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Cesuca Faculdade Inédi
CONTRATOS EM ESPÉCIE
Contrato de Compromisso
Professora Mestre, Mariana Menna Barreto Azambuja
Ciro M. Noronha
Letícia S. Marques
Tais Bandasz
Cachoeirinha, 24 de novembro de 2016
COMPROMISSO (Convenção de Arbitragem)
	A Constituição em seu artigo 5º, inciso XXXV, assegura que a lei não excluirá do poder judiciário lesão ou ameaça a direito. Assim, tendo em vista se tratar a jurisdição de um direito do cidadão e de um dever do Estado, no qual a Carta Constitucional faculta e não impõe a escolha desse meio para resolver divergências, o Diploma Processual Civil Vigente, sem desrespeitar o princípio do acesso à justiça, do devido processo legal e da ampla defesa permite em seu artigo 3º, § 1º, a escolha da arbitragem como forma de solução de litígio. Ainda nesse seguimento, o Código Civil contemporâneo, com vistas a preservar também o princípio da autonomia privada, viabiliza nos artigos 851 e 853 do capítulo que dispõe das várias espécies de contratos, duas formas de convenção, o contrato de compromisso (pauta do presente trabalho) e a cláusula compromissória, para instauração da arbitragem como meio de solução de conflitos, remetendo à Lei de Arbitragem a disciplina do instituto. 	
DO CONCEITO
	Compromisso (Convenção de Arbitragem) é o acordo bilateral de vontade por meio do qual as partes de um negócio jurídico podem, preferindo não se submeter à decisão judicial, confiar a pessoas não pertencentes ao judiciário, mas competente na matéria controversa, a solução de seus litígios, subtraindo-nos a pronunciamento da Justiça Comum e submetendo-os a uma jurisdição excepcional, particular, e de eleição dos próprios envolvidos, o qual seria o Juízo Arbitral.
DA NATUREZA JURÍDICA
	O compromisso (convenção de arbitragem) sofreu alterações significativas em nossa codificação pátria. Anteriormente o instituto era disciplinado pelo capítulo X do Título II referente aos efeitos das obrigações, constituindo os artigos 1.037 a 1.048 do Código Civil de 1916 (Lei 3.071 de Janeiro de 1916). Posteriormente passou a compor matéria de regimento processual no capítulo XIV sobre juízo arbitral, no Título I dos procedimentos especiais e Jurisdição contenciosa, tendo sua regulamentação disposta pelos artigos 1.072 a 1.102 do Código de Processo Civil de 1973(Lei 5.869 de Janeiro de 1973). Atualmente é presidido pela Lei 9.307 de 1996 e exposto pelos artigos 581 a 583 do Capítulo XX, Título VI tocante às várias espécies de contrato, do Código Civil vigente.
	Muitas divergências se conservam entre as posições doutrinárias acerca da natureza jurídica do assunto aqui discutido. Alguns doutrinadores negam a natureza contratual do compromisso com o argumento de que é um ato jurídico que não cria, não modifica e nem conserva direitos, limitando-se apenas a extinguir obrigações, ou antes, tende a extingui-la pelo juízo arbitral, dentre eles fazem parte, João Manuel de Carvalho Santos, Clóvis Beviláqua entre outros. Entretanto, em outra linha de pensamento seguem os autores que defendem ser o compromisso um contrato, ou equiparar-se a um, por resultar de um acordo de vontades e requerer capacidade da partes, objeto lícito e forma especial conforme instrui Carlos Roberto Gonçalves. Nessa mesma orientação acompanham Sílvio Rodrigues, Eduardo Espínola, Miguel Maria de Serpa Lopes e Flávio Tartuce.
