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Terapia Ocupacional na Reabilitação Baseada na Comunidade

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Terapia Ocupacional na Reabilitação Baseada na Comunidade
Adriele Pacola
Francielle Benício
Luiza Pontes
Thaís Granchi
A Reabilitação Baseada na Comunidade 
é uma estratégia ampla que objetiva desenvolver a funcionalidade nas pessoas, evitando a instalação de disfunção, promovendo assim a saúde e o bem-estar. 
A RBC visa também a recuperar e integrar nas suas comunidades as pessoas portadoras de disfunções.
A Reabilitação Baseada na Comunidade 
A estratégia é dar acesso aos serviços de saúde, educação e renda. Promoção de atitudes positivas, prevenção, oferta de serviços de reabilitação, oferta de oportunidades de treinamento e educação e apoio a iniciativas locais.
Devido ao grande impacto da implementação da RBC na comunidade, a Organização Mundial de Saúde (OMS) ajuda os Estados membros a desenvolver guias para orientar a sua aplicação, promovendo workshops e contribuindo para o fortalecimento de programas já existentes. 
A Reabilitação Baseada na Comunidade 
A terapia ocupacional atua principalmente na saúde coletiva, na educação, prevenção e assistência terapêutica ocupacional coletiva. No âmbito da atenção primária em saúde na comunidade, o terapeuta ocupacional identifica, no domicílio do cliente e nos ambientes de socialização (clubes, parques, ruas) os possíveis fatores causadores de disfunções motoras. 
A Reabilitação Baseada na Comunidade 
A partir dessa identificação, planeja e implementa várias ações visando a prevenir a ocorrência dessas disfunções e ao mesmo tempo promover o bem-estar de todos. 
Realiza uma avaliação física para identificar possíveis predisposições e/ou disfunções já instaladas.
 A partir dessa avaliação são também propostas e implementadas ações visando à promoção ou reabilitação da funcionalidade. 
A Reabilitação Baseada na Comunidade 
Tomando-se como exemplo uma cidade com 100 mil habitantes, aproximadamente 75.000 pessoas (75%) dependem dos serviços de saúde oferecidos pelo poder público (SUS) e outras 25.000 possuem planos privados de saúde, e cerca de 13 mil pessoas portadoras de algum tipo de deficiência física. Porém, a maioria da população ainda não possui acesso aos serviços terapia ocupacional. 
A Reabilitação Baseada na Comunidade 
O Serviço de RBC proporciona:
1) Diminuição do tempo e do número de internações nos hospitais da cidade socorridos pelo SUS;
 2) Diminuição das faltas nas escolas da rede pública; 
3) Aumento do número de deficientes integrados no mercado de trabalho; 
4) Aumento da expectativa de vida funcional da população;
 5) Aumento do grau de satisfação da população com os serviços de saúde ofertados pelo poder público municipal. 
Cultivando a inclusão social
Projeto incentiva pessoas com deficiência mental a plantar, reciclar e fabricar tintas sustentáveis 
Todas as semanas, alunos da Associação de Pais e Amigos (APAE) de Lima Duarte, aprendem a lavrar e cultivar a terra, acompanhar o crescimento das plantas e colocar em prática técnicas de sustentabilidade, como fabricação de tinta da terra, um pigmento natural.
Cultivando a inclusão social
Projeto incentiva pessoas com deficiência mental a plantar, reciclar e fabricar tintas sustentáveis 
Segundo o fisioterapeuta Diogo Jorge, criador e coordenador do Projeto Nossa Horta, a lavoura comunitária é inspirada no conceito de reabilitação baseada na comunidade (RBC) da Organização Mundial da Saúde: pessoas com deficiência física e mental são incentivadas a ajudar, de acordo com as possibilidades de cada uma,  em atividades que tragam resultado em grupo – no caso, hortaliças frescas e o aproveitamento de um terreno de 100 m2 até então improdutivo
Cultivando a inclusão social
Projeto incentiva pessoas com deficiência mental a plantar, reciclar e fabricar tintas sustentáveis
“Toda semana  fazemos colheitas e cada um leva para casa uma sacola com verduras, grãos, raízes e temperos. Alguns ainda não querem levar verduras, outros preferem apenas algumas, mas com a vivência estimula a experimentar e variar a dieta”, diz Jorge.
Cultivando a inclusão social
Projeto incentiva pessoas com deficiência mental a plantar, reciclar e fabricar tintas sustentáveis
O trabalho é diferente da reabilitação individual, pois não se baseia em  um diagnóstico. “O processo é coletivo, em grupo, mas cada um dá o melhor de si para  chegar aos resultados. Aos poucos os participantes encontram tarefas que gostam de fazer, se familiarizam com as plantas, descobrem quais são suas preferidas e percebem que não é fácil manter uma horta”, explica Jorge.
Pessoas Com Deficiência e a Reabilitação Baseada na Comunidade Como Alternativa
No Brasil, muitas das pessoas com deficiência (na maioria crianças) ao ir para os centros de reabilitação, deixam seus lugares de origem – favelas, cortiços, a região nordestina, etc. – para ser reabilitadas.
Pessoas Com Deficiência e a Reabilitação Baseada na Comunidade Como Alternativa
 Após esse período, ao ter alta do centro, voltam para o lugar de onde saíram. Isto nem sempre é muito bom, uma vez em que elas estão voltando para um lugar que não lhe oferecerá a vida para qual foram preparada no centro. Ali terá a mesma vida precária de antes.
Pessoas Com Deficiência e a Reabilitação Baseada na Comunidade Como Alternativa
Apesar desses problemas que são apontados, muitos centros e profissionais, que somam muita garra, boa vontade e até momentos heróicos, têm prestado serviços relevantes. 
Só para termos uma idéia mais ampla de como a RBC vem ganhando cada vez mais espaço no mundo, além do Brasil, os demais países engajados em projetos não institucionais de reabilitação simplificada são: Indonésia, Filipinas, México, Arábia Saudita, Argentina, Botsuan, Colômbia, Gana, Granada Guiana, Haiti, Índia, Jamaica Nepal, Nicarágua, Nigéria, Paquistão, Peru, Síria, Santa Lúcia, Somália, Srilanka, Zâmbia e a Zimbábue.
Pessoas Com Deficiência e a Reabilitação Baseada na Comunidade Como Alternativa
A reabilitação baseada na comunidade é mais barata do que a reabilitação clássica, de abordagem institucional; ela é mais simples e de imediata aplicação. Não é paternalista, assistencialista ou autoritária. É um processo em que a própria pessoa com deficiência, sua família e respectiva comunidade são os agentes principais da sua capacitação social. A forma de atendimento satisfaz à multiplicidade de necessidades da pessoa com deficiência e a de família, permite-lhes acesso e uso de serviços destinados à população geral e integra essa pessoa concomitantemente com a fase de sua reabilitação. 
Referências:
Pessoas Com Deficiência e a Reabilitação Baseada na Comunidade Como Alternativa - 03/03/2010-Psicologia e Deficiência – Professor Emílio Figueira
Cultivando a inclusão sócia- Outubro de 2012
Fisioterapia e Terapia Ocupacional na Comunidade -PROF. DR. GIL LÚCIO ALMEIDA Presidente do Conselho de Fisioterapia e Terapia Ocupacional do Estado de São Paulo CREFITO-SP Jul/2008

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