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Patologia Clínica 1 - Hematologia

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V e t e r i n a r i a n D o c s 
www.veterinariandocs.com.br 
 
 
 
 
1 
www.veterinariandocs.com.br 
Patologia Clínica Veterinária 
 
 
Hematologia 
Introdução: 
-Composição do Sangue: 
 -Células: eritrócitos, leucócitos e plaquetas 
 -Plasma: proteínas plasmáticas (fibrinogênio, albumina e globulinas), glicose, 
eletrólitos, colesterol, enzimas, hormônios, vitaminas, lipídeos, aminoácidos, produtos 
de excreção (uréia, creatinina e ácido lático). 
*Hemostasia ≠ Homeostasia 
 -Hemostasia: é o conjunto de mecanismos que o organismo emprega para 
coibir hemorragia. 
 -Homeostasia: é a propriedade de um sistema aberto, seres vivos especialmente, 
de regular o seu ambiente interno para manter uma condição estável, mediante múltiplos 
ajustes de equilíbrio dinâmico controlados por mecanismos de regulação inter-
relacionados. 
*Plasma ≠ Soro 
 -Plasma: é o sobrenadante obtido quando uma amostra de sangue que foi 
coletada com anticoagulante é centrifugada. 
 -Soro: é o equivalente de uma amostra que se permitiu coagular, não possui 
fibrinogênio. 
-Funções das Células: 
 -Eritrócitos: é composto por hemoglobina e é responsável pelas trocas gasosas 
 
2 
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 -Leucócitos: defesa do organismo 
 -Neutrófilos: defesa primária 
 -Monócitos: ‘limpeza’ 
 -Eosinófilo 
 -Linfócitos: resposta celular e humoral 
 -Plaquetas: hemostasia 
Hematopoese 
 1-Eritropoese: é a produção de eritrócitos e ocorre na medula óssea vermelha. 
 2-Leucopoese: é a produção de leucócitos e ocorre na medula óssea vermelha. 
 3-Trombocitopoese: é a produção de plaquetas e ocorre na medula óssea 
vermelha. 
*Nas aves, répteis, anfíbios e peixes ocorre em locais diferentes dos mamíferos, assim: 
 -Eritropoese: ocorre intravascularmente 
 -Leucopoese: ocorre em sítios extravasculares 
 -Trombocitopoese: ocorre intravascularmente 
-Tipos: 
 -Hematopoese Pré-Natal: 
Ocorrendo: 
 Primeiramente no Saco vitelínico, posteriormente no Fígado, Baço e finalmente 
na Medula óssea 
 -Hematopoese Pós-Natal: 
Ocorrendo na: 
 -Medula Óssea Vermelha (ativa): que na puberdade está presente em todos os 
ossos 
*Medula Óssea Amarela: inativa 
 1-Eritropoese: 
 
 
 
3 
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Célula Pluripotente (célula tronco) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1- Núcleo grande e contém nucléolo 
2- Perde nucléolo 
3- Há diminuição no tamanho e a cromatina está condensada 
4- Início da síntese de hemoglobina, citoplasma cinza 
5- Ocorre a perda do núcleo 
6- Retículo azul (basofílico) visível com coloração especial 
7- Célula adulta sem núcleo em mamíferos, em formato de disco bicôncavo. 
Eritropoese ocorre na medula óssea vermelha. Conforme as hemácias 
amadurecem, elas se tornam muito facilmente deformáveis (o que é necessário para que 
elas possam passar por vasos capilares pequenos). 
A eritropoiese normal envolve um mínimo de quatro mitoses: uma na fase de 
eritroblasto, outra no estágio de pró-eritroblasto e duas no estágio de eritroblasto 
basofílico. 
 -Tempo de Maturação: O tempo de maturação total varia entre as 
espécies de aproximadamente 4-5 dias em bovinos para cerca de uma semana no cão. 
 Quando há um aumento na demanda de hemácias, a produção é aumentada 
primeiramente ao se permitir que formas mais jovens (reticulócitos) entrem na 
circulação e também ao se permitir que os estágios de maturação sejam agrupados e 
Série Granulocítica 
Eritroblasto 
Série Trombocítica 
Pró - Eritroblasto 
Eritroblasto Basofílico 
Eritroblasto Policromatofílico 
Metaeritroblasto 
Reticulócito Eritrócito 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
 
4 
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ignorados, de modo que se apresse a eritropoese Reticulócitos não é vista em todas as 
espécies, como, cães demonstram reticulócitos rapidamente, bovinos só em situações 
extremas e eqüinos nunca apresentam esta resposta. 
 O apressamento da eritropoese ocorre em todas as espécies e, algumas vezes, 
leva ao aparecimento de algumas hemácias imperfeitas na circulação, tais como 
corpúsculos de Howell-Jolly, poiquilócitos e leptócitos. 
 -Duração de Vida: a duração de vida das hemácias varia nas espécies, 
assim: 
Suínos: cerca de 65 dias. 
Bovinos: mais de 160 dias. 
Ovinos: apresentam duas populações de hemácias, uma de vida curta (70 dias) e 
outra de vida mais longa (150 dias). 
Cães: cerca de 120 dias 
Gatos: cerca de 70 dias. 
Eqüinos: cerca de 150 dias 
 -Destruição: esse processo ocorre de 3 formas: 
-O eritrócito pode ser fragmentado em pequenos pedaços o suficiente para que 
sejam captados pelo sistema retículo-endotelial 
 -O eritrócito pode-se tornar mais frágil e romper-se com o esgotamento das 
enzimas intracelulares e assim sendo fagocitada. 
-O eritrócito como um todo pode ser fagocitado. 
A hemoglobina de uma hemácia morta é reutilizada. A fração protéica (globina) é 
lisada em aminoácidos. A fração heme perde seu átomo de ferro (sendo reciclado em 
uma nova molécula de hemoglobina) e o restante da molécula de heme transforma-se 
em bilirrubina (não é hidrossolúvel) e então precisa ser transportada no plasma pela 
albumina. Ao atingir o fígado esta bilirrubina é conjugada com o ácido glicurônico 
(agora torna-se hidrossolúvel) e pode ser excretada na bile. 
 Depois da reciclagem na circulação hepática e de um metabolismo aditivo, a 
maior parte dela é excretada nas fezes como urobilina e estercobilina e um pouco dela 
também é excretado na urina como urobilinogênio. 
 -Tamanho: 
Cão > Bovino > Caprino 
 
