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AULAS ENDODONTIA

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16.04.13 Aula 1 Prof: Egas 
Aspectos Anatômicos de Interesse em Endodontia 
-A câmara pulpar geralmente acompanha o formato da coroa 
do dente. Mas a morfologia pulpar pode se alterar, como 
resposta às agressões sofridas. 
-A polpa é maior nos indivíduos jovens, que nos idosos. 
-Os canais tem forma irregular na quase totalidade dos 
casos. 
-A Câmara Pulpar abriga a polpa coronária, e o Canal 
Radicular abriga a polpa radicular. 
 
 
 
-A Câmara Pulpar possui teto, parede vestibular, parede lingual, parede mesial e parede distal. O 
assoalho só esta presente nos dentes com mais de uma raiz. 
A: Assoalho 
C: Cornos Pulpares 
T: Teto 
P: Paredes Laterais 
 
->Ramificações radiculares são frequentes no terço apical, 
comuns no terço médio e raras no terço cervical. 
*Canal Principal: Está presente no eixo longitudinal do dente. 
Segue do teto da câmara coronária ao forame apical. 
*Canal Colateral: É paralelo ao canal principal, pode ou não 
alcançar isoladamente o forame apical. Possui menor volume 
que o canal principal. Se comunica com o canal principal. 
-É bem comum no IC inferior e no PM inferiorl 
 
*Canal Lateral (Adventício): Presente no terço cervical e 
começo da terço médio. Caminha em direção ao ligamento 
periodontal. 
*Canal Secundário: Presente no terço apical, sai do canal principal e caminha em direção ao ligamento periodontal. 
*Canal Acessório: Sai do canal secundário e caminha em direção ao ligamento periodontal. 
*Intercanal (Interconduto): Liga o canal principal ao canal secundário. 
*Canal Recorrente: Parte do canal principal, percorre um pequeno trecho e retorna ao canal principal. Não chega 
isoladamente a região apical. 
*Canal Reticular: É o entrelaçamento de 3 ou mais canais que caminham paralelamente, a partir de ramificações do 
intercanal. 
*Delta Apical: São as várias derivações que partem do canal principal na região apical e, originam forames múltiplos. 
 
-Embora os túbulos dentinários só possam ser vistos microscópicamente, várias bactérias podem se alojar nele. 
-No tratamento endodontico, nós só limpamos mecanicamente o canal principal. Os demais canais são limpos por difusão das 
substâncias utilizadas. 
-Para haver sucesso endodontico o canal deve ser limpo, desinfetado e preenchido corretamente (obturado). 
 
*Teoria Hemodinâmica: 
-Essa teoria explica porque as raízes dentais geralmente são curvadas para a distal e, os forames apicais ao invés de serem 
centralizados também são voltados para a distal. 
-Isso ocorre devido a vascularização. Ou seja, o dente se forma inclinando-se em busca de nutrição. 
 
*Inclinação dos Dentes na Arcada: 
 
1- Curva de Spee: 
-Percebemos a curva 
de Spee ao analisarmos 
o paciente lateralmente. 
-Ela forma uma pequena 
concavidade no sentido 2- Curva de Wilson: 
Antero-posterior dos dentes -É observada olhando os dentes pela frente. 
Inferiores. –É uma curva médio-lateral que contata os pontos 
 das cúspides vestibulares e linguais do molares, em cada 
 lado do arco. 
 -Essa curva resulta das diferentes inclinações axias dos 
 dentes posteriores. 
 -Assim, é normal os molares inf. Serem voltados para a 
 lingual, e os sup. Serem voltados para a bochecha. 
 
-Já os incisivos (tantos os superiores quanto os inferiores) são inclinados para a vestibular. 
 
-Ou seja, cada dente possui uma inclinação específica. Através de diversos estudos, foi definida uma média de inclinação para 
cada dente. Porém, cada caso deve ser analisado com o auxilio de raio-x, pois a inclinação pode não consentir com a média 
pré-estabelecida. 
 
*Limitação Radiográfica: 
-Através do raio-x eu consigo ver as inclinações que o dente faz no sentido disto-mesial. 
-Porém, as inclinações no sentido vestíbulo-lingual não são visíveis radiograficamente. 
 
Incisivo Central Superior: 
-Possui câmara pulpar ampla. Dente fácil de tratar. 
-O canal radicular é reto e amplo (sendo ligeiramente pontiagudo na direção do ápice) 
 
*Comprimento Médio: 21,8mm 
 
*Número de Raízes: 1 (100%) 
 
*Número de Canais : 1 (100%) 
 
*Disposição da Raíz: Reta: 75% 
 Vestibular: 9,3% 
 Distal: 7,8% 
 Mesial: 4,3% 
 
*Irrupção: Entre 6 e 7 anos. 
*Rizogênese Completa: 10 anos (geralmente a rizogênese completa ocorre 3 anos após a irrupção). 
 
-A abertura do ICS é feita por palatina. 
-Porém, para encontrarmos o canal radicular forma-se um ângulo entre o trajeto da coroa e o trajeto da raiz. 
-Esse ângulo (em vermelho na imagem) recebe o nome de Ombro Palatino, e deve ser quebrado. 
-Quando abrimos um canino, também ocorre a formação do ombro palatino. 
-Mas atenção, o ombro palatino não é uma estrutura anatômica. É apenas uma angulação formada durante a 
abertura endodontica de incisivos e caninos. 
 
 ->Forma da raiz: Forma conicopiramidal. Secção triangular e no terço apical 
mais circular. 
 
->Câmara pulpar: Estreita no sentido vestibulolingual e larga em sentido 
mesiodistal. 
->Canal radicular: Tem a forma cônica e o canal é mais largo no sentido 
vestíbulolingual do que no sentido mesiodistal. 
 
 
 
(1° imagem = vestibular. 2° imagem = proximal) 
 
Incisivo Lateral Superior: 
-É comum encontrarmos malformações neste dente: sulco, invaginações, dens-in-dente e fusão. 
-É similar ao ICS, porém é menor. 
-Seu canal radicular é mais oval. 
 
*Comprimento Médio: 23,1 mm 
*Número de Raízes: 1 (100%) 
 
*Número de Canais: 1 (97%) 
 2 (3%) 
 
*Disposição da Raíz: Distal: 49,2% Obs: O percentual que sobra (17,2%) pode ser de qualquer formato! 
 Reta: 29,7% 
 Palatina: 3,9% 
 
*Irrupção: 8 e 9 anos. 
*Rizogênese Completa: 11 anos. 
 
->Forma da raiz: Forma conicopiramidal. É delgada e achatada no sentido 
mesiodistal com um sulco discreto. Normalmente, a porção apical é curva 
em sentido distal e, muitas vezes, em sentido distolingual. Secção oval e 
achatada no sentido mesiodistal. 
 
->Câmara pulpar: É menor que do ICS devido ao menor tamanho 
mesiodistal, mas acompanha a forma da coroa. 
->Canal radicular: O diâmetro vestíbulo lingual é maior que o diâmetro 
mesiodistal. 
 
 
 
Canino Superior: 
-É um dente maior. 
-Seu canal é mais achatado no sentido vestíbulo-lingual. 
-O canino possui áreas de embolsamento (barrigas) na parede palatina. 
 
*Comprimento Médio: 26,4mm 
*Número de Raízes: 1 (100%) 
*Número de Canais: 1 (100%) 
 
*Disposição da Raíz: Reta: 38,5% 
 Distal: 31,5% 
 Vestibular: 12,8% ( a curvatura para vestibular é chata). 
 
*Irrupção: Entre 11 e 12 anos 
*Rizogênese Completa: Entre 13 e 15 anos 
 
->Forma daraiz: Forma conicopiramidal com bordo vestibular mais 
arredondado e largo que o bordo lingual e normalmente se curva em 
sentido vestibulodistal. Tem secção triangular. 
 
->Câmara pulpar: Apresenta o máximo de largura no colo com diâmetro 
maior no sentido vestíbulolingual, principalmente na união com o canal 
radicular. Em direção coronal, ela se afila. 
->Canal radicular: É amplo e acessível, de secção oval. Possui a dimensão 
vestibulolingual mais larga que a mesiodistal. 
 
 
 
Primeiro Pré-Molar Superior: 
*Comprimento Médio: 21,5 mm 
 
*Número de Raízes: 1 (35,5%) Obs: A chance de ele ter 3 raízes é bem pequena. 
 2 Diferenciadas (42%) Quando as raízes são fusionadas, elas estão unidas por cemento. Então para 
 2 Fusionadas (19%) o tratamento endodontico é como se fosse uma raiz só! (em 54,5% tenho 1 raíz). 
 
*Número de Canais: 2 (84,2%) Obs:Ter um canal apenas, é uma exceção. Sempre devo procurar o segundo canal! 
 1 (8,3%) 
 3 (7,5%) 
 
*Disposição da Raiz: Raiz Palatina: Raiz Vestibular: 
 Reta: 44,4% Lingual: 36,2% 
 Vest.: 27,8% Reta: 27,8% 
 Distal: 14% Distal: 14% 
 Vest.: 14% 
 
*Irrupção: 10 à 11 anos. 
*Rizogênese Completa: 12 à 13 anos. 
 
 
 
 
 
->Forma das raízes: As duas raízes tem forma conicopiramidal (vestibular 
mais piramidal e a lingual mais cônica). A raiz vestibular apresenta secção 
oval, achatada no sentido vestíbulolingual e é maior que a raiz lingual. A 
raiz lingual tem secção mais circular. 
 
->Câmara pulpar: Estreita no sentido mesiodistal e larga no sentido 
vestibulolingual. Apresenta forma cubóide. Às vezes apresenta uma única 
entrada em comum para os dois canais. 
->Canal radicular: Normalmente são 2 canais bem diferenciados (69,4%), 
mas podem se unir ao nível do terço médio da raiz com 1 forame (6,5%), 
se uniam ao nível do terço médio e se bifurcavam no terço apical com 2 
forames (5,5%) ou os dois canais se uniam ao nível do terço apical (2,8%). 
 
 
Segundo Pré-Molar Superior: 
*Comprimento Médio: 21,6mm 
 
*Número de Raízes: 1 (94,6%) 
 2 fusionadas (5,4%) 
 
*Número de Canais: 1 (53,7%) 
 2 (46,3%) 
 
*Disposição da Raíz: Reta: 37,4% 
 Distal: 33,9% 
 Vestibular: 15,7% 
 Baioneta: 13% 
 
*Irrupção: 10 à 12 anos 
*Rizogênese Completa: 12 à 14 anos. 
 
