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ENDODONTIA – AULA 4 ODONTOMETRIA Também pode ser chamada de condutometria ou dentometria. Tem como objetivos: Obtenção da medida do comprimento de trabalho Determinação, a partir desse comprimento, a formação de um stop apical para instrumental. Que tem como objetivo a criação da cavidade endodôntica retentiva para o material obturador O stop vai se formar pela diferença entre o diametro anatômico (diâmetro que o canal tem originalmente) e o canal preparado. COMPRIMENTO DE TRABALHO Define a extensão apical do preparo. É o quanto é extentido apicalmente. (formação do stop apical) Comprimento no qual o preapro químico-mecânico e a obturação dos canais serão realizados Deve situar-se nas proximidades do limite do canal dentinário (limite CDC) O limite CDC é o encontro do canal dentinário com o canal cementária. Respeito aos tecidos periradiculares ANATOMIA APICAL O canal radicular é dividido em 2 seguimentos Segmento maior, de maior extensão que é revestido por dentina e que aloja a polpa dental que é chamado de canal dentinário. Começa no terço cervical (divisão da câmara pulpar/canal radicular) e se extende até o limite CDC. Outro canal que não é revestido por dentina, mas sim por cemento. E que não tem no seu interior polpa, mas sim uma invaginação do ligamento periodontal. É chamado de canal cementário. É de uma extensão muito menor (cerca de 0,5mm antes do forame apical em paciente jovens e cerca de 1mm em pacientes mais velhos). A união entre esses dois canais se dá em um ponto de maior constrição. Os dois canais são cônicos e se unem pelos seus vértices. A união do canal cementário com o canal dentinário é chamado de limite CDC (cemento-dentina-canal). Existem três dificuldades anatômicas: a posição do CDC em relação ao forame, a posição do forame em relação ao dente e a dificuldade de a radiografia ser uma imagem bidimensional de algo tridimensional. (pode estar posicionado de uma forma que não permita a visualização). por que o stop deve ser posicionado na altura do limite cdc? Ponto mais estreito do canal Maior facilidade para realizar o stop apical Porção mais estreita do suprimento sanguíneo Tecido mais fibroso – corte mais uniforme Mais favorável ao reparo STOP APICAL: BATENTE APICAL, MATRIZ DENTINÁRIA APICAL Constrição abrupta separando a porção do canal ampliada da porção não prepara ou pouco praparada O stop apical é a diferença entre o diâmetro do canal e o diâmetro cirúrgico. A odontometria só é visualizada radiograficamente, portanto, está sujeita às limitações desta técnicas. VARIAÇÃO (%) DO FORAME APICAL EM RELAÇÃO AO ÁPICE DO DENTE Milano, Werner, Kapazinski (RGO, 1983) VARIAÇÕES AGRAVANTES DA ANATOMIA APICAL Técnica radiográfica Variações fisiológica Se há aumento da formação de cemento, há aumento do tamanho do canal cementário, portanto a distância do CDC até o forame também aumenta. Quanto mais velho, maior quantidade de cemento. Variação patológica Alteração periapical provieniente de uma necrose. Pode haver reabsorção do cemento, variando a posição do limite CDC. DISTÂNCIA MÉDIA ENTRE O CDC E FORAME (canal cementário) Jovens – 0,507mm Adultos – 0,784mm DISTÂNCIA MÉDIA DO FORAME AO VÉRTICE RADIOGRÁFICO 0,5 (jovem) até 0,75 (adulto) São medidas que devem ser levadas em consideração no momento em que se procura determinar o comprimento de trabalho microscopic investigation of root Forame desviado do ápice em 65% das vezes Canal cementário 0,524 a 0,660 Diâmetro médio dos forames é de 0,200mm (lima 20) Portanto, obrigatóriamente o stop deve ficar acima de uma lima 30. Porque deve-se haver a diferença de pelo menos 2 números para ser feito o stop. RESUMO Confiar na radiografia desconfiado A odontometria é fundamental para posicionar o término da instrumentação O forma não está no ápice, e a presença de reabsorção torna o posicionamento mais difícil LIMITAÇÕES E VARIAÇÕES ANATÔMICAS: Tamanho do canal cementário, desvio do forame em relação ao ápice, reabsorção pela presença de lesão (patológica), radiografia (limitação). Por esses fatores, a odontometria é um dos passos que é muito simples de ser feito porém muito fácil de errar. O erro da odontometria leva a erros como arrombamento do forame, que é uma das piores consequências que se pode ter no exito do tratamento endodôntico. requisitos prévios para uma boa odontometria Comprimento médio dos dentes: CS +/- 27mm CI +/- 25mm 3º M +/- 19mm O