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DIREITO PENAL IV AV2.doc

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DIREITO PENAL IV
09) Justificado o afastamento da pena-base do mínimo legal em face da natureza das drogas apreendidas “crack” e cocaína, a primeira de enorme lesividade ao usuário. O que aumenta a reprovabilidade da conduta (art. 42 da Lei n. 11.343/2006). Evidenciado, pela grande quantidade e variedade de drogas apreendidas, dinheiro e apetrechos destinados ao tráfico, o envolvimento dos réus com tráfico organizado e de grande porte, bem como respondendo os réus por outros crimes anteriores, o que afasta os bons antecedentes, incabível a incidência da redutora do artigo 33 § 4º da Lei n. 11.343/06. Adequado o regime inicial fechado, na forma do Art. 33 § 2ª alínea “a” e § 3º, do CP. Apelo parcialmente provido (TJRS).
______________________________________________________________________
10) Caso concreto:
Situação 1: A situação narrada versa sobre a distinção entre os delitos de tortura, equiparado a delito hediondo e o delito de maus tratos, previsto no Art. 136 do Código Penal. Desta forma, pode-se observar a finalidade do réu em fazer a vítima experimentar sofrimento físico e emocional, o que se exige para a caracterização do delito de tortura previsto no Art. 1º, II da Lei n. 9.455/97.
Para Guilherme de Souza Nucci, o dolo específico do agente neste delito é o de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo, acrescentando que não se trata de submeter alguém a uma situação de mero maltrato, mas sim, além disso, atingido uma forma de ferir com prazer ou outro sentimento igualmente. (NUCCI, Guilherme de Souza, Manual de Direito Penal, Parte Geral Especial 6 ed. São Paulo, Revista dos Tribunais, 2010).
Situação 2: A situação narrada versa sobre a figura omissiva prevista no Art. 1º § 2º a qual há o rompimento da teoria monista do concurso de pessoas e sobre a qual não incidem os institutos repressores da lei de crimes hediondos.
Situação 3: A situação versa sobre a figura prevista no Art. 1º § 1º da Lei de Tortura com a qualificadora prevista no § 3º do mesmo dispositivo legal.
______________________________________________________________________
11) 
a) O delito a ser imputado a Alessandro Antunes está tipificado no artigo 3º, alínea “i” da Lei n. 4.898/65, uma vez que ele, policial militar, atentou contra a incolumidade física de Paulo Roberto Cruz, ao ameaçar e agredir sua face, próximo ao olho, com a utilização de sua arma.
b) O delito de abuso de autoridade resta configurado como crime, cuja competência é da Justiça Comum, ainda que perpetrado por militar, ainda que praticado em serviço, consoante o enunciado da Súmula n. 172 do Superior Tribunal de Justiça.
Neste caso, poderá ainda abordar a possibilidade do concurso de crime com o delito de lesões corporais que, se comprovadas, ensejaram o desmembramento do feito, cabendo à Justiça Comum a competência para processo e julgamento deste delito, e à Justiça Estadual Militar, do delito de lesões corporais, conforme entendimento sumulado no enunciado n. 90 do Superior do Tribunal de Justiça.
______________________________________________________________________
12) No que concerne à tese defensiva, os pedidos sucessivos serão rejeitados, por inequívoca falta de interesse recursal, pelos seguintes fatos:
- Em relação a atipicidade da conduta por encontrar-se a arma desmuniciada vide trecho da decisão proferida em sede de apelação pela Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul:
“[...] A conduta está definida como crime exatamente por entender o legislador que, por si só, já afronta a incolumidade pública. Trata-se de infração de mera conduta, cuja consumação se implementa, tão somente, com a realização do verbo do tipo, não se exigindo qualquer resultado. Portanto, inexistente atipicidade por ausência de lesividade ao bem jurídico protegido. Afirmar a atipicidade da conduta é negar vigência à lei penal em vigor. Não afasta a tipicidade da conduta a circunstância de estar a arma desmuniciada e não pronta para uso . Penas já fixadas de forma benéfica, não se cogitando de redução. O reconhecimento da agravante da reincidência decorre de observância de expressa previsão legal, inexistindo bis in idem. Sentença mantida. Apelo improvido. (Apelação Crime Nº 70047975909, Segunda Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: José Ricardo Coutinho Silva, Julgado em 23/07/2015)”
No mesmo sentido o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro:
Segundo o entendimento deste eg. Superior Tribunal de Justiça, os crimes previstos nos arts. 14 e 16 da Lei n. 10.826/2003 são de perigo abstrato, suficiente, portanto, a prática do núcleo do tipo "ter em posse" ou "portar", sem autorização legal, para a caracterização da infração penal, pois são condutas que colocam em risco a incolumidade pública, independentemente de a munição vir ou não acompanhada de arma de fogo. Incidência da Súmula 83/STJ. II. O recurso especial interposto com fulcro no art. 105, inciso III, alínea c, da Constituição Federal exige a demonstração do dissídio jurisprudencial, através da realização do indispensável cotejo analítico, para demonstrar a similitude fática entre o v. acórdão recorrido e o eventual paradigma (arts. 541, parágrafo único, do CPC e 255, § 2º, do RISTJ), o que não ocorreu na espécie. Agravo regimental desprovido.
