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ENDODONTIA 9 MEDICACAO INTRACANAL

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ENDODONTIA – AULA 9
medicação intracanal
Substância bioativa colocada no interior do canal radicular entre consultas necessárias para realizaçao do tratamento endodôntico.
Auxilia no controle do processo inflamatório nos casos de biopulpectomia e no controle dos processos infecciosos nos casos de necropulpectomia.
Após preparo químico mecânico existem duas opções: obturar o dente direto ou ir para etapa da medicação intracanal
por que usar a medicação?
Não existe apenas um canal principal, mas sim um sistema de canais radiculares. Onde muitas vezes não é possível atingir com a irrigação e instrumentação todo esse sistema. Nem no canal principal o intrumento consegue tocar em todas as paredes.
Por isso, se lança mão da medicação intracanal.
objetivos
Eliminar e impedir a proliferação de bactérias que sobrevivem ao preparo químico mecânico. Ou nas áreas de istmo, ramificações, reentrancias, túbulos dentinários ou no próprio sistema de canais. Quando se fecha o canal sem colocar nada dentro, restaura-se um ambiente de anaerobióse (ambiente bom para reprodução de bactérias) o fluxo de fluidos teciduais sustenta o crescimento.
Barreira físico-química, protegendo da saliva que é extremamente contaminada. Se não houver medicação e houver infiltração através do selador temporário ou fratura do dente, as bactérias chegam muito rapidamente ao ápice.
Redução do processo inflamatório
	efeito direto = medicações que contém corticosteróides
	efeito indireto = medicações que contém antibacterianos
Neutralização de produtos tóxicos. Não só a bactéria tem malefícios mas ela também produz substâncias que agridem os tecidos. (Reabsorção de osso, dentina)
Controle do exudato (pus)
	inibição da resposta inflamatória
	ação higroscópica = ação de secar o pus
	atividade antimicrobiana da medicação
quando usar?
Biopulpectomia (vitalidade pulpar)
	Sempre tentar fazer em sessão única. Isso porque previne-se que o paciente 	volte com a restauração infiltrada por bactérias.
Neocropulpectomia sem lesão
	As infecções são por bactérias gram positivas e essas bactérias estão na luz 	do canal. Conseguindo instrumentar bem e usando uma solução antiséptica 	boa, é possível remover todas essas bactérias. Portanto, pode-se fechar no 	mesmo dia.
Necropulpectomia com lesão
	Infecções de longa duração existem bactérias gram negativas (grau de 	virulência muito alto). Elas não ficam apenas na luz do canal, mas sim nos 	túbulos dentinários e no SCR. Isso quer dizer que mesmo intrumentando e 	irrigando, há possibilidade de bactérias continuarem vivas. Nesse caso, é 	usada sim a medicação. A produção da lesão leva um tempo para se 	desenvolver. Principal toxina = LPS
PRINCIPAIS MEDICAMENTOS UTILIZADOS
corticosteróides/antibióticos
Usados em biopulpectomias antes do PQM
 	O antibiótico associado é usado para ter certeza que possíveis infecções que tenham sido levadas pelo profissional sejam combatidas.
Períodos curtos de no máximo até 7 dias
Atenua a intensidade da reação inflamatória provocada pelo ato cirurgico e o uso de drogas favorecendo a eliminação da dor pós-operatória e o mecanismo reparador.
	Otosporin = sulfato de polimixina B + neomicina + hidrocortizona
	Maxitrol = sulfato de polimixina B + neomicina + dexametazona
técnica de aplicação
Esvaziamento do canal
Secagem do canal
Preencher todo o canal com a medicação
Selamento duplo (algodão + guta percha em bastão cortada em rodelas + restaurador provisório)
mecanismo de ação
Diminuem a permeabilidade vascular
a primeira coisa que acontece quando há inflamação dos vasos é uma leve vasocontrição e depois uma vasodilatação, quando começam a sair as células da resposta inflamatória dos vasos para o local da inflamação.
Diminuindo a permeabilidade vascular, diminui-se a intensidade da resposta inflamatória em si.