5 
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 -Quantidade: 
Caprino > Bovino > Cão 
 -Controle da Eritropoese: 
O hormônio responsável pela regulação da taxa de eritropoese é uma 
glicoproteína, denominada ‘eritropoetina’ (EP ou EPO). O sítio para a produção deste 
hormônio são os rins (por isso o hormônio é totalmente ausente em animais 
nefrectomizados). O estímulo fundamental para a produção de eritropoetina é a hipóxia 
tecidual. A eritropoetina afeta a produção de hemácias de três formas: 
 -Mais células-tronco se diferenciam em precursores eritrocitários 
 -A velocidade de desenvolvimento dos estágios de maturação de 
hemácias é aumentada 
 -O tempo de trânsito para fora da medula óssea é reduzido 
 A eritropoetina pode ser estimulada ou inibida por hormônios, que na realidade 
afetam o metabolismo celular, e por conseguinte, os requerimentos teciduais de 
oxigênio, exercendo uma retroalimentação na síntese de EPO. 
O estímulo fundamental para a eritropoiese é a tensão tecidual de oxigênio (PO2). 
A hipóxia tecidual desencadeia a produção de eritropoietina, um fator humoral 
especificamente responsável pela produção de eritrócitos. É produzida pelos rins 
(células corticais endoteliais, glomerulares e intersticiais) e em menor proporção pelo 
fígado (células de Kupffer, hepatócitos e células endoteliais). O rim é considerado a 
única fonte de eritropoietina no cão e o fígado é o sítio predominante no feto. A 
eritropoietina é gerada pela ativação do eritropoietinogênio, uma alfa-globulina, pelo 
fator eritropoiético renal ou eritrogenina, ou pela ativação da proeritropoietina, 
produzida no rim, por um fator plasmático. A eritropoietina estimula a eritropoiese em 
várias etapas, pela indução da diferenciação de progenitores eritróides (UFC-E) até 
eritroblastos, estimulando a mitose de células eritróides e reduzindo seu tempo de 
maturação e aumentando a liberação de reticulócitos e eritrócitos jovens ao sangue 
periférico. 
 -Hormônios que aumentam a produção: andrógenos, cortisol, tiroxina, 
adrenalina,prolactina, hormônio do crescimento, TSH e ACTH. 
 -Hormônios que diminuem a produção: estrógenos 
*Machos tendem a ter um volume globular (VG) maior que as fêmeas 
*O excesso de um hormônio (hormônio que aumenta a produção) levará a um aumento 
no VG (o exemplo mais comum é o excesso de cortisol no hiperadrenocorticismo) 
 
6 
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*A deficiência de um hormônio (hormônio que aumenta a produção) levará a uma 
diminuição do VG. São exemplos: hipotireoidismo, hipoadrenocorticismo. 
-Exigência Nutricional: 
-Ferro: mais componente da hemoglobina 
-Proteínas 
-Vitaminas B2, B6 e B12 
-Cobre: sistema anti-oxidante (ele se oxida no lugar de outros componentes) 
 -Funções: 
-Equilíbrio ácido-base 
-Transporte de O2 e CO2 
 -Hemoglobina: 
-Possui 400 milhões de moléculas por eritrócito. A seqüência de aminoácidos da 
hemoglobina é o que diferencia a hemoglobina entre as espécies. 
 -Oxihemoglobina: ligada ao O2 
 -Desoxihemoglobina: ligado ao CO2 
 -Carboxihemoglobina: ligado ao CO (irreversível). 
 
Metabolismo da Hemoglobina 
Normalmente após 120 dias, as hemácias são fagocitadas pelo Sistema Retículo-
Endotelial (baço e fígado) e a fração heme da hemoglobina serve de fonte para a 
formação da bilirrubina. Assim, cerca de 80% da bilirrubina formada no organismo 
deriva da hemoglobina de hemácias. O restante (20%) deriva da degradação de 
hemoproteínas não hemoglobínicas como catalase e citocromos. A fração heme da 
hemoglobina é degradada em biliverdina pela remoção do complexo ferro-
protoporfirina da globina. A biliverdina, por sua vez, é transformada em bilirrubina 
indireta (não conjugada) pela ação da biliverdina-redutase. Neste processo, são 
formados bilirrubina indireta ou não conjugada (lipossolúvel). 
A Bilirrubina indireta (não conjugada), sendo lipossolúvel necessita ligar-se à 
albumina para ser transportada até o hepatócito. Chegando ao hepatócito, é captada na 
sua face sinusoidal por proteínas intracelulares que funcionam como receptores, 
facilitando a transferência do pigmento para o interior do hepatócito. 
 
7 
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O transporte intracelular é realizado através do complexo protéico-pigmentar que 
é transportado dentro do citoplasma até os microcosmos do Retículo Endoplasmático 
Liso (REL). Duas proteínas chamadas ‘Y’ e ‘Z’ são responsáveis por este transporte. 
Nos microssomos do REL, a Bilirrubina indireta (não conjugada) é conjugada ao ácido 
glicurônico por ação da enzima UDP-glicuroniltransferase, formando a bilirrubina direta 
ou conjugada. 
A Bilirrubina direta (conjugada) é excretada do fígado sob a forma de um 
complexo micelar com o colesterol, fosfolipídios e sais biliares e atinge o intestino onde 
sofre ação das bactérias que promovem sua desconjugação, redução e formação do 
urobilinogênio e estercobilinogênio. Uma parte do urobilinogênio é reabsorvido e 
recaptado pelo fígado (circulação entero-hepático – 5%), voltando para a corrente 
sanguínea e sendo excretada na urina pelos rins.O estercobilinogênio é oxidado à 
estercobilina que é eliminada pelas fezes. 
*Hiperbilirrubinemia: alta da bilirrubina circulante, levando à uma icterícia. 
 Causas: 
1- Pré-Hepática: hemólise intravascular. Devido à eficiência do sistema 
retículo endotelial, é possível um grau leve a moderado de hemólise, sem que 
haja icterícia. Entretanto, com o aumento da severidade da hemólise, a 
capacidade excretora é ultrapassada e há o desenvolvimento da 
hiperbilirrubinemia (icterícia). 
2- Hepática: insuficiência hepática. Devido à grande quantidade de funções 
exercidas pelo fígado, a insuficiência deste órgão pode apresentar diversas 
síndromes clínicas. Geralmente, ocorre insuficiência das funções de 
conjugação/excreção. A mensuração da função hepática (ALT, AST e 
fosfatase alcalina) nem sempre estará anormal. 
*Há mais esterobilinogênio na corrente sanguínea, pois quando reabsorvido, não 
consegue ser excretado novamente pelo fígado. 
3- Pós-Hepática: doença biliar obstrutiva. Pode ser uma obstrução intra-
hepática ou pós-hepática. Em casos de obstrução completa, a concentração 
plasmática de bilirrubina pode subir muito e as fezes ficam pálidas por causa 
da ausência de estercobilina. Nos estágios iniciais as atividades plasmáticas 
das enzimas do parênquima hepático geralmente estão normais, mas a 
fosfatase alcalina encontra-se elevada. 
*Hiperbilirrubinemia por jejum: o cavalo é a única espécie em que isto é prontamente 
observado. Em um cavalo anoréxico, a concentração de bilirrubina plasmática pode 
subir, mesmo na ausência de qualquer anormalidade hemolítica ou hepatobiliar. Pode 
ocorrer devido ao fato dos ácidos graxos livres, que aumentam no plasma durante o 
jejum em cavalos, competirem com a bilirrubina pela captação nos hepatócitos. 
 