Em relação ao reconhecimento do conflito aparente de normas e conseqüentes absorção do delito de arma de fogo de tráfico de drogas o pedido também será rejeitado, pois no caso em análise, embora o acusado estivesse portando arma de fogo, neste caso o uso restrito, tal fato não funcionou como fase de preparação ou de execução do delito de tráfico de entorpecentes. Não há que se falar, desta forma smj em absorção, mas sim em concurso de crimes.
______________________________________________________________________
13) O caso concreto acima tem como ponto nodal a distinção entre a violência doméstica e a violência de gênero discriminatório contra a mulher, sendo portando, imprescindível, abordar a referida distinção. No que concerne ao conflito de competência, o Juiz em exercício no Juizado Especial Criminal, teve por fundamento o disposto no Art. 41, da Lei n. 11.340/2006, que veda expressamente, a competência do JECRim para o processo e julgamento das infrações penais perpetradas contra a mulher. Acerca deste dispositivo, poderá, ainda ser abordada a controvérsia acerca da sua inconstitucionalidade.
Com relação a procedência do pedido e, conseqüente, remessa do feito ao juízo suscitado, segue abaixo decisão proferida por alguns Tribunais Estaduais sobre o tema:
“TJ-RJ - CONFLITO DE COMPETÊNCIA : CC 00008641420148199000 RJ 0000864-14.2014.8.19.9000
Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro Primeira Turma Recursal Conflito de Competência nº 0000864-14.2014.8.19.9000 Suscitante: Juízo de Direito do I Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher da Comarca da Capital Suscitado: Juízo de Direito do I Juizado Especial Criminal da Comarca da Capital Relator: Juiz FÁBIO UCHÔA PINTO DE MIRANDA MONTENEGRO CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. VIAS DE FATO. ART. 21 LCP. CONDUTA QUE SE AMOLDA, EM TESE, ÀS DENOMINADAS FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER TRATADAS NO ARTIGO 7º DA LEI 11.343/06. CONFLITO CONHECIDO E DIRIMIDO FIXANDO A COMPETÊNCIA EM FAVOR DA SUSCITANTE. V O T O O Juízo de Direito do I Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher da Comarca da Capital suscita Conflito de Negativo de Competência em face do Juízo de Direito do I Juizado Especial Criminal da Comarca da Capital, alegando que a Lei Maria da Penha apenas vedou a aplicação da Lei 9.099/95 aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, silenciando-se quanto às contravenções penais, de forma que, versando o caso sobre acusação de prática da contravenção penal tipificada no art. 21 da LCP (vias de fato) entende que a competência para processo e julgamento é dos Juizados Especiais Criminais, Criminais, reforçandoseu entendimento noticiando ser este o entendimento do I Fórum Nacional de Juízes de Violência Doméstica contra a mulher ao aprovar o Enunciado nº 08: "O artigo 41 da Lei nº 11.343/06 não se aplica às contravenções penais". Por fim, se reporta ao Provimento nº 50/2008, da Corregedoria Geral de Justiça deste Estado que determinou a redistribuição de todas as contravenções penais existentes no juízo para os Juizados Especiais Criminais, diante da aplicação da Lei 9.099/95. O Juízo suscitado, por sua vez, alega que a Lei 11.340/06 estabeleceu a competência material, cível e criminal que é absoluta, para o processo, julgamento e execução das causas decorrentes da prática da violência doméstica e familiar contra a mulher, em seus art. 13 a 15. Ainda, em seu art. 7º, incisos I a V estabelece as formas de condutas da violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da nomenclatura do delito, pois o que importa é a mens legis. O órgão do Ministério Púbico junto a esta Turma Recursal manifestou-se a fls. 97/100, entendendo que a competência deverá ser firmada a favor da suscitante, uma vez que em nenhum momento o legislador ressalvou as contravenções penais, razão pela qual é intuitivo concluir que a sua prática não descaracteriza a conduta como sendo praticada no âmbito da violência familiar. É o relatório. Passo a proferir o voto. O objeto da controvérsia no presente conflito cinge-se a respeito da competência do I Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher para processar e julgar contravenção penal no âmbito de violência doméstica. A Lei Maria da Penha cuida de infrações penais decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher determinando que são de competência do Juizado de Violência Doméstica, Justiça Especializada, competência absoluta em razão da matéria, registre-se, o qual adotará o