Coerente se mostra aludir que é visível e preponderante a sua natureza contratual tendo em vista tratar-se de um contrato que nasce e produz efeitos jurídicos em decorrência das manifestações de vontade das quais é originado, consubstanciando-se, portanto, no princípio contratual da autonomia da vontade, que, entretanto, visa um objetivo comum, qual seja a solução de litígio por meio da arbitragem. Sendo assim, consoante ilustra Tartuce: “o compromisso é contrato, a arbitragem é jurisdição; o compromisso é um contrato que gera efeitos processuais” , 
DA CLAUSULA COMPROMISSÓRIA
	Consoante o Código Civil contemporâneo, a Cláusula compromissória encontra-se exposta pelo artigo 853 que remete sua disciplina à Lei Especial. A Lei 9.307/1996 aborda a cláusula compromissória em dispositivo apartado em relação ao compromisso arbitral, sendo considerados ambos como tipos de convenção de arbitragem (compromisso) conforme determina o artigo 3º do referido Diploma. A Lei a conceitua em seu Artigo 4º da seguinte maneira:
“A cláusula compromissória é a convenção através da qual as partes em um contrato comprometem-se a submeter à arbitragem os litígios que possam vir a surgir, relativamente a tal contrato”.
	Carlos Roberto Gonçalves descreve a Cláusula compromissória como sendo uma deliberação pela qual, “ao celebrarem qualquer contrato, que tenha por objeto direitos patrimoniais disponíveis, podem as partes estipular preventivamente, que eventual duvida ou conflito de interesses que venha a surgir durante a sua execução, seja submetida à decisão do juízo arbitral.” O Autor ainda afirma que ela é simultânea à formação da obrigação, nascendo junto com o contrato principal do qual é parte.
	Maria Helena Diniz refere-se à Cláusula compromissória como sendo “um pacto adjeto dotado de autonomia... Avençado no momento do nascimento do negócio jurídico principal, como medida preventiva dos interessados, com intenção de evitar desentendimento futuro”. 
DA FORMA 
A Cláusula compromissória deve ser estipulada por escrito e pode estar inserida no próprio contrato ou em documento separado, no entanto fazendo referência expressa e devidamente delimitada de seu objeto, o qual seria a obrigação inicial. (Art. 4º, § 1º LA)
Nos contratos de adesão o aderente deve tomar a iniciativa de instituir a arbitragem. Caso contrário deve pelo menos concordar, expressamente, com sua instituição desde que por escrito, inserido no próprio contrato com a condição de que esteja destacado em negrito ou em documento anexo e com assinatura ou visto especialmente para a cláusula aderida. (Art. 4º, § 2º LA)
Nesse sentido, o artigo 51, VII do Código de Defesa do Consumidor enuncia que,nos contratos de consumo, será nula por abusividade a cláusula que impuser a utilização compulsória da arbitragem. 
VAZIA
	Cláusula compromissória Vazia é aquela na qual, nos termos do Artigo 6º da Lei de Arbitragem, as partes elegem o juízo arbitral para solução de litígios, porém não se reportam ás regras de nenhum órgão institucional ou entidade especializada e nem ajustam discriminadamente as regras necessárias de maneira a possibilitar a instauração da arbitragem, ficando os envolvidos comprometidos de celebrar o compromisso arbitral sobrevindo controvérsia quanto à determinada matéria do contrato. Corresponderia ao que Maria Helena Diniz e Carlos Roberto Gonçalves denominam de pré-contrato ou contrato preliminar correspondendo à simples promessa de compromisso arbitral pendente de novo acordo dos interessados. 
CHEIA	
A Cláusula compromissória cheia é o item contratual cujas partes, escolhendo dispor da faculdade prevista no Artigo 5º da Lei de Especial, estipulam forma convencionada para a instituição da arbitragem; seja designando órgão institucional ou entidade especializada, como previsto no referido artigo, a qual, segundo Fernando Schwarz Gaggini, denomina-se de “cláusula cheia institucional”, e determinando que o procedimento observará o regulamento da câmara eleita pelas partes para administração da discórdia; seja fazendo referência expressa aos árbitros preferidos e deixando especificamente delimitado as regras as quais preferem e pretendem submeter suas controvérsias no momento de instituir e processar o juízo escolhido, a qual o autor intitula de “cláusula ad hoc”, o que estipula parâmetros suficientes a viabilizar a realização da arbitragem sem maiores inconvenientes. 
