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Agentes químicos como causa de lesão Poluentes da água e do solo e substâncias estimulantes do sistema nervoso Universidade Federal do Piauí - UFPI Campus Parnaíba Biomedicina – 5° Período Patologia Geral Prof.ª: Karina Oliveira Drumond Parnaíba - PI 1 Universidade Federal do Piauí - UFPI Campus Parnaíba Biomedicina – 5° Período Disciplina: Patotologia Geral Professor(a): Karina Oliveira Drummond Andressa Brandão Dhanielle Aragão Jordana Sousa Layla do Nascimento Maria de Fátima Araújo Valéria Andrade Componentes : Introdução Agente Químico - (NR-9) - substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão Lesão - termo não-específico usado para descrever um tecido anormal num organismo vivo NR – norma regulamentadora – segurança do trabalho – ministério do trabalho 3 Agentes químicos Podem provocar lesões por dois mecanismos: Ação direta Ação indireta Fatores determinantes da intoxicação: Dose, via de penetração e absorção , transporte, armazenamento, biotransformação(metabolização) e excreção. Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000. Mecanismo Geral Absorção Transporte e distribuição – dependente do fluxo sanguíneo Armazenamento Biotransformação Excreção Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000. 5 Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000. AGENTE QUÍMICO Tecidos Metabolismo Lesões Depósito Metabólitos Digestiva – cutânea – respiratória – parenteral Sangue Linfa Absorção Sangue Excreção Urina Ar expirado Bile Suor Saliva Fezes Ilustrar o mecanismo geral e no slide seguinte vai ser explicado exclusivamente a via pela qual os metabólitos podem se tornar lesivos às células. 6 Metabolização Retículo endoplasmático liso(REL) Existem 2 grupos de reações: Fase I Fase II Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000. Tóxicos Reações de Fase 1 Reações de Fase II Conversão dos agentes químicos Hidrólise, redução e oxidação Conjugação de substancias Excreção Metabólito Primário Metabólito Secundário ou metabólitos Fase I – vai gerar os metabólitos causadores de lesão - principalmente pela via da monooxigenases do citocromo p450 – será explicado nos slides seguintes qual reação de acordo com os agentes. Momento fisiológico – presença de outras substâncias no organismo. 7 Agentes Químicos causadores de lesões Poluentes da água e do solo Metais pesados Pesticidas Contaminantes alimentares Toxinas naturais Aditivos alimentares Drogas de abuso Etanol (álcool etílico) Estimulantes do SNC Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000. Metais Pesados Os principais metais pesados de interesse na contaminação ambiental e saúde ocupacional são: Chumbo (pb), Mercurio (Hg), Cadmio (Cd), Arsênico (As) Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000. Chumbo(Pb) Encontrado na água, alimentos, tintas, baterias, soldas, ligas metálicas, cerâmicas, munições e em alguns países na gasolina aditivada(Pb-tetraetila) Absorção: Via respiratória – 39/47 % Via disgetiva – 10% Cutânea (Pb-tetraetila) – 1% Excreção: Via renal – urina - 65% Via biliar – fezes - 35% Sangue Tecidos moles ~10% Ossos ~ 90% Acúmulo Redistribuição Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000. Redistriuição constante – 70% do Pb circulante vem dos ossos. 10 Chumbo(Pb) Alta afinidade pelo grupo Sulfidril(SH) Competição com íons de cálcio Inibição das enzimas associadas à membrana Produção prejudicada do metabolito ativo da vitamina D Fonte: ROBBINS, S.L.; Cotran, R.S.; Kuman, V. Patologia - estrutural e funcional. Ed. Guanabara Koogan; Rio de Janeiro, 6a Edição, 2000. Os sintomas são explicados pelas característics químicas do Pb e pelas vias de absorção, distribuição e excreção. Interferencia no SNC – afeta a integridade da barreira hematoencefalica, afeta a liberação de neurotransmissores>> altera o fluxo de cálcio nas células nervosas e aumenta o cálcio intracelular, além de se ligar à calmodulina. Alta