Glândula Pineal

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Glândula Pineal 
Grupo: 
Alana Alberg
Ana Elisa Sucha
Carolina Pereira 
Daniela Magalhães 
Elisane Mello
Gabriela Horta
Lucy Pangayo
Marina Castro
Michelle Rezende 
Natasha Brito
Paula Caldeira 
Patrícia Miecz
Sarah Guimarães
Sylvia de Fátima Cavalcanti
Presente em todos os vertebrados, e tendo a mesma origem embriológica que os olhos laterais, a glândula pineal de peixes, anfíbios, répteis e algumas aves (passeriformes) é diretamente fotossensível.
Mantém conexões tanto aferente como eferentes com o sistema nervoso central através do pendúculo pineal, exceto em mamíferos.
Comum a todos os vertebrados, portanto, é o carácter de órgão endócrino, cuja produção hormonal é controlada pelo ciclo de iluminação ambiental característico do dia e da noite.
A produção de melatonina é exclusivamente noturna.
História Filogenética da Glândula Pineal
Papel Funcional da Melatonina na Regulação da Ritmicidade Biológica
As características de produção e secreção de melatonina determinam o papel fisiológico da glândula pineal: sinalizar para o meio interno, pela alternância entre a presença (ou maior concentração) e ausência (ou menor concentração) diária de seu principal hormônio (melatonina) na circulação e nos diversos líquidos corpóreos, se é noite ou dia no meio exterior e, ainda, através das características do seu perfil plasmático noturno (duração do episódio secretório de melatonina), qual é a estação do ano.
Assim, a glândula pineal associada aos núcleos supraquiasmáticos hipotalâlamicos constituem parte importante da organização dos eventos fisiológicos e comportamentais e flutuações temporais cíclicas.
Na espécie humana, a produção de melatonina é máxima nos primeiros anos de vida, precedendo a puberdade e tornando-se mínima com a idade avançada.
Localização
A glândula pineal é uma glândula endócrina situada na parede posterior do teto do diencéfalo, tem ligação com o terceiro ventrículo. Tem forma ovoide e lembra um caroço de azeitona. 
Descobriu-se que ela apresenta metabolismo intenso e grande captação de substâncias como aminoácidos, fósforo e iodo. Ela está ligada ao terceiro ventículo e produz o hormônio melatonina durante a noite, devido à ausência de luz. É constituída por pinealócitos (produtoras de melatonina), astrócitos, e vasos sanguíneos.
 Age em praticamente todos os sistemas fisiológicos. Ela é sintetizada e secretada apenas durante o período de escuro, funciona como um sinalizador, para o meio interno, do dia e da noite.
Hormônio Melatonina 
Auxilia no ciclo de sono e vigília, na atividade reprodutora e metabólica de diversas espécies. 
No ciclo de sono e vigília, Terminações simpáticas do gânglio cervical superior liberam norepinefrina (neurotransmissor) de acordo com um ritmo circadiano, aumentando a secreção do neurotransmissor durante a fase escura. A melatonina é produzida a partir do momento que fechamos os olhos e na presença da luz , é enviada uma mensagem neuro-endócrina bloqueando sua formação. Assim, a concentração plasmática de melatonina varia de acordo com o período escuro do meio ambiente, produzindo as modulações diárias e sazonais de uma série de processos fisiológicos que estão relacionados à melatonina.
A melatonina circulante atuaria nos diversos sistemas do organismo preparando e induzindo o sono. 
Pesquisas mostram que os bebês apresentam sincronia do sono com a mãe , como a melatonina está presente no leite materno e sua concentração é maior a noite, os bebês dormem mais com o leire oferecido a noite. 
. O ritmo plasmático de melatonina varia entre diferentes indivíduos, mas é extremamente constante quando medido no mesmo sujeito em diferentes dias. A melatonina administrada a humanos, em doses fisiológicas e farmacológicas, pode induzir mudança de fase de ritmos circadianos.
A melatonina provavelmente influência na diminuição de temperatura do indivíduo na parte noturna. 
Na reprodução a melatonina tem influência sobre a sincronização da resposta reprodutora apropriada de vários animais às condições ambientais. Ela pode agir de forma pró-gonadotrófica ou anti-gonadotrófica.
. Foram caracterizados sítios de ligação para melatonina nas gónadas, no epidídimo, no ducto deferente e na glândula mamária, sugerindo vários locais de ação.
Em humanos ainda está sendo investigada sua participação. 
. Em mulheres, foi demonstrado que as concentrações de melatonina e de progesterona variam com as estações do ano, e que há uma correlação negativa entre melatonina e a produção de estrógeno. 
Ação anti-gonodotrófica que inibe o hormônio que libera o hormônio do crescimento (GnRH). Que é essencial para o desenvolvimento das gônadas na fase da puberdade. 
Regulação do metabolismo de carboidratos :
Em animais hibernantes a melatonina é responsável pela sincronização sazonal que leva o animal a hibernar. No inicio da hibernação a regulação térmica passa de homeotérmica para heterotérmica, e no final retorna para a regulação homeotérmica. 
