito ao principal as abrangem, salvo manifestação expressa em contrário das partes.
c) Constitui benfeitoria útil a construção de um galpão, contíguo à casa, para ser utilizado como depósito.
Xd) Consideram-se bens móveis, para os efeitos legais, as energias que tenham valor econômico, os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes, bem como os direitos pessoais de caráter patrimonial e as respectivas ações.
Resposta: “d”. Vide art. 83 do CC.
28.)(DEL/POL/SP/Acadepol/SP/2003) Consoante dispõe o Código Civil:
a) os direitos pessoais de caráter patrimonial e as respectivas ações constituem bens imóveis.
b) classificam-se como úteis as benfeitorias que tenham por fim conservar o bem ou evitar que ele se deteriore.
Xc) considera-se acessório o bem cuja existência suponha a do principal.
d) constituem bens móveis os materiais provisoriamente separados de um prédio, mas destinados a nele se reempregarem.
Resposta: “c”. Vide art. 92 do CC.
29.) (TRT/15ª Região/Campinas/Juiz do Trabalho/XXI Concurso/Fundação Carlos Chagas/2006) Assinale a alternativa CORRETA:
a) os rios, mares, estradas, ruas e praças não são considerados bens públicos;
b) as benfeitorias voluptuárias são aquelas que aumentam ou facilitam o uso do bem;
c) os bens considerados naturalmente divisíveis não podem se tornar indivisíveis por determinação da lei ou vontade das
partes;
d) são coletivos os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais;
Xe) são fungíveis os bens móveis que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.
Resposta: “e”. Vide art. 85 do CC.
30.)(TRT/6ª Região/Juiz do Trabalho/XVIII Concurso/2010) Analise as assertivas abaixo e, depois, assinale a
alternativa CORRETA:
I. A sentença judicial declaratóriada ausência enseja a presunção juris tantum da morte (ou seja, admite prova em contrário) e não precisa ser levada para registro no Cartório de Registros Públicos.
II. A fundação pode ser instituída tanto por pessoa física como por pessoa jurídica.
III. Os surdos-mudos são considerados relativamente incapazes.
IV. Quanto ao domicílio, em nosso sistema legal, uma pessoa pode tê-lo sem ter residência.
V. Os frutos e os produtos se caracterizam pela periodicidade, pela inalterabilidade da substância e pela separabilidade da coisa principal.
a) As assertivas II, III e V estão corretas.
b) Apenas as assertivas I e IV estão corretas.
c) As assertivas I, III e V estão incorretas.
d) Apenas a assertiva IV está incorreta.
e) Apenas a assertiva II está incorreta.
Resposta: “c”. Vide arts. 62 e 73 do CC, que tratam das assertivas corretas
31.) Leia atentamente as afirmações abaixo e depois responda ao que se pede:
a) Na apreciação da prova, no sistema jurídico brasileiro, vigora o princípio da persuasão racional, ou do livre convencimento fundamentado. Assim, na valoração da prova, prevalece a convicção do juiz sobre a certeza dos fatos que interessam à solução do litígio.
b) O sistema jurídico brasileiro adota a premissa básica de que quem alega deve provar a veracidade do fato. Dessa forma, impõe-se ao autor a comprovação dos fatos constitutivos de seu direito, ainda que esses fatos sejam notórios ou admitidos como incontroversos no processo. Entretanto, a lei dispensa, por desnecessária, a prova relativa aos fatos afirmados por uma parte e confessado pela parte contrária, ou seja, a confissão real ou fictícia, seja por meio dos efeitos da revelia ou inobservância da impugnação específica.
c) Para o autor, a prova deve ser requerida na inicial e para o réu, na contestação. Assim, quando é trazido fato novo em contestação ou há o surgimento de fato superveniente no curso do processo, surge a atividade probatória do juiz no processo, passando ele a agir de ofício na atividade probatória.
Do exposto, pode-se afirmar que:
a) todas as alternativas estão incorretas;
b) somente a alternativa “a” está incorreta;
Xc)a alternativa “a” está correta, e as alternativas “b” e “c” estão erradas;
d)somente as alíneas “a” e “b” estão corretas;
e)somente as alíneas “a” e “c” estão incorretas. 
32. (PGE/PA/Procurador do Estado/2009) Analise as proposições abaixo e assinale a alternativa INCORRETA:
a) As declarações enunciativas, constantes de documentos assinados, presumem-se verdadeiras em relação aos signatários
e, desde que tenham relação direta com as disposições principais ou com a legitimidade das partes, eximem os
interessados em sua veracidade do ônus de prová-las.
