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Relatório de estagio em parasitologia

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7. SETOR DE PARASITOLOGIA
7.1. INTRODUÇÃO
A parasitologia Clínica estuda os organismos que parasitam o homem. Os organismos referidos como parasitos são um grupo heterogêneo que varia em tamanho, desde os pequenos microsporídios até os complexos organismos multicelulares, como a Taenia saginata (CARLI, 2001).
O Exame Parasitológico de Fezes permite que seja feita a detecção dos parasitos de uma maneira seletiva, rápida e eficaz. Desta forma, orienta a administração de vermífugos específicos e efetivos para cada tipo de parasito, evitando uma possível resistência causada por medicamentos de amplo espectro. Pela avaliação da amostra fecal pode-se ter uma noção sobre a presença de gordura e alimentos não digeridos. É importante que se tenha em mente que, assim como qualquer outro tipo de exame laboratorial, o ideal é que as amostras sejam coletadas antes do início de qualquer tratamento para evitar resultados falso-negativos. As chamadas doenças parasitárias ainda são responsáveis por um alto índice de morbidade em grande parte do mundo. Apesar do grande avanço tecnológico, do alto padrão educacional, da boa nutrição e de boas condições sanitárias, mesmo países desenvolvidos estão sujeitos a doenças parasitárias (HEMOANALISES, 2015).
Diferentes materiais orgânicos podem ser submetidos ao exame parasitológico, um exemplo disto é a pesquisa de parasitos em lesões de pele, no escarro, no sedimento urinário, nas secreções vaginais e uretrais, no líquido céfalorraquidiano, em biópsias, em aspirados endoscópicos, etc. Porém, os materiais mais comuns são as amostras de fezes para pesquisa de protozoários e helmintos, preparações perianais para a pesquisa de Enterobius e esfregaços de sangue para o diagnóstico da malária e para o encontro de tripanossomas e microfilárias. Para permitir a identificação do parasito suspeito, o material deve ser apropriadamente colhido, e no tempo mais indicado, de acordo com as características da doença suspeitada (MOURA et al., 2006).
7.2. OBJETIVO E FINALIDADE DE DIAGNOSTICO
Diagnosticar os parasitos intestinais, por meio da pesquisa das diferentes formas parasitarias que são eliminadas nas excreções fecais. Identificar microrganismos patogênicos causadores de quadros de diarreia aguda e/ou crônica. É útil no diagnostico na investigação de parasitoses, má-absorção de gordura (identificação de esteatorreia) e presença de hemoglobina humana (sangue oculto). 
7.3. TECNICAS UTILIZADAS PARA DIANOSTICOS
7.3.1. 	SEDIMENTAÇÂO ESPONTÂNEA MARIANO & CARVALHO 
7.3.1.1. OBJETIVO E FINALIDADE DE DIAGNOSTICO
Pesquisar ovos, larvas de helmintos, cistos de protozoários e promover maior migração de larvas de nematódeos, principalmente em caso de baixa infecção. Útil no diagnóstico de parasitoses. 
7.3.1.2. PRINCIPIO 
Fundamenta-se na associação do método de sedimentação espontânea ao de Baermann-Moraes, através de deposição de formas evolutivas de parasitas no fundo do copo cônico de sedimentação, utilizando água a 45ºC. 
7.3.1.3. METODOLOGIA
- Identificar todo o material a ser utilizado para o desenvolvimento da técnica, com o número do registro e as iniciais do paciente.
- Homogeneizar a amostra de fezes com haste de madeira a amostra de fezes recebida.
- Colocar cerca de 5 g de fezes num copo descartável, com cerca de 5 a 10 ml de água a 45ºC e homogeneizar bem com o auxílio da haste de madeira. 
- Filtrar o material fecal homogeneizado para um copo cônico de sedimentação por intermédio do tamis coberto com gaze dobrada em quatro. Deixar uma porção da amostra sobre a gaze que, em contato com a água morna, propiciará a migração de larvas, se estiverem presentes, em direção à base do cálice. 
- Completar o volume do cálice com água a 45ºC, até que seja tocada a base do tamis e, consequentemente, as fezes sobre ele depositadas.
- Deixar em repouso por, no mínimo, uma hora, removendo o tamis a seguir.