afinidade pelo grupo Sulfidril – Interfere na síntese de Heme; Competição com íons de cálcio – Interfere no SNC; Inibição das enzimas associadas à membrana – lise de hemácias; 11 Saturnismo Alterações Hematológicas: Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000. SATURNISMO - Principais lesões e manifestações de Intoxicação por chumbo [DEFINIÇÃO] > Anemia com discreta hemólise; > Inclusões basófilas nos eritrócitos; > Inibição da incorporação de ferro ao Heme. 12 Saturnismo Sistema Nervoso Central: Encefalopatia Sartunínica – mais comum em crianças Neuropatia desmielinizante periférica – adultos Gota Edema Cerebral Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000. ENCEFALOPATIA SATURNINICA - Retardo mental variável, cegueira, paresia, psicoses, convulsões, edema cerebral, desmilienização, necrose de neurônios e proliferação glial; NEUROPATIA DESMILIENIZANTE PERIFÉRICA - Paralisia, pé e mão em gota. 13 Saturnismo Trato Gastrintestinal Cólica abdominal intensa Enrijecimento da parede abdominal Rins Nefropatia tubular com proteinúria, hematúria e cilindrúria Lesão intersticial crônica Inclusões nucleares Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000. Trato gastrintestinal – sintomas semelhantes à abdômen agudo Inclusões nucleares – complexos de chumbo com proteínas; 14 Saturnismo Ossos – depósitos epifisários rádio-densos Fonte: ROBBINS, S.L.; Cotran, R.S.; Kuman, V. Patologia - estrutural e funcional. Ed. Guanabara Koogan; Rio de Janeiro, 6a Edição, 2000. 15 Gengiva – Linhas de Burton Saturnismo Fonte: ROBBINS, S.L.; Cotran, R.S.; Kuman, V. Patologia - estrutural e funcional. Ed. Guanabara Koogan; Rio de Janeiro, 6a Edição, 2000. Mercúrio(Hg) Água, alimentos(peixes), e solo proveniente de afluentes industriais, de mineração e de seu uso na agricultura Absorção: Via digestiva – 10%(no caso de sais) e 90%(mercúrio orgânico) Via respiratória(vapores) Via cutânea – 10% compostos inorgânicos Excreção: Via digestiva Via renal Sangue Eritrócitos Acúmulo Distribuição Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000. Tecidos È encontrado em diferentes formas no ambiente - Todas as suas formas podem causar lesões no organismo; 17 Manifestações de intoxicação Alta afinidade pelos grupos SH de enzimas e proteínas Mercúrio Metálico (Vapores): Exposição aguda: Fraqueza, gosto metálico, náuseas, vômitos, diarreia, dispneia e tosse, Bronquite corrosiva, pneumonite intersticial e insuficiência respiratória Exposição crônica: Síndrome neurastênica, bócio, gengivite, salivação, alteração comportamental, dano renal e fibrose pulmonar Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000. 18 Manifestações de Intoxicação Sais de mercúrio: Exposição Aguda: Lesões na boca e no tubo digestivo, nefropatia – nefrose tubular aguda ou Glomerulopatia membranoproliferativa e dano neurológico Exposição crônica: Síndrome de Acrodinia, neuropatia periférica e hipertensão Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000. Síndrome de acrodinia Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000. Metil-mercúrio (Ingestão de peixe contaminado): Alterações neurológicas, retardamento psicomotor, comprometimento do desenvolvimento cerebral, genotoxicidade Biotransformação por bactérias Caso Minamata Manifestações de intoxicação Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000. Genotoxicidade – pode interagir com DNA e RNA do feto, pode levar à coma e morte; Biotransformação por bactérias do mercúrio inorgânico em Metil-mercúrio é o que leva a elevados níveis no ambiente; 21 Caso Minamata Despejo de resíduos contaminados por Mercúrio na baía de Minamata desde a década de 30 1956 – primeiro caso de contaminação humana Doença afetou várias gerações – a contaminação deu-se pelo consumo de peixes e moluscos contaminados por um longo período. 