Xb) Em ação de investigação de paternidade, consoante a jurisprudência do STJ, a recusa do suposto pai a submeter-se ao exame de DNA constitui presunção absoluta da sua paternidade.
c) O novo Código Civil equiparou as cópias (reproduções) inautênticas aos documentos originais e autenticados, desde que sejam comuns às partes e inexista impugnação à sua exatidão.
d) Nos casos em que a lei exclui a prova testemunhal, não se admite, como meio de prova, a presunção, exceto se prevista em lei.
Resposta: “b”. Vide Súmula 301 do STJ: “Em ação investigatória, a recusa do suposto pai a submeter-se ao exame de DNA induz presunção juris tantum de paternidade”.
33.) (TJAL/Juiz de Direito/Fundação Carlos Chagas/2007) Em ação de investigação de paternidade, a recusa do suposto pai à perícia médica ordenada pelo juiz:
a) Não gera qualquer presunção e nada impede o réu de alegar a falta do exame em seu benefício.
b) Firma presunção absoluta de paternidade.
c) Autoriza a condição coercitiva do réu para a realização do exame.
Xd) Poderá suprir a prova que se pretendia obter com o exame.
e) Acarreta, necessariamente, a prolação de sentença por julgamento antecipado da lide.
Resposta: “d”. Vide art. 232 do CC.
34.)(TRT/15ª Região/Juiz do Trabalho/XIX Concurso/Fundação Carlos Chagas/2004) Quanto à falsidade do documento, assinale a alternativa INCORRETA:
a) Suscitado o incidente de falsidade, o juiz suspenderá o processo principal.
b) Incumbe à parte que contestar ser sua assinatura, no documento produzido e apresentado pela outra parte, o ônus da respectiva prova.
c) Os registros domésticos fazem prova contra quem os escreveu, quando declaram o recebimento de um crédito.
d) O documento particular escrito e assinado, ou ainda que somente assinado, presume-se verdadeiro quanto ao signatário; se contiver declaração de ciência relativa a determinado fato, prova apenas a declaração, mas não o fato.
Xe) A nota escrita pelo credor, em qualquer parte de documento, que está em poder do devedor, ainda que não assinada, faz prova em benefício deste último.
Resposta: “e”.
35.)(Auditor/TCE/PI/Fundação Carlos Chagas/2005) A presunção hominis, ou seja, decorrente da observação do que ordinariamente acontece
a) prova obrigação de qualquer natureza.
Xb) não é admitida nos casos em que a lei exclui a prova testemunhal.
c) supre a falta da escritura pública na alienação de imóveis de qualquer valor.
d) em nenhuma hipótese é admitida para suprir a falta de outras provas.
e) equipara-se às presunções absolutas.
Resposta: “b”. Vide art. 230 do CC.
36.)(TRT/9ª Região/Juiz do Trabalho/Fundação Carlos Chagas/2006) A respeito da prova assinale a alternativa
CORRETA:
a) São amplos os poderes decisórios do juiz, limitados pelas garantias constitucionais, mas não detém o magistrado poderes probatórios.
b) Dependem de prova os fatos tidos por verdadeiros por presunção legal.
c) O direito invocado, em regra, depende de prova.
d) Admite-se como prova a confissão real quando disser respeito a direitos indisponíveis, quando não exigida forma especial para a prova do fato e quando presente a capacidade civil de quem confessa.
e) As presunções legais absolutas não admitem prova em contrário, enquanto as presunções legais relativas podem ser mafastadas por prova em contrário.
Resposta: “e”.
37.) (Promotor de Justiça/ES/2005) No que pertine à prova, é INCORRETO afirmar:
a) a confissão espontânea somente pode ser feita pela própria parte.
b) a confissão é, de regra, indivisível.
c) não dependem de prova os fatos notórios e os admitidos, no processo, como incontroversos.
d) a confissão judicial pode ser espontânea ou provocada.
e) salvo disposição especial em contrário, as provas devem ser produzidas em audiência.
Resposta: “a”. Vide art. 213, parágrafo único, do CC.
38.) (OAB/RJ/27º Exame) A presunção juris et de jure:
a) Admite apenas prova documental.
b) Não admite prova testemunhal.
c) Admite prova em contrário.
d) Não admite prova em contrário.
Resposta: “d”.
39.) (TJPR/Juiz de Direito/PUC-PR/2011) Aponte se as assertivas a seguir são verdadeiras (V) ou falsas (F) e
assinale a única alternativa CORRETA:
( ) A confissão é irrevogável e pode ser anulada se decorreu de erro de fato ou de coação.
( ) Aquele que se nega a submeter-se a exame médico necessário não poderá aproveitar-se de sua recusa.
( ) Não ocorre a prescrição quando pendente ação de evicção.