DA EXECUÇÃO
	A legislação anterior não concedia à cláusula compromissória surtir os efeitos a que se destina a convenção de arbitragem, sendo que nem sequer a mencionava em sua redação. Hodiernamente, o Artigo 7º e parágrafos do EstatutoEspecial asseguram sua execução específica tendo em vista que disponibiliza a quem interesse a faculdade de recorrer à força do judiciário para que, de forma coercitiva, já que instalada a mencionada resistência ao seu cumprimento, seja formada as regras a fim de que se inicie o procedimento escolhido. 
É possível notar que o parágrafo legal versa sobre a cláusula compromissória vazia; sabido que a lei menciona a existência da convenção, a ocorrência de resistência quanto à instituição da arbitragem e demonstra o visível propósito de elaboração do compromisso com o intuito de composição do conteúdo acordo arbitral, os quais seriam, as regras a serem aderidas.
O Superior Tribunal de Justiça publicou no ano de 2012, a Súmula 485, determinando a aplicação da Lei de Arbitragem aos contratos que contenham cláusula compromissória, ainda que celebrados antes de sua edição. 
DA AUTONOMIA
Visto que o código Civil de 1916 e o Código de Processo Civil de 1973 não faziam referência à cláusula compromissória no capítulo que disciplinava o juízo arbitral, de maneira que ficava atribuído efeito vinculante somente ao compromisso arbitral, restando à cláusula o status de pré-contrato, de contrato preliminar ou de simples promessa de acordo, ficando sua obrigatoriedade dependente da validade e eficácia do negócio jurídico originário; a cláusula compromissória, conforme o estatuto antecedente, não figurava como elemento hábil para a instauração da arbitragem, se tornando indispensável a celebração do compromisso. 
	O advento da Lei de Arbitragem 9.307 de 23 de setembro de 1996 implementou a autonomia da cláusula compromissória que adquiriu extrema relevância no Direito Pátrio no sentido de atribuir ao item contratual individualidade própria e independência em relação ao contrato em que vem inserido, de modo a garantir que a nulidade do negócio não implique a nulidade do parágrafo procedimental, esteja ele incluído ou em documento apartado. Assim determina o Artigo 8º da Lei.
	Como conseqüência da autonomia da cláusula, o parágrafo único do referido dispositivo estabelece o princípio da Kompetenz-Kompetenz concebendo a possibilidade de o próprio árbitro decidir acerca de qualquer controvérsia que diga respeito à convenção, dispondo tal juízo competência para estatuir sobre sua própria competência e, assim, interpretar o contrato e a convenção de arbitragem. 
DO COMPRIMISSO ARBITRAL
	O Compromisso arbitral é previsto pelos artigos 851 do Diploma Substantivo e 9º da Lei de Arbitragem e trata-se de uma das formas de convenção arbitral cujo escopo é escolha da arbitragem para solução de divergências e o ajuste das diretrizes a serem seguidas. 
Carlos Alberto Carmona conceitua compromisso arbitral como sendo “o contrato de direito privado estipulado para o fim de produzir efeitos processuais”. 
Flávio Tartuce refere-se ao acordo como “contrato bilateral, oneroso, consensual, e comutativo”
A lei 9.307/96 transcreve o seguinte conceito:
“O compromisso arbitral é a convenção através da qual as partes submetem um litígio à arbitragem de uma ou mais pessoas, podendo ser judicial ou extrajudicial”
DAS ESPÉCIES
	O Artigo 851 do Código Civil vigente e o Artigo 9º da Lei de Arbitragem admitem duas espécies de compromisso arbitral ou contrato de compromisso, o Judicial e o extrajudicial. 
JUDICIAL
	O compromisso judicial surge na pendência de uma lide, sendo celebrado por termo nos autos perante o juízo ou tribunal, fazendo cessar as funções do juiz togado e redirecionando a polêmica à competência arbitral. 
EXTRAJUDICIAL
	O compromisso Extrajudicial se faz presente nas hipóteses em que ainda não houve uma demanda ajuizada, sendo celebrado por escrito particular, com a assinatura de duas testemunhas ou por escritura pública.