22 Glóbulos de mercúrio cercados por infiltrado de células inflamatórias. Arsênico(As) Em minas de extração, em indústrias de pesticidas ou eletrônicos Absorção: Via respiratória Via gastrintestinal – 100% Excreção – Eliminação lenta: Via digestiva Via renal Fígado, coração e pulmões Pêlos, unhas e epiderme Queratina Acúmulo Progressivo deposição Ossos e dentes Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000. Arsênico – distribuição - atravessa a barreira placentária; Em minas de extração (cobre, zinco, mercúrio, estanho e chumbo) - frequentemente associado à esses metais Em minas de extração, em indústrias de pesticidas ou eletrônicos, cujos resíduos podem contaminar o ambiente; A absorção pela Via respiratória vai depender do tamanho e forma química das partículas; 24 Manifestações de intoxicação Sistema circulatório - vasodilatação e edema moderado Tubo digestivo - hiperemia, edema da mucosa, anorexia, diarreia e hemorragia Fígado - hepatomegalia, esteatose e necrose na região centrolobular Rins - intensa proteinúria Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000. O arsênico tem Capacidade de se ligar aos grupos SH (sulfidril) de proteínas e de desacoplar a fosforilação oxidativa; edema moderado causado pelo aumento moderado da permeabilidade vascular; intensa proteinúria causada pela Alteração na permeabilidade glomerular 25 Manifestações de intoxicação Pele : Melanoses, linha de Mee(unhas) Forma aguda: Eritema, hiperqueratose palmar e plantar Forma Crônica: Atrofia da epiderme – carcinoma epidermóide Sistema Nervoso: Focos de necrose ou hemorragia Alteração sensorial, parestesia e fraqueza muscular Neuropatia periférica Carcinogênese - pele, pulmão e fígado Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000. Carcinogenese - Afeta sistema de reparo, aumenta estresse oxidativo e a proliferação celular. 26 Pancitopenia, granulação basofilica pode ser vista na periferia. – mesmos achados de intoxicação por chumbo; 28 Cádmio(Cd) Encontrado associado o zinco e ao chumbo, utilizado na indústria de plásticos, tintas, baterias(níquel-cádmio) e ligas metálicas, na fumaça do carvão pedra e do cigarro Absorção: Via digestiva – 10% Via respiratória – 40% Excreção: Via renal Via digestiva – muito pouco Circulação Fígado e rins Acúmulo Eritrócitos Proteínas plasmáticas Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000. Manifestações de intoxicação Aguda: Irritação das vias respiratórias – edema pulmonar Crônica: Fibrose peribrônquica e enfisema pulmonar Rins - Lesões do epitélio tubular - proteinúria Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000. Pesticidas Inseticidas Herbicida Raticidas Fumigantes Fungicida Deveriam possuir toxicidade seletiva para pragas – mas também afetam o homem Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000. Não são necessariamente veneno, mas quase sempre são tóxicos 31 Inseticidas - Organoclorados DDT : Lipossolúvel – fácil absorção pela via digestiva Altera o sistema eletrolítico do SNC (Na e K) Intoxicação aguda – parestesia, irritabilidade, tonteira, tremores e convulsões Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000. Inseticida mais utilizado, de degradação lenta no ambiente; 32 Herbicida Dinitrofenóis – DNOC Desacoplador de fosforilação oxidativa Quadro agudo de hipermetabolismo e hipertemia Paraquat Manifestações respiratórias, hepáticas e renais Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000. Paraquat – preoxidação de lipídeos da membrana celular Principal órgão atingido é o pulmão O dinitrofenol (DNP) é um agente desacoplador, ou seja, tem a capacidade de desvincular o fluxo de elétrons na cadeia e o bombeamento de íons H+ para fora mitocôndria, que é necessário para a síntese de ATP. Isso significa que a energia liberada no transporte de elétrons não pode ser usada para a síntese de ATP. 33 Contaminantes alimentares - Aflatoxinas Produzida pelo fungo Aspergillus Absorção por via digestiva – acúmulo no fígado e rins Esteatose, necrose centrolobular e proliferação biliar Efeito carcinogênico – carcinoma