( ) Se a decadência for convencionada, a parte a quem aproveita poderá alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o
juiz não pode suprir a alegação.
a) V, V, F, V
b) V, V, V, V
c) F, F, F, V
d) V, F, F, F
Resposta: “b”. Vide arts. 214, 231, 199, III, e 211 do CC, respectivamente.
40.) (MP/BA/Promotor de Justiça/2010) Segundo a melhor doutrina, provar consiste em criar o convencimentono espírito do julgador. Logo, consubstancia-se a prova em elemento idôneo à formação de um estado
psíquico. Assim, assinale a alternativa CORRETA, após aferir a veracidade das assertivas abaixo.
I. A presunção hominis inadmite prova em contrário.
II. O exame, vistoria e arbitramento são formas de prova pericial.
III. O Código Civil em vigor estabelece, de forma exaustiva, a presunção, indícios, a testemunhal, a confissão, a perícia e o
documento, comomeios de prova do negócio jurídico.
IV. A confissão pode ser anulada por vício de consentimento.
V. São requisitos da prova: pertinência, concludência e licitude.
a) F, F, V, F, F.
b) V, F, F, F, F.
c) V, V, F, F, V.
d) V, V, F, V, F.
e) F, V, F, V, V.
Resposta: “e”. Vide art. 420 do CPC e 214 do CC
.
41. (TJPI/Juiz de Direito/CESPE/UnB/2012) Em referência à prova no âmbito civil, assinale a opção CORRETA.
Xa) Não havendo impugnação, não se discutirá a exatidão de cópia reprográfica de documento particular, ainda que não autenticada.
b) É lícito ao juiz exigir, em qualquer caso, para a instrução do processo, que o hospital forneça prontuário e arquivos médicos do réu.
c) Não se admite recusa de prestação de depoimento por testemunha, ainda que o fato a ser relatado possa causar desonra a amigo íntimo.
d) Caso acompanhe a realização da perícia que determinou, o juiz não poderá repelir as conclusões dela em momento posterior.
e) Reprodução de título de crédito por microfilme não tem o mesmo valor do original para fins de protesto, ainda que autenticada por tabelião.
Resposta: “a”. Vide art. 225 do CC.
42.(TJSP/Juiz de Direito/182º Concurso/VUNESP/2009) Prescrição e decadência
a) extinguem o direito de ação.
b) extinguem, respectivamente, o direito potestativo e a pretensão.
Xc) extinguem, respectivamente, a pretensão e o direito potestativo.
d) extinguem a pretensão.
Resposta: “c”.
43.(TJSP/Juiz de Direito/179º Concurso/VUNESP/2006) Considere as seguintes afirmações:
I. A prescrição não corre contra os que estiverem ausentes do país a serviço das Forças Armadas em tempo de paz;
II. Sendo a obrigação divisível ou indivisível, a suspensão da prescrição em favor de um dos credores solidários aproveita aos outros;
III. O ato extrajudicial de reconhecimento do direito pelo devedor interrompe a prescrição, desde que seja inequívoco;
IV. A renúncia à decadência fixada em lei só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois de a decadência se consumar.
Pode-se afirmar que são CORRETAS:
a) I e III, somente.
b) II e III, somente.
c) I, II, III e IV.
d) II, III e IV, somente.
Resposta: “a”. A afirmação I também está incorreta (Vide art. 198, III, do CC).
44.(MP/SP/Promotor de Justiça/85º Concurso/2006) Segundo Pontes de Miranda, “a prescrição seria uma exceção que alguém tem contra o que não exerceu, durante um lapso de tempo fixado em norma, sua pretensão ou ação”. É característica da prescrição:
a) correr contra os incapazes de que trata o art. 3º do Código Civil.
b) ser reconhecida de ofício pelo juiz em qualquer caso.
c) poder ser alterada por acordo das partes.
d) não poder ser alegada em Segunda Instância, em nenhuma hipótese.
e) ser renunciável somente depois de consumada.
Respostas: “b” e “e”. A resposta sob a letra “b” só se tornou possível com a revogação, pela Lei n. 11.280, de 16.2.2006, do art. 194 do CC, que favorecia o absolutamente incapaz. As duas respostas foram consideradas corretas porque a prescriçãonão tem uma única característica.
45. (MP/SP/Promotor de Justiça/84º Concurso/2005) Assinale a alternativa verdadeira.
a) A prescrição é irrenunciável e pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição.
b) A prescrição, uma vez consumada, não é passível de renúncia.
c) Admite-se renúncia prévia de prescrição, desde que não prejudique terceiro.
d) Não é admissível renúncia prévia de prescrição, nem de prescrição em curso, mas só da consumada.
e) A renúncia da prescrição deve ser expressa e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro.