DOS REQUISITOS 
Conforme preconiza o art. 852 do presente Código Civil, a arbitragem restringe-se somente a direitos patrimoniais disponíveis, não podendo atingir os direitos da personalidade ou inerentes à dignidade da pessoa humana, visualizados pelos artigos 11 a 21 do referido Código. Também não podem ter como conteúdo a solução de estado, de direito pessoal de família e de outras que não tenham caráter estritamente patrimonial.
	Nesse diapasão segue também a Lei de Arbitragem em seu artigo 1º
 “as pessoas capazes de contratar poderão valer-se da arbitragem para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis”
	Ainda sob essa perspectiva, conforme os comentários de Carlos Alberto Carmona, “considerando-se que a instituição de juízo arbitral pressupõe a disponibilidade do direito, não podem instaurar processo arbitral aqueles que tenham apenas poderes de administração, bem como os incapazes (ainda que representados ou assistidos). Isso significa que o inventariante do espólio e o síndico do condomínio não podem, sem permissão, submeter demanda a julgamento arbitral; havendo, porém, autorização (judicial, no caso do inventariante e do síndico da falência,ou da assembléia de condôminos, no que diz respeito ao condomínio) poderá ser celebrada a convenção arbitral. Sem autorização será nula a cláusula ou o compromisso ” 
	Quanto a esse compromisso deverão constar, obrigatoriamente, os pressupostos presente no artigo 10 da Lei de Arbitragem, conforme observa Tartuce que, não havendo alguns desses elementos, o compromisso será considerado nulo, pois os elementos descritos estão no plano de sua validade. No contrato deverá constar: 1. o nome, a profissão, o estado civil e o domicílio das partes (com capacidade de comprometer-se, contratar); 2. o nome, a profissão e o domicílio do árbitro, ou dos árbitros (que não podem ser pessoas jurídicas devido às mutações que podem sofrer seus órgãos direcionais, incompatível com a confiança pessoas que as partes neles depositam como exigido em lei – Art. 13 da L.A, e desde que não sejam suspeitos ou impedidos de acordo com o Art. 14 da L.A e 144 do CPC), ou, se for o caso, a identificação da entidade à qual as partes delegaram a indicação de árbitros;, 3. a matéria que será objeto da arbitragem (que como visto deve tratar-se de direitos patrimoniais disponíveis); e 4. o lugar em que será proferida a sentença arbitral.
O artigo 11 da mesma lei admite também elementos facultativos que podem estar contidos na convenção quais sejam: 1. local, ou locais, onde se desenvolverá a arbitragem; 2. a autorização para que o árbitro ou os árbitros julguem por eqüidade, se assim for convencionado pelas partes; 3. o prazo para apresentação da sentença arbitral (que se não proferida fora do prazo extingue o compromisso na forma da Lei Art. 32, VII L.A); 4. a indicação da lei nacional ou das regras corporativas aplicáveis à arbitragem, quando assim convencionarem as partes; 5. a declaração da responsabilidade pelo pagamento dos honorários e das despesas com a arbitragem; e 6. a fixação dos honorários do árbitro, ou dos árbitros.
O Parágrafo único deste artigo estipula que, fixando as partes os honorários do árbitro, ou dos árbitros, no compromisso arbitral, este constituirá título executivo extrajudicial; e que não havendo tal estipulação, o árbitro requererá ao órgão do Poder Judiciário que seria competente para julgar, originariamente, a causa, que os fixe por sentença. 
DA EXTINÇÃO DO COMPROMISSO
Quando o juízo declara a sentença extingue-se a convenção arbitral (Art. 29 L.A). Entretanto, o compromisso pode ser extinto pela vontade das partes. Assim, em qualquer ocasião, podem as partes desfazer o compromisso, mesmo que já tenha sido proferida a sentença arbitral. Conforme determinação do artigo. 12 da L.A, fica determinado que extinguir-se o compromisso arbitral:
I - escusando-se qualquer dos árbitros, antes de aceitar a nomeação, desde que as partes tenham declarado, expressamente, não aceitar substituto;
II - falecendo ou ficando impossibilitado de dar seu voto algum dos árbitros, desde que as partes declarem, expressamente, não aceitar substituto; e
III - tendo expirado o prazo a que se refere o art. 11, inciso III, desde que a parteinteressada tenha notificado o árbitro, ou o presidente do tribunal arbitral, concedendo-lhe o prazo de dez dias para a prolação e apresentação da sentença arbitral.