hepatocelular Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000. Mecanismo de lesão Aflotoxina B1 (AFB1) AFB1-epóxido Conversão hepática Reage com macromoléculas AFB1-N7-guanina DNA Ligação com guaninas do gene supressor de tumores p53 Causa a lesão primária Fonte: OLIVEIRA, C.A.F. GERMANO, P.M.L. Aflatoxinas: Conceitos sobre mecanismos de toxicidade e seu envolvimento na etiologia do câncer hepático celular. Foram revistos os conceitos de maior relevância sobre mecanismos de toxicidade e evidências do envolvimento das aflatoxinas na etiologia do câncer hepático humano. A aflatoxina B1 (AFB1), principal metabólito produzido por fungos do gênero Aspergillus, manifesta seus efeitos tóxicos após conversão hepática em AFB1-epóxido, o qual reage com macromoléculas celulares, incluindo proteínas, RNA (ácido ribonucléico) e DNA (ácido desoxirribonucléico). A reação com o DNA ocorre através da ligação com guaninas, ao nível do códon 249, do gene supressor de tumores p53. Em seres humanos, estudos de biomonitoramento individual de derivados AFB1-N7-guanina tem demonstrado que as aflatoxinas constituem importantes fatores de risco, com uma provável interação sinergística com o vírus da hepatite B, para o desenvolvimento do carcinoma hepatocelular em populações expostas. Considerando-se a ocorrência freqüente das aflatoxinas em produtos alimentícios, no Brasil, ressalta-se a necessidade de estudos que avaliem criteriosamente o impacto dos níveis de exposição a estas toxinas sobre a saúde humana. 35 Carcinoma hepatocelular – áreas de fibrose entre os hepatócitos 36 Carcinoma hepatocelular 38 Etanol (álcool etílico) Absorção: Via digestiva Via respiratória Todos os tecidos Fígado e trato gastrintestinal Metabolização Desidrogenase Alcoolica Citocromo P450 (MEOS) Catalase Fonte: ROBBINS, S.L.; Cotran, R.S.; Kuman, V. Patologia - estrutural e funcional. Ed. Guanabara Koogan; Rio de Janeiro, 6a Edição, 2000. As vias serão explicadas no slide seguinte – apenas para demonstrar quais vias existem; 39 Vias metabólicas do etanol Fonte: ROBBINS, S.L.; Cotran, R.S.; Kuman, V. Patologia - estrutural e funcional. Ed. Guanabara Koogan; Rio de Janeiro, 6a Edição, 2000. 40 Citosol ADH ALDH Acetaldeído Radicais livres ETANOL REL CYP2E1 Hidroxiétil Radical Acil-etanol Ésteres Alteração da barreira intestinal Ácidos graxos insaturados Sensibilização de hepatócitos a outras agressões Lesão mitocondrial Apoptose Endotoxinas Células de Kuppfer Citocinas Malondialdeído 4-hidroxinonenal Células estreladas Fibrose CIRROSE Proteínas alteradas (aductos) Tubulina Acúmulo de proteínas Acúmulo de triglicerídeos Citoceratinas Precipitação no citosol Inibidores do complemento Neo-antígenos Necrose Inflamação Corpos de Mallory Esteatose Degeneração hidrópica Regeneração Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000. Esteatose - O álcool é metabolizado no fígado pela enzima álcool desidrogenase a acetaldeído. Este sofre a ação da enzima acetaldeído desidrogenase, produzindo acetil CoA. Nas duas reações, há liberação de elétrons e íons H+ que são captados (aceitos) por NAD+, formando NADH + H+. Como há muito álcool para ser metabolizado, há produção de NADH em excesso, com consumo de NAD+. Fica faltando NAD+ para aceitar elétrons no ciclo de Krebs. Com isto, o ciclo de Krebs como um todo é inibido, levando a acúmulo de acetil CoA (que é quebrado no ciclo de Krebs para dar CO2 e água). O excesso de acetil CoA (que é matéria prima para a síntese de lípides) é desviado para síntese de ácidos graxos, causando esteatose. A cirrose é considerada uma doença terminal do fígado para onde convergem diversas doenças diferentes 41 Degeneração hidrópica- vacuolização dos hepatócitos – reversível 42 Degeneração hidrópica esteatose se caracteriza pelos vacúolos grandes e arredondados no citoplasma dos hepatócitos, que deslocam o núcleo para a periferia. Os vacúolos têm limites muito nítidosporque a gordura neutra (triglicérides) não se mistura com o citoplasma aquoso. 