 
(2ºPMS com 1 canal) (2ºPMS com 2 canais) 
 
->Forma das raízes: A raiz é maior no sentido vestibulolingal. Inclina-se no sentido distal, podendo também inclinar-se em 
sentido distovestibular. 
 
->Câmara pulpar: Possui maior diâmetro vestíbulo lingual e acompanha a forma da coroa. 
->Canal radicular: Quando o canal radicular é único é bem achatado no sentido mesiodistal e larga no sentido vestibulolingual. 
 
Primeiro Molar Superior: 
*Comprimento: 21,3mm 
 
*Número de Raízes: 3 Diferenciadas (95%) -> (1 palatina, 1 disto-vestibular e 1 mésio-vestibular) 
 3 Fusionadas (5%) 
 
*Número de Canais: 4 (70%) -> O quarto canal é bem pequeno e difícil de tratar. 
 3 (30%) 
 
*Disposição da Raíz: 
 Raíz Palatina Raíz Mesio-Vestibular Raíz disto-Vestibular 
Reta 40% 21% 54% 
Distal 1,1% 78% 17% 
Mesial 3,2% 19% 
Vestibular 55% 
Baioneta 1% 10% 
-O canal Palatino é o mais amplo. Sua curva vestibular não é vista na radiografia, mais é bem comum (55% dos casos). 
-O 4º Canal encontra-se na região mesio-palatina da raiz mesio-vestibular. 
-Em 37% dos casos o quarto canal termina em forames distintos. Em 33% acaba em um forame único. 
 
*Irrupção: entre 6 à 7 anos 
*Rizogênese Completa: entre 9 e 10 anos. 
 
 
->Forma das raízes: A raiz mesiovestibular é de maior diâmetro no sentido vestibulolingual do que a raiz distovestibular e é 
menor no sentido mesiodistal. A raiz se apresenta, normalmente, para o sentido distovestibular; A raiz distovestibular 
apresenta dimensões menores que a da raiz mesiovestibular e apresenta a raiz inclinada em sentido distovestibular; A raiz 
lingual é a maior e mais volumosa das três. A raiz apresenta inclinação no sentido distovestibular. 
 
->Câmara pulpar: É ampla com a forma da coroa. Apresenta 4 divertículos devido suas 4 cúspides e às vezes pode apresentar 5 
quando o tubérculo de Carabelli é bem pronunciado. Sua dimensão vestibulolingual é mais larga que a mesiodistal. No acesso 
ao dente, a raiz lingual é a mais fácil de se achar. À altura do terço cervical visualiza-se que o canal lingual é ligeiramente oval 
ou circular, o mesial muito achatado e o distal ligeiramente achatado ou circular. 
->Canal radicular: A raiz mesiovestibular normalmente apresenta 2 canais estreitos e pouco acessíveis que se unem perto do 
ápice ou não; Um mais para vestibular e outro para a lingual. A raiz distovestibular apresenta só 1 canal de difícil acesso tendo 
forma de fenda. E a raiz lingual, com 1 canal também é amplo e de fácil acesso, quase sempre circular ou oval. 
 
Segundo Molar Superior: 
-Anatomicamente é uma simplificação do 1ºM superior. 
-Sua raiz é mais reta e possui menos canais. 
 
*Comprimento Médio: Raiz Palatina 21mm – Demais raízes 19mm 
 
*Número de Raízes: 3 Distintas (55%) 
 3 Fusionadas (45%) 
 
*Número de Canais: 3 (50%) 
 4 (50%) 
 
*Disposição da Raíz: 
 Raíz Palatina Raíz Mesio-Vestibular Raíz disto-Vestibular 
Reta 63% 22% 54% 
Distal 54% 
Mesial 17% 
Vestibular 37% 
Baioneta 9% 
 
*Irrupção: 12 e 13 anos. 
*Rizogênese Completa: Entre 14 e 16 anos. 
 
->Terço apical: Forma elíptica ou circular para todos canais 
 
->Terço médio: Forma elíptica, alongada de vestibular para palatino e 
Ovalar ou circular para o DV e Palatino 
 
->Terço cervical: 
 MV - Forma de vírgula para 1 canal e "oitoide" para 2 canais 
 DV - Ovalar ou circular 
 P - Ovalar ou circular 
 
 
Incisivo Central Inferior: 
*Comprimento Médio: 21 mm 
 
*Número de Raízes: 1 (100%) 
 
*Número de Canais : 1 (73%) 
 2 (27%) 
 
*Disposição da Raíz: Reta: 67% 
 Vestibular: 18,8% 
 Distal: 12,5% 
 Baioneta: 2% 
 
*Irrupção: Entre 6 e 7 anos. 
 
*Rizogênese Completa: 9 anos. 
 
 
 
 
->Terço cervical, médio e apical: forma elipsóide com achatamento proximal 
 
 
->Número e forma radicular: raiz única, forma elipsóide com achatamento 
proximal, podendo determinar a presença de dois canais: vestibular e lingual 
 
 
 
 
(A mesma anatomia radicular vale para o ILI). 
Incisivo Lateral Inferior: 
*Comprimento Médio: 21 mm 
 
*Número de Raízes: 1 (100%) 
 
*Número de Canais : 1 (84,6%) 
 2 (15,4%) 
 
*Disposição da Raíz: Reta: 54% 
 Distal: 33,3% 
 Vestibular: 10,7%Baioneta: 2% 
 
*Irrupção: Entre 7 e 8 anos. 
 
*Rizogênese Completa: 10 anos. 
 
Canino Inferior: 
*Comprimento Médio: 25 mm 
 
*Número de Raízes: 1 (94%) 
 2 Fusionadas (6%) 
 
*Número de Canais : 1 (88,2%) 
 2 (11,8%) 
 
*Disposição da Raíz: Reta: 68,2% 
 Distal: 19,6% 
 Vestibular: 6,8% 
 
 
*Irrupção: Entre 9 e 10 anos. 
 
*Rizogênese Completa: Entre 12 e 14 anos. 
 
 
 
 
 
 
->Terço cervical: Forma ovalada com base para vestibular e achatamento 
proximal 
 
->Terço médio: Forma ovalada com base para vestibular e achatamento 
proximal, porém de menor calibre que o cervical 
 
->Terço apical: Forma circular 
 
 
 
Primeiro Pré-Molar Inferior: 
 
*Comprimento Médio: 21 mm 
 
*Número de Raízes: 1 (82%) 
 2 Fusionadas (18%) 
 
*Número de Canais : 1 (66,6%) 
 2 (31,3%) 
 3 (2,1%) 
 
*Disposição da Raíz: Reta: 47,5% 
 Distal: 34,8% 
 Lingual: 7,1% 
 Baioneta: 6,4% 
 
*Irrupção: Entre 10 e 12 anos. 
 
*Rizogênese Completa: Entre 12 e 13 anos. 
 
 
 
 
 
->Terço cervical: forma ovalada com base para vestibular (ou elíptica, devido 
achatamento proximal, podendo determinar a bifurcação do conduto e 
mesmo da raiz) 
 
->Terço médio: forma ovalada, porém de menor calibre que o cervical 
 
 
 ->Terço apical: forma circular 
 
 
Segundo Pré-Molar Inferior: 
*Comprimento Médio: 21 mm 
 
*Número de Raízes: 1 (92%) 
 2 Fusionadas (8%) 
 
*Número de Canais : 1 (89,3%) 
 2 (10,7%) 
 
*Disposição da Raíz: Reta: 38,5% 
 Distal: 39,8% 
 Vestibular: 10,1% 
 Baioneta: 6,8% 
 
*Irrupção: Entre 11 e 12 anos. 
*Rizogênese Completa: Entre 13 e 14 anos. 
 
 
 
 
 
->Terço cervical: forma ovalada com base para vestibular (ou elíptica, 
devido achatamento proximal, podendo determinar a bifurcação do 
conduto e mesmo da raiz) 
 
->Terço médio: forma ovalada, porém de menor calibre que o cervical 
 
 
->Terço apical: forma circular 
Primeiro Molar Inferior: 
*Comprimento Médio: 21 mm 
 
*Número de Raízes: 2 Diferenciadas (92,2%) 
 2 Fusionadas (5,3%) 
 3 Diferenciadas (2,5%) 
 
*Número de Canais: 3 (56%) 
 4 (36%) 
 2 (8%) 
 
*Disposição da Raiz: Raiz Mesial: Raiz Distal: 
 Distal: 84% Reta: 73,5% 
 Reta: 16,5% Distal: 18% 
 Mesial: 8,5% 
 
 
*Irrupção: 6 à 7 anos. 
 
*Rizogênese Completa: 9 à 10 anos. 
 
->Terço Cervical: Condutos com forma elíptica e achatamento proximal 
 
->Terço médio: Condutos com forma discretamente elíptica 
 
->Terço apical: Condutos em forma circular 
 
 
 
(Sua anatomia é muito similar a do 2° MI) 
 
Segundo Molar Inferior: 
 
*Comprimento Médio: 21 mm 
 
*Número de Raízes: 2 Diferenciadas (68%) 
 2 Fusionadas (30,5%) 
 3 (1,5%) 
 
*Número de Canais: 3 (72,5%) 
 2 (16,2%) 
 4 (11,3%) 
 
*Disposição da Raiz: Raiz Fusionada: Raiz Mesial: Raiz Distal: 
 Reta: 53,2% Distal: 60,8% Reta: 57,6% 
 Distal: 25,6% Reta: 27,2% Distal: 18,4% 
 Baioneta: 19,1% Baioneta: 8% Mesial: 13,6% 
 
 
*Irrupção: 11 à 13 anos. 
 
*Rizogênese Completa: 14 à 15 anos. 
 
16.04.13 Aula 2 Prof: Egas 
 
Introdução: 
 
*Endodontia: 
-É a ciência que se dedica à prevenção, ao diagnóstico e ao tratamento das alterações inflamatórias dos tecidos pulpares e 
periapicais. 
 
-A polpa é constituída por tecido conjuntivo frouxo especializado. 
-Dizemos que é um tecido conjuntivo especializado, devido à presença dos odontoblastos dispostos em sua periferia. 
-Os odontoblastos criam uma relação entre a polpa e a dentina, formando o Complexo Dentino-Pulpar. Assim, eventos que 
ocorrem na dentina repercutem na polpa, e eventos que ocorrem na polpa repercutem na dentina. 
 
