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Lesão celular causada por agentes químicos seminário patologia

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Agentes químicos como causa de lesão
Poluentes da água e do solo e substâncias estimulantes do sistema nervoso 
Universidade Federal do Piauí - UFPI
Campus Parnaíba
Biomedicina – 5° Período
Patologia Geral 
Prof.ª: Karina Oliveira Drumond 
Parnaíba - PI
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Universidade Federal do Piauí - UFPI
Campus Parnaíba
Biomedicina – 5° Período
Disciplina: Patotologia Geral 
Professor(a): Karina Oliveira Drummond
Andressa Brandão
Dhanielle Aragão
Jordana Sousa
Layla do Nascimento
Maria de Fátima Araújo
Valéria Andrade 
Componentes : 
Introdução 
Agente Químico - (NR-9) - substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão
Lesão - termo não-específico usado para descrever um tecido anormal num organismo vivo
NR – norma regulamentadora – segurança do trabalho – ministério do trabalho 
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Agentes químicos
Podem provocar lesões por dois mecanismos:
Ação direta
Ação indireta
 Fatores determinantes da intoxicação:
Dose, via de penetração e absorção , transporte, armazenamento, biotransformação(metabolização) e excreção. 
Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000.
 
Mecanismo Geral 
Absorção
Transporte e distribuição – dependente do fluxo sanguíneo
Armazenamento
Biotransformação
Excreção
Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000.
 
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Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000.
 
AGENTE QUÍMICO
Tecidos
Metabolismo
Lesões
Depósito
Metabólitos
Digestiva – cutânea – respiratória – parenteral 
Sangue
Linfa
Absorção
Sangue
Excreção
Urina
Ar expirado
Bile
Suor
Saliva
Fezes
Ilustrar o mecanismo geral e no slide seguinte vai ser explicado exclusivamente a via pela qual os metabólitos podem se tornar lesivos às células. 
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Metabolização 
Retículo endoplasmático liso(REL)
Existem 2 grupos de reações:
Fase I 
Fase II
	
Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000.
 
Tóxicos
Reações de Fase 1
Reações de Fase II
Conversão dos agentes químicos
Hidrólise, redução e oxidação
Conjugação de substancias 
Excreção
Metabólito
Primário
Metabólito
Secundário
ou metabólitos 
Fase I – vai gerar os metabólitos causadores de lesão - principalmente pela via da monooxigenases do citocromo p450 – será explicado nos slides seguintes qual reação de acordo com os agentes. 
Momento fisiológico – presença de outras substâncias no organismo. 
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Agentes Químicos causadores de lesões
Poluentes da água e do solo
Metais pesados
Pesticidas
Contaminantes alimentares
Toxinas naturais
Aditivos alimentares
Drogas de abuso
Etanol (álcool etílico)
Estimulantes do SNC
Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000.
 
Metais Pesados 
Os principais metais pesados de interesse na contaminação ambiental e saúde ocupacional são: 
Chumbo (pb), Mercurio (Hg), Cadmio (Cd), Arsênico (As)
Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000.
 
Chumbo(Pb)
Encontrado na água, alimentos, tintas, baterias, soldas, ligas metálicas, cerâmicas, munições e em alguns países na gasolina aditivada(Pb-tetraetila)
Absorção:
Via respiratória – 39/47 %
Via disgetiva – 10%
Cutânea (Pb-tetraetila) – 1% 
Excreção:
Via renal – urina - 65%
Via biliar – fezes - 35%
Sangue
Tecidos moles ~10%
Ossos ~ 90%
Acúmulo
Redistribuição
Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000.
 
Redistriuição constante – 70% do Pb circulante vem dos ossos. 
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Chumbo(Pb) 
Alta afinidade pelo grupo Sulfidril(SH)
Competição com íons de cálcio
Inibição das enzimas associadas à membrana
Produção prejudicada do metabolito ativo da vitamina D
Fonte: ROBBINS, S.L.; Cotran, R.S.; Kuman, V. Patologia - estrutural e funcional. Ed. Guanabara Koogan; Rio de Janeiro, 6a Edição, 2000.
 
Os sintomas são explicados pelas característics químicas do Pb e pelas vias de absorção, distribuição e excreção. Interferencia no SNC – afeta a integridade da barreira hematoencefalica, afeta a liberação de neurotransmissores>> altera o fluxo de cálcio nas células nervosas e aumenta o cálcio intracelular, além de se ligar à calmodulina. 
Alta afinidade pelo grupo Sulfidril – Interfere na síntese de Heme; 
Competição com íons de cálcio – Interfere no SNC;
Inibição das enzimas associadas à membrana – lise de hemácias;
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Saturnismo
 
Alterações Hematológicas: 
Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000.
 