DOS EFEITOS
É importante ter em mente que para que a convenção arbitral surta efeito na forma de solucionar o conflito, esta deve estar perfeita em seus requisitos formais e materiais, pois caso contrário, estaremos diante de uma cláusula nula ou acordo nulo, cujo sentido não estará claro, precisando de futuro ajustes.
Tartuce afirma que diante da confiança mencionada pela Lei Específica, resta-se aplicável ao contrato abordado o princípio da boa-fé objetiva.
Dessarte, Uma vez estabelecida a arbitragem gera efeitos que ocorrem tanto entre os compromitentes quanto entre as partes e o árbitro ou árbitros, e que estão especificamente disciplinados pela Lei de Arbitragem.
Relativamente aos compromitentes ocorre a exclusão da intervenção do juiz estatal para solução do litígio. A sentença arbitral decidirá sobre a responsabilidade das partes acerca das custas e despesas com a arbitragem, bem como sobre verba decorrente de litigância de má-fé, se for o caso, respeitadas as disposições da convenção de arbitragem, se houver (Art. 27 L.A). Os compromitentes ficam submetidos à sentença arbitral que, segundo o artigo 31 da L.A, produz o mesmo efeito de sentença judicial e, conforme o artigo 18, não fica sujeita a recurso ou homologação, sendo recorrível somente nos casos de nulidade previstos pelo artigo 32. 
Entre as partes e o árbitro se dá a investidura do árbitro após sua aceitação (art. 19 L.A); que fica reconhecido pela Lei como Juiz de fato e de direito (Art. 18), podendo ocorrer sua substituição no caso de falta, recusa ou impedimento (Art. 14, §2º, 15 e 16 L.A); e/ou indicação de um terceiro para o caso de empate (Art. 13, §2º L.A). Ocorre percepção pelo árbitro dos honorários ajustados pelo desempenho da função (Art. Art. 11 Parag. Único) e responsabilidade por perdas e danos do árbitro que, no prazo, não proferir o laudo, acarretando a extinção do compromisso, ou que, depois de aceitar o encargo, ele renunciar. Injustificadamente. (Art. 14, II e Artigo 143, II CPC).
DAS CARACTERÍSTICAS DO CONTRATO DE COMROMISSO
COMPROMITENTE: VENDEDOR
COMPROMISSÁRIO: COMPRADOR
TÍPICO: tipificado pelo as artigos 851 e 852 da código Civil.
NOMINADO: contrato de compromisso 
BILATERAL: acordo de vontades recíprocas.
FORMAL OU SOLENE (e não consensual): forma pré-estabelecida em lei. JUDICIAL por termo nos autos. EXTAJUDICIAL Escrito particular assinado por 2 (duas) testemunhas ou escritura publica.
ONOROSO: sacrifício patrimonial correspondente a um proveito almejado advindo do objeto. 
ALEATÓRIO (e não comutativo): dependem de um risco futuro e incerto, não se podendo antecipar o seu montante.
PARITÁRIO OU POR ADESÃO: Paritário Contrato de Compromisso e Adesão Cláusula compromissória.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Com acentuado zelo à essência constitucional do acesso à justiça, do devido processo legal e da autonomia privada, a Lei de Arbitragem surge no intuito de ampliar a disciplina e estabelecer limites à convenção desse instituto que, amparado pela lei processual civil e pelo Código Civil vigentes, protege o direito dos indivíduos à faculdade de optar por um meio alternativo para solução de conflitos, entretanto sem eximir o judiciário do seu dever de intervenção e de proteção dos direitos contra possíveis lesões e abusos. 
Referências bibliográficas
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