 
*Pulpite: 
-É a inflamação da polpa. 
-Quando a polpa esta no estágio de pulpite ela ainda está viva. 
-A pulpite pode ou não ser sintomática. 
-Ela pode ser crônica ou aguda. 
-Mesmo quando eu tenho apenas uma mancha branca (cariosa) no dente, a polpa já inflama. 
-Toda a região inflamada é hipersensível, ou seja, seu limiar de ativação é menor. Assim, é esperado que um dente com a 
polpa inflamada seja mais sensível aos estímulos do meio. 
-A polpa pode inflamar tanto, que o processo se torna irreversível. Neste caso, devemos fazer o tratamento endodontico 
desse dente que receberá o nome de Biopulpectomia. 
 
*Necrose Pulpar: 
-A necrose pulpar sempre causa a contaminação da cavidade pulpar e da região apical por bactérias. 
-As bactérias saem pelo forame apical e irritam a região apical. 
-Com isso, há a infecção que acaba destruindo o osso. Forma-se então um granuloma ou um cisto apical. 
-Quando fazemos o tratamento endodontico em um dente necrosado, chama-se Necropulpectomia. 
 
*Radiografia Inicial e Diagnóstica: 
-Após a necrose pulpar, pode formar tanto um cisto quanto um granuloma apical. Mas pela radiografia não consigo saber se é 
um ou o outro. 
-Se um determinado dente já passou por um tratamento endodontico, mas mesmo assim um cisto/granuloma persistir, este 
dente deve ser retratado. 
 
-No tratamento endodontico devo abrir o dente, limpar e desinfetar a cavidade pulpar. Ela também deve ser ampliada e 
preenchida com um material inerte. Esse material serve para eliminar o habitat das bactérias. 
 
-Se o dente dói com um estímulo, como por exemplo o frio intenso, é sinal que a polpa ainda esta viva! 
 
*Pus: 
-A pus pode ser fagocitada pelo organismo ou drenar, formando uma fístula. 
-A fístula pode ser usada como diagnóstico: Insiro nela um cone de guta-percha e consigo encontrar o dente responsável pela 
inflamação. 
 
*Anestesia: 
-É feita após o raio-x e obtenção do diagnóstico. 
-Se o dente apresentar um cisto/granuloma apical eu posso fazer o tratamento endodontico sem anestesia, pois a polpa já 
necrosou. 
-Mas é mais interessante usar sempre a anestesia, pois durante o tratamento pode haver o extravasamento de fluidos que 
geram sensibilidade na região apical. 
 
*Isolamento Absoluto: 
-Em endodontia, o isolamento absoluto é feito somente no dente que será tratado. 
-E devesempre ser feito! 
 
1- Abertura Coronária: 
-É a fase operatória do tratamento endodontico que permite o acesso ao interior da cavidade pulpar através da remoção do 
teto da câmara, e a realização de desgastes compensatórios e extensões suplementares que permitam um acesso direto, 
amplo e sem obstáculos à toda extensão dos canais radiculares. 
-Ou seja, é a retirada do teto da câmara pulpar. É feito com brocas. 
-Devemos ter em mente que a câmara pulpar segue o formato do dente! 
 
* Etapas de Abertura: 
- Ponto de eleição 
- Direção de Trepanação 
- Forma de Contorno Veremos detalhadamente cada um destes itens na próxima aula. 
- Forma de conveniência 
- Limpeza da cavidade 
 
*Acesso Radicular: 
-É uma extensão da abertura coronária. 
-É a ampliação do inicio do canal radicular. 
 
*Localização e Exploração dos Canais: 
-Devo localizar os canais radiculares e com a lima fazer movimentos giratórios e de vai-e-vem. 
 
2- Odontometria: 
-É a obtenção da medida dos comprimentos dos canais. 
-Determinação, a partir da medida do comprimento real do canal, do comprimento de trabalho deste canal. 
-A odontometria pode ser feita de duas formas: 
 - Radiográfica 
 - Eletrônica (aparelhos medem eletronicamente o comprimento do canal, não necessitando do raio-x). 
 
-Raízes fusionadas, causam limitações na odontometria. 
 
REGRA: A ampliação do canal é feita até um mm da ponta (ápice) da raiz. Ou seja, até o limite CDC. 
 
 
3- Limite CDC: 
 
-É o limite Cemento-Dentina-Canal. 
 -Ele divide a cavidade em 2 regiões: O Canal Dentinário e o Canal Cementário. 
-O canal dentinário afunila-se no sentido apical. E o canal cementário abre-se no sentido apical. 
-É uma invaginação do cemento para dentro. 
 -Medida: Em média 0,5mm nos jovens e 0,7mm nos adultos. 
 
*Stop Apical: 
 -Também chamado de Batente Apical ou Matriz Dentinária Apical. 
 - É uma constrição abrupta separando a porção do canal ampliado, da porção não preparada, 
ou pouco preparada, preferencialmente no limite CDC. 
 -Ele é fundamental, pois serve para segurar o material obturador que foi condensado no 
canal. 
 -Ele torna a cavidade retentiva. 
 -Se eu passar com o instrumental para fora do forame apical, eu ampliarei o forame e perderei o degrau. Assim, o material 
obturador acabará extravasando! 
 Atenção: O Stop Apical é um degrau feito no final do canal radicular, a fim de reter o material obturador. Porém o chamamos 
de Stop Apical e não de degrau.Pois quando um canal fica com um degrau em outro local, esse degrau é um erro de 
manipulação! 
Então quando um degrau foi formado em local errôneo, o chamamos de degrau. Já o degrau feito intencionalmente, no final 
do canal radicular recebe o nome de Stop Apical. 
 
4- Preparo Químico-Mecânico: 
 
1- Etapa Mecânica: 
 -Irrigação (a irrigação com material químico “lava” a dentina, pois o material se difunde por ela) 
 -Instrumentação 
É a raspagem da dentina e ampliação do canal radicular 
 
2- Etapa Química: 
 -Substituição auxiliar de instrumentação 
 -Medicação intracanal entre sessões: 
 A medicação tem ação prolongada e é desinfetante. Se eu fizer o tratamento endodontico em uma sessão única, não 
usarei essa medicação. Hoje em dia, a medicação só é usada quando o CD não possui tempo para fazer toda a endodontia em 
um único dia. Ex. de medicação intracanal: Ca (OH)2. 
 
Sessão Única: 
-Biológica ou necrose sem lesão 
-Tempo suficiente 
-Ausência de sintomatologia 
-Necrose com lesão 
-Canal seco (Só posso obturar o canal, quando o mesmo estiver seco. Se houver exudato, devo obturar em outra sessão). 
 
Sessões Múltiplas: 
-Retratamento 
 
5- Tratamento de Dentes com Rizogênese Incompleta: 
-É muito difícil. 
-Não consigo criar o stop apical, pois a cavidade não é retentiva. Ao condensar o material, ele irá extravasar para a região 
apical. 
-Pequenos extravasamentos são aceitos pelo organismo, mas grandes extravasamentos o organismo não tolera. 
-Além disso, quando a raiz não esta totalmente formada, o forame é o oval e o cone de guta-percha circular; não havendo 
assim uma perfeita adaptação. 
-Por isso, o tratamento endodontico de dentes com rizogênese incompleta utiliza técnica e materiais totalmente diferentes do 
tratamento convencional. 
 
 
6- Isolamento do Campo Operatório: 
-Existem 2 tipos de isolamento: O Absoluto e o relativo. 
-Na endodontia deve se usar o isolamento absoluto, para que não passe liquido da saliva para o campo de trabalho e do 
campo de trabalho para a saliva. 
-O isolamento deve ser feito em todos os procedimentos endodonticos! 
 
* Vantagens: 
 -Controle Microbiológico 
 -Melhor visibilidade por ampliação do campo (mantém o paciente de boca aberta) 
 -Campo seco 
 -Afastamento dos tecidos moles 
 -Proteção dos tecidos moles (em endo usamos hipoclorito de sódio = Quiboa) 
 -Instrumento seco 
 -Evita aspiração e deglutição de instrumentos e substâncias. 
 -Evita conversas 
 -Aumenta o tempo útil de trabalho. 
 
*Desvantagens: 
 Não há nenhuma desvantagem em fazer o isolamento absoluto. 
 
-Tempo médio necessário para isolar um dente: 1,48 segundos. 
 
*Material e Instrumental Utilizado: 
 
 1: Arco plástico de Ostby (imagem ao lado) 
 
 2: Grampo 
-Deve ser colocado abaixo das bossas e ali permanecer; 
-Os 4 pontos (pontas) devem estar em contato no dente; 
-Arco deve estar na distal; 
-Verificar estabilidade antes da colocação do lençol; 
-Não deve prender a margem gengival; 
-Amarrar o grampo com fio dental para evitar asfixia; 
 
 ->Grampos (SS White ou KSK): 
->Dentes Anteriores: 210, 211, 212 
 
->Pré-Molares: 206, 207, 208 e 209 
 
->Molares: 200 à 205, 26 e 56 
 
Os grampos em destaque são os mais versáteis. 
 
-Qualquer grampo pode ser usado em qualquer dente, desde que se adapte neste dente! 
 
3: Lençol de borracha 
 -Deve ser de boa qualidade para não rasgar durante o procedimento 
 
4: Pinça perfuradora 
-Em endodontia geralmente utilizamos o furo de maior diâmetro da pinça porta perfuradora (pois vestimos o grampo). 
 
5: Pinça porta grampo 
 
Arco dobrável São itens que também podem ser usados no isolamento absoluto para endodontia. 
Sistema Handidam São sistemas opcionais (frescuras segundo o prof) 
Sistema Quickdam 
 
*Cuidados Preliminares ao Isolamento: 
 
1: Profilaxia e/ou RAP: Não adianta isolar um dente contaminado. 
 RAP: raspagem, alisamento e polimento. 
 
2: Teste do Grampo: O grampo deve ficar firme no dente. Além disso, devemos amrrar um fio dental nele, para não correr o 
risco do paciente engoli-lo. 
 
3: Avaliação dos Pontos de Contato: É feito com fio dental. Caso o fio se rompa/esfiape devo lixara cúspide em questão. 
 
4: Proteção do Paciente: Em pacientes alérgicos ao látex, devo usar um guardanapo com com furo no meio por abaixo do 
lençol de borracha. 
 
5: Reconstrução do Dente: Pode ser feito com CIV. 
 