- Deixar sedimentar por mais uma hora. Após esse tempo, desprezar o líquido sobrenadante, cuidadosamente, até tocar no sedimento. Completar com água corrente, deixando em repouso por mais duas horas.
- Coletar o sedimento para análise com o auxílio de um canudo.
- Desprezar o líquido cuidadosamente sobre a lâmina, tendo o cuidado de tomar as porções inicial, intermediária e superficial, e distribui-lo sobre a lâmina.
- Observar a amostra. Se o campo microscópio apresentar grande quantidade de detritos fecais, dificultando a observação, proceder sucessivas lavagens aguardando o tempo mínimo de duas horas entre uma lavagem e outra e outra para a observação. 
- Acrescentar lugol e cobrir com lamínula.
- Examinar ao microscópio com objetivas de 10x e 40x. 
 
7.3.1.4. VALORES DE REFERENCIA
Negativo
7.3.1.5. SIGNIFICADO CLÍNICO E INTERPRETAÇÃO LABORATORIAL
Ascaris lumbricoides: Ascaridíase. É pouco sintomática, por isto mesmo difícil de ser diagnosticada em exame clínico, sendo a gravidade da doença determinada pelo número de vermes que infectam cada pessoa. Como o parasito não se multiplica dentro do hospedeiro, a exposição contínua a ovos infectados é a única fonte responsável pelo acúmulo de vermes adultos no intestino do hospedeiro (NEVES, 2005). Nos pulmões, provocam lesões que podem causar manifestações respiratórias, além de febre e eosinofilia (síndrome de Loffler). Ocorre também bronquite e pneumonite, acompanhadas de infiltração eosinofílica pela presença das larvas jovens em migração. No trato gastrointestinal, pode haver obstrução, torção intestinal e localizações erráticas, como no apêndice vermiforme. Os sinais e sintomas incluem os da síndrome de Loffler, astenia, prurido e coriza nasal, emagrecimento, dor e aumento do volume abdominal (ANDRIOLO, 2008).
Tripanossoma cruzi: Doença de Chagas. Os sintomas da forma aguda aparecem após um período de incubação de 1 a 2 semanas. A parasitemia pela forma tripomastigota e à disseminação da forma amastigota nos tecidos, a doença assume o aspecto de uma infecção aguda com febre, adinamia, edemas limitados ao rosto ou atingindo extensas regiões, adenopatia satélite à lesão primaria ou polimicroadenopatia, hepatomegalia e hipotensão. Em alguns casos surgem sintomas de miocardite aguda, tais como hipotensão, taquicardia, sopros e abafamento dos ruídos cardíacos; em outros, os sintomas de meningoencefalite (MORAES,2008). 
Na forma crônica, entre casos benignos, com pequenas alterações cardíacas reveladas pelo ECG, e os casos graves, com insuficiência cardíaca, megacólon ou paraplegias, escalona-se uma série de casos com sintomatologia intermediaria, nem sempre característica (MORAES, 2008). 
Schistosoma mansoni: Esquistossomose. Popularmente conhecida como “barriga d’agua”. Os exames específicos não revelam alterações características nas formas crônicas da doença, o hemograma nas formas crônicas da esquistossomose não costuma mostrar grandes alterações, exceto nas formas hepatoesplênicas com hiperesplenismo, quando poderão ser observadas anemia, leucopenia e plaquetopenia. As enzimas hepáticas (transaminases, gama-glutamil transferase e fosfatase alcalina) não costumam estar alteradas de maneira importante, exceto em situações citadas, de dano hepático por outras infecções associadas ou após sangramentos intensos, decorrentes da ruptura de varizes esofágicas. Dessa forma, observa-se proteinúria de intensidade variável nos casos com comprometimento renal (NETO et al, 2008). 
Na fase aguda da infecção, ocorre a dermatite cercariana (inflamação aguda da pele no local da penetração da cercaria). Na fase crônica, ocorrem embolia pulmonar, hepatite granulomatosa (infiltrado mononuclear, gigantócitos, eosinófilos) provocada pela presença dos ovos, fibrose do sistema porta, com consequente ascite e hepatoesplenomegalia (ANDRIOLO, 2008).
