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Doenças por 
Trematódeos 
nos animais domésticos 
Doenças por Trematódeos 
Distomoníase hepática: 
Patologia hepática causada por membros 
dos gêneros Fasciola e Dicrocoelium 
hepatite necrótica infecciosa 
 
O termo fasciolose ou fasciolíase 
somente para infestações por Fasciola 
hepatica 
Doenças por Trematódeos 
Fasciolose  
Infestação por Fasciola hepatica 
caracterizada clinicamente por insuficiência hepática 
aguda ou crônica 
 
Hospedeiros: todas as espécies de vertebrados 
domésticos, muitos silvestres, e o ser humano 
H.I. Caramujos (gênero Limnea) 
 
localização ductos biliares 
Brasil: 
Sul do país, Baixada Fluminense, Vale do 
Paraíba 
 
 ocorrência depende da presença dos 
caramujos hospedeiros intermediários 
FASCIOLOSE 
FASCIOLOSE 
Ciclo: 
Ovos nas fezes do H.D.  miracídio  penetra no H.I. 
esporocisto células germinativas do esporocisto 
dão origem a rédeas células germinativas das 
rédeas dão origem a cercárias deixam o H.I. e 
nadam até vegetais ondem encistam 
metacercárias ingeridas pelos H.D.s penetram 
parede intestinal c.c. fígado (5 a 6 semanas) 
amadurecem nos ductos biliares 
 
1 miracídio pode dar origem a 1000 fascíolas adultas 
PPP – 3 meses 
Localizações erráticas: vesícula biliar, 
pulmões, baço, tec. subcutâneo, 
subseroso e intermuscular, encéfalo. 
 
Nutrição: jovens histiófagas (céls 
hepáticas); adultos sangue e epitélio 
biliar. 
FASCIOLOSE 
Fasciolose Ovina 
Forma aguda – ingestão de grande número de 
metacercárias; condições climáticas 
altamente favoráveis 
 Sintomas em 3 a 8 semanas 
 Lesões severas no parênquima hepático 
 Alta mortalidade 
 hipertermia, dor a palpação do fígado, 
distensão abdominal e diarréia; depois 
síndrome anemia, inapetência, adinamia 
 Hipoalbunemia, hiperglobinemia; taxa de 
bilirrubina inalterada; alterações das enzimas 
séricas 
FASCIOLOSE 
- Morte em 2 a 3 dias 
- Evolução lenta, morte após 6 a 9 dias 
- Evolução mais lenta, perdurando por várias 
semanas: anemia e caquexia aparentes 
(edemas); morte em 10 a 18 semanas 
Lesões: peritônio e parênquima hepático 
Patogenia: ação traumática e ação histiófaga 
dos vermes imaturos 
Fasciolose Ovina 
Hepatite traumática: 
- hemorragia peritonial e peritonite 
- túneis escavados no parênquima 
hepático 
- hemorragia intra-parenquimatosa 
- fístulas hepáticas 
Fasciolose Ovina 
Fasciolose Ovina 
Forma crônica 
 Menos frequente e menos comum 
 Sintomas em 1 a 2 meses 
 Período de início: ganho de peso e 
indolência; eosinifilia, transaminase glutâmica 
oxalacética alterada, hipoglicemia 
 Período de estado: 3o mês anemia (síndrome 
anemia), emagrecimento, desidratação, 
edemas 
 Período terminal: após 4 a 5 meses, 
caquexia e debilidade extrema, 
hepatomegalia com icterícia ocasional 
 
 
 
 Mortalidade baixa (formas imaturas nos 
centros nervosos) 
 Lesões hepáticas muito ligeiras 
 Cirrose e colangite crônica 
 Modificações de volume e coloração do 
fígado, consistência friável 
 Bile espessa, as vezes com pús, 
escurecida, pode conter cálculos 
Fasciolose Ovina 
Patogenia 
 Ação irritativa- espinhos das fascíolas 
sobre o epitélio biliar 
 Ação expoliadora- hematofagismo, 
absorção de vitaminas, e 
oligoelementos minerais 
 Vias biliares inflamadas colonizadas 
facilmente por bactérias intestinais 
Fasciolose Ovina 
Essencialmente não difere da ovina 
- aguda: rara 
- Crônica: fases iguais dos ovinos, 
evolução mais lenta e menos marcada 
 
Evolução geralmente pouco grave 
(longevidade breve dos parasitas) 
 