SATURNISMO - Principais lesões e manifestações de Intoxicação por chumbo [DEFINIÇÃO]
> Anemia com discreta hemólise; 
> Inclusões basófilas nos eritrócitos;
> Inibição da incorporação de ferro ao Heme.
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Saturnismo
Sistema Nervoso Central: 
Encefalopatia Sartunínica – mais comum em crianças
Neuropatia desmielinizante periférica – adultos
Gota
Edema Cerebral
Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000.
 
ENCEFALOPATIA SATURNINICA - Retardo mental variável, cegueira, paresia, psicoses, convulsões, edema cerebral, desmilienização, necrose de neurônios e proliferação glial; 
NEUROPATIA DESMILIENIZANTE PERIFÉRICA - Paralisia, pé e mão em gota. 
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Saturnismo
Trato Gastrintestinal
Cólica abdominal intensa
Enrijecimento da parede abdominal
Rins 
Nefropatia tubular com proteinúria, hematúria e cilindrúria
Lesão intersticial crônica
Inclusões nucleares
Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000.
 
Trato gastrintestinal – sintomas semelhantes à abdômen agudo 
Inclusões nucleares – complexos de chumbo com proteínas;
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Saturnismo
Ossos – depósitos epifisários rádio-densos
Fonte: ROBBINS, S.L.; Cotran, R.S.; Kuman, V. Patologia - estrutural e funcional. Ed. Guanabara Koogan; Rio de Janeiro, 6a Edição, 2000.
 
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Gengiva – Linhas de Burton
Saturnismo
Fonte: ROBBINS, S.L.; Cotran, R.S.; Kuman, V. Patologia - estrutural e funcional. Ed. Guanabara Koogan; Rio de Janeiro, 6a Edição, 2000.
 
Mercúrio(Hg)
Água, alimentos(peixes), e solo proveniente de afluentes industriais, de mineração e de seu uso na agricultura 
Absorção:
Via digestiva – 10%(no caso de sais) e 90%(mercúrio orgânico)
Via respiratória(vapores)
Via cutânea – 10% compostos inorgânicos
Excreção: 
Via digestiva
Via renal
Sangue
Eritrócitos
Acúmulo
Distribuição
Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000.
 
Tecidos
È encontrado em diferentes formas no ambiente - Todas as suas formas podem causar lesões no organismo; 
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Manifestações de intoxicação
Alta afinidade pelos grupos SH de enzimas e proteínas
Mercúrio Metálico (Vapores):
Exposição aguda: Fraqueza, gosto metálico, náuseas, vômitos, diarreia, dispneia e tosse, Bronquite corrosiva, pneumonite intersticial e insuficiência respiratória
Exposição crônica: Síndrome neurastênica, bócio, gengivite, salivação, alteração comportamental, dano renal e fibrose pulmonar
Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000.
 
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Manifestações de Intoxicação
Sais de mercúrio:
Exposição Aguda: Lesões na boca e no tubo digestivo, nefropatia – nefrose tubular aguda ou Glomerulopatia membranoproliferativa e dano neurológico
Exposição crônica: Síndrome de Acrodinia, neuropatia
periférica e hipertensão
Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000.
 
Síndrome de acrodinia
Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000.
 
Metil-mercúrio (Ingestão de peixe contaminado):
Alterações neurológicas, retardamento psicomotor, comprometimento do desenvolvimento cerebral, genotoxicidade
Biotransformação por bactérias
Caso Minamata
Manifestações de intoxicação
Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000.
 
Genotoxicidade – pode interagir com DNA e RNA do feto, pode levar à coma e morte; 
Biotransformação por bactérias do mercúrio inorgânico em Metil-mercúrio é o que leva a elevados níveis no ambiente;
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Caso Minamata
Despejo de resíduos contaminados por Mercúrio na baía de Minamata desde a década de 30
1956 – primeiro caso de contaminação humana
Doença afetou várias gerações – a contaminação deu-se pelo consumo de peixes e moluscos contaminados por um longo período. 
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 Glóbulos de mercúrio cercados por infiltrado de células inflamatórias.
Arsênico(As)
Em minas de extração, em indústrias de pesticidas ou eletrônicos
Absorção:
Via respiratória
Via gastrintestinal – 100%
Excreção – Eliminação lenta: 
Via digestiva
Via renal
Fígado, coração e pulmões
Pêlos, unhas e epiderme 
Queratina
Acúmulo Progressivo
deposição
Ossos e dentes
Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000.
 