Trichuris trichiuria: Tricuríase. A fixação dos parasitos na mucosa do ceco pode produzir lesões, como congestão discreta e hemorragias petequeais, sendo que, nas infecções maciças, há degeneração e necrose de coagulação do tecido mucoso circulante. Nas infecçõesde baixa carga parasitária, normalmente os sintomas são ausentes ou indefinidos, tais como nervosismo, perda de apetite, diarreia, dor abdominal, tenesmo e perda de peso. Nas infecções graves pode haver diarreia intensa, com muco e sangue, dor abdominal difusa, principalmente no epigástrio e no quadrante inferior direito (NETO et al, 2008). Nas crianças altamente infectadas pode sobrevir febre moderada, perda de apartite, irritabilidade, insônia, vômitos, distensão abdominal e dores epigástricas e abdominais (MORAES, 2008).
Strongyloides stercoralis: Estrongiloidíase. A intensidade dos sintomas depende da extensão das lesões da mucosa intestinal, sítio da localização dos adultos e das observadas no aparelho respiratório por onde passam as larvas em sua migração antes de atingir o trato digestório. Os sintomas intestinais consistem em dores abdominais, particularmente no epigástrio e no ponto cístico, simulando por vezes ora uma colecistite, ora uma duodenite. Em geral, há crises diarreicas ou emissão de fezes pastosas denotando alterações intestinais dispépticas. Alguns doentes acusam desconforto abdominal e, após as refeições, mal-estar, pirose, sonolência e náuseas, estas, às vezes seguidas de vômitos. Os sintomas gerais são representados por um pequeno grau de anemia e astenia e por alterações do psiquismo que podem ir desde um pequeno nervosismo até a uma grave neurastenia (MORAES et al, 2008).
Enterobius vermicularis: Enterobíase. O diagnóstico é baseado na sintomatologia, como o prurido anal noturno, além de escoriações perineais em crianças. O prurido anal é o sintoma mais frequente, sendo na maior parte dos casos, intenso, estimulando o ato de coçar, principalmente à noite. A coceira constante predispõe ao aparecimento de escoriações, que envolvem a região perineal ou anal, podendo, inclusive, desencadear lesões da mucosa retal. Nas infecções com alta carga parasitaria, pode-se estabelecer uma colite crônica, resultando em diarreia e perda de peso (NETO et al, 2008).
Ancylostoma: Ancilostomídeo. Nos países tropicais, a helmintíase é raras vezes encontrada de maneira pura ou isolada. A ela se associam, via de regra, a desnutrição e infecções várias, particularmente parasitárias e bacterianas. Atentando-se a esse fato, a história epidemiológica deve ser investigada com minúcias e confrontada com os dados da anamnese. Nas fases iniciais da infecção, o relato ou a identificação das manifestações cutâneas consegue orientar o diagnóstico, desde que afastada a hipótese de outras infecções com ciclo larvário. Na fase crónica, o conhecimento das principais manifestações clínicas pode sugerir o diagnóstico. Devem ser investigadas as possíveis alterações do apetite e do hábito alimentar. A identificação da anemia, quando presente, e da fenomenologia dela decorrente pode orientar o diagnóstico para a ancilostomíase (VERONESI, 1991).
Taenia: Teníase. Ao se fixarem na parede intestinal, estes platelmintos causam pequena lesão, de pouco significado, apenas irritando a mucosa, que reage com discreto infiltrado inflamatório, rico em eosinófilos. Tem maior importância a absorção de produtos tóxicos, metabólicos, pela parede intestinal, causando fenómenos clínicos, gerais, pouco característicos: cefaléia, dores abdominais, constipação, diarréia, inapetência ou fome intensa. Essa sintomatologia é comum às duas espécies e tão incaracterística que torna difícil o diagnóstico clínico (VERONESI, 1991).
7.4.1. PESQUISA DE SANGUE OCULTO
7.4.1.1. OBJETIVO E FINALIDADE DE DIAGNOSTICO
Determinar qualitativamente o sangue oculto nas fezes. É utilizado para auxiliar no diagnóstico de lesões sangrantes da mucosa de porções baixas do trato digestório (especialmente lesões do cólon). É útil no diagnóstico de hemorragias e ulcerações no trato digestivo, sendo as causas mais comuns como: úlcera péptica, varizes esofagianas, gastrite e câncer gástrico. 