Fasciolose Bovina 
Maior benignidade em bovinos: 
1- aquisição de resistência às 
superinfestações 
2- infestações frequentemente pouco 
importantes 
3- pouca longevidade do parasita 
4- grande extensão do parênquima 
hepático 
Fasciolose Bovina 
 Cirrose sempre hipertrófica, hepatomegalia 
impressionante 
 Fígado descolorido, róseo-grisáceo, firme 
(faca range ao corte) 
 Colangite canais da face posterior, canais 
muito dilatados com parede espessada e 
calcificada 
 Bile espessada, escura com granulações 
 Vesícula biliar pode estar hiperplásica 
Fasciolose Bovina 
- causa de muitas mortes em ovinos 
- Controle dos H.I. e a medicação profilática e 
terapêutica é dispendioso e incorre em fator 
de risco 
- Fígados afetados rejeitados na inspeção 
- Eficiência produtiva reduzida: 8 a 20% em 
bovinos, 20 a 39% em ovinos 
- Humanos: ingestão de agrião 
 
FASCIOLOSE 
Epidemiologia 
 Comum em áreas pantanosas e terras com 
numerosos córregos pequenos com grandes 
áreas com águas superficiais e áreas com 
irrigaçào frequente 
 Fasciola gigantica (África e Índia), 
Fascioloides magna (Am. Do Norte e Europa) 
FASCIOLOSE 
Diagnóstico: ovos nas fezes, lesões hepáticas 
característica à necrópsia 
 
Controle: 
-boa nutrição dos hospedeiros; 
-tratamento anti-helmíntico dos H.D. e 
molusquicidas nos pastos para os H.I.s; 
-limpeza das margens de córregos e 
reservatórios de água; 
-não permitir acesso dos animais à vegetação 
destas áreas; 
-separação de ovinos e bovinos; 
FASCIOLOSE 
Paranfistomíase (ou paranfistomose) 
a.e.: trematódeos da família Paramphistomidae 
(Paramphistomum spp) 
 
causa severa enterite: 
Fase intestinal da paranfistomíase é doença 
comum de bovinos e, em menor escala, de 
ovinos 
Doenças por Trematódeos 
Paranfistomíase 
H.D. – ruminantes 
H.I. – caramujos aquáticos (Planorbis e 
Bulinus) 
Localização – adultos no rúmem e 
retículo e imaturos no duodeno 
Morfologia – atípica: cônicos com 1 cm 
comprimento, coloração rósea 
Paranfistomíase 
Ciclo: 
-No ambiente e no H.I. idêntico a Fasciola 
-após ingestão de vegetais com 
metacercárias, jovens trematódeos se 
fixam no duodeno por 6 semanas para 
depois migrarem para os pré-
estômagos e amadurecerem 
Paranfistomíase 
Patogenia: totalmente associada à fase 
intestinal e altas infestações – irritação 
e erosões na mucosa duodenal; enterite 
aguda com edema, hemorragia e 
ulceração; adultos apatogênicos 
mesmo em altas infestações 
(comensal) 
Sinais clínicos: 
Diarréia fétida persistente; sede intensa 
(desidratação) e anorexia, debilitação e 
depressão; hemorragias retais após esforço 
para defecação; edema submaxilar e 
mucosas pálidas 
Bovinos são mais comumente afetados com 
mortalidade de até 96% (90% em ovinos) em 
infecções agudas - morte após 15 a 20 dias 
dos primeiros sintomas 
Paranfistomíase 
Síndrome em infestações maciças por 
formas adultas? 
doença crônica com perda de peso, 
anemia, pelagem seca e áspera e 
queda na produção 
Paranfistomíase 
Diagnóstico: 
Fase intestinal com sintomas: não há produção 
de ovos e formas jovens são pequenos e 
podem passar desapercebidos à necrópsia; 
 suspeita pelos sintomas em animais 
susceptíveis vivendo em local com condições 
propícias; histórico; ovos em fezes de outros 
animais conviventes (exame de 
sedimentação) 
Paranfistomíase 
Epidemiologia: dependente de coleções 
permanentes de água (caramujos); surtos em 
bovinos jovens (1 ano de idade), mas ovinos 
e caprinos por toda a vida; surtos durante 
final do verão, outono e início do inverno 
 
Controle: impedir acesso dos animais aos 
acúmulos de água; uso de molusquicidas e 
drenagem de regiões alagadas; tratamento 
periódico contra trematóides adultos 
Paranfistomíase 
Esquistossomose 
Zoonose causada por trematódeos dogênero Schistosoma 
 