*Técnicas de Isolamento: 
1 - Arco + Borracha + Grampo (tudo de uma vez só) 
-É a mais utilizada. 
-Depois de levar tudo em posição, com a pinça eu retiro a borracha de cima das aletas do grampo e, passo o fio dental na 
distal e na mesial. 
 
2 - Arco e borracha, depois o grampo. 
 
3 - Grampo, depois o arco e a borracha. 
 
Obs: O isolamento deve ficar apoiado no mento e recobrindo o nariz do paciente. 
 
23.04.13 Prof: Alexandre Heck 
Abertura Coronária 
 
É a fase operatória do tratamento endodontico que permite o acesso ao interior da cavidade pulpar, através da remoção do 
teto da câmara e, a realização de desgastes compensatóriose extensões suplementares que permitam um acesso direto, 
amplo e sem obstáculos a toda extensão dos canais radiculares. 
 
->No tratamento endodontico todo o teto da câmara pulpar deve ser retirado. A permanência de restos do teto da câmara 
pulpar dificulta a localização dos canais radiculares e gera o escurecimento da coroa dental. 
-Sabemos assim, que um tratamento endodontico só irá escurecer o dente se for mal executado (se restarem restos de polpa). 
 
->Desgastes Compensatórios: É a retirada dos ombros dentinários vindos da dentina secundária, que dificultam o acesso aos 
canais radiculares. 
 
*Objetivos da Abertura Coronária: 
1- Possibilitar um acesso livre e direto a todas as porções da cavidade pulpar, especialmente a todas as paredes dos canais 
radiculares. 
2- Visualização plena da Câmara Pulpar, sem perfurar seu assoalho. 
3- Facilitar as etapas seguintes do tratamento. 
 
Obs: Quando não conseguimos localizar todos os canais, é porque nossa abertura coronária esta deficiente (não conseguimos 
remover todo o teto da câmara pulpar). 
 
*Princípios da Abertura Coronária: 
-Remoção de todo o teto da câmara pulpar, dos divertículos (reentrâncias) que abrigam os cornos pulpares e exposição dos 
orifícios de entrada dos canais. 
 
-Não alterar a anatomia do assoalho da câmara pulpar, pois sua integridade tende a guiar o instrumento até a entrada dos 
canais (o assoalho da câmara pulpar é convexo, sendo mais baixo nas embocaduras dos canais). Ou seja, o assoalho não deve 
ser tocado pelas brocas que fazem a abertura coronária! 
 
-Conservação da estrutura dentária, prevenindo a fratura e o enfraquecimento do esmalte e dentina remanescentes. 
 
-Prover formas de resistência para permanência total do selamento provisório da cavidade de acesso até a colocação da 
restauração final. 
 
-Obtenção de acesso reto e livre até a primeira curvatura do canal. 
 
 
*Requisitos Prévios: 
1- Remoção da Cárie: 
-A cárie deve sempre ser removida, mesmo que a forma de contorno se altere. 
-Recomenda-se a remoção da cárie antes do isolamento absoluto, evitando a contaminação dos canais e do campo operatório. 
-Para remover a cárie, começo utilizando a alta rotação, depois refino o preparo com a baixa rotação, onde terei um maior 
controle dos movimentos. 
-Para remoção do tecido cariado não devo utilizar brocas diamantadas. As diamantadas servem para remover resina. 
-Devo usar brocas esféricas e laminadas (ex: Carbide- AR). 
 
2- Remoção de Restaurações Defeituosas 
 
3- Remoção de Blocos, Coroa e Pontes: 
-Dá mais segurança e proporciona um melhor acesso. 
-Muitas vezes estes itens mascaram a real inclinação do dente, por isso devem ser removidos. 
 
Obs: Nos casos de uma restauração em amalgama que seja muito cervical, podemos mantê-la, a fim de facilitar o isolamento 
absoluto do dente. Mas, se corremos o risco desta restauração cervical se desfazer durante o procedimento, o correto é 
removê-la e confeccionar uma restauração provisória, antes do tratamento endodontico. 
 
*Material e Instrumental: 
->Sonda Clínica 
-Serve para verificar a presença de tetos não removidos. 
 
->Sonda Modificada para endodontia 
-Serve para localizar canais e verificar trepanação. 
 
->Espelho de primeiro plano (Front Surface) 
 
-> Brocas para Remoção de Restaurações de Amalgama e Cáries: 
 -Brocas Carbide 2, 4 e 6 (alta rotação) 
- Brocas de Aço 2, 4 e 6 (baixa rotação) 
 
->Brocas para Remoção de Restauração Resinosa ou de Porcelana: 
-Pontas Diamantadas Esféricas 1011, 1012 e 1013 (alta rotação). 
 
->Brocas para Trepanação: 
-Em Câmaras Pulpares Atrésicas: Ponta Diamantada 1011 (que equivale a Carbide 01) 
 
-Em Câmaras Pulpares Normais ou Amplas: Pontas Diamantadas 1012 e 1013 (equivalem as carbides 02 e 03, 
respectivamente). 
 
->Brocas para Forma de Contorno: 
-3082: É uma broca diamantada, tronco-cônica. Só corta na lateral. Sua ponta não tem fio. Usada em alta rotação. 
 
-CA 877: Equivale a 3082, porém é usada em baixa rotação (demora mais tempo para se executar o mesmo trabalho). 
 
->Brocas para Forma de Conveniência: 
-CA 877 (BR) 
-É usada na entrada do canal e no terço cervical. 
 
->Limas 21, 25 e 31mm: 
-A lima de escolha deve ser sempre a mais curta possível para cada caso. Pois quanto mais longe o comando, menor seu 
efeito. 
-Ou seja, quanto mais longe meu dedo estiver da ponta da lima, menor a precisão do movimento. 
-A lima serve para testar a trepanação e, deve ser usada em todos os trabalhos. 
 
->Limas Preparadas: 
-São limas velhas. Corta-se a parte que não presta com disco de carburum, e afia-se a ponta. 
-Ela fica como se fosse uma sonda, porém de empunhadura digital. 
-Serve para verificar se houve trepanação e para facilitar o encontro da entrada do canal. 
 
Obs: Brocas AR = Alta Rotação Brocas BR = Baixa Rotação 
 
 
*Etapas da Abertura Coronária: 
1- Ponto de Eleição: 
-É por onde se iniciará a abertura coronária. 
-O ponto de eleição, deve sempre ser o mais fácil, e que proporcione uma menor trajetória até a câmara pulpar. 
 
2- Direção de Trepanação: 
-Trepanar =Furar . Então trepanação é o rompimento do teto da câmara pulpar. 
(Na prova devo usar o termo Trepanar, e não furar) 
 
-Ou seja, a trepanação é a abertura da cavidade, fazendo um pequeno orifício der acesso para atingir a câmara pulpar; traz a 
sensação de “cair no vazio”. 
-A Trepanação ocorre em direção a parte mais volumosa da câmara pulpar. E está relacionada com o posicionamento e 
inclinação dos dentes: 
 -Dentes Superiores: Ocluem por fora dos dentes inferiores (são mais inclinados para vestibular) 
 -Dentes Inferiores: Ocluem por dentro dos superiores (são mais inclinados para lingual) 
 
-Quando ocorre a trepanação há a sensação de “Queda no Vazio”. É a sensação de falta de resistência, pois rompemos a 
dentina que é mais firme e atingimos a polpa que possui apenas tecido mole. 
-Para não corrermos o risco de passar pela câmara pulpar e perfurar o outro lado do dente, devemos ir aprofundando aos 
poucos e ir sondando. 
-Quanto menor a distancia entre o teto e o assoalho da câmara pulpar, menor a sensação de queda no vazio. Portanto, maior 
deve ser o cuidado!!! 
-Em dentes com um canal a direção de trepanação é do ponto de eleição ao centro do dente, na altura do colo 
anatômico. 
 
-Em dentes com mais de um canal jamais dirigir trepanação em direção à furca dos dentes multirradiculados; a 
trepanação deve ser em direção ao canal mais amplo: 
*PMS e MS canais mais amplos são os palatinos. 
*MI canais mais amplos são os distais. 
 
-Utilizar brocas pequenas para ter a sensação do “cair no vazio” 
 
-Em câmaras pulpares atrésicas, devo utilizar brocas esféricas de haste longa (28mm), como a LN – Carbide Ref: 0205. 
 
-Logo após trepanar (furar o teto da câmara pulpar) já devo mudar de broca. Pois irá começar a forma de contorno. 
3- Forma de Contorno: 
-É a remoção do teto da câmara pulpar. 
-Ela segue a forma da câmara pulpar. Ou seja, a forma de contorno não é definida pelo CD, mas sim pela própria forma da 
câmara pulpar. 
-Faz-se com broca própria, que não tem corte na ponta (ex. 3082), para não agredir parede lateral nem base (assoalho) da 
câmara pulpar. 
 
4- Forma de Conveniência: 
-São os desgastes compensatórios (remoção dos ombros dentinários) e ampliação da embocadura dos canais. 
-Os ombros são dentina secundária que se formam sobre as paredes laterais e a entrada do canal. 
-A dentina secundária se forma durante toda a vida do paciente. Ela não chega a obliterar a entrada do canal radicular, mais 
dificulta sua localização. 
-Por isso, dizemos que a dentina secundária altera o volume da câmara pulpar. 
 
-Já a dentina de reação pode obliterar a entrada do canal, e chegar até a fechar toda a câmara pulpar. 
-Dizemos então, que a dentina reacional altera o volume e a formada câmara pulpar. 
 
-Como a forma de conveniência é um trabalho delicado devo usar baixa rotação! 
 
-Enfim, a forma de conveniência serve para melhorar o acesso dos instrumentos a toda extensão do canal. 
-Se fará a remoção do “ombro palatino” dos dentes anteriores. 
-Eliminação da convexidade das paredes dos dentes posteriores; essa convexidade é formada pelos “ombros” dentinários. 
-Saliências que atrapalham o preparo também devem ser removidas. 
 
 
5- Limpeza da Cavidade: 
-Eliminar detritos de dentina e restos de tecido pulpar necrótico. 
-Deve ser feita uma irrigação profusa (abundante), com hipoclorito de sódio (Qboa) entre 0,5 à 5%. Na UFPR usamos a 1%. 
-O hipoclorito degrada a parte orgânica do tecido e, ajuda a neutralizar as bactérias presentes na câmara pulpar, para que elas 
não sejam levadas para o canal radicular durante o tratamento. 
Obs: Já existem bactérias no canal radicular, mas em menor quantidade que na câmara pulpar. 
 