Resposta: “d”. Vide art. 191 do CC.
45. (PGE/SP/Procurador do Estado/Fundação Carlos Chagas/2009) Em tema de prescrição, é correto afirmar:
Xa) Suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários, só aproveitam os outros se a obrigação for indivisível.
b) Serão os da lei anterior os prazos, quando reduzidos pelo Código Civil, e se, na data de sua entrada em vigor, já houver transcorrido mais de 1/3 (um terço) do tempo decorrido estabelecido na lei revogada.
c) Não corre prescrição pendendo condição resolutiva expressa.
d) Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, a prescrição terá seu curso normal, devendo ser comunicado àquele juízo eventual apuração de responsabilidade civil para fins probatórios.
e) A prescrição ocorre em 20 (vinte) anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.
Resposta: “a”. Vide art. 201 do CC.
46. (OAB/Brasil/Exame de Ordem 2009.2/CESPE/UnB/2009) Assinale a opção CORRETA a respeito da prescrição e da decadência.
a) Pode haver renúncia à decadência prevista em lei por aquele que a aproveita.
b) A pretensão condenatória não exercitada no prazo legal sujeita-se aos efeitos da decadência.
c) A prescrição iniciada contra o credor continua a correr contra o sucessor universal absolutamente incapaz.
Xd) Não corre prescrição enquanto pendente a condição suspensiva em relação ao negócio jurídico.
Resposta: “d”. Vide art. 199, I, do CC.
47. (TJMG/Juiz de Direito/EJEF/2009) Relativamente à disciplina da prescrição e da decadência, assinalar a questão CORRETA:
a) Aplicam-se à decadência, salvo disposição legal em contrário, as normas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição.
b) A prescrição e a decadência consolidam um estado de fato, transformando-o em estado de direito.
c) Ambas constituem-se causa e disciplina de extinção de direitos, mas a prescrição funda-se em princípio de natureza privada, protegendo interesses privados.
Xd)A prescrição e a decadência são formas de extinção de direitos, consumando-se as duas em prazos extintivos.
Resposta: “d”.
48. (TRT/15ª Região/Campinas/Juiz do Trabalho/XXIII Concurso/Fundação Carlos Chagas/2008) Assinale a alternativa INCORRETA:
a) A pessoa jurídica tem ação contra seus representantes legais que não alegarem a prescrição oportunamente.
Xb) A interrupção da prescrição poderá ocorrer mais de uma vez por meio de protesto judicial.
c) A exceção prescreve no mesmo prazo em que a pretensão, cujo prazo não pode ser alterado por acordo das partes.
d) Prescreve em 03 (três) anos a pretensão de reparação civil.
e) É nula a renúncia à decadência legal.
Resposta: “b”. Vide art. 202 do CC.
49. (TRF/13ª Região/SP-MS/Juiz Federal/XIV Concurso/Fundação Carlos Chagas/2007) Assinale a alternativa
CORRETA:
Xa) Não corre prescrição pendendo ação de evicção.
b) A decadência pode ser declarada de ofício em ação de usucapião.
c) A prescrição fixada por convenção somente pode ser alegada pela parte a quem aproveita em qualquer grau de
jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação.
d) Não corre a prescrição contra “os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo”.
Resposta: “a”. Vide art. 199, III, do CC.
50. (DEL/POL/SP/Acadepol/SP/2008) A prescrição, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor, ocorre em:
a) oito anos.
b) vinte anos.
c) doze anos.
Xd) dez anos.
e) quinze anos.
Resposta: “d”. Vide art. 205 do CC
51. (OAB/Exame da Ordem Unificado/2010.2) A respeito das diferenças e semelhanças entre prescrição e decadência, no Código Civil, é CORRETO afirmar que:
a) A prescrição acarreta a extinção do direito potestativo, enquanto a decadência gera a extinção do direito subjetivo.
Xb) Os prazos prescricionais podem ser suspensos e interrompidos, enquanto os prazos decadenciais legais não sesuspendem ou interrompem, com exceção da hipótese de titular de direito absolutamente incapaz, contra o qual não corre nem prazo prescricional nem prazo decadencial.
c) Não se pode renunciar à decadência legal nem à prescrição, mesmo após consumadas.
d) A prescrição é exceção que deve ser alegada pela parte a quem beneficia, enquanto a decadência pode ser declarada de ofício pelo juiz.
Resposta: “b”. Vide arts. 207 e 208 do CC.
52. (Receita Federal/Auditor-Fiscal/ESAF/2009) Assinale a opção CORRETA.
a) A pendência de ação de evicção não é causa suspensiva da prescrição.
Xb) As causas impeditivas da prescrição são as circunstâncias

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