45 exemplos da alteração hialina de Mallory, material grumoso hialino (homogêneo e eosinófilo) no citoplasma de hepatócitos, geralmente visualisável em meio aos vacúolos lipídicos. Resulta da condensação de filamentos do citoesqueleto por ação tóxica do álcool. A alteração hialina de Mallory geralmente é observada em ingesta recente e intensa de álcool. 48 Corpos de mallory 49 Cirrose Hepática A cirrose é notada pelos septos fibrosos que partem dos espaços portais e avançam para os lóbulos hepáticos, subdividindo-os empseudolóbulos, funcionalmente ineficientes. 52 Ocorrência nos demais órgãos Sistema nervoso: o álcool induz alteração na membrana dos neurônios e aumento do poder inibidor do GABA Além dos efeitos sobre o fígado e o sistema nervoso, pode causar lesões em outros órgãos e sistemas: Cardiomiopatia, gastrite aguda, pancreatite crônica, atrofia testicular, amenorreia, diminuição da fertilidade e em grávidas pode produzir a síndrome alcoólica fetal (efeito teratogênico) Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000. Efeito álcool no SNC - Tolerância e dependência, fala arrastada, ataxia, prejuízo no julgamento e comportamento desinibido. 54 Lesão no esôfago Miocardite Alcoólica Imagen endoscópica da lágrima de Mallory-Weiss- apresentando lesões, lacerações. Descrição da imagem: Ventrículo direito dissecado para mostrar dilatação e engrossamento com fibrose subendocárdica. 55 Drogas usadas por inalação Tolueno Clorofórmio Cloridrato de fenciclidina Possuem efeitos depressivo, alucinógeno e estimulante Causam agitação, convulsões, delírios, redução de funções sensoriais e motoras Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000. Estimulante do SNC Cocaína Anfetaminas Opióides Maconha Barbitúricos Drogas Psicodélicas Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000. Cocaína Alcaloide extraído da folha da coca (Erytroxylon coca) na forma de cloridrato (pó branco solúvel) – outra forma “crack” Utilização por inalação, injeção subcutânea ou intravenosa, por aspiração de fumaça ou ingestão Bloqueia os canais de dopamina, epinefrina e norepinefrina Na gravidez, pode causar hipóxia fetal e aborto espontâneo Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000. 58 Cocaína Fonte: ROBBINS, S.L.; Cotran, R.S.; Kuman, V. Patologia - estrutural e funcional. Ed. Guanabara Koogan; Rio de Janeiro, 6a Edição, 2000. Cocaína Ação simpaticomimética: Dilatação pupila, vasoconstrição arteriolar, taquicardia e predisposição a arritmias e hipertensão arterial Vasoconstrição Lesões degenerativas e necrose Mucosa nasal e coração Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000. 60 Efeitos da cocaína Cocaína Maconha Princípio ativo delta-9-tetra-hidrocanabiol (THC) Cigarros feitos com folhas secas e haxixe a partir de resina extraída das folhas de Cannabis Sativa Gestantes – redução do tempo de gestação, recém-nascidos de baixo peso e aumento da frequência de malformações Fonte: BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000. Haxixe - 5 à 10 vezes mais THC que o cigarro de maconha Alteração nos mecanismos de percepção e na coordenação motora; 64 65 Obrigado pela atenção ! Referências Bibliográficas BRASILEIRO Filho, G. Bogliolo, Patologia. 6a Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2000. ROBBINS, S.L.; Cotran, R.S.; Kuman, V. Patologia - estrutural e funcional. Ed. Guanabara Koogan; Rio de Janeiro, 6a Edição, 2000. KUMAR, V.; Abbas, A. K.; Fausto, N.; Mitchell, R. N. Robbins: Patologia Básica. Ed. Elsevier LTDA, 7a Edição, 2005. SOYSAL, D.E. Et al. Administration of Metallic Mercury by an Accidental Puncture in the Hand: A Case Report. Journal of Medical Cases, Volume 3, Number 6, December 2012, pages 365-369. OLIVEIRA, C.A.F. GERMANO, P.M.L. Aflatoxinas: Conceitos sobre mecanismos de toxicidade e seu envolvimento na etiologia do câncer hepático celular. Dúvidas ?
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