Arsênico – distribuição - atravessa a barreira placentária;
Em minas de extração (cobre, zinco, mercúrio, estanho e chumbo) - frequentemente associado à esses metais 
Em minas de extração, em indústrias de pesticidas ou eletrônicos, cujos resíduos podem contaminar o ambiente;
A absorção pela Via respiratória vai depender do tamanho e forma química das partículas;
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Manifestações de intoxicação
Sistema circulatório - vasodilatação e edema moderado
Tubo digestivo - hiperemia, edema da mucosa, anorexia, diarreia e hemorragia
Fígado - hepatomegalia, esteatose e necrose na região centrolobular
Rins - intensa proteinúria
Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000.
 
O arsênico tem Capacidade de se ligar aos grupos SH (sulfidril) de proteínas e de desacoplar a fosforilação oxidativa; 
edema moderado causado pelo aumento moderado da permeabilidade vascular;
intensa proteinúria causada pela Alteração na permeabilidade glomerular
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Manifestações de intoxicação
Pele :
Melanoses, linha de Mee(unhas)
Forma aguda: Eritema, hiperqueratose palmar e plantar
Forma Crônica: Atrofia da epiderme – carcinoma epidermóide
Sistema Nervoso:
Focos de necrose ou hemorragia
Alteração sensorial, parestesia e fraqueza muscular
Neuropatia periférica
Carcinogênese - pele, pulmão e fígado
Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000.
 
Carcinogenese - Afeta sistema de reparo, aumenta estresse oxidativo e a proliferação celular.
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Pancitopenia, granulação basofilica pode ser vista na periferia. – mesmos achados de intoxicação por chumbo;
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Cádmio(Cd)
Encontrado associado o zinco e ao chumbo, utilizado na indústria de plásticos, tintas, baterias(níquel-cádmio) e ligas metálicas, na fumaça do carvão pedra e do cigarro
Absorção:
Via digestiva – 10%
Via respiratória – 40%
Excreção:
Via renal
Via digestiva – muito pouco
Circulação
Fígado e rins
Acúmulo 
Eritrócitos
Proteínas plasmáticas
Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000.
 
Manifestações de intoxicação
Aguda:
Irritação das vias respiratórias – edema pulmonar
Crônica:
Fibrose peribrônquica e enfisema pulmonar
Rins - Lesões do epitélio tubular - proteinúria
Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000.
 
Pesticidas 
Inseticidas
Herbicida
Raticidas
Fumigantes
Fungicida
Deveriam possuir toxicidade seletiva para pragas – mas também afetam o homem
Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000.
 
Não são necessariamente veneno, mas quase sempre são tóxicos
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Inseticidas - Organoclorados
DDT :
Lipossolúvel – fácil absorção pela via digestiva
Altera o sistema eletrolítico do SNC (Na e K)
Intoxicação aguda – parestesia, irritabilidade, tonteira, tremores e convulsões
Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000.
 
Inseticida mais utilizado, de degradação lenta no ambiente;
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Herbicida
Dinitrofenóis – DNOC
Desacoplador de fosforilação oxidativa
Quadro agudo de hipermetabolismo e hipertemia
Paraquat
Manifestações respiratórias, hepáticas e renais
Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000.
 
Paraquat – preoxidação de lipídeos da membrana celular 
Principal órgão atingido é o pulmão 
O dinitrofenol (DNP) é um agente desacoplador, ou seja, tem a capacidade de desvincular o fluxo de elétrons na cadeia e o bombeamento de íons H+ para fora mitocôndria, que é necessário para a síntese de ATP. Isso significa que a energia liberada no transporte de elétrons não pode ser usada para a síntese de ATP.
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Contaminantes alimentares - Aflatoxinas
Produzida pelo fungo Aspergillus
Absorção por via digestiva – acúmulo no fígado e rins
Esteatose, necrose centrolobular e proliferação biliar
Efeito carcinogênico – carcinoma hepatocelular
Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000.
 