8 
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*Hiperbilirrubinemia Pré e Pós-hepático podem ser tornar Hepático pela sobrecarga que 
o fígado recebe. 
*Para a diferenciação do tipo de icterícia o animal apresenta, deve-se dosar as 
bilirrubinas (direta e indireta) e o urobilinogênio. 
Icterícia 
 Pré-Hepática Hepática Pós-Hepática 
Bilirrubina Direta Normal 
Bilirrubina 
Indireta 
 Normal 
Urobilinogênio 
 
*Bilirrubina Direta e Indireta, a dosagem é feita pelo sangue. Consegue-se dosar a 
bilirrubina total e a direta, a bilirrubina indireta é obtida pela subtração dos 2 valores 
obtidos. Usa-se o soro para a dosagem, e este deve ser protegido da luz. 
*O Urobilinogênio, a dosagem é feita pela urina. 
 
Metabolismo de Ferro 
 -Características: 
-É absorvido no intestino 
-Transportado pela transferrina (proteína plasmática) 
-Na medula óssea há a formação do ‘heme’ 
-O excesso de ferro é transportado para ó fígado pela transferrina e é armazenado 
sob a forma de ‘ferritina’ (ligado à apoferritina). 
*Anemia da Inflamação Crônica: em uma septicemia, as bactérias necessitam de 
ferro para seu metabolismo. O organismo para se defender retira sua própria 
reservas de ferro, causando uma anemia. 
 
 
 
 
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Eritrograma 
 -É o estudo da série vermelha (eritrócitos ou hemácias). Ao microscópio, as 
hemácias têm coloração acidófila (afinidade pelos corantes ácidos que dão coloração 
rósea) e são desprovidos de núcleo (exceto aves, répteis e anfíbios). As hemácias 
apresentam coloração central mais pálida e coloração um pouco mais escura na 
periferia. Elas são bicôncovas. Quando uma hemácia tem tamanho normal ela é 
chamada de normocítica. Quando ela apresenta coloração normal é chamada 
de normocrômica. 
 -Utilizado para a determinação da concentração da Hemoglobina (Hb) 
 -Utilizado para a determinação do Volume Globular (VG) – Hematócrito 
 -Utilizado para a determinação dos índices hematimétricos (VGM, CHGM e 
DDE) 
 -E é utilizado para a avaliação morfológica dos eritrócitos. 
1-Contagem de Eritrócitos: (µL) 
 -Método manual: utilizando a câmara hemocitométrica ou de Neubauer. 
Procedimento: Para contagem de hemácias deve-se fazer a seguinte 
diluição: 4 ml de solução fisiológica e 20 µl de sangue (homogeneizar antes de coletar 
uma alíquota). Nesta diluição, cada célula contada na câmara de Neubauer equivalerá a 
10.050 células reais. 
Este fator de 1/10.500 foi calculado da seguinte forma: 
-A altura da câmara corresponde a 0,1 mm  1/10 
-São contados apenas 5 micro-quadrantes do quadrante central  1/5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 -Método automatizado: utilizando aparelho para contagem de eritrócitos. 
 
 
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2-Determinação da Concentração de Hemoglobina: (%) 
 -Método Químico: método decianeto-hemoglobina (hemoglobinômetro 
Hemocue
®
). 
3-Determinação do Volume Globular (VG) ou Hematócrito: 
 -Método do Microhematócrito: o procedimento é inicialmente feito pelo 
preenchimento do tubo de micro-hematócrito com sangue por capilaridade. Depois este 
tubo é fechado no fogareiro. Pode haver as entre o final do tubo já fechado e o sangue, 
mas isso não é problema porque este ar é removido pela centrifugação. Posteriormente o 
tubo é levado à centrífuga e é encaixado corretamente. Normalmente se espera no 
mínimo 5 minutos com exceção de sangue de caprinos, que leva em torno de 15 
minutos para total compactação das hemácias no fundo pelo fato de as hemácias serem 
muito menores. 
Após a remoção do tubo da centrífuga, é possível notar três camadas distintas no 
tubo: a coluna de plasma no topo, as hemácias compactadas no fundo e uma fina 
camada esbranquiçada de leucócitos sobre as hemácias. É necessário verificar qualquer 
alteração no plasma (coloração) que pode estar normal, ictérica, lipêmica e hemolisada. 
-Volume Globular: 
 Corresponde à porcentagem de hemácias presentes no sangue. É calculado a 
partir de uma coluna de sangue, sua centrifugação promove compactação máxima das 
hemácias 
 VG: policitemia (relativa ou absoluta/vera) 
 VG: anemia (relativa ou absoluta) 
 
 VG 
 
 Normal 
 
 
 
 
 
 
Eritrócitos Plasma 
1 
2 
3 
4 
5 
 
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1- Normal 
2- Anemia Relativa: se deve basicamente ao aumento do volume do líquido 
plasmático no sangue, e as principais origens relacionadas são: gestação, 
hiperproteinemia e fluidos intravenosos. 
3- Anemia Absoluta: se deve a diminuição no número de eritrócitos. 
4- Policitemia Absoluta: a policitemia absoluta primária (ou policitemia vera, 
eritropoese independente) está relacionada com processos leucêmicos, sendo de 
etiologia desconhecida. Está policitemia é caracterizada pelo aumento da massa 
eritrocitária, por proliferação autônoma (eritropoese independente). Neste caso a 
medula produz glóbulos em quantidades acima do normal. A policitemia vera 
produz aumenta o eritrócito e a volemia globular (hipervolemia globular). A 
eritropoetina está normal. A policitemia absoluta secundária (ou eritrocitose - 
aumento da produção da eritropoetina) pode ser fisiológico ou patológico. 
5- Policitemia Relativa: Observamos a policitemia relativa (ou hemoconcentração) 
em casos desidratação (diarréia e vômito). 
Índices Hematimétricos 
 Os índices hematimétricos fornecem importantes informações sobre o tamanho, 
concentração de hemoglobina e peso da hemoglobina de uma hemácia média. 
VGM: Volume Globular Médio (ƒL) 
 É uma mensuração do tamanho das hemácias e é obtido por simples cálculo 
aritmético a partir do hematócrito (VG) e da contagem de hemácias da amostra: 
 VGM (ƒL )= VG x 100 
 Nº de eritrócitos 
ƒL: fentolitro = 10-15L 
 VGM das espécies: 
Espécie VGM (ƒL) médio 
Cão 70 
Suíno 60 
 
12 
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Bovino 50 
Felino 45 
Eqüino 45 
Ovino 30 
Caprino 15 
 