7.4.1.2. PRINCIPIO 
A hemoglobina presente na amostra liga-se ao conjugado anticorpo monoclonal-corante formando um complexo antígeno-anticorpo. Este flui pela área absorvente da placa-teste indo se ligar ao anticorpo anti-hemoglobina humana na área da reação positiva (T), determinando o surgimento de uma banda colorida rosa-clara. Na ausência de hemoglobina não haverá o aparecimento da banda colorida na área T. A mistura da reação continua a fluir atingindo a área controle. O conjugado não ligado ao antígeno irá unir-se aos reagentes desta área produzindo uma banda colorida rosa-clara, demonstrando que os reagentes estão funcionando corretamente.
7.4.1.3. METODOLOGIA
- Retirar a Placa-Teste (1) do envelope laminado.
- Homogeneizar e quebrar a ponta do Coletor de Amostra e pingar 2 gotas da amostra extraída na cavidade da amostra (S) na Placa-teste.
- Fazer a leitura dos resultados entre 10 e 15 minutos.
7.3.1.4. VALORES DE REFERENCIA
Teste Negativo: Somente deve aparecer a formação de uma linha controle, sem nenhuma coloração da linha na região do teste.
Teste Positivo: Linhas coloridas aparecem no controle e na linha destinada ao teste. O aparecimento de duas linhas indica a presença de hemoglobina humana na amostra. A intensidade de coloração da linha será variável de acordo com a concentração de hemoglobina humana presente nas fezes.
Teste Inadequado: A ausência de formação de linha, ou não formação da linha controle (C) indica erro no procedimento ou deterioração do teste, caracterizando-o como inválido.
7.3.1.5. SIGNIFICADO CLÍNICO E INTERPRETAÇÃO LABORATORIAL
O teste da 0-tolidina é o método tradicional e detecta pequenas quantidades de hemoglobina, sendo pouco especifico para detectar hemoglobina humana. Assim a ingestão de carnes em geral, de alimentos ricos em peroxidase e de alguns medicamentos pode dar resultados falsamente positivos ou falsamente negativos. Por isso, há necessidade de uma dieta rigorosa 4 dias antes da coleta do material e durante os três dias de coleta do mesmo. Nessa dieta proibidos os seguintes alimentos: carne de qualquer espécie (inclusive peixe e embutidos); vegetais ricos em peroxidase, como rabanete, nabo, couve-flor, brócolis, cogumelos, broto de feijão, e frutas como banana d’agua crua e cozida, germe de trigo, beterraba, cenoura, jiló cozido, pimentão cru, repolho roxo cru e cozido, repolho verde cru, salsa crua, vagem cozida (NEMER; et al, 2000). 
A presença de sangue nas fezes pode ser uma manifestação precoce de câncer no trato gastrointestinal e é frequentemente procurada em pacientes portadores de anemia por deficiência de ferro. Portanto, a detecção de sangue nas fezes é uma importante parte do diagnóstico e acompanhamento. Sangramentos anormais podem ocorrer de qualquer local do estômago ao reto (WAMA DIAGNOSTICA).
A presença de Sangue Oculto nas fezes está diretamente associada com desordens gastrointestinais como: hemorroida, fissura anal, diverticulite, pólipos, doença de Crohn, câncer coloretal, úlceras gástricas ou duodenais, infecção intestinal, dentre outras. Quantidades pequenas de sangue nas fezes ou sangramentos detectáveis somente após a limpeza do ânus com papel higiênico são as formas mais comuns de sangramento retal. Em 90% dos casos, a etiologia é benigna e corresponde principalmente a hemorroidas e fissuras anais. Quando a quantidade de sangue nas fezes é moderada a grande, ou quando há melenas (fezes com sangue digerido), a origem do sangramento costuma ser é mais interna, geralmente cólon ou estômago. O câncer Coloretal é uma das principais causas. Testes imunológicos utilizados como triagem e desenvolvidos para detectar Hemoglobina humana são mais precisos e dispensam dietas especiais para os pacientes. Embora o teste de triagem não seja específico para determinar qual doença está causando o sangramento, ele serve como um importante alerta para o início de uma pesquisa clínica. O diagnóstico precoce e o tratamento imediato mostram significativa redução das complicações e da mortalidade por câncer coloretal (BIOCLIN, 2016).