Mecanismo de lesão
Aflotoxina B1 (AFB1)
AFB1-epóxido
Conversão hepática
Reage com macromoléculas
AFB1-N7-guanina
DNA
Ligação com guaninas do gene supressor de tumores p53
Causa a lesão primária
Fonte: OLIVEIRA, C.A.F. GERMANO, P.M.L. Aflatoxinas: Conceitos sobre mecanismos de toxicidade e seu envolvimento na etiologia do câncer hepático celular. 
 
Foram revistos os conceitos de maior relevância sobre mecanismos de toxicidade e evidências do envolvimento das aflatoxinas na etiologia do câncer hepático humano. A aflatoxina B1 (AFB1), principal metabólito produzido por fungos do gênero Aspergillus, manifesta seus efeitos tóxicos após conversão hepática em AFB1-epóxido, o qual reage com macromoléculas celulares, incluindo proteínas, RNA (ácido ribonucléico) e DNA (ácido desoxirribonucléico). A reação com o DNA ocorre através da ligação com guaninas, ao nível do códon 249, do gene supressor de tumores p53. Em seres humanos, estudos de biomonitoramento individual de derivados AFB1-N7-guanina tem demonstrado que as aflatoxinas constituem importantes fatores de risco, com uma provável interação sinergística com o vírus da hepatite B, para o desenvolvimento do carcinoma hepatocelular em populações expostas. Considerando-se a ocorrência freqüente das aflatoxinas em produtos alimentícios, no Brasil, ressalta-se a necessidade de estudos que avaliem criteriosamente o impacto dos níveis de exposição a estas toxinas sobre a saúde humana.
35
Carcinoma hepatocelular – áreas de fibrose entre os hepatócitos 
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Carcinoma hepatocelular
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Etanol (álcool etílico)
Absorção: 
Via digestiva
Via respiratória 
Todos os tecidos
Fígado e trato gastrintestinal
Metabolização
Desidrogenase Alcoolica
Citocromo P450 (MEOS)
Catalase
Fonte: ROBBINS, S.L.; Cotran, R.S.; Kuman, V. Patologia - estrutural e funcional. Ed. Guanabara Koogan; Rio de Janeiro, 6a Edição, 2000.
 
As vias serão explicadas no slide seguinte – apenas para demonstrar quais vias existem; 
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Vias metabólicas do etanol
Fonte: ROBBINS, S.L.; Cotran, R.S.; Kuman, V. Patologia - estrutural
e funcional. Ed. Guanabara Koogan; Rio de Janeiro, 6a Edição, 2000.
 
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Citosol
ADH
ALDH
Acetaldeído
Radicais livres
ETANOL
REL
CYP2E1
Hidroxiétil
Radical
Acil-etanol
Ésteres
Alteração da barreira intestinal
Ácidos graxos insaturados
Sensibilização de hepatócitos a outras agressões
Lesão mitocondrial
Apoptose
Endotoxinas
Células de Kuppfer
Citocinas
Malondialdeído
4-hidroxinonenal
Células
estreladas
Fibrose
CIRROSE
Proteínas alteradas
(aductos)
Tubulina
Acúmulo de 
proteínas
Acúmulo de 
triglicerídeos
Citoceratinas
Precipitação
no citosol
Inibidores do 
complemento
Neo-antígenos
Necrose
Inflamação
Corpos de
Mallory
Esteatose
Degeneração
hidrópica
Regeneração
Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000.
 