procedimento previsto naquela lei de modo que dúvidas não há de que o Juizado Especial de Violência Domestica e Familiar contra a Mulher é o competente para processar e julgar crimes e contravenções praticados contra a mulher, baseada no gênero, no âmbito das relações domésticas. É que a intenção do legislador, nos termos do artigo 7º da Lei 11.340/06 foi proteger a mulher contra qualquer tipo de ação ou omissão que cause a sua morte, lesão, sofrimento físico, violência psicológica, violência sexual, violência patrimonial e moral. Essas disposições incluem obviamente as contravenções penais que consubstanciam espécie do gênero infração penal e por isso podem ser tomadas como formas de violência doméstica e familiar contra a mulher elencadas no artigo 7º da Lei 11.340/06, que não se refere às espécies de infrações penais. Assim, em tese, a conduta supostamente perpetrada por Jose Carlos Rosario dos Santos contra a sua companheira se amolda, em tese, às denominadas formas de violência doméstica contra a mulher tratadas no artigo 7º do referido diploma. Registra-se que, ao cuidar da competência, o art. 41 da Lei 11.340/06, estabelece que os crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei 9.099/95, seja quanto ao seu procedimento ou às medidas despenalizadoras, sendo irrelevante para fins de fixação da competência o quantum da pena prevista, a teor do art. 41 da Lei 11.340/2006. Nessa linha de entendimento, resta afastada a competência do Juizado Especial Criminal para o processamento do feito, ainda que se trate de contravenção penal. Tal entendimento é sufragado pelo Superior Tribunal de Justiça, cujo pensamento pode ser resumido no seguinte precedente: "Esta Corte Superior de Justiça firmou compreensão no sentido da inaplicabilidade da Lei 9.099/95 às infrações penais praticadas no âmbito das relações domésticas, sendo irrelevante para fins de fixação da competência o quantum da pena prevista, a teor do art. 41 da Lei 11.340/2006. Nessa linha de entendimento, afastada está a competência do Juizado Especial Criminal para o processamento do feito, ainda que se trate de contravenção penal."(CC 107608, Relator Ministro Og Fernandes, 06/10/2009) Ademais, se o procedimento já estava tramitando no Juízo suscitante, por consubstanciar a infração penal prática de violência familiar contra mulher, baseada no gênero, descabia o declínio de competência fundado em Provimento de natureza administrativa expedido pela CGJ aludindo à Lei 9099/95, tendo em vista o disposto no artigo 41 da Lei Maria da Penha que afasta dos Juizados Especiais Criminais os fatos praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista, ou de o fato imputado configurar crime ou contravenção, não podendo deixar de lado, também, o conteúdo normativo do art. 33 do mesmo diploma legal, tudo em consonância com o enunciado Aviso TJ nº 46, aprovado pela E. Seção Criminal em abril de 2009:"JUIZ NATURAL. A competência para o processo e julgamento dos crimes de violência doméstica e familiar contra a mulher é definida pela data do fato," momento-critério "processualmente relevante, com independência da posterior criação e instalação do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a mulher." Diante do exposto, conheço do presente conflito para julgá-lo IMPROCEDENTE, declarando como competente para processar o julgar o presente feito o Juízo de Direito do I Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Comarca da Capital, ora Suscitante. Rio de Janeiro, 26 de setembro de 2014. Juiz Fábio Uchôa Pinto de Miranda Montenegro Reator.”
14) A conduta de Anderson encontra-se tipificada no Art. 303 da Lei n. 9.503/97, pois ao imprimir velocidade incompatível com o local e condições da estrada, ao constatar a falta de visibilidade decorrente da neblina, infringiu o dever objetivo de cuidado na direção de veiculo automotor. No que concerne à prestação de socorro poderá o afastar a aplicação de prisão em flagrante delito consoante o disposto no Art. 303, da referida lei. Por fim, cabe salientar que, as culpas não se compensam no âmbito do Direito Penal, razão pela qual o ofensor por sua conduta, sendo irrelevante o fato de Roberto, no momento da colisão, pilotar a moto na contramão de direção.
______________________________________________________________________
15) A conduta de Brandão esta estabelecida na figuras típicas de uso de documento falso na forma do Art. 304 do CP, Corrupção Ativa, Art. 333 do CP e embriaguez ao volante, Art. 306 do CTB.

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