restante dos dentes +/- 20,5 a 22,5mm Radiografia inicial de boa qualidade Conhecimento do comprimento médio dos dentes Limas de comprimento adequado Trabalhar sempre com a lima mais curta que for compatível com o caso. A mais curta que puder se usada. Isso porque o comando da lâmina do instrumento é dado pelo cabo. Quanto mais longe está a parte ativa do instrumento da haste, menor é o controle que se tem na instrumentação. Borda de referência apropriada Cursores perpendiculares aos intrumentos TÉCNICAS DE ODONTOMETRIA Método tátil – pior (sem anestesia, vai com o instrumento até o paciente sentir uma dorzinha) Métodos radiográficos Ingle (prova e erro) – mais preciso Grossman Bregman Paula Pinto Grade milimetrada Métodos eletrônicos MÉTODO DE INGLE Medir a radiografiar inicial: Determinação do comprimento aparente do dente (CAD) Qualidade da radiografia Angulação vertical – melhor encurtar do que alongar Diminuir 2 a 3 mm do CAD. Diminuir menos quando estivar mais próximo do comprimento médio do dente (2mm), diminuir mais quando estiver mais longe do CM do dente (3mm). CAD - 2 a 3mm = Comprimento do instrumento a ser introduzido (X) – Comprimento provisório de trabalho Importância do conhecimento do comprimento médio dos dentes Observar tamanho da coroa e relação coroa/raiz na radiografia Observar características no paciente Colocar o instrumento no canal com o comprimento X Seleção do instrumento – diametro e comprimento Posicionar corretamente o cursor Registrar ponto ou borda de referência (estável) Executar a radiografia de odontometria Medir a distância que vai da ponta do instrumento até o vértice radiográfico (Y) Repetir até que Y seja de 0 a 2 mm Se o instrumento estiver em a 0mm do vértice raiodrágico, significa que o comprimento do instrumento é o comprimento do dente Determinar o comprimento real do dente (CRD = X + Y) Determinar o comprimento de trabalho CT = CRD – 1 a 2 mm SEMPRE QUE O INSTRUMENTO ESTIVER PASSANDO, DEVE-SE RECUAR O QUE PASSOU (MEDIR) + 1mm E REPETIR A RADIOGRAFIA. Também se deve usar uma lima mais calibrosa. CUIDADOS NA ODONTOMETRIA Precisão das medidas Cursor adequadamente posicionado (perpendicularmente a lâmina do instrumento) Borda de referência pontual e prática (anotar) Radiografia perfeita Posição adequada do operador como analisar a radiografia? Radiografia seca Negatoscópio Quando está adequada uma radiografia? Está perfeitamente visível o limite apical do instrumento e do ápice radicular A lima, se não no comprimento de trabalho, nas proximidades do comprimento de trabalho (entre 0 e 2mm) LIMITAÇÕES DOS MÉTODOS RADIOGRÁFICOS DE ODONTOMETRIA Dificuldades de interpretação e execução Superposição de estruturas Forame mentoniano, processo zigomático da maxila, espinha nasal anterior, asa do nariz... Representação bidimensional Forame x ápice Variações anatômicas ODONTOMETRIA ELETRÔNICA É um aparelho que mede a resistência entre a mucosa e o ligamento periodontal a passagem da corrente e dá a posição do forame apical. classificação dos aparelhos eletrônicos para odontometria (Mcdonald) Aparelhos tipo resistência mediam a resistência, 1 eletrodo na bochecha do paciente e outro na ponta da lima. Quando a resistência chegava a 40mA. Dava um sinal. A umidade interferia nessa ténica. Aparelhos tipo impedância Aparelhos tipo impedância frenquência-dependente (precisam de 95%) Utilizam 2 ou mais frequências de correntes alternadas para medir a impedância INDICAÇÕES DA ODONTOMETRIAELETRÔNICA Situações rotineiras Perfurações e fraturas Acompenhamento do CT/odontometria dinâmica Pacientes gravidas Ânsias e fobias Dificuldade radiográfica Anatomia complexa sequência clínica da odontometria eletrônica Acesso radicular de possível (instrumento solto na porção cervical e média e justo na porção apical) Preenchimento do canal com solução hidróxido de sódio Remoção do excesso Adaptação do contato com a bochecha Introdução de uma lima adaptada VANTAGENS Diminui o número de radiografias Único que chega próximo ao forame Evita perfurações e fraturas radiculares CUIDADOS O canal deve estar desobstruído até o final (patente?) Reabsorções radiculares e risogênese incompleta significa forame muito amplo, geralmente tem a tendência a dar uma leitura mais curta Pacientes com marcapasso, pode descompassar LIMITE RECOMENDADO IDEAL: 1mm Biopulpectomia: 1 a 2 mm Necro sem lesão: 1 a 1,5mm Necro com lesão: 1mm
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