 
Incisivo Central Superior 
-Possui 2 Cornos Pulpares (1 mesial e 1 distal). A abertura coronária deve envolver os 2 cornos. 
-Assim, sua abertura terá a forma triangular, com a base voltada para a incisal e o vértice voltado para a lingual. 
 
-Parede Vestibular fica levemente inclinada para a oclusal (convergente). 
-As Paredes Lingual, Mesial e Distal ficam paralelas entre si. 
 
Obs: A disposição correta das paredes na abertura coronária, serve para preservar estrutura e facilitar o acesso aos canais 
radiculares. 
 
*Ponto de Eleição: 
-Centro da face palatina, 1 à 2mm distante do cíngulo. 
-O ponto de eleição não deve ser no cíngulo, pois o cíngulo serve para dar resistência e sustentação ao dente, portanto deve 
ser preservado. 
 
*Direção de Trepanação: 
-Em direção ao centro do dente na altura do colo anatômico, paralelamente ao longo eixo do dente. 
 
*Forma de Contorno: 
-Utilizo a broca 3082 (AR), ampliando a trepanação. 
-Serve para remover todo o teto da câmara pulpar que ficou na coroa. 
-A broca deve ser utilizada de maneira a não desgastar em demasia as paredes laterais da abertura coronária. Isto se obtém 
trabalhando com os 4mm finais da broca, de dentro para fora. 
-Para a remoção do teto da câmara pulpar, inclina-se a broca de maneira que ela fique perpendicular ao dente e não desgaste 
uma faixa de 2 a 3mm da porção incisal. 
-Vejo a presença de remanescentes pulpares com a sonda, pois ela prende nestes pontos. Quando a sonda não prender mais, 
é sinal que todos os remanescentes foram corretamente removidos. 
 
*Forma de Conveniência: 
-Utiliza a broca CA877 (BR) em movimentos de vai-e-vem, alisando-se a parede dentinária palatina da abertura coronária o 
mais profundo possível para apical; deixando-a continua com a parede palatina do canal. Ou seja, deve remover o ombro 
palatino. 
-Como resultado da forma de conveniência as paredes proximais e palatina ficarão paralelas ao longo eixo do dente. E a 
parede incisal será convergente para palatina. 
Obs: Nos incisivos e caninos, o Ombro sempre se forma por palatina! 
 
->Todos os incisivos (Superiores e Inferiores) tem a mesma forma de abertura coronária. Mas diferem no tamanho: 
 
ICS ILS ILI ICI 
(Maior) (Menor) 
-Além disso, os Incisivos Inferiores podem ter dois canais, por isso sua abertura deve ser estendida para lingual, para poder 
instrumentar um possível canal lingual. 
 
Caninos (Superiores e Inferiores) 
-Os caninos tem um único corno pulpar, que esta no centro de sua cúspide. 
-Assim, a abertura terá a forma oval. 
 
-Parede vestibular convergente para lingual. 
-As Paredes Lingual, Mesial e Distal ficam paralelas entre si. 
 
*Ponto de Eleição: 
-No centro da face palatina, 1 à 2mm distante do cíngulo. 
-O ponto de eleição não deve ser no cíngulo, pois o cíngulo serve para dar resistência e sustentação ao dente, portanto deve 
ser preservado. 
 
*Direção de Trepanação: 
-Paralelo ao longo eixo do dente. 
 
*Forma de Contorno: 
-Utilizo a broca 3082. 
-Serve para remover o remanescente de polpa que ficou na coroa. 
-Para dar a forma de contorno aos caninos devo ir para incisal em direção ao corno pulpar. 
 
*Forma de Conveniência: 
-Utiliza a broca CA877. 
 
Pré-Molares (Superiores e Inferiores) 
-Possuem 2 cornos pulpares. 
-A abertura coronária terá a forma oval, estreita no sentido mesio-distal. 
 
-Paredes Mesial e Distal paralelas entre si. 
-Paredes lingual e vestibular levemente convergentes para oclusal (isso é definido na forma de contorno) 
 
*Ponto de Eleição: 
-No centro da superfície oclusal (centro do sulco Mésio-Distal) 
 
*Direção de Trepanação: 
-Reto, paralelo ao longo eixo do dente. 
 
*Forma de Contorno: 
-Utilizo a broca 3082 (AR). 
-Quando eu for trabalhar com a 3082 no lado vestibular vou incliná-la para palatina, para não desgastar excessivamente a 
cúspide vestibular. E quando eu for trabalhar no lado palatino, inclino o corpo da broca para vestibular. 
-Cuidado para não retirar as cúspides do dente, porque elas dão resistência ao dente. 
-O diâmetro da abertura mésio-distal é equivalente ao tamanho da broca. Não se deve desgastar mais que isso, pois os canais 
estão um para vestibular e outra para palatina. Portanto, não é necessário desgastar para as proximais. 
-E a abertura vestíbulo-palatina deve ser metade da distância entre as cúspides. 
 
*Forma de Conveniência: 
-Nos pré-molares não há a formação de ombros dentinários, portanto a forma de conveniência servirá apenas para ampliar a 
embocadura dos canais. 
-Utiliza a broca CA877 em movimentos de vai-e-vem, na entrada dos canais. 
 
 
->A única diferença na abertura coronária entre os pré-molares superiores e os inferiores, é o que os inferiores geralmente 
têm um único canal, por isso a abertura é mais arredondado. Já nos superiores que quase sempre tem 2 canais (um vestibular 
e um palatino) a abertura é mais oval, mais alongada. 
 
Molares Superiores: 
-Possuem 4 cornos pulpares. 
-A abertura coronária, terá a forma triangular com a base voltada para a vestibular, e o vértice do triângulo voltado para 
palatina (pois na vestibular eu tenho 2 canais e na palatina apenas um). 
 
-Parede mesial levemente divergente para oclusal (Isso facilita o acesso ao canal mesio-vestibular, que tem sua embocadura 
voltada para distal. Assim para o instrumento acessá-lo ele deve ir de distal para mesial). 
-Parede Palatina levemente convergente para oclusal (a embocadura do canal palatino é voltada para vestibular. Entro nele de 
vestibular para palatina). 
-Parede Distal Convergente (Canal disto-vestibular tem sua embocadura voltada para mesial. Entro nele de mesial para distal). 
-Parede vestibular paralela ao longo eixo do dente. 
 
-Em relação ao 1º, 2º ou 3º Molar, há modificações em relação ao tamanho e localização da abertura (embora todas sejam 
triangulares), decorrentes da anatomia interna e da disposição das raízes desses dentes. 
-O 1º M tem as raízes mais separadas, e por ser um dente mais volumoso, exibe forma triangular mais ampla do que as dos 2 e 
3º molares, principalmente no sentido mesio-distal. 
-A câmara pulpar do 1ºMS é bem mesializada, preservando na maioria das vezes, a ponte de esmalte. 
-Já o 2ºMS apresenta raízes fusionadas em quase 50% dos casos. De acordo com sua anatomia, sua abertura se torna menor e 
mais centralizada que a do 1ºMS. 
-O orifício de entrada do canal mesio-vestibular se encontra abaixo da cúspide correspondente, e o disto-vestibular 2 à 3mm, 
aproximadamente para distal, e a 1mm para palatino em relação ao mesio-vestibular. 
-O orifico de entrada do canal palatino se encontra entre a cúspide mesio-palatina e a fossa central. Nota-se portanto, que o 
triangulo esta mais para mesial e que sua base está voltada para vestibular e deslocada para o ângulo mesial,em virtude de a 
entrada do canal mesio-vestibular estar mais para a vestibular que o disto-vestibular. 
 
 
*Ponto de Eleição: 
-No centro da superfície oclusal, à mesial da ponte de esmalte. 
-A Câmara Pulpar do Molar Superior está para mesial da ponte de esmalte. -Sendo assim, não adianta procurar canal para 
distal da ponte de esmalte. O canal distal está para mesial da ponte de esmalte. Ele só é chamado de canal disto-vestibular, 
porque em relação ao canal mésio-vestibular ele esta mais para distal! 
- Nem a ponte de esmalte, nem a crista marginal mesial devem ser desgastadas. 
 
*Direção de Trepanação: 
-Paralelo ao longo eixo do dente, se quiser pode ir um pouco inclinado para a palatina (pois o canal palatino é o de maior 
diâmetro). 
 
*Forma de Contorno: 
-Utilizo a broca 3082. 
 
*Forma de Conveniência (Acesso Radicular): 
-Tem o intuito de desgastar os ombros dentinários. 
-Quando consigo entrar nos canais só com a broca CA877, chamo de forma de conveniência. Nos molares, não consigo entrar 
no canal com a CA877, por isso preciso fazer outro procedimento chamado de Acesso Radicular. 
-No acesso radicular, antes de usar a CA877 devo usar outras brocas para abrir espaço com a Gattes. 
-O canal Mésio-Vestibular costuma estar abaixo da cúspide Mésio-Vestibular. E o canal Palatino costuma estar abaixo da 
cúspide Mésio-Palatina. 
-Quanto mais distante o canal Mésio-Vestibular do Palatino em relação ao Disto-Vestibular do Palatino, maior é a chance de 
ocorrer um 4º canal. 
Molares Inferiores: 
-Possuem 4 cornos pulpares. 
-A abertura coronária, terá a forma trapezoidal com a base maior voltada para a mesial e a base menor para distal (pois na 
maioria dos casos, apresentam 2 canais mesiais e um distal achatado/alongado no sentido vestibulo-lingual). 
-Mas quando ele apresentar 4 canais (2 mesiais e 2 distais) sua abertura terá uma forma quase retangular. 
-Quanto maior for a base menor do trapézio, maior a probabilidade de haver 2 canais distais. 
 
-Parede mesial divergente para oclusal (para facilitar a entrada nos canais mesio-vestibular e mesio-lingual, que deve ocorrer 
de distal para mesial) 
-Parede distal levemente convergente para oclusal (pois a embocadura do canal distal está voltada para mesial). 
-Paredes vestibular e lingual paralelas entre si. 
 
*Ponto de Eleição: 
-No centro da superfície oclusal. 
 
*Direção de Trepanação: 
-Com a broca 1012 paralela ao longo eixo do dente, posso inclinar um pouco para a distal (cerca de 15°). 
-Desgaste maior na parede mesial para facilitar a instrumentação. 
 