Em mamíferos não hibernantes, como ratos e humanos, a função da glândula pineal na regulação metabólica de carboidratos ainda não é muito clara. Em experimentos com ratos, foi possível perceber o efeito da pinealectomina induz a diminuição na glicogenogênese hepática e muscular e o aumento na concentração de piruvato plasmático. 
 a infusão de extrato de pineal promove redução glicêmica, que envolve aumento na tolerância à glicose e na glicogenogênese hepática e muscular, em resposta a uma sobrecarga glicídica
O papel da glândula pineal sobre a regulação do metabolismo de carboidratos foi reforçado por estudos que demonstraram alterações na concentração plasmática da glicose, insulina e glucagon em ratos pinealectomizados. 
Glândula Pineal e Metabolismo de Carboidratos
Os níveis plasmáticos de glicose, apresentam ritmo diurno que independe do comportamento alimentar, sugerindo que fatores endógenos junto a fatores ambientais (alimentação e ciclo claro-escuro) modulam as flutuações rítmicas observadas no metabolismo dos carboidratos ao longo do dia
Acredita-se na possibilidade de a glândula pineal influencia o comportamento alimentar, o que pode levar a alterações na composição corporal, modificando a relação entre massa magra e massa gorda ou, até mesmo, conduzindo à obesidade
A glândula pineal interfere na regulação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, um importante modulador do metabolismo de carboidratos. 
Perspectivas Clínicas
Distúrbio do Ritmo Circadiano
O Ciclo Circadiano designa o período de aproximadamente 24 horas sobre o qual se baseia o ciclo biológico de quase todos os seres vivos, sendo influenciado principalmente pela variação de luz, temperatura, marés e ventos entre o dia e a noite.
Distúrbios no ciclo: "jet lag", cegueira, insônia, alguns distúrbios da idade, alguns distúrbios psiquiátricos e condições onde o ciclo de iluminação, apresenta um sinal muito fraco (inverno com noites longas), turnos alternantes de trabalho, etc
 Pode-se ter uma reposição do harmônio, ou um ajuste da hora de aparecimento do pico do mesmo, de forma a permitir um ressincronização das funções do organismo.
 A função primária da melatonina nos mamíferos é prover informação sobre a duração da noite e o transcorrer do ano. Nas espécies com forte impacto fotoperiódico estas são informações essenciais para assegurar que as funções dependentes das estações do ano sejam ajustadas corretamente.
 A melatonina atuaria em conjunto com o ciclo claro/escuro para manter a sincronia com o dia solar.
 
Perspectivas Clínicas
Câncer:
- Os efeitos da melatonina sobre o desenvolvimento e tratamento de câncer foram investigados
Estudos mostram que este hormônio tem acção antiproliferativa e imunoestimulante, quando utilizado em doses farmacológicas (acima de nM). - 
 Mas isso não ocorre em todos os tipos de câncer, sendo caracterizada principalmente em tumor de mama humano responsivo a estrógeno.
 Em tratamento quimioterápico associada comIL-2, ocorre uma diminuição a toxicidade de IL-2, atribuída à capacidade antioxidante da melatonina
 Além disso, a melatonina induz a expressão do receptor de IL-2 como diminuiu a dose de IL-2 no tratamento, pois foi demonstrado que este hormónio induz a expressão do receptor de IL-2, aumentando a sensibilidade das células.
Perspectivas Clínicas
Medicina Legal:
A melatonina, por sua síntese rítmica, possui concentrações variáveis ao longo do dia em humanos. 
 A concentração do hormônio e a actividade das enzimas de síntese N-acetilserotonina e hidroxi-indol melatonina medidas após a morte está directamente correlacionada com o horário da morte.
A dosagem deste hormônio em vítimas de acidentes fatais, permite aos investigadores forenses utilizarem a relação entre a concentração de melatonina e a hora do dia em que a morte ocorreu.
 As análises mais precisas foram obtidas da quantidade de melatonina na glândula pineal, enquanto que as menos precisas foram obtidas da dosagem de melatonina no sangue ou na urina.
Curiosidades
“Com a forma de pinha (ou de grão), é considerada por estas correntes religioso-filosóficas como um terceiro olho devido à sua semelhança estrutural com o órgão visual. Localizada no centro geográfico do cérebro, seria um órgão atrofiado em mutação com relação em nossos ancestrais.”
Na yoga, que consiste em uma série de exercícios corporais, respiratórios e hipnóticos que buscam o domínio do espírito sobre a matéria e a união com a divindade, há atividades especiais que tem o objetivo de trabalhar com “terceiro olho” do seres humanos.
“Segundo a filosofia do yoga, o ponto no meio da testa quando estimulado é uma técnica meditava, que auxilia nas tomadas de decisões e uma espécie de "resposta". É quando as resoluções dos problemas aparecem. É estimulado na meditação quando a pessoa precisa de um olhar interno para resolver questões internas ou externas.”
 	 Praticante de Yoga