A classificação quanto ao VGM se dá da seguinte forma: 
 -Normocítico: VGM normal 
 -Macrocítico: VGM aumentado 
 Ex.: eritropoese acentuada (células novas) 
 -Microcítico: VGM diminuído 
 Ex.: anemia ferro-priva 
*Animais jovens tendem a ter hemácias menores em relação aos animais adultos, 
paradoxalmente, os neonatos, têm hemácias tão grandes quanto as de animais adultos. 
-CHGM: Concentração de Hemoglobina Globular Média (% ou g/dL) 
 -Ó CHGM é uma mensuração da concentração de hemoglobina nas hemácias e é 
obtido aritmeticamente a partir do hematócrito (VG) e da concentração total de 
hemoglobina da amostra. 
 CHGM (g/dL ou %) = Hb x 100 
 VG 
A classificação quanto ao CHGM se dá da seguinte forma: 
 -Normocrômico: CHGM normal 
 -Hipocrômico: CHGM diminuído 
 Ex.: anemia ferro-priva 
 -Hipercrômico: não existe – erro laboratorial 
 Ex.: amostra de sangue hemolisada, plasma lipêmico, tudo preenchido 
parcialmente, entre outros. 
 
 
13 
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-DDE ou RDN: Distribuição do Diâmetro Eritrocitário 
 É feito por aparelhos eletrônicos. 
 E faz a mensuração do diâmetro (calcula anisocitose numericamente). 
*Policromatofilia ou Policromasia: 
 O termo refere-se aos eritrócitos que tem coloração róseo-azulada em 
conseqüência da captação simultânea da eosina (pela Hb) e dos corantes básicos (pelo 
RNA ribossômico). Uma vez que os reticulócitos são células cujo RNA ribossômico 
absorve corantes supravitais, formando um retículo visível, há um relacionamento entre 
os reticulócitos e as células policromáticas. Ambos são eritrócitos imaturos, recém-
saídos da medula óssea 
*Anisocitose: 
 Anisocitose é o aumento da variabilidade do tamanho dos eritrócitos que excede 
a observada em um indivíduo sadio. É uma anormalidade inespecífica comumente 
encontrada nas desordens hematológicas. 
Reticulócitos 
 A enumeração dos reticulócitos é freqüentemente realizada para a obtenção de 
informações a cerca da integridade funcional da medula hematopoiética (resposta 
medular à anemia). 
 O reticulócito sofre um período inicial de maturação dentro da medula óssea e é 
então liberado ao sangue periférico onde diferencia-se em hemácia madura. Ele é uma 
célula vermelha anucleada ligeiramente maior do que a hemácia madura, e contém 
resquícios de RNA e outras organelas que podem ser visualizadas com o uso de 
corantes supravitais do tipo do azul de cresil brilhante. Os reticulócitos ‘jovens” 
possuem massas densas de RNA e outras substâncias, que vão se tornando granulares e 
finalmente desaparecem quando o reticulócito completa a sua diferenciação a eritrócito 
maduro. Possuem 80% da hemoglobina do eritrócito maduro. 
Os reticulócitos maturam-se em eritrócitos 24-48 horas na circulação ou no 
baço, onde podem ser seqüestrados temporariamente. O processo de maturação envolve 
a perda de algumas superfícies de membranas, receptores para transferrina e 
fibronectina, ribossomos e outras organelas, obtenção da concentração normal de 
hemoglobina, organização final do esqueleto submembranoso, redução do tamanho 
celular e mudança de forma para o aspecto bicôncavo. 
 A contagem de reticulócitos é mais útil para cães e gatos e tem alguma aplicação 
para vacas. Não é utilizado em eqüinos. A faixa de normalidade para mamíferos 
domésticos representa as contagens esperadas quando o hematócrito é normal: 
 -Pequenos Animais (carnívoros): 0 a 60.000 células/µL 
 
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 -Bovinos: 0 células/µL 
 -Eqüinos: não liberam reticulócitos. 
 Em anemia, espera-se maior nível de liberação medular de reticulócitos desde 
que a medula responda à anemia. Isso implica nas orientações apresentadas a seguir 
quanto à interpretação da contagem de reticulócitos em relação ao tipo de anemia. 
 -Anemia não-regenerativa com baixíssimo grau de regeneração: 0 a 10.000 
células/µL 
 -Anemia não-regenerativa com grau mínimo de regeneração: 10.000 a 60.000 
células/µL 
 -Anemia regenerativa com liberação discreta a moderada: 60.000 a 200.000 
células/µL 
 -Regeneração máxima: 200.000 a 500.000 células/µL 
Exceção: 
 Os gatos representam uma espécie particular de animais, pois têm mais de um 
tipo de reticulócitos (agregados ou pontilhados). 
 Os reticulócitos agregados evoluem para a forma de pontilhado (resposta mais 
antiga) em aproximadamente 12 horas. 
 Devido ao curto período de maturação dos reticulócitos agregados, essas células 
são os melhores indicadores de liberação medular ativa.Portanto, apenas os 
reticulócitos agregados são contados em gatos. 
 E depois de feita a contagem deve-se calcular o valor corrigido, que é dada pela 
fórmula: 
VG da amostra x quantidade de reticulócitos 
VG médio da espécie 
Parasitas 
 -Hemoparasitas 
 -Concentram-se em sangue capilar, deve-se fazer o esfregaço com o sangue da 
ponta de orelha ou cauda. 
 -Babesia spp: cães, eqüinos e bovinos 
 -Anaplasma spp: bovinos, ovinos e caprinos 
 -Mycoplasma sp (antiga Haemobartonella sp): cães e gatos 
 
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Corpúsculos de Howell-Jolly 
São eritrócitos com resto nucleares. Um aumento no conteúdo de corpúsculos de 
Howell-Jolly está associado a anemia regenerativa (eritropoese acelerada), esplectomia 
e supressão da função esplênica. 
Ponteado Basofílico 
 É a presença de considerável número de pequenas inclusões basófilas, contendo 
RNA, dispersas no citoplasma de eritrócito jovens. São compostas de agregados de 
ribossomos. Raras hemácias com pontilhado basófilo podem ser vistas em distensões de 
indivíduos normais. Comum em intoxicação por chumbo. 
Corpúsculo de Lentz 
São raramente encontradas em cães com cinomose (patognomônico). Quando 
encontradas, elas apresentam variações de tamanho, quantidade e cor e são mais vistas 
em hemácias policromatofílicas. 
Aglutinação 
 A aglutinação de hemácias resulta em aglomerados de células irregulares e 
esféricas devido às pontes de anticorpos. Aglutinação é um sinal muito sugestivo de 
anemia hemolítica imunomediada ou em transfusão sanguínea com tipo de sangue 
inadequado. 
Eritrócitos Nucleados 
O aumento da quantidade de hemácias nucleadas está associado a anemia 
regenerativa e liberação precoce dessas células em resposta à hipóxia. Uma maior 
quantidade de hemácias nucleadas também pode ser notada em animais com disfunção 
do baço e com alto teor de corticosteróides. 
Formação de Rouleaux 
Corresponde ao posicionamento espontâneo das hemácias em forma de pilhas 
lineares (semelhante a uma pilha de moedas). É normal nos eqüinos e uma quantidade 
discreta também é normal em cães e gatos. Nota-se maior formação de Rouleaux 
 