 *Forma de Contorno: 
-Remoção do teto restante. 
-vou com a broca para os cantros ao encontro dos canais mesiais: mesio-vestibular, que fica localizado abaixo da cúspide 
mesio-vestibular, e mesiolingual, entre o sulco central e a cúspide correspondente, e se necessário depois vou para distal. 
*Forma de Conveniência: 
-O desgaste compensatório deve ser feito principalmente na parede mesial, no sentido do canal mesio-vestibular e mesio-
lingual. 
-Geralmente, a raiz mesial dos molares inferiores possui 2 canais situados nos extremos vestibular e lingual. 
-Entre os 2 canais existe uma rede de ductos contendo tecido pulpar. E pode haver um canal adicional (2,6% dos casos). Esse 
terceito canal, na raiz mesial é chamado de intermediário. 
 
30.04.13 Aula 4 Prof: Alexandre Heck 
Radiografia em Endodontia 
 
O tratamento endodôntico é limitado, pois as únicas informações que temos para nos auxiliar em nosso trabalho são: 
-Estatísticas anatômicas 
-Sensibilidade tátil 
-Radiografia 
 Por isso, a importância de fazermos boas radiografias! 
 
Repensando a Radiologia: 
-É imprescindível que se visualize com perfeição as estruturas relacionadas à Endodontia. 
-É muito útil tirar o máximo proveito de variações de técnicas clássicas. 
-É fundamental interpretar corretamente as imagens obtidas. 
 
VISUALIZAÇÃO DAS ESTRUTURAS: 
1- Cuidados com a escolha do filme; 
2- Cuidados com a tomada radiográfica; 
3- Cuidados com o processamento; 
4- Cuidados com a interpretação; 
5- Conhecimento da normalidade e das variações anatômicas possíveis e, suas probabilidades. 
 
 
1- Cuidados com a Escolha do Filme: 
DF 58: Velocidade D 
EP 21P: Velocidade E 
IP 21: Velocidade maior que E 
 
-Filmes com maior velocidade (E) necessitam de um menor tempo de exposição e, consequentemente diminuirão o nível de 
radiação que o paciente recebe. 
-Mas eles necessitam de um processamento bem feito. 
-E o processamento que fazemos nas caixas escuras são os piores, pois não há controle da temperatura e sempre acaba 
entrando luz pelas mangas. 
 
-Como durante o tratamento endodôntico precisamos de um processamento rápido (que é feito nas caixas escuras) utilizamos 
o filme “D”. 
-Ele precisa de um apenas pouco mais de tempo de exposição, o que não chega a ser prejudicial ao paciente. 
-Como são filmes um pouco mais lentos, mesmo não processados da maneira ideal, oferecem uma boa qualidade de imagem. 
-Marcas Comercias de filmes D: Ultra-Speed da Kodak 
 Constrast da DFL 
 
 
2- Cuidados com a Tomada Radiográfica: 
-Ajustar Kv e mA (nos aparelhos odontológicos de consultório essas grandezas são fixas) 
 
-Testar o melhor tempo de exposição Estes 2 itens estão relacionados, pois pacientes com maior desenvolvimento 
-Variar conforme a região e o paciente mm., mais gordura ou ossos proeminentes necessitam de um maior tempo de 
 exposição. Além disso, exposições na maxila requerem um tempo menor que 
 na mandíbula, pois a mandíbula tem a cortical óssea (V e L) mais espessa. 
 
-Direcionar corretamente o feixe de raios-x: 
Nas radiografias periapicais o centro do cilindro deve ficar sobre o ápice dos dentes, assim terei uma melhor resolução 
do terço apical, que é o que interessa na endodontia. 
 Dentes Superiores: Centro do cilindro na Linha de Camper 
 Dentes Inferiores: Centro do cilindro na Base da Mandibula 
 
-Distância Foco/Filme e Filme/Objeto: 
Como na endodontia usaremos a técnica da bissetriz, o filme deve ficar o mais próximo possível do objeto, e o feixe 
principal de radiação deve incidir perpendicularmente à bissetriz formada pelo plano do filme e pelo plano do dente. 
 
 Em pacientes “bicudos” nos quais o filme não cabe corretamente na boca durante as radiografias dos incisivos inferiores, 
posso dobrar a parte do filme que não me interessa (a parte mais próximas ao canino e pré-molares). Assim a parte que me 
interessa terá a angulação correta. Ou posso usar um filme infantil. 
 
 
3- Cuidados com o Processamento: 
 Tempo / Temperatura: 
 Na caixinha reveladora não consigo controlar a temperatura dos líquidos processadores, pois elas dependerão da 
temperatura do ambiente. 
 Quanto mais calor, menor o tempo de processamento. 
 O tempo sim pode ser controlado. Caso a radiografia revelada esteja muito escura, é sinal de que devo deixá-la menos 
tempo no revelador. 
 A radiografia ideal apresenta preto (tecidos moles), branco (osso mais compacto) e tons de cinza (osso medular – 
menos compacto). 
 
 Usar líquidos de boa qualidade. 
 Trocar os líquidos com frequência (principalmente quando se revela muitas películas). 
 Sempre seguir as indicações do fabricante. 
 
 Não usar reveladores rápidos ou líquidos aquecidos: 
 Geralmente reveladores que aceleram o processo, diminuem a qualidade da imagem. 
 Por isso deve-se comprar os reveladores padrão / convencionais. 
 Os líquidos devem estar em uma temperaturacorreta (cerca de 21°). Se eu aquecer os líquidos vou acelerar o 
processo, mas perderei qualidade de imagem. 
 
 Usar caixa acrílica para processamento não é crime. Crime é trabalhar com radiografias mal processadas! 
 A caixa acrílica deve ser bem vedada e recoberta internamente. 
 Não devo abrir a caixa no momento em que o filme foi transferido para o fixador! 
 No consultório, o ideal seria colocar a caixa acrílica numa salinha escura com uma luz de segurança (vermelha). 
 
*Cuidados com a Visualização de Estruturas: 
-Película seca em moldura opaca: 
 Isso seria o ideal. Mas como as radiografias endodônticas são feitas no transoperatório, não tenho tempo para 
esperar elas secarem. 
 
-Limitar o campo do negatoscópio: 
 O negatoscópio auxilia na visualização das imagens. 
 Para facilitar a interpretação posso diminuir meu campo de visualização pondo uma moldura preta ao redor da 
película. Assim a luz irá se concentrar apenas no ponto desejado. 
 
-Ampliar a imagem (lupa); 
-Analisar a imagem como um todo; 
-Variar o ângulo; 
-Remover próteses móveis; 
-Conhecer a normalidade e a variação das estruturas; 
-Na dúvida, repetir a radiografia. 
 
 
Tirando o Máximo Proveito de Técnicas Clássicas: 
 
1- PERIAPICAL Variação do ângulo Vertical: Técnica de Le Master 
 Variação do ângulo horizontal: Técnica de Clarck 
É a técnica mais utilizada em endodontia, pois permite uma boa visualização do ápice dental. 
 
*Técnica de Le Máster: 
-É uma radiografia periapical, com variação do ângulo vertical; 
-Usada em molares superiores; 
-Na técnica de Le Master diminuímos o ângulo vertical; 
-Uma imagem radiográfica ideal não deve ser nem alongada, nem encurtada; 
-Porém, é melhor encurtar do que alongar a imagem. Pois quando a alongamos, perdemos nitidez; 
-Às vezes encurtamos a imagem de propósito para visualizar melhor o ápice (mas é um encurtamento pequeno, encurtar 
muito também não é bom); 
 
 
 
 
 
-Como na técnica de Le Master diminuímos o ângulo vertical, a tendência é que a imagem fique alongada; 
-Para não ocorrer esse alongamento, deixo o objeto e o filme paralelos com um chumaço de algodão; 
-O objetivo dessa técnica é evitar a projeção do processo zigomático da maxila sobre o ápice do 1º e principalmente do 2º 
Molar Superior; 
-Usando essa técnica o feixe de radiação passará por baixo do processo zigomático da maxila, permitindo a visualização dos 
ápices dentais. 
 
*Técnica de Clarck: 
-É uma técnica periapical com variação da angulação horizontal. 
-Segue o Princípio do Paralaxe: “Quando o observador se desloca para direita ou esquerda, o objeto MAIS PRÓXIMO tende a 
se deslocar em sentido CONTRÁRIO ao do observador. O objeto que estiver MAIS DISTANTE do observador, irá se deslocar no 
MESMO sentido do observador. 
 
 Orto-Radial: Convencional. O feixe de radiação fica perpendicular ao objeto que será radiografado; 
 Mesio-Radial: Entro com o feixe de radiação de mesial para distal (variação de 10 à 15°); 
Disto-Radial: Entro com o feixe de radiação de distal para mesial (variação de 10 à 15°). 
Obs. As angulações mesio-radial e disto-radial fazem a dissociação da imagem. 
 
 
Incidência de eleição nos Dentes Superiores: 
 
-Dentes com 1 canal: Orto-Radial; 
 
-Pré-Molares (2 canais): Incidência de eleição é Mesio-Radial, pois nestes dentes o filme fica meio torto. Fazendo uma Disto-
radial corre-se o risco de projetar a imagem fora da película; 
 
-Molares com 3 canais: (1MV – 1DV – 1 Palatino que está no meio), incidência de eleição Orto-Radial. 
 
-Molares com 4 canais: (o 4º canal é o mésio-palatino localizado na raiz MV). Faço uma Disto-radial , onde projetarei o DV 
sobre a palatina e verei os canais MV e MP. Se necessário, depois faço uma Orto- Radial onde irei projetar o a raiz MV sobre a 
palatina e dissociarei a raiz DV. 
 
 
Incidência de eleição nos Dentes Inferiores: 
 
-Pré-Molares: Geralmente apresentam 1 canal, neste caso uso a Orto-radial. Se tiver 2 canais uso a Mesio-Radial; 
 
-Molares Inferiores têm apenas 2 raízes. Na raiz mesial há 2 canais, um MV e um ML. Não posso usar a incidência Orto-Radial 
porque irá projetar o canal MV sobre o ML; 
Diminuição do Ângulo Vertical = Imagem Alongada 
Aumento do Ângulo Vertical = Imagem Encurtada 
 
 
-Molares com 3 canais: Incidência de eleição é a Disto-Radial; 
 
-Molares com 4 canais: 1º faço uma Disto-Radial para ver os canais mesiais. Depois, se necessário, faço uma Mesio-Radial 
para ver as raízes distais. 
 