7.4. ESTUDO DE CASO
CASO 1
Pacientecom iniciais M.L.S.S do sexo feminino, 17 anos, deu entrada no laboratório de análises clinicas. No exame parasitológico de fezes foi constatado resultado positivo com presença de ovos do helminto Trichiurus Trichiura.
Hemograma, e exame bioquímico dentro dos valores de referência.
De acordo com os exames do paciente constata-se que a paciente encontra com uma provável infecção parasitaria. Essa infecção não apresenta sintomas, porém o quadro clinico mais comum é a diarreia crônica, que pode vir ou não acompanhada de muco ou sangue nas fezes. 
CASO 2
Paciente com iniciais J.A.J do sexo feminino, 31 anos, deu entrada no laboratório de análises clinicas para exame de rotina. No exame parasitológico de fezes foi observado presença de ovos de Ascaris lumbricoides e cistos de Entamoeba coli. 
Hemograma com observações de leucocitose e neutrofilia. 
Exames bioquímicos e imunológicos normais. 
De acordo com os exames do paciente constata-se que a paciente se encontra com uma possível infecção parasitaria. O helminto Ascaris lumbricoides, não apresenta sintomas, mas pode apresentar dor de barriga diarreia e náuseas, falta de apetite, obstrução intestinal, quando o número de vermes for grande. 
CASO 3
Paciente com iniciais L.S do sexo feminino, 41 anos, deu entrada no laboratório de análises clinicas para exame de rotina. No exame parasitológico de fezes foi apresentado presença do helminto de Ascaris lumbricoides na sua forma adulta. A paciente encontra-se com uma infecção parasitaria, ascaridíase que é causada pelo helminto Ascaris lumbricoides. Esse helminto pode ocasionar um quadro inflamatório dos pulmões devido a sua forma adulta, manifestações gastrointestinais e sintomas como: tosse seca, febre, desnutrição, dor abdominal, perda de peso, diarreia, vômitos, náuseas, entre outros. 
 
7.5. DESCRIÇAO DA EXPERIENCIA E ATIVIDADES REALIZADAS POR SETOR E EXAME
No setor de parasitologia as atividades foram realizadas no turno matutino. Temos a oportunidade de aprender um pouco sobre cada helminto e protozoário, observando a sua forma no microscópio. Foram processadas e feito a leitura aproximadamente de 86 fezes. Através do método de sedimentação espontânea Mariano e Carvalho que é para pesquisar e diagnosticar presença de ovos de helmintos, cistos de protozoários nas fezes, a agua é aquecida a 45ºC e homogeneizada nas fezes. 
7.6. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ADAGMAR, Andriolo. Guias de medicina ambulatorial e hospitalar da unifesp-epm: Medicina laboratorial. 2.ed. São Paulo; Editora Manole Ltda, 2008. 
BIOCLIN. Instruções de uso. Belo Horizonte MG, 2016. 
CARLI, Geraldo Attilio de. Parasitologia Clínica: Seleção de Métodos e Técnicas de Laboratório para o Diagnóstico das Parasitoses Humanas. São Paulo: Editora Atheneu, 2001. 
HEMOANALISES. Exames Clínicos. Disponível em: <http:// http://www.hemoanalises.com.br/Exames-Clinicos/> Acesso em: 07 de novembro de 2016. 
LIMA, A. Oliveira. et al. Métodos de Laboratório Aplicados à Clínica: Técnica e Interpretação. 8.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2010. 
MARIANO, Maria Lena Melo. et al. Manual de parasitologia humana. 3.ed. rev. E ampl. - Ilhéus: Editus,2014. 
MORAIS, Ruy Gomes de. et al. Parasitologia e Micologia Humana. 5.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2008. 
MOURA, Roberto de Almeida et al. Técnicas de laboratório. 3.ed. São Paulo: Atheneu, 2006. 
NEMER, Aline Silva de Aguiar; NEVES, Fabricia Junqueira das; FERREIRA, Julia Elba de Souza. Manual de solicitação e interpretação de examines laboratoriais. Editora Revinter.2000.
NETO, Vicente Amato. et al. Parasitologia: Uma abordagem Clínica. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2008. 
VERONESI, R. Doenças infecciosas e parasitárias. 8.ed. Rio de Janeiro, Editora Guanabara Koogan, 1991. 
WAMA Diagnostica. Instruções de uso. São Carlos SP, 2013.

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