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quando há aumento da concentração de proteínas plasmáticas, como o fibrinogênio e 
imunoglobulinas. Este aumento normalmente sugere gamopatia. 
Eritrócitos Crenados (equinócitos) 
 São células espiculadas com várias projeções pequenas, afiladas, distribuídas 
uniformemente pela superfície. A presença de equinócitos pode ser um artefato 
(crenação) decorrente da alteração de pH, além disso, sua presença tem sido associada a 
doença renal, linfoma, picada de cascavel e quimioterapia. 
Acantócitos 
 -Parecem células crenadas 
 São hemácias espiculadas irregulares, com poucas projeções de comrpimentos 
desiguais na superfície. Acredita-se que os acantócitos sejam provenientes de alterações 
nas concentrações de colesterol ou de fosfolipídeos na membrana das hemácias. 
Raramente são notados em esfregaços sanguíneos de cães com hepatopatia e são muito 
constatados em gatos com lipidose hepática e cães com hemangiossarcoma. 
Corpúsculo de Heinz 
É causado pela desnaturação oxidativa da hemoglobina. Cerca de 1 a 2% das 
hemácias de gatos normais contêm esses corpúsculos. Os corpúsculos de Heinz são 
pequenas estruturas pálidas excêntricas presentes nas hemácias. Quando grande 
quantidade de hemácias é afetada, pode haver uma anemia hemolítica grave e algumas 
substâncias oxidantes induzem a formação destes corpúsculos também. 
Não se coram com corantes de rotina (tipo Romanosky) e se coram com o ‘novo 
azul de metileno’. 
Leptócito ou Eritrócito em Alvo 
 Os eritrócitos em alvo possuem uma área de coloração aumentada no meio da 
área de palidez central. Eritrócitos em alvo formam-se como conseqüência de um 
excesso de membrana em relação ao volume do citoplasma, resultando em dobradura da 
membrama. Tem pouca importância ao diagnóstico e pode se formar in vitro, quando há 
contato do sangue com EDTA em excesso. Mas pode estar relacionada com doenças 
hepáticas ou deficiência de ferro (baixa quantidade de hemoglobina). 
 
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Poiquilocitose 
 A célula que tem forma anormal. Fala-se em poiquilocitose, quando há um 
número exagerado de células de forma anormal. A altitude produz um certo grau de 
poiquilocitose em indivíduos hematológicamente normais. A poiquilocitose é uma 
anormalidade comum, inespecífica, encontrada em várias desordens hematológicas: 
pode resultar de produção de células anormais pela medula óssea ou de dano às células 
normais após serem liberadas para a corrente sangüínea. E pode estar relacionadas com 
a troca de eritrócitos (fase fetal para a jovem nos primeiros meses). 
Esquistócito ou Esquizócito 
 São fragmentos das hemácias e geralmente se originam de traumatismo 
eritrocitário intravascular. Pode estar associado à deficiência de ferro, com animais com 
coagulopatia intravascular disseminada (CID) e hemangiossarcoma. 
Esferócito 
 São hemácias de coloração escura que perdem a palidez central. Parecem 
pequenos, mas seu volume é normal. É resultado da fagocitose parcial pelos macrófagos 
e perda de fragmentos de membrana e sugere anemia hemolítica imunomediada. 
Anemia 
 É a diminuição no número de eritrócitos, hemoglobina e/ou hematócrito. 
-Classificação quanto a resposta medular: 
 -Regenerativa: quando a medula óssea responde à anemia. O eritrograma 
apresenta elementos que revelam regeneração ou resposta medular, que são: 
reticulocitose, anisocitose e policromasia, podendo encontrar-se, muitas vezes, presença 
de metarrubrícitos, principalmente no cão e no gato e corpúsculos de Howell-Jolly. São 
necessários dois a três dias para uma resposta regenerativa tornar-se evidente no sangue. 
 -Não Regenerativa: quando não há resposta por parte da medula óssea. É 
causada por lesões na medula óssea ou ausência de elementos necessários para a 
produção de eritrócitos. Este tipo de anemia apresenta curso clínico crônico e início 
lento, é acompanhada de neutropenia e trombocitopenia. Pode ser causada por 
eritropoiese reduzida (medula óssea hipoproliferativa), na ausência de eritropoietina 
(insuficiência renal crônica), na doença endócrina (hipoadrenocorticismo, 
hiperestrogenismo, hipoandrogenismo), na inflamação crônica, lesão tóxica da medula 
(radiação, químicos, intoxicação por samambaia, infecção por vírus e ricketsias como a 
 
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Ehrlichia canis). São anemias normocíticas normocrômicas. Na anemia arregenerativa 
não existem reticulócitos e nem policromasia. 
 
-Classificação segundo índices hematimétricos: 
 -Macrocítica e Hipocrômica: VGM alto e CHGM baixo. Indica uma anemia 
regenerativa, pois há presença de reticulócitos grandes com pouca hemoglobina. O grau 
de macrocitose e hipocromia depende da severidade da anemia, associada à intensidade 
da resposta eritropoiética medular, o que leva a reticulocitose sangüínea. A 
reticulocitose em resposta à anemia aumenta o VCM e reduz o CHCM. Entretanto, 
muitos dias devem passar desde a manifestação da anemia antes da alteração da 
morfologia eritrocítica se mostrar aparente. 
 Ex.: Babesiose 
 -Normocítica e Hipocrômica: apenas o CHGM está baixo. Indica uma anemia 
não regenerativa. 
 Ex.: por alguma falta de substrato para composição da hemoglobina 
 -Microcítica e Hipocrômica: VGM e CHGM diminuídos. Indica uma anemia 
não regenerativa. 
 Ex.: deficiência de Ferro 
 -Normocítica e Normocrômica: índices hematimétricos normais. Indica uma 
anemia não regenerativa. 
 Ex.: insuficiência renal crônica (não produz eritropoetina) 
 -Macrocíticae Normocrômica: apenas o VGM está aumentado. Em bovinos, na 
deficiência de cobalto ou pastagem rica em molibdênio. A anemia resulta de uma 
assincronia da eritropoiese causada por alterações na maturação no estágio de pró-
rubrícito a rubrícito basofílico, produzindo eritrócitos megaloblásticos na medula óssea. 
Em cães poodle os eritrócitos macrocíticos normocrômicos não são acompanhados por 
anemia. 
-Classificação por alterações ou achados morfológicos: 
 -Na anemia regenerativa: 
 -Anisocitose 
 -Policromatofilia 
 -Eritrócitos nucleados 
 