Diminuem a produção de cininas
Cininas são os mediadores químicos da dor
Intervem na migração dos neutrófilos e interferem na fagocitose pelos macrófagos
Bloqueia a produção de prostaglandinas, tromboxano, leucotrieno e protaciclinas porque bloqueiam o ciclo do ácido araquidônico.
OTOSPORIN = preserva a integridade do coto periodontal e dos tecidos periapicais. (biocompatível). Grande poder de penetração. Hidrosolúvel. Fácil aplicação e remoção do interior do canal.
paramonoclorofenol (derivados fenólicos)
Desde 1929 são usados em necropulpectomias sem o PQM (antes de terminar). Normalmente associado à alguns veículos e o mais comum é a cânfora. Se usado em concentrações mais altas, causam morte celular das células do ápice. As associações são feitas para diminuir o efeito tóxico.
cânfora
Diminuem a citotoxicidade do medicamento
Atua como veículo
Aumenta ação antibacteriana
Pode ser usado na concentração de 3,5% de paramono para 6,5% de cânfora. Ou 2,5% de paramono e 7,5% de cânfora.
TÉCNICA DE APLICAÇÃO: 
Saneamento
Seca
Usado com bolinha de algodão na câmara pulpar
Selamento duplo
FURACIN
Diminui a irritação
Mantém ação antibacteriana
Preenche todo o canal com o paramono + furacin
Menos tóxico
prp
Paramonoclorofenol com 2%
Veículo = solo fisiológico e polietilenomentol
Mantém ação antibacteriana, porém diminui a ação irritante dos tecidos
Preenchimento do canal (anestube)
Mecanismo de ação: 
	rompimento da membrana citoplasmática das bactérias
	desnatura proteínas 
	inativação de enzimas (ex: desidrogenases)
	liberação de cloro
TRICRESOL FORMALINA (derivado aldeídico) utilizado na PUC
Ação antimicrobiana e fixação tecidual. 
Age por volatização
Mecanismo de ação: atua nos produtos da decomposição pulpar (anidrosulforoso, putrescina, cadaverina e neuridina) diminuindo o processo infeccioso.
O formaldeído atua sobre anidro sulfuroso transformando-o em alcool etílico e enxofre sólido, tornando-o mais fácil de remover do canal.
Atua sobre as gorduras transformando em lisol. 
Técnica de aplicação: Em necropulpectomia com bolinha de algodão. Pode ficar na câmara pulpar de 48 a 72 horas. Mais do que isso não é ideal.
Não é necessário fazer o saneamento. Essa é a vantagem do tricresol sobre o paramono.
Também fazer o selamento duplo.
Contra indicações: mutagênico e carcinogênico se usado em grandes quantidades.
hidróxido de cálcio
Base forte com baixa solubilidade em água e pH aproximadamente 12,8.
Dissolução em íons cálcio e hidroxila.
Principais ações do Ca(oh)2
Antiinflamatória
	- absorção do exudato diminuindo a pressão hidrostática tecidual (ação 	hidroscópica)
	- reduz a permeabilidade vascular, diminuindo número de células 	inflamatórias e todo o processo da inflamação
	- inibe a liberação do ácido araquidônico
Barreira física
	- impede ou retarda a infecção ou reinfecção do canal radicular por 	microoganismos oriundos da cavidade oral. 
	- impede a percolação apical de fluídos teciduais levando substrato para 	bactérias residuais que estejam nos túbulos dentinários, etc.
Estimula reparo por tecido calcificado
Ativa 3 agentes: 
Adenosinatrifosfatase: ajuda no processo de mineralização tecidual
Fosfatase alcalina: participa da formação da matriz inorgânica da dentina (hidroxiapatita)
Priolofosfatase: participa da formação da matriz orgânica (colágeno) 
Inibe a reabsorção dentária
	- Os dentinoclastos ou qualquer célula clástica causam reabsorção no dente 	ou no osso. Essas células só atuam quando há um pH ácido. A liberação de 	íons OH faz aumentar o pH do meio. 
	- Combate ao processo infeccioso/inflamatório, diminuindo a acidez.