*Quando a incidência de eleição não dá certo, posso tentar outra! 
 
 
2- INTERPROXIMAL (BITE-WING) 
Utilizada para verificar: 
 -Cárie; 
 -Relação restauração / corno; 
 -Relação teto/assoalho; 
 -Relação assoalho/furca; 
 -Presença de nódulos; 
 -Atresias da câmara pulpar; 
 -Adaptação de restaurações. 
 
A técnica interproximal, não é utilizada no transoperatório de endodontia. Usamos apenas para diagnóstico e para auxiliar na 
abertura coronária, quando necessário. 
 
 
3- OCLUSAL 
-Usada para verificarmos a dimensão anterior/posterior de lesões extensas; 
-Pode ser feita com filme periapical. 
 
 
4- TELERRADIOGRAFIA 
Telerradiografia lateral: “Este procedimento é empregado principalmente na ortodontia e cirurgia maxilofacial. Sobre esta 
incidência são realizadas análises cefalométricas onde avalia-se o padrão dento-esqueletico- facial e o crescimento do crânio e 
da face.” 
 
 
5- P/A (póstero-anterior) DE CRÂNIO 
- Utilizada para diagnóstico diferencial em casos de dores de cabeça (enxaqueca) para saber se a dor é no seio maxilar ou nos 
dentes superiores posteriores. 
 
 
6- PANORÂMICA 
- A panorâmica dá uma visão geral de onde existem problemas; 
- Ela aumenta o tamanho das estruturas em 25 à 30%; 
- Não oferece uma boa nitidez; 
- Serve para diagnóstico e para elaboração de plano de tratamento. 
 
 
4- Cuidados com a Interpretação: 
A- Fidelidade dimensional; 
B- Forma da raiz; 
C- Número de Raízes; 
D- Número de canais; 
E- Mésio-Radial ou Disto-Radial? 
 
A- Fidelidade Dimensional: 
-Estatística: As estatísticas anatômicas me mostram o tamanho médio de cada dente. Comparando esses dados com o da 
radiografia obtida saberei se a imagem está com sua dimensão correta, ou se ela foi ampliada/encurtada. 
-Definição da imagem: Uma imagem pouco nítida pode indicar um alongamento. 
 
B- Forma da Raiz: 
 Circular 
 Oval 
 Achatada: 
 As raízes achatadas apresentam a forma de “8”, onde as extremidades são convexas e o centro é côncavo; 
 Na região convexa vejo um ligamento periodontal; 
 Na região côncava o ligamento periodontal é projetado e aparecem na radiografia 2 ligamentos periodontais. Cuidado 
para não achar que é um canal extra! Se fosse um canal ele viria do centro do dente, não da lateral! 
 Porém, quanto mais côncava a raiz, maior a chance de ter 2 canais! 
 
C- Número de Raízes: 
Análise das linhas radiolúcidas do ligamento periodontal: Quanto mais projeções de ligamento periodontal, mais côncava é a 
raiz. E quanto mais côncava a raiz, maior a chance de se ter mais que um canal. 
Estatísticas dos livros. 
 
D- Número de Canais: 
Para saber o nº de canais devo olhar o Contorno Radicular: 
 Quando há apenas um canal radicular, olhando a radiografia de cervical para apical vejo que ele esta centralizado na 
raiz. Ele é mais radiolúcido no terço cervical e a radiolucidez vai se perdendo lenta e gradativamente em direção apical. 
 Se a imagem do canal radicular se perder abruptamente de cervical para apical, é sinal de que há 2 raízes, ou seja, 
houve uma bifurcação! 
 
E- Mesio-Radial ou Disto-Radial? 
 
*Regra: O que está por lingual/palatino acompanha a fonte de radiação. 
 Assim, se eu fizer uma incidência Mésio-Radialo canal palatino irá para mesial e o canal vestibular irá para distal. 
 Em uma incidência Disto-Radial, o canal palatino irá para distal e o vestibular irá para mesial. 
 
*Cúspides de PMS: 
 A cúspide vestibular dos PMS é a maior. 
 Assim, sabendo qual é a cúspide vestibular e qual é a palatina; vejo se a cúspide palatina esta mais para mesial ou para 
distal da cúspide vestibular. 
 Se a cúspide palatina for mais para mesial é porque a incidência foi Mésio-Radial. 
 
*Asa do Grampo: 
 O grampo do isolamento absoluto fica com uma asa para vestibular outra para palatina. 
 A asa palatina do grampo é sempre a que fica mais próximo do ápice do dente. 
 Isso ocorre tanto em dentes superiores quanto em dentes inferiores: 
 - Quando radiografo um dente superior, a radiação vem de cima pra baixo, assim ela puxa para mais perto dela o que 
está por palatino. 
 - Quando radiografo um dente inferior, a radiação vem de baixo para cima, assim ela puxa para mais perto dela o que 
está por palatino. 
 Essa regra, porém, não é valida se o dente estiver girado na arcada. 
 
*Nitidez: 
O lado de onde veio a incidência de radiação é sempre mais nítido que o outro lado. 
 
*Pontos de contato: 
Os pontos de contato se sobrepõem do lado oposto da incidência. 
 
*Instrumentos Diferentes nos Canais: 
Para identificar um canal, posso também colocar algum instrumento nele (ex: lima) na hora de radiografar. 
 
*Dissociar as Raízes dos Molares Superiores: 
-Para dissociar as 3 raízes faz uma Orto-Radial. 
 
 Palatina 
 Em uma incidência Disto-Radial a raiz DV se projetará sobre a Palatina. 
 DV MV E a raiz MV ficará isolada. 
 
 
 
 
 Palatina 
 Em uma incidência Mesio-Radial a raiz MV se projetará sobre a Palatina. 
 DV MV E a raiz DV ficará isolada. 
 
*DIAGNÓSTICO: 
-Identificação de patologias; 
-Determinação da Anatomia da cavidade pulpar e radicular; 
-Radiografias de Localização e Rastreamento. 
*Na Endodontia faremos 5 radiografia Operatórias: 
 
1- Inicial (é feita sem isolamento absoluto, antes de começar o trabalho) 
2- Odontometria 
3- Prova de Cone Transoperatórias 
4- Comprovação de Obturação 
 
5- Final (Sem isolamento absoluto. É uma radiografia de documentação). 
 
 
*Radiografias de Acompanhamento: 
 Após fazer a endodontia de um dente, devo acompanhar esse paciente para: 
 - Identificação de novas patologias; 
 - Avaliação da cura. 
 Se um dente tem lesão periapical, a endodontia só estará finalizada quando a lesão sumir, que leva de 6 meses há 2 anos. 
Nesse período devemos fazer radiografias periódicas (a cada 6 meses). Esta é a proservação do caso! 
 
 
Observações: 
- O PMI é o pior dente para radiografar, pois: 
 - Ele tem o ápice da raiz muito afilado; 
 - Sua raiz vestibular tem a pontinha virada para a palatina; 
 - Sua raiz palatina tem a pontinha virada para a vestibular. 
 
- Normalmente existe uma diferença de comprimentos entre a raiz vestibular e a palatina de um mesmo dente – cerca de 1 à 
1,5mm. 
 
 
Odontometria: 
 
INTRODUÇÃO: 
 
*O Tratamento de Canal serve para limpar o conteúdo orgânico (polpa e pré-dentina) da cavidade pulpar. 
 
*Polpa Necrosada: A polpa necrosada traz um problema biológico As bactérias do tecido necrosado causam inflamação no 
ápice do raiz dental, devido a esta inflamação devo fazer o tratamento endodôntico. 
 
*Polpa Viva: Não há lesão apical. O tratamento endodontico nestes casos é feito devido à dor que o paciente sente, para 
prevenção, ou por necessidade mecânica (colocação de um núcleo metálico fundido). 
 
*Após a limpeza do canal, ele deve ser “lacrado” para não permitir a entrada de bactérias e exudato. O canal é lacrado com o 
material obturador, e assim estarei perpetuando sua limpeza. Limpar o canal é algo relativamente fácil, o problema é 
conseguir uma boa obturação, que tampe todos os canais (inclusive canais secundários, acessórios, etc). 
 
*Ampliação do Canal: 
-O material obturador deve ser condensado no canal. Para fazer uma condensação correta necessito de um espaço um 
pouco maior, por isso a ampliação do canal é feita. 
-Durante a ampliação devo criar um espaço retentivo, afim de que a obturação não saia pelo forame apical. 
-Em relação ao diâmetro da ampliação, ela deve ser a menor possível para se obter um bom resultado. Ou seja, não 
devo ampliar excessivamente o canal, mas devo ampliá-lo o suficiente. 
-Mas, a ampliação não é feita em toda a extensão do canal. Ela deve ser feita 1mm aquém do ápice para criarmos 
assim o Stop Apical. 
 
*Stop Apical: 
 -Pode também ser chamado de Batente Apical ou Matriz Dentinária Apical. 
 -O Stop Apical é fundamental, pois garante uma boa obturação, servindo de apoio/anteparo para o material 
obturador. 
 -Podemos definir o Stop Apical como uma transição entre a região virgem e a região ampliada do canal. 
-O Stop Apical deve ficar a 1mm do ápice da raiz. Sendo assim, para fazer o Stop Apical é necessário saber o 
comprimento do canal. Por isso que a Odontometria é feita. 
 
Por que o Stop Apical deve ficar a 1mm do ápice? 
88% das vezes o forame apical não está no centro do ápice. Na maioria das vezes, ele está para distal do ápice. 
Assim, o forame está em média 0,5mm deslocado do ápice. 
E a distância entre o forame e o CDC é 0,05mm. Somando-se os dois tenho 1mm. 
 
Obs: Em idosos a distância entre o forame e o CDC é maior que 0,5mm devido ao excesso de cemento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
*Limite CDC: 
-Analisando o esquema do ápice dental acima, percebemos que o canal é formado por 2 “cones” que se unem. Um 
cone maior com sua abertura voltada para coroa (Canal Dentinário). E um cone menor com sua abertura voltada para o ápice 
dental (Canal Cementário). 
-A área de atuação do endodontista é o cone maior, ou seja, é o Canal Dentinário. 
-O local onde os 2 cones se encontram é o limite CDC (Canal-Dentina-Cemento). 
-O limite CDC é o local de maior constrição do canal. 
-O Stop Apical é feito no limite CDC, pois naturalmente ele já favorece a criação da região retentiva, necessária para 
condensar o material obturador. 
-Fazendo o Stop apical no limite CDC eu não necessito de uma ampliação tão extensa do canal. 
 