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 -Corpúsculos de Howell-Jolly 
 -Ponteado Basofílico (agregado ribossômico) 
 -Na anemia não regenerativa 
 -Não tem 
 
Leucócitos 
 Função: proteção do organismo contra antígenos. 
 Ex.: bactérias, vírus e parasitas. 
-Classificação: 
 1- Granulócitos ou Polimorfonucleares: possuem núcleo condensado e 
segmentado. São células comumente referidas como granulócitos porque contém grande 
número de grânulos citoplasmáticos que são lisossomas, contendo enzimas hidrolíticas, 
agentes antibacterianos e outros compostos 
 -Neutrófilos 
 -Eosinófilos 
 -Basófilos 
 2- Agranulócitos ou Mononucleares: não são destituídas de grânulos, mas 
possuem grânulos em menos número. 
 -Linfócitos 
 -Monócitos 
-Granulopoiese: 
 
 
 
 
Mieloblasto 
Pré-Mielócito 
Mielócito (eosinofílico, basofílico e neutrofílico 
 
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*1 stem-cell geram 32 células segmentadas. 
-Compartimentos (medula óssea): 
 1-Proliferação (mitótico): constituído de mieloblastos, pré-mielócitos e 
mielócitos 
 2-Maturação (pós mitótico): constituído de metamielócitos e bastonetes 
 3-Armazenamento (estoque): constituído de alguns bastonetes e segmentados. 
*A liberação do compartimento de armazenamento acontece em horas e o aumento 
da produção leva de 2 a 4 dias e o aparecimento de novas células no sangue 
acontece por volta do 5º dia. 
-Leucopoese (Linfopoese): 
 -Produção fetal: medula óssea 
 -Produção pós-natal: são produzidos na medula óssea, nos órgãos linfóides 
como o timo, linfonodos, bursa de fabricius e baço, além dos tecidos linfóides viscerais, 
que incluem as placas de Peyer, tonsilas e apêndices. 
 -Recirculação: em torno de 70% dos linfócitos do sangue periférico que saem 
através do tecido retornam ao sistema vascular para recirculação. Esta propriedade dos 
linfócitos torna difícil e imprecisa a estimativa da meia vida dos linfócitos. 
O fenômeno de recirculação é de suma importância biológica porque 
proporciona um mecanismo de distribuição generalizada de células linfóides ocupadas 
com a resposta imune sistêmica. Como resultado, um grande número de linfócitos 
podem ser expostos a um antígeno depositado localmente no tecido. Estas células 
antigenicamente expostas podem ser transportadas por vários lugares no corpo para 
propagar e montar uma vigorosa resposta imune. 
 
-Funções dos Leucócitos: 
 1-Neutrófilos: é a linha primária de defesa. A função primária dos neutrófilos é a 
fagocitose e morte de microorganismos (bactérias, fungos, parasitos e vírus). Os 
neutrófilos também podem causar dano tecidual e exercer efeito citotóxico, como 
Metamielócito 
Bastonete 
Eosinófilo Neutrófilo Basófilo 
 
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atividade parasiticida mediada por anticorpo e atividade tumoricida. Possuem grânulos 
lisossomais no interior dos vacúolos fagocíticos fundem-se com a membrana vacuolar 
para formar um fagolisossomo e liberar seus componentes (metabólitos reativos de O2 – 
H2O2, O2
-
 e O
-
) para matar e digerir a bactéria. 
 Estão distribuídos na circulação sanguínea (compartimento circulante e 
marginal), e a circulação laminar mantém os neutrófilos contra a parede do vaso. A 
maioria das espécies possuem o pool circulante igual ao marginal, mas no gato o pool 
circulante é menor que o marginal (1:3). 
*Numa inflamação aguda, há grande presença de células jovens na circulação. O 
compartimento de mitose (proliferação) está normal, mas os compartimentos de 
maturação e armazenamento estão diminuídos. 
*Numa inflamação crônica, há grande presença de células jovens na circulação. Os 
compartimentos de mitose (proliferação), maturação e armazenamento estão todos 
aumentados. 
*Corticóides causam um ‘estresse crônico’, então há uma demarginação dos leucócitos 
(aumento de neutrófilos e monócitos) e diminuição no número de linfócitos. E há 
presença de neutrófilos hipersegmentados. 
*Adrenalina causa um ‘estresse agudo’, então há demarginação dos leucócitos (aumento 
no número de neutrófilos) e também no número de linfócitos pela esplenocontração. 
 2-Basófilos: são mediadores da hipersensibilidade do tipo tardia ou imediata. 
Possuem grânulos com histamina, heparina e algumas espécies serotonina. Não são 
precurssores de mastócitos, porém possuem funções similares. 
 Quando estimulado antigenicamente sintetiza importantes fatores como Fator 
ativador plaquetário (FAP), substâncias de reação à anafilaxia (SRA) e tromboxano A2 
(TxA2). 
 3-Eosinófilos: o maior sítio de produção de eosinófilos é a medula óssea, embora 
também ocorra em menor grau em outros tecidos como baço, timo e linfonodos 
cervicais. Em geral, os eosinófilos são produzidos em torno de 2 a 6 dias e adentram no 
sangue periférico aproximadamente 2 dias após. 
 Os eosinófilos têm participação na regulação alérgica e resposta aguda 
inflamatória e pode induzir dano tecidual. Podem ainda, participar na coagulação e 
fibrinólise através da ativação do fator XII e plasminogênio. 
As principais funções dos eosinófilos são: fagocitose e atividade bactericida, 
atividade parasiticida, regulação das respostas alérgicas e inflamatórias e injúria 
tecidual. 
 4-Linfócitos: os linfócitos T e B exercem diferentes funções e possuem 
receptores de membrana para o reconhecimento de antígenos. Existe uma terceira 
população de linfócitos que não expressam receptores de antígenos em suas membranas, 
as células exterminadoras naturais (Natural Killer), são derivadas da medula óssea e são 
 
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funcionalmente distintas das células T e B pela sua habilidade de lisar certas linhagens 
de células tumorais sem prévia sensibilização. 
 As principais funções dos linfócitos incluem a imunidade humoral, imunidade 
celular, regulação imune, atividade citotóxica e vigilância imune e secreção de 
linfocinas. 
 5-Monócitos: as funções dos monócitos e macrófagos incluem a transformação 
de monócitos em células efetoras teciduais (macrófagos); ação fagocítica e microbicida; 
regulação da resposta imune; remoção fagocitária de debris e outros restos celulares; 
secreção de monocinas, enzimas lisossomais, e outros; efeito citotóxico contra células 
tumorais e eritrócitos; regulação da hematopoiese: grânulo, mono, linfo e eritro; 
regulação da inflamação e reparo tecidual e ainda coagulação e fibrinólise. Dentre os 
produtos secretados pelos monócitos e macrófagos, citam-se componentes do sistema 
complemento, substâncias citotóxicas e antimicrobianas, produtos do metabolismo do 
ácido aracdônico, enzimas lisossomais, fatores moduladores de outras células incluindo 
interleucinas, fatores fibrinolíticos e pró-coagulantes e outros fatores. 
 