Ação antibacteriana
	- degradação de ácidos graxos presentes na membrana das bactérias
	- a bactéria tem uma faixa de pH que ela consegue se reproduzir e 	sobrevier, normalmente esse pH é ácido. O hidróxido de cálcio vai elevar o 	pH do meio, tornando o meio desfavorável para sobrevivência da bactéria.
	- Incisão da fita de DNA pelos íons hidroxila.
Neutralização de toxinas
	- LPS. Hidrolisa o lipídio que é o principal veículo de LPS, inativando toda 	essa toxina. O LPS continua agindo mesmo após a morte da bactéria.
Solvente de matériaorgânica
	- O pH alcalino provoca hidrolização da proteína e desnaturação da mesma. 	Facilitando que na hora da irrigação, a proteína já está hidrolizada e se 	torna mais fácil de remover.
veículos
O hidróxido de cálcio é um pó e necessita de um veículo para ser colocado no canal. 
O veículo não deve interferir no pH.
	Hidrossolúveis
	Oleosos
	Aquosos
água destilada
soro fisiológico
anestésico
	Viscosos
glicerina
polietilenoglicol
propilenoglicol
	PMCC
	Óleo de oliva
Qual veículo usar?
Depende do que se quer. 
Os veículos oleosos tem uma carga de peso molecular muito grande. A liberação de íons hidroxila acontece muito lentamente. Diferente dos hidrossolúveis.
Os aquosos tem liberação de íons hidroxila mais rápida. Os viscosos um meio termo.
Se a medicação vai ser trocada em 7 dias, usa-se um veículo aquoso porque quanto mais rápido for liberado o cálcio, melhor. Deixando o meio mais básico, matando as bactérias mais rapidamente. 
Para o capeamento pulpar, risogênese incompleta usa-se os viscosos. 
Os oleosos tem um problema de dificuldade de remoção do canal.
técnica de aplicação
O hidróxido de cálcio só age por contato. Portanto, deve haver contato do hidróxido de cálcio com as paredes do canal e entrar em túbulos dentinários.
EDTA = remoção da smear layer para aumentar o contato e abrir túbulos dentinários
Hipoclorito de sódio
Secagem
Manipular a pasta
	soro fisiológico + pó em placa de vidro com espátula até atingir 	consistência de pasta de dente
Aplicar com lima ou broca lentulo no diâmetro anatômico
Pressão com bolinha de algodão na câmara pulpar para remover possíveis bolhas
Selamento com guta-percha + restauração provisória
Permanência de 7 a 14 dias
Menos do que 7 dias não há alcalinização total do meio.
Indicações
- Bio e necropulpectomia após PQM.
- Reabsorções externas e internas
- Abscificação
Iodofórmio aumenta a ação antimicrobiana. Mas cora o dente. Não deve ser usado em dentes anteriores. Também aumenta radiopacidade.
clorexidina
Bisguanida catiônica de pH 5,5 até 7. 
Agente antimicrobiano eficaz frente as bactérias gram + e gram -. 
Extremamente biocompatível
Ruptura da membrana citoplasmática
Tem grande capacidade de ser absorvida pelos tecidos dentários e ser liberada no meio a medida que vai baixando a sua concentração (substantividade)
Usada na concentração de 0,12 a 2% como solução ou gel (endogel)
Extramamente baixa toxicidade
Reação alérgica a clorexidina é rara. Porém ao hidróxido de cálcio também é rara.
Ineficiente em dissolver matéria orgânica e não tem nenhuma ação sobre smear layer. Assim como o hidróxido de cálcio.
Custo muito maior do que hidróxido de cálcio.
selamento provisório
Função: Impedir que a saliva e microorganismos da cavidade oral ganhem acesso ao canal radicular. Ou seja, isolar a parte interna do dente. Preservar a efetividade da medicação
PROPRIEDADES
Deve ter estabilidade dimensional para não formar fendas onde é possível a entrada de sala. Não deve expandir muito para quebrar o dente.
Bom selamento
Resistência mecânica para aguentar a mastigação.
RECAPITULANDO
Bio antes do PQM Otosporin
Bio depois do PQM Hidróxido de Cálcio
Necro antes do PQM Paramonoclorofenol
Necro depois do PQM Hidróxido de Cálcio

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