Resumindo: A ampliação do canal é feita até o Limite CDC porque está é a porção mais próxima do final do canal, onde eu 
consigo com a menor ampliação criar um Stop Apical. 
 
-O material obturador é condensado até o Stop Apical, sendo assim o Canal Cementário não é preenchido. 
-Mas como o canal cementário se abre em direção ao forame apical, o organismo consegue invaginar até o limite CDC e 
combater a infecção existente ali. Ou seja, o organismo ocupa aquela região e a limpa. 
-Porém, se o Stop Apical ficar aquém do limite CDC, o organismo não conseguirá invaginar mais adiante e combater a infecção. 
-Por isso, a importância de fazer o Stop Apical no local correto! 
Obs: O Calibre médio na altura do limite CDC é 0,2mm. 
 
 
Retificação: 
-A retificação estraga o preparo e a obturação do canal. 
-Canais Curvos tem tendência a serem deformados com a ampliação. 
-Devo tomar cuidado para não superinstrumentá-los. 
 
Como Impedir a Retificação: 
 1- Trabalhar com instrumentos flexíveis. 
 2- Não ampliar excessivamente o canal. 
 
(Não entendi o que é essa Retificação, nem achei nada nos livros. Mas o prof. Falou que vai falar sobre isso nas próximas aulas. 
Aquiele só citou por cima). 
 
ODONTOMETRIA: 
-A odontometria é a medida do canal de um dente. 
-A função da odontometria é determinar o Comprimento de Trabalho. 
 
-Devo introduzir no canal algo com um comprimento conhecido e que seja radiopaco (a fim de identificá-lo facilmente 
na radiografia). 
-Geralmente utiliza-se uma lima, com um cursor marcando seu comprimento. 
-O cursor deve estar na Borda Incisal ou Ponta de Cúspide (deve ser sempre um ponto externo – visível) 
-Devo escolher uma lima que fique justa no canal, para que ela não se mova na hora da radiografia. 
 
*Comprimento de Trabalho (CT): 
-É um milímetro menor que o comprimento do canal. 
-Como o próprio nome já diz, o comprimento de trabalho é o comprimento em que se trabalha a ampliação do canal. 
-Levando em consideração o comprimento médio dos dentes, o CT terá entre 20 à 21,5mm. Exceto em caninos e 3º 
Molares: 
 Caninos: CT médio de 26mm (superiores) e 24mm (inferiores) 
 3º Molares: CT médio de 18mm 
 
-Mas como os dentes tem uma variação de tamanho de até 20%, o CT também pode variar. 
 
*A expectativa de comprimento de um dente relaciona-se com: 
 1- Tamanho da Coroa (geralmente o comprimento da coroa é proporcional ao comprimento da raiz) 
 2- Estatísticas 
 
*Radiografia de Odontometria: 
O ideal é que a ponta da lima esteja a 1mm do ápice do canal. Mas estando entre “0” e 2mm é aceitável. 
Estando entre 0 e 2mm se houver erros (distorções na radiografia) esses erros serão pequenos, e não trarão grandes prejuízos 
ao tratamento endodontico. 
 
Se a distância entre a ponta da lima e o ápice dental for superior a 2mm, devo refazer a radiografia aprofundando 
mais a lima. 
-Pois a radiografia é sombra, e sendo assim pode apresentar distorções de cerca de 20%. 
Ex: Se a lima ficou a 5mm do ápice e houve uma distorção de 20%, essa distorção será de 1mm. Se eu fizer meu Stop Apical 
1mm além do ideal, terei um erro fatal! 
 
Se a lima ultrapassou o ápice do dente devo refazer a radiografia de odontometria, com uma lima mais curta. 
- Não podemos confiar em radiografias em que a lima ultrapassou o forame apical. Pois curvas vestibulares/palatinas não são 
visualizadas radiograficamente, assim a lima pode ter passado muito do ápice e eu não saberei! 
 
*Radiografia de Odontometria Perfeita: A ponta da lima está a 1mm do ápice. 
 
*Radiografia de Odontometria Aceitável: A ponta da lima está entre 0 e 2mm do ápice. 
 
 -Para saber o comprimento total do canal, meço a distância entre a ponta da lima e o ápice do dente e somo com o 
comprimento da lima até a borda incisal. 
-A partir da radiografia de odontometria, calcularei meu CT. 
Exemplo: Se a lima estiver a 2 mm do ápice, meu CT será 1mm maior que o comprimento da lima. 
 
*Prova do Cone: 
É uma checagem da Odontometria. 
O cone de guta-percha deve estar no meu Comprimento de Trabalho (CT), ou seja, deve estar a 1mm do ápice. 
Técnicas de Odontometria: 
1- Método Sinestésico – sensibilidade do paciente (“ai” menos 1 mm) – não é mais utilizado; 
2- Método Radiográfico – técnica de Bregman / técnica de Ingle – plano oclusal / ápice radiográfico; 
3- Método Eletrônico – localizador apical eletrônico. 
 
2- Técnica de Ingle: 
 
1- Faz uma Radiografia Inicial e mede-se o comprimento total do dente; 
2- Compara o valor encontrado com a média de comprimento daquele dente; 
3- Subtrai 3mm para compensar distorções, não correndo o risco de ultrapassar o ápice dental com a lima (margem de 
segurança); 
4- Transferir a medida para uma lima com um cursor. A lima de escolha deve ficar firme no canal; 
5- Introduzir a lima no canal, encostando o cursor na borda de referência oclusal; 
6- Fazer a radiografia de odontometria; 
7- Medir o espaço entre a ponta da lima e o ápice dental. Se o valor obtido for entre 0 e 2mm, calculo meu CT. Do contrário, 
refaço a radiografia de odontometria aproximando/afastando a lima do ápice, conforme a necessidade. 
 
Obs: A Técnica de Ingle, foi a que utilizamos na aula prática. 
 
3- Localizadores Apicais Eletrônicos: 
-Em 1.957 o japonês Sunada descobriu que quando a lima dentro do canal marcava uma resistência de 6.500 Ohms ou 40mA, 
ela estava no limite CDC. 
-Ou seja, ele descobriu um aparelho que eletronicamente media o canal. 
-Quase 20 anos depois, um chinês verificou que isso só servia paras tubos de ensaio, e não em tecidos vivos (na boca). Ele 
descobriu que essa era uma característica de tubos cônicos. 
 
*Aparelhos de Hoje: 
-Medem o ponto em que a há uma mudança abrupta na resistência. Ou seja, apontam o local da constrição apical. 
-Por isso, dizemos que esses aparelhos seguem um princípio mecânico (detectam o ponto físico de constrição e não a 
proximidade com os tecidos moles da região periapical). 
-Esses aparelhos acertam em 80% dos casos. 
-Como esses aparelhos apresentam um índice de erro de 20%, eles são apenas auxiliares na odontometria. 
-O aparelho irá levar a lima próximo ao limite CDC. 
-Depois da lima estar posicionada no ponto indicado pelo localizador, tira-se uma radiografia para confirmar sua localização. 
-A radiografia irá checar se a informação fornecida pelo Localizador está correta. 
-Com o aparelho se economiza tempo, pois não correrei o risco de tirar uma radiografia com a lima muito distante ou 
passando do ápice, e ter que refazê-la (pois a radiografia de odontometria só é aceita, se a lima estiver entre 0 e 2mm do ápice 
do dente). 
 
Técnica Mista de Odontometria: 
-É a combinação da Técnica Eletrônica e da Técnica Radiográfica. 
 
*Vantagens: 
1- Aumenta os índices de sucesso. 
2- Diminui o tempo de trabalho. 
3- Reduz o número de exposições radiográficas. 
 
*Desvantagens: 
1- Os Localizadores Apicais Eletrônicos exigem que o Canal esteja esvaziado e repleto de uma substância eletrolítica 
(condutora de eletricidade). Ex: soro, hipoclorito, plasma. 
2- Mas esse liquido eletrolítico não pode estar presente na câmara pulpar. A câmara deve estar seca. 
3- O eletrodo não pode tocar itens metálicos (como restaurações), nem cáries pois isso causa um desvio da condução elétrica. 
4- Em canais amplos (ex: pacientes jovens) o Localizador apresenta menor desempenho. 
 
 
14.05.13 Aula 6 Prof: Alexandre Heck 
 
Instrumentos Endodonticos 
 
1- História: 
-Pierre Fauchard (1.746) – Cordas de piano 
 
-Edwin Maynard (1.838) – Mola de Relógio 
 
-Até 1.875 eram os próprios CDs que fabricavam seus instrumentos. 
 
-Wais e Ingle (1.954-1.956) – Não havia ajustes entre os instrumentos e o material obturador. 
 
-Ingle e Levine (1958-1962) – Proposta de Estandartização (padronização) dos instrumentos. 
 
2 - Tipos de Instrumentos Endodonticos: 
*Limas: Cortam por raspagem/torção 
*Brocas 
*Instrumentos Manuais 
*Instrumentos para obturação 
*Instrumentação Mecanizada 
 
Normas- Instituições que padronizam os instrumentos: ANSI, ISO e FDI. 
 
 
 
3 - Padronização: 
3.1- Cabo 
3.2- Haste 
3.3- Parte Ativa 
3.4- Conicidade (Taper) 
3.5- Diâmetro 
3.6- Cor 
3.7- Numeração 
3.8- Guia de Penetração 
3.9- Seção Transversal 
CABO 
HASTE 
PARTE 
ATIVA 
Guia de Penetração 
 
3.1- Cabo: 
-Parte onde é feito o comando do instrumento 
-O cabo deve ter o comprimento de 11mm 
-Seu diâmetro deve estar entre 2mm (mínimo) à 5mm (máximo), permitindo rotação e tração. 
-A forma do cabo tem o intuito de facilitar a pega do instrumental. 
-O cabo deve proporcionar o maior conforto possível ao operador. 
-Feito de silicone ou plástico autoclaváveis. 
 
3.2- Haste: 
-Une o cabo à parte ativa do instrumental. 
-Ela tem um tamanho variável. Sendo assim, ela definirá o comprimento do instrumento. 
-Quanto mais curto o instrumento, melhor o comando. Por isso, usamos sempre o instrumento de menor comprimento 
possível para cada caso. 
-quanto mais curto, melhor o

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