Leucograma 
 -É uma contagem dos leucócitos, faz parte do hemograma. 
 -Deve-se fazer uma avaliação quantitativa e qualitativa 
 -Deve-se fazer uma contagem total e uma contagem diferencial de leucócitos. 
 -Deve-se fazer uma avaliação morfológica destes leucócitos. 
...citose: aumento no número 
 Ex.: leucocitose, linfocitose, monocitose...filia: aumento no número 
 Ex.: neutrofilia, eosinofilia, basofilia 
...penia: diminuição no número 
 Ex.: leucopenia, neutropenia, linfopenia, eosinopenia e monocitopenia 
Parâmetros ≠ Valores 
*Parâmetros: as células a serem contadas 
 Ex.: eritrócitos, neutrófilos.... 
*Valores: a quantificação da contagem de cada célula 
 Ex.: nº de eritrócitos, nº de neutrófilos.... 
 
 
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-Leucocitose: 
 1-Fisiológica: ocorre como uma resposta a adrenalina (excitação, medo, 
exercício extremo, gestação e parto), no qual o compartimento marginal de neutrófilos 
e/ou linfócitos são mobilizados para a circulação geral, aumentando a contagem total de 
leucócitos e o número de neutrófilo absoluto e/ou linfócitos. Assim uma neutrofilia ou 
linfocitose transitória, ou ambas, podem se manifestar. Esta condição é comum em 
animais jovens e geralmente é desencadeada por distúrbios emocionais e físicos. 
Raramente o número de monócitos e eosinófilos aumenta. 
 
 2-Reativa: ocorre em resposta às doenças. Certas doenças podem induzir uma 
resposta específica, mas usualmente um padrão geral de resposta dos leucócitos é 
evidente, independente da doença. A leucocitose reativa pode ocorrer com ou sem 
desvio à esquerda. 
 
-Leucopenia: em muitos animais, ocorre por neutropenia e linfopenia. A neutropenia é 
causa primária de leucopenia em animais com uma relação N:L maior que 1, e 
linfopenia em animais que a relação N:L é menor que 1. A neutropenia é mais comum 
em infecções bacterianas e linfopenia em infecções virais. Severas infecções bacterianas 
e virais podem causar leucopenia associada com neutropenia e linfopenia, ou ambas e 
também podem reduzir o número de outros leucócitos. 
 
 Tipos de Leucopenia: demanda tecidual aguda e maciça, produção reduzida pela 
medula óssea (parvovirose, leucemia felina, drogas – estrógeno), produção ineficaz 
(neutropenia imunomediada) ou neutropenia por seqüestro (choque anafilático) 
 
-Alterações Leucocitárias Quantitativas: 
 1-Neutrofilia: ocorre devido à uma infecção (bactérias, vírus, fungos ou 
parasitos), necrose, distúrbios imunomediados, estresse, hiperadrenocorticismo e 
leucemia. 
 2-Neutropenia: ocorre devido à uma infecção bacteriana aguda (bovinos e 
eqüinos), toxemia, septicemia, esplenomegalia, drogas (estrógenos), radiação, 
leucemia, vírus da leucemia felina. 
 3-Eosinofilia: ocorre devido à uma inflamação (IgA) no trato respiratório, 
digestivo, peritônio e útero, perda tecidual crônica (reações alérgicas, parasitismo), 
hipoadrenocorticismo, estro em cadelas, síndromes hipereosinofílicas (granuloma 
eosinofílico e pneumonia eosinofílica), mastocitoma. 
 4-Eosinopenia: ocorre devido a um estresse agudo (adrenalina), estresse crônico 
(glicocorticóides endógenos), hiperadrenocorticismo, inflamação/infecções agudas. 
 
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 5-Basofilia: ocorre devido a dermatites alérgicas, eczemas e reações de 
hipersensibilidade. E está associado à eosinofilia. 
 6-Monocitose: ocorre devido a um hiperadrenocorticismo, esteróides, estresse 
severo (piometra), doenças imunomediadas, inflamação/afecção aguda ou crônica e 
animais idosos. 
 7-Monocitopenia: muito difícil 
 8-Linfocitose: ocorre em animais jovens, fisiológico (medo, excitação 
geralmente em felinos e eqüinos), vírus da imunodeficiência felina, infecção 
crônica, hipersensibilidade, doenças auto-imunes, pós-vacinação e 
hipoadrenocorticismo. 
 9-Linfopenia: ocorre devido a efeitos de esteróides (hiperadrenocorticismo, 
corticóides, estresse severo), infecção sistêmica aguda, infecção viral recente 
(cinomose), lesão nos linfonodos ou dos vasos linfáticos (ruptura dos vasos 
linfáticos - quilotórax), quimioterapia, radiação. 
-Classificação dos Desvios de Neutrófilos: 
Mieloblasto – Pró-mielócito – Mielócito – Metamielócito – Bastonete – Segmentado - Hipersegmentado 
 
1-Desvio à Esquerda: Normalmente o sangue periférico contém pequeno 
número de neutrófilos imaturos. Em muitas espécies este consiste de menos de 300 
bastonetes/μl de sangue. O aumento da liberação da medula óssea de neutrófilos 
imaturos para o sangue ocorre quando aumenta a demanda funcional de neutrófilos para 
os tecidos ou em casos de leucemias mielógenas ou mielomonocíticas agudas ou 
crônicas. A presença de neutrófilos imaturos no sangue, acima do número normal para a 
espécie, constitui um desvio à esquerda. 
 
 2-Desvio à Esquerda Regenerativo: quando a contagem total de leucócitos é 
moderadamente elevada por causa da neutrofilia e o número de neutrófilos imaturos 
(bastonetes) encontra-se abaixo do número de neutrófilos maduros (segmentados) – 
resposta escalonada. Isto indica uma boa resposta do hospedeiro, e ocorre quando a 
medula óssea tem tempo suficiente (usualmente 3-5 dias) para responder à demanda 
tecidual aumentada de neutrófilos. 
 -Leve: até bastonetes 
 -Moderada: até metamielócitos 
 -Intensa: mielócitos ou mais jovens 
 
*Resposta escalonada: a séria anterior (mais jovem) sempre em menor quantidade do 
que a série posterior (mais madura). 
 