Esteatose - O álcool é metabolizado no fígado pela enzima álcool 
desidrogenase a acetaldeído. Este sofre a ação da 
enzima acetaldeído desidrogenase, produzindo acetil CoA. Nas 
duas reações, há liberação de elétrons e íons H+ que são 
captados (aceitos) por NAD+, formando NADH + H+. Como há 
muito álcool para ser metabolizado, há produção de NADH em 
excesso, com consumo de NAD+. Fica faltando NAD+ para 
aceitar elétrons no ciclo de Krebs. Com isto, o ciclo de Krebs 
como um todo é inibido, levando a acúmulo de acetil CoA (que 
é quebrado no ciclo de Krebs para dar CO2 e água). O excesso 
de acetil CoA (que é matéria prima para a síntese de lípides) é 
desviado para síntese de ácidos graxos, causando esteatose.
A cirrose é considerada uma doença terminal do fígado para onde convergem diversas doenças diferentes
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Degeneração hidrópica- vacuolização dos hepatócitos – reversível 
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Degeneração hidrópica
 esteatose se caracteriza pelos vacúolos grandes e arredondados no citoplasma dos hepatócitos, que deslocam o núcleo para a periferia. Os vacúolos têm limites muito nítidosporque a gordura neutra (triglicérides) não se mistura com o citoplasma aquoso. 
45
exemplos da alteração hialina de Mallory, material grumoso hialino (homogêneo e eosinófilo) no citoplasma de hepatócitos, geralmente visualisável em meio aos vacúolos lipídicos. Resulta da condensação de filamentos do citoesqueleto por ação tóxica do álcool. A alteração hialina de Mallory geralmente é observada em ingesta recente e intensa de álcool. 
48
Corpos de mallory
49
Cirrose Hepática
A cirrose é notada pelos septos fibrosos que partem dos espaços portais e avançam para os lóbulos hepáticos, subdividindo-os empseudolóbulos, funcionalmente ineficientes. 
52
Ocorrência nos demais órgãos
Sistema nervoso: o álcool induz alteração na membrana dos neurônios e aumento do poder inibidor do GABA
Além dos efeitos sobre o fígado e o sistema nervoso, pode causar lesões em outros órgãos e sistemas:
Cardiomiopatia, gastrite aguda, pancreatite crônica, atrofia testicular, amenorreia, diminuição da fertilidade e em grávidas pode produzir a síndrome alcoólica fetal (efeito teratogênico)
Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000.
 
Efeito álcool no SNC - Tolerância e dependência, fala arrastada, ataxia, prejuízo no julgamento e comportamento desinibido. 
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Lesão no esôfago
Miocardite Alcoólica
Imagen endoscópica da lágrima de Mallory-Weiss- apresentando lesões, lacerações.
Descrição da imagem: Ventrículo direito dissecado para mostrar dilatação e engrossamento com fibrose subendocárdica.
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Drogas usadas por inalação
Tolueno
Clorofórmio
Cloridrato de fenciclidina 
Possuem efeitos depressivo, alucinógeno e estimulante
Causam agitação, convulsões, delírios, redução de funções sensoriais e motoras	
Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000.
 
Estimulante do SNC
Cocaína
Anfetaminas
Opióides
Maconha
Barbitúricos 
Drogas Psicodélicas 
Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000.
 
Cocaína
Alcaloide extraído da folha da coca (Erytroxylon coca) na forma de cloridrato (pó branco solúvel) – outra forma “crack”
Utilização por inalação, injeção subcutânea ou intravenosa, por aspiração de fumaça ou ingestão
Bloqueia os canais de dopamina, epinefrina e norepinefrina
Na gravidez, pode causar hipóxia fetal e aborto espontâneo
Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000.
 
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Cocaína 
Fonte: ROBBINS, S.L.; Cotran, R.S.; Kuman, V. Patologia - estrutural e funcional. Ed. Guanabara Koogan; Rio de Janeiro, 6a Edição, 2000.
 
Cocaína
Ação simpaticomimética: 
Dilatação pupila, vasoconstrição arteriolar, taquicardia e predisposição a arritmias e hipertensão arterial
Vasoconstrição
Lesões degenerativas e necrose
Mucosa nasal e coração
Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000.
 
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Efeitos da cocaína
Cocaína
Maconha
Princípio ativo delta-9-tetra-hidrocanabiol (THC)
Cigarros feitos com folhas secas e haxixe a partir de resina extraída das folhas de Cannabis Sativa
Gestantes – redução do tempo de gestação, recém-nascidos de baixo peso e aumento da frequência de malformações
Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000.
 
Haxixe - 5 à 10 vezes mais THC que o cigarro de maconha 
Alteração nos mecanismos de percepção e na coordenação motora;
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65
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Referências Bibliográficas
BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000.
ROBBINS, S.L.; Cotran, R.S.; Kuman, V. Patologia - estrutural e funcional. Ed. Guanabara Koogan; Rio de Janeiro, 6a Edição, 2000.
KUMAR, V.; Abbas, A. K.; Fausto, N.; Mitchell, R. N. Robbins: Patologia Básica. Ed. Elsevier LTDA, 7a Edição, 2005.
SOYSAL, D.E. Et al. Administration of Metallic Mercury by an Accidental Puncture in the Hand: A Case Report. Journal of Medical Cases, Volume 3, Number 6, December 2012, pages 365-369.
OLIVEIRA, C.A.F. GERMANO, P.M.L. Aflatoxinas: Conceitos sobre mecanismos de toxicidade e seu envolvimento na etiologia do câncer hepático celular. 
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