No homem doença grave e debilitante; 
doença semelhante nos animais que 
podem atuar como reservatórios de 
infecção para o homem 
Doenças por Trematódeos 
agente etiológico: 
Schistosoma bovis – ruminantes 
Schistosoma mattheei – ruminantes e 
homem 
Schistosoma japonicum – homem e 
maioria dos animais domésticos 
Schistosoma mansoni – homem e 
animais silvestres (único no Brasil) 
Esquistossomose 
Esquistossomose 
H.D. – todos os mamíferos domésticos 
(importante em ovinos e bovinos) 
H.I. – caramujos aquáticos (Bulinus e 
Physopsis; Biomphalaria para S.mansoni) 
 
Localização: veias mesentéricas 
Nutrição: sangue pela boca, carboidratos e 
aminoácidos pelo tegumento 
 
Esquistossomose 
 Endêmica em todo o mundo 
 Atinge principalmente África, Ásia e 
América latina 
 Brasil: 6 a 8 milhões de pessoas 
portadores 
 Longevidade dos vermes adultos 5 a 6 
anos; estimada vida de 30 anos 
 Oviposição diária de 300 ovos 
Morfologia: atípica; sexos separados, 
macho achatado com 2 cm 
comprimento, fêmea quase cilíndrica, 
mais fina e longa, inserida em sulco do 
corpo do macho, curvado para dentro; 
esbranquiçados; cercárias com cauda 
bifurcada 
Esquistossomose 
Ciclo: 
Fêmeas nas veias do H.D. depositam ovos em 
vênulaspenetram até submucosa intestinal 
luz intestinal eliminados nas fezes 
eclodem na água miracídios penetram 
em caramujos esporocisto direto para 
cercárias no H.I. cercárias na água 
penetram pela pele do H.D. perdem cauda 
circulação coração pulmões 
circulação sistêmica fígado amadurecem 
veias mesentêricas 
*1 miracídio pode originar 100.000 cercárias 
Esquistossomose 
Transmissão: percutânea (cercárias são formas 
infestantes) ou raramente oral (penetração na 
mucosa) 
Patogenia: resposta inflamatória e granulomatosa 
à deposição de ovos nas veias e a infiltração na 
mucosa intestinal (70% dos ovos morrem nos 
tecidos) 
Sintomas: mais importante e grave em ovinos do 
que em bovinos;diarréia sanguinolenta e 
mucosa, sede, emaciação e anorexia; morte em 
infecções maciças; sintomas geralmente 
desaparecem com a evolução; anemia e 
hipoalbunemia em ovinos 
Esquistossomose 
Necropsia: 
Lesões hemorrágicas acentuadas na 
mucosa intestinal; com evolução parede 
acinzentada, espessada e edematosa; 
fígado com granulomas e fibrose portal 
Esquistossomose 
Diagnóstico: sintomas associados ao histórico e 
acesso à fontes naturais; ovos nas fezes e no 
sangue e muco das fezes; esquistossomas nas 
veias mesentéricas à necrópsia 
Epidemiologia: dependente da água para infecção 
do H.I. e do H.D. 
Controle: idêntico a Fasciola e Paramphistomum; 
no caso do homem saneamento básico e evitar 
contato com águas passíveis de contaminação 
por cercárias 
Esquistossomose 
Esquistossomose humana: 
 sinônimo – Bilharziose 
 juntamente com ancilostomose e filariose são 
helmintoses mais importantes 
 S.japonicum (também em animais domésticos), 
S.mansoni, S.haematobium (esquistossomose 
urinária), S.mekongi e S.intercalatum 
 transmissão por contato com águas 
contaminadas com cercárias 
 “dermatite dos nadadores” – cercárias na pele 
com eritema, edema, pápulas e dor 
 
 
Esquistossomose 
Esquistossomose: Imunologia 
•A dermatite cercarianadecorre de dano cutâneo pelas 
proteases da cercária; 
•O hospedeiro desenvolve hipersensibilidade dos tipos I 
e IV contra as secreções e produtos do ovo; 
•Os ovos embrionadoscausam dano ao epitélio 
vascular mediado por colagenase; 
•As respostas imune do hospedeiro (humorale celular) 
parece ter papel protetor; 
•Citotoxicidademediada por IgEe eosinofilotem sido 
sugerido como mecanismo de morte do verme adulto.

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