Desvio à esquerda Desvio à direita 
 
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 3-Desvio à Esquerda Degenerativo: A contagem total de leucócitos varia, 
podendo ser normal, leucocitose ou leucopenia. A resposta principal é a presença de 
neutrófilos imaturos acima dos neutrófilos maduros (resposta não escalonada). O desvio 
degenerativo à esquerda indica que a medula óssea tem um esgotamento no 
compartimento de reserva de neutrófilos segmentados e conseqüentemente ocorre a 
liberação de células imaturas, ultrapassando os neutrófilos maduros. Em muitas espécies 
isso é um sinal de prognóstico desfavorável que requer um rigoroso protocolo 
terapêutico. 
 4-Desvio à Direita: É a presença no sangue circulante de vários neutrófilos 
hipersegmentados, isto é, neutrófilos com mais de 5 lóbulos. A hipersegmentação 
nuclear ocorre devido a presença circulante de corticosteróides, tanto endógenos como 
exógenos. A deficiência da Vitamina B12 também pode levar a hipersegmentação, mas 
é uma condição muito rara. 
 5-Reação Leucemóide: A reação leucemóide é geralmente uma leucocitose 
reativa, consistindo de uma alta contagem de leucócitos com uma contagem absoluta de 
um tipo de leucócito, ou também um acentuado a extremo desvio à esquerda sugestivo 
de leucemia. Portanto, é um processo patológico benigno, embora se assemelhe a 
leucemia granulocítica. Ocasionalmente, o quadro sangüíneo leucemóide pode envolver 
outros tipos de leucócitos, como os linfócitos ou eosinófilos. Os resultados laboratoriais 
e a avaliação do paciente revelam que a doença não é uma leucemia. Exemplos de 
reações leucemóides: 
 
-Extremo desvio à esquerda regenerativo visto na piometra e peritonite ativa 
crônica em cães; 
-Acentuada linfocitose em condições supurativas crônicas como, por exemplo, 
reticulite traumática. 
 
-Resposta Leucocitária em Bovinos: 
 -Entre 6 e 24 horas: há uma leucopenia 
 -Entre 24 e 48 horas: há uma leucopenia com desvio à esquerda 
 -Entre 72 e 96 horas: leucócitos normais ou leucocitose por neutrofilia. 
*Deve-se dosar o fibrinogênio que é uma proteína de resposta aguda. 
 
-Alterações Leucocitárias Qualitativas: 
 -Neutrófilos tóxicos: granulação tóxica e/ou difusa basofilia citoplasmática 
acontece quando há continuado estímulo à granulopoiese, pela extensão e/ou duração de 
um processo inflamatório, há diminuição dos prazos de maturação das células 
precursoras, e os neutrófilos chegam ao sangue com persistência da granulação 
primária, própria dos pró-mielócitos, normalmente substituída pela granulação 
secundária, tênuee característica. Os grânulos primários são ricos em enzimas e coram-
se em pardo escuro com os corantes usuais, e impropriamente denominados de 
granulações tóxicas. 
 
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-Corpúsculos de Döhle: são áreas, na periferia dos neutrófilos, nas quais houve 
liquefação do retículo endoplasmático. São de rara ocorrência, mas possuem interesse 
diagnóstico por refletirem infecções graves e/ou sistêmicas. E em felinos é normal. 
 -Neutrófilos Hipersegmentados: no sangue normalmente predominam os 
neutrófilos com 2 a 4 lóbulos nucleares, havendo poucos com cinco ou mais. O aumento 
ou predomínio de neutrófilos com mais de cinco lóbulos - hipersegmentados - é visto 
quando há uma maior permanência destes na circulação. Esta sobrevida intravascular 
prolongada caracteriza o desvio à direita. Isto acontece na insuficiência renal crônica, 
neutrofilias de longa duração, tratamentos com corticóides ou estresse, defeitos 
genéticos raros ou em síndromes mieloproliferativas, degeneração em amostras 
envelhecidas. 
 -Corpúsculos de Lentz: corpúsculo eosinofílico no citoplasma de leucócitos 
patognomônico da cinomose canina. Sua ocorrência se limita à fase de viremia do 
processo infeccioso, sendo, portanto de pouca sensibilidade diagnóstica. Ocorre em 
neutrófilos, linfócitos, monócitos e hemácias. 
 -Monócitos Ativados: os monócitos apresentam vacúolos no seu interior, 
normalmente em resposta à hemoparasitos. 
 -Linfócitos Reativos: a ocorrência de linfócitos ativados acontece quando há um 
estímulo da série linfocitária, com o aparecimento de linfócitos com citoplasma 
aumentado e basofílico, em parte seguindo a diferenciação para plasmócitos, cuja 
presença é rara na circulação. A ativação de linfócitos na circulação deve-se 
principalmente a uma exacerbada resposta humoral ou a uma leucemia de células 
plasmocitárias (Mieloma Múltiplo). 
 -Parasitas: 
 -Hepatozoon canis: neutrófilos 
 -Ehrlichia equi: neutrófilos 
 -Ehrlichia canis: monócitos e linfócitos 
*Infecções por Ehrlichia desencadeia um processo de trombocitopenia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Recipientes para Coleta 
 
1-Tubo de Tampa Vermelha: 
 Este tubo é destinado à obtenção de amostra de soro e não contém 
anticoagulante. É utilizado para obtenção de soro necessário às análises bioquímicas 
comuns. 
2-Tubo de Tampa Roxa: 
 Este tubo contém o anticoagulante EDTA à 3% ou à 10%. A concentração de 
3% é utilizada para coleta sanguínea de aves e repteis e o de 10% para outras espécies 
animais. É utilizado aos exames hematológicos. 
 O anticoagulante EDTA preserva melhor o volume celular e as características 
morfológicas das células. O EDTA é um quelante de cálcio, deixando o indisponível ao 
sangue, fazendo com que não ocorra a coagulação. 
3-Tubo de Tampa Verde: 
 Este tubo contém o anticoagulante Heparina. Este anticoagulante é utilizado para 
alguns testes bioquímicos especiais, principalmente aqueles que requerem o sangue total 
e podem ser influenciados por outros anticoagulantes. 
 A heparina impede a transformação do fibrinogênio em fibrina. 
4-Tubo de Tampa Azul: 
 Este tubo contém citrato de sódio. É utilizado para determinação bioquímica de 
substâncias ou fatores relacionados à coagulação. 
5-Tubo de Tampa Cinza: 
 Este tubo contém fluoreto de sódio (NaF) e EDTA. O NaF inibe a enzima que 
participa da via glicolítica, impedindo a metabolização da glicose pelos eritrócitos. 
6-Tubo de Tampa Amarela: 
 Este tubo possui um ativador de coagulo e disponibiliza melhor o soro para 
testes. É indicado para amostras pequenas de sangue. 
 
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Referências Bibliográficas: 
THRALL. M.A, et al. Hematologia e Bioquímica Clínica Veterinária. 1 Ed. São 
Paulo: Roca, 2007. 
KERR M.G. Exames Laboratoriais em Medicina Veterinária – Bioquímica e 
Hematologia. 2 Ed. São